sexta-feira, 28 de junho de 2013

Novidade na biblioteca: Uma noite em Nova Iorque de Tiago Rebelo


Uma Noite em Nova Iorque é uma complexa história de encontros e desencontros, promessas e desilusões; mas também uma história de descoberta e de esperança, que reflecte o dilema dos protagonistas divididos entre duas forças poderosas: a obrigação de perpetuar uma união que já não lhes traz alegria e a urgência de correr atrás de uma enorme paixão que mais não é do que uma carta fechada.


Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Novidade na biblioteca: o teu rosto será o último de João Ricardo Pedro


Tudo começa com um homem saindo de casa, armado, numa madrugada fria. Mas do que o move só saberemos quase no fim, por uma carta escrita de outro continente. Ou talvez nem aí. Parece, afinal, mais importante a história do doutor Augusto Mendes, o médico que o tratou quarenta anos antes, quando lho levaram ao consultório muito ferido. Ou do seu filho António, que fez duas comissões em África e conheceu a madrinha de guerra numa livraria. Ou mesmo do neto, Duarte, que um dia andou de bicicleta todo nu.

Através de episódios aparentemente autónomos - e tendo como ponto de partida a Revolução de 1974 -, este romance constrói a história de uma família marcada pelos longos anos de ditadura, pela repressão política, pela guerra colonial.

Duarte, cuja infância se desenrola já sob os auspícios de Abril, cresce envolto nessas memórias alheias - muitas vezes traumáticas, muitas vezes obscuras - que formam uma espécie de trama onde um qualquer segredo se esconde. Dotado de enorme talento, pianista precoce e prodigioso, afigura-se como o elemento capaz de suscitar todas as esperanças. Mas terá a sua arte essa capacidade redentora, ou revelar-se-á, ela própria, lugar propício a novos e inesperados conflitos?

Fonte: contra-capa do livro


O teu rosto será o último é o romance de estreia de João Ricardo Pedro, licenciado em Engenharia Electrotécnica, casado, pai de dois filhos e residente em Lisboa. Esta obra valeu ao autor o Prémio LeYa em 2011.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Novidade na Biblioteca: Viagem à Índia de Gonçalo M. Tavares


UMA VIAGEM À ÍNDIA DE GONÇALO M. TAVARES
A primeira epopeia portuguesa do século XXI

Imagine uma aventura da mesma magnitude de Os Lusíadas, mas que fosse escrita hoje. Um homem que faz uma viagem à Índia, tentando aprender e esquecer no mesmo movimento, traçando um itinerário de uma certa melancolia contemporânea. É assim que os grandes críticos têm definido este livro, escrito por Gonçalo M. Tavares, um dos mais aclamados escritores portugueses da nova geração.


«É um livro cheio de fantasmas, fantasmas dos Lusíadas, fantasmas do homem contemporâneo, uma viagem, uma antiepopeia, e é um livro extraordinário. Estou convencido de que dentro de cem anos ainda haverá teses de doutoramento sobre passagens e fragmentos». (Vasco Graça Moura, «A Torto e a Direito», TVI24, 6/11/10)

«Uma Viagem à Índia, com consciência aguda da sua ficcionalidade, navega e vive entre os ecos de mil textos-objectos do nosso imaginário de leitores. Como são todos os grandes livros, e este é um deles.» (Eduardo Lourenço, prefácio à obra)

"Uma Viagem à Índia" tem diferentes portas de entrada. Eu não tenho nem uma chave, nem uma classificação e não gosto de interpretar demasiado. Penso que é um livro para ser digerido lentamente. De certa maneira, é verdade, o humor e ironia aqui são trágicos. Este livro é uma ficção hiper-consciente. Nesse sentido, está muitíssimo afastado de qualquer questão trágica realista. O que acontece poderia acontecer, no limite, num sonho. É até uma hipótese de interpretação: a viagem à Índia de Bloom não ter realmente acontecido de forma física e tudo se ter passado na cabeça de Bloom. Um percurso mental ou um sonho. É uma hipótese.” (Gonçalo M. Tavares em entrevista ao Jornal Público – Ípsilon, 27.10.2010)


Nota biográfica:

Considerado um dos melhores escritores da sua geração, Gonçalo M. Tavares, nascido em 1970, publicou a sua primeira obra, Livro de Dança, em 2001. Nos dez anos seguintes seguir-se-iam 29 livros, entre os quais os da série O Bairro, "uma espécie da história da literatura em ficção", ou os da tetratologia O Reino, onde se inclui Aprender a Rezar na Era da Técnica.

A sua obra já foi premiada por diversas vezes quer em Portugal, quer no estrangeiro. Viagem à Índia valeu-lhe o Grande Prémio de Romance e Novela (2011) atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE).

Mais informação sobre o autor e a sua obra:

http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=268246
http://ipsilon.publico.pt/livros/texto.aspx?id=288175
http://goncalomtavares.blogspot.pt/
http://www.infopedia.pt/$goncalo-m.-tavares;jsessionid=sL-ebRF-PWA67rOuhRq76Q__

Outros livros do autor disponíveis para empréstimo na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

O Senhor Valéry. Lisboa : Caminho, 2002. ISBN 972-21-1470-0
Jerusalém : romance. 4ª ed. Lisboa : Caminho, 2005. ISBN 972-21-1704-1

Leia, porque ler é um prazer!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

A chave para Rebecca de Ken Follett

A Chave para Rebecca de Ken Follett é um livro que nos transporta ao norte de África durante a Segunda Guerra Mundial. O Egipto está tomado pelos ingleses, Rommel lança a ofensiva a partir do deserto. Os egípcios estão entre dois fogos, sufocados entre o despotismo dos ingleses e o medo dos alemães.
A guerra desenrola-se no campo de batalha, mas muito também no jogo que os espiões jogam entre os dois lados da guerra. Há ainda os nacionalistas que procuram manter a integridade de um pais a desmoronar-se. Pelo meio o autor oferece-nos o erotismo de uma dançarina de ventre egípcia, mas também romance, sofrimento e crueldade, numa mistura que Ken Follett sabe dosear na perfeição.
Literatura de ficção que recomendamos para as férias que se aproximam, para ler durante o fim-de-semana, ou simplesmente para o final de um dia de trabalho, num local agradável convidando à evasão que só a literatura permite.
Livro disponível na Rede de Bibliotecas de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

Ken Follett nasceu a 5 de Junho de 1949, em Cardiff, no País de Gales, e licenciou-se em Filosofia no University College, em Londres. Começou a sua carreira como jornalista no South Wales Echo e, mais tarde, no London Evening News. Trocou a profissão de jornalista pela de editor e continuou a escrever no tempo livre. A sua primeira obra foi publicada em 1978 sob o título Eye of the Needle, um thriller que venceu o Edgar Award e deu origem a um filme. Vive em Londres com a mulher, a deputada Barbara Follett, e os seus dois Labrador retrievers. Tem estado associado a diversas associações para a promoção da literacia e da leitura; é membro da Welsh Academy e Fellow da Royal Society of Arts. Follett é um grande apreciador de Shakespeare e um músico amador.
Fonte: www.wook.pt

Outros livros do autor disponíveis na rede de bibliotecas de Arganil:

Em língua portuguesa:

Uma fortuna perigosa. Lisboa : Círculo de Leitores, 1994. ISBN 972-42-0939-3

Os pilares da terra. Barcarena : Presença, 2009.  ISBN 978-972-23-3788-5 (1º vol.). ISBN 978-972-23-3819-6 (2º vol.)

Um mundo sem fim. Barcarena : Presença, 2010 ISBN 978-972-33-4021-2 (1º vol.). ISBN 978-972-23-4021-2 (2º vol.)

O século. Barcarena : Presença, 2010

O terceiro gémeo. 1ª ed. Lisboa : Notícias, 1998. ISBN 972-46-0902-2

A chave para Rebecca. Lisboa : Bertrand, 2010. ISBN 978-972-25-2097-3

Contagem decrescente. 3ª ed. Alfragide : Casa das Letras, 2011. ISBN 978-972-46-2016-9

Em lingua inglesa:

The pillars of the earth. New York : A Signet Book, 2007. ISBN 0-451-16689-2

Hornet flight. London : Pan Books, 2003. ISBN 0-330-49068-0

Jackdaws. London : Pan Macmillan, 2002. ISBN 0-330-48738-8

Whiteout. London : Pan Books, 2005. ISBN 0-330-49069-9

The third twin. London : Pan Books, 1997. ISBN 978-0-330-34837-9
 
Code to zero. London : BCA, 2000.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Dia Mundial do Ambiente

 
Assinala-se hoje, dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente e este ano o tema para assinalar a data é Pensar. Comer. Conservar.

Pensar. Comer. Conservar. é uma campanha contra a perda e o desperdício de alimentos que procura estimular a diminuição da nossa pegada ecológica. De acordo com a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO), 1.3 bilhões de toneladas de comida são desperdiçados anualmente. Esse número é equivalente à quantidade de alimentos produzidos em toda a África Subsaariana. Ao mesmo tempo, 1 em cada 7 pessoas do mundo sofrem de fome e, a cada dia, mais de 20.000 crianças com menos de 5 anos morrem por falta de alimentos.

Para saber mais consulte:
http://www.unep.org/wed/ 

Livros sobre a temática disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

GEORGE, Susan ; PAIGE, Nigel - A fome no mundo : para principiantes. 1ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 1983.

CASTRO, Josué de - A explosão demográfica e a fome no mundo. [S.l.] : ITAU, 1968. 

SAUVY, Alfred - Malthus e os dois Marx : o problema da fome e da guerra no mundo. Lisboa : Estúdios Cor, imp. 1965.

CASTRO, Josué de - Geopolítica da fome. Nova ed. revista e aumentada. Porto : Brasília , 1974. 

DROGAT, Noel - Os países da fome. Lisboa : Livros do Brasil, imp. 1963. 154, [5] p., [4] f. de est.

FERRÃO, José E. Mendes - A fome no mundo causas e soluções. 1ª ed. Lisboa : Ministério da Educação, Instituto de apoio sócio-educativo, 1990. 

VERSFELD, Ruth - Porque existe fome?. 1ª ed. Porto : Asa, 1990.

CÉPÉDE, Michel ; GOUNELLE, Hugues - A fome. Lisboa : Itau, 1973.

YARROW, Joanna - Como reduzir a sua pegada de carbono : 365 conselhos que fazem a diferença. 1ªed. Lisboa : Editorial Estampa, 2008. ISBN 978-972-33-2457-0
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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Livro do Mês: O anacronista de Manuel António Pina

O ANACRONISTA DE MANUEL ANTÓNIO PINA
PORTO: AFRONTAMENTO, 1994

Este livro reúne dezenas de crónicas publicadas pelo autor no Jornal de Notícias, na Marie Claire e em O Jornal entre 1984 e 1993, crónicas às quais o autor deu uma arrumação temática.

Com esta obra Manuel António Pina foi galardoado em 1994 com o Prémio Nacional de Crónica Press Club / Clube de Jornalistas.

“As crónicas de Manuel António Pina, como qualquer leitor delas sabe, não são textos de um grande jornalista mas de um escritor, e de um grande escritor, ou do grande poeta que é o que prima fácies ele é. Se ele definia a sua poesia (…) como «saudade da prosa», as suas crónicas jornalísticas podem definir-se (…) como saudade da literatura. (…) é o singular fulgor literário dessa escrita que, qualquer que seja o assunto de cada crónica, resgata a generalidade delas da sua efemeridade ou passagem e faz que o seu passar seja «o seu essencial e contraditório modo de permanecer».”

Sousa Dias

Excerto da crónica “O gato não”

“Não há cronista que não se encontre um dia diante deste problema (se é que é um problema): não ter nada parecido com um assunto e ter a crónica à perna. Nessas alturas o cronista sente-se como um condenado no corredor da morte, com o «dead line» do jornal ou da revista ao fundo, a cada minuto que passa mais próximo e mais ameaçador. O truque é sempre o mesmo, a crónica sobre a falta de assunto, mas já nenhum leitor de crónicas cai nessa. Se a coisa acontece em Nova Iorque ou em Roma, às vezes, com um pouco de sorte, é possível sair de casa e dar com um assunto, ou chegar à janela e chamar, em desespero de causa, por um. Mas no Porto, e em Setembro…

Os cinemas passam filme inimagináveis (onde é que os exibidores vão desencantá-los, aos monos de Agosto e Setembro?); as galerias, às moscas mostram a pintura (tem que se chamar qualquer coisa àquilo) dos amigos e dos amigos dos amigos a quem andaram todo o ano a prometer e a adiar «uma exposição»; os livreiros arrumam estantes e montras e limpam o pó das edições em consignação, enquanto as novidades do Outono não começam a cair em catadupa; os emigrantes fazem as malas e partem, os veraneantes voltam e desfazem as malas, e a cidade abre a boca num imenso bocejo enquanto faz e desfaz malas.”

Leia, porque ler é um prazer!