quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Novidade na biblioteca: O outro lado da ilha de Paulo Ramalho


Num tempo histórico marcado pelas aspirações de independência das colónias portuguesas, a Guerra do Ultramar vive momentos dramáticos. No Golfo da Guiné, o Império Português jogava nas lutas internas da Nigéria e o aeroporto de São Tomé era a principal plataforma logística para o apoio dos separatistas biafrenses. Aviões mercenários partiam com mantimentos e munições, regressando apinhados de refugiados famintos. A situação era tensa e volátil.

Neste contexto, um destacamento do exército português comandado pelo alferes J. rumou à baía de São Miguel, com a missão de controlar movimentos suspeitos na remota costa sudoeste de São Tomé. Durante meses, o jovem alferes J. – poeta censurado e opositor do regime – mergulha na floresta equatorial e fica encurralado num território carnívoro e encantatório, desaparecendo misteriosamente.

Quarenta anos depois, Bernardo, o seu filho, desembarca em São Tomé para reconstruir os últimos meses de vida do pai. Vai acompanhado pelo seu amigo fotógrafo Gonzalo, que busca aves míticas são-tomenses e procurar integrar as muitas lacunas do naturalista e explorador português Francisco Newton. O que aconteceu – para lá da verdade oficial – na baía de São Miguel? Para o descobrir, terá de atravessar o lado oculto da ilha, com os seus segredos e histórias.

Com um extraordinário vigor literário, esta história leva o leitor à revelação progressiva das zonas de sombra, até expor à luz crua do dia toda a verdade sobre a tragédia africana do alferes J.

Fonte: badana do livro

Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Novidade na Biblioteca: Amália de Sónia Louro


Um romance extraordinário e uma verdadeira homenagem à nossa maior diva. Sónia Louro apresenta-nos uma Amália humana como nós, que rouba flores em jardins e não suporta palavrões. Uma Amália por quem estamos perdidamente apaixonados ao chegar à última página.

Este é o romance sobre a vida de Amália, a fadista mais amada e, simultaneamente, mais desconhecida em Portugal. Operária numa fábrica de rebuçados, estreia-se a cantar em 1939. Movida apenas pela vontade de cantar e sem qualquer ambição, nem sonha que um dia será a maior artista portuguesa de sempre.

Ganhando rapidamente projecção internacional, deixa multidões rendidas à sua voz. E também os corações se rendem ao seu magnetismo: do simples povo a estrelas como Charles Aznavour ou Anthony Quinn. Mas enquanto destroça corações, o seu vive apenas desilusões. Várias vezes contempla o suicídio. Recebendo propostas milionárias para ficar a trabalhar no estrangeiro, o amor a Portugal fá-la sempre regressar. Ano após ano arrebata galardões, conquista os críticos e cruza-se com as grandes personalidades do seu tempo: Édith Piaf, Hemingway, Frank Sinatra.

No final da vida, o que pode querer alguém com o mundo a seus pés? A felicidade que nunca sentiu? A autoconfiança que nunca teve? Amália deixou-nos no dia 6 de Outubro de 1999 com uma só ambição: que a chorássemos quando morresse. Uma vida tão bela quanto inspiradora.


Fonte: contracapa do livro


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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Causa amante de Maria Gabriela LLansol


Um livro de nexos interiores no ínicio com um “pensamento verdadeiro”, o nascimento de Ana de Peñalosa. Fragmentos modernistas e passagens surrealistas onde habitam a enigmática Rapariga que Teme a Impostura da Língua e um D. Sebastião hiper-romântico. E onde são representados um auto-de-fé, o Rio Tejo e partilhas antigas tão à portuguesa.

“Neste cabo (Espichel) aqueles a quem chamo gente-própria não entraram aqui à força (...) e há ainda os muitos espíritos fugitivos da gente-própria.”

“Quem sou? É pergunta de escravo.”

“Uma das artes das beguinas era a de coser almas; forrá-las com a sua própria sombra e assim despoetizavam tudo.”

Em Causa Amante encontram-se múrmurios opacos e palavras com luz própria. A consciência do limite da linguagem mas no entanto com uma confiança nela. Maria Gabriela Llansol é um ser poético com uma visão muito própria do universo.


Maria Gabriela Llansol (1931-2008) – escritora portuguesa de família com raízes em Espanha, licenciou-se em direito em 1955 e em ciências pedagógicas. 
A sua obra literária, dos domínios da ficção (conto e romance) e do diário, espaçada até aos anos 80, torna-se depois mais frequente e insistente e impõe uma personalidade singular mas relevante no panorama nacional, com textos já tachados de «herméticos e enigmáticos», porém iniciadores de vivências místicas, poéticas, musicais e com propósitos de um amor à dimensão do cosmos e de um entendimento entre os seres dos diferentes reinos da natureza. 

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Novidade na Biblioteca: a minha vida em 23 posturas de yoga


Dez anos antes, Claire Dederer dera cabo das costas ao amamentar a sua filha bebé. Com toda a gente a dizer-lhe para experimentar o yoga, inscreveu-se na primeira aula. Mas não eram só as costas que exigiam algo diferente de Claire, que pertence à geração das filhas dos anos setenta em Seattle, educadas para serem muito, muito, boas, (compram tudo biológico, criam um ambiente enriquecedor no lar e confeccionam a sua própria comida de bebé, mesmo que isso implique sentirem-se amarradas a um pequeno mundo ansioso e cheio de escrúpulos). Surpreendida, Dederer descobriu que as posturas não eram apenas proezas acrobáticas, mas desafios às suas ideias mais básicas. Uma delas, lembrou-a que perder o equilíbrio poderia ser bem melhor do que manter os pés no chão. Espirituosa, acutilante e irreverente, esta é a história da descoberta gradual de Claire da sua necessidade de mais alegria e menos compostura.

Fonte: fnac.pt

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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Livro do mês: Quando éramos órfãos de Kazuo Ishiguro


Anos 30. Christopher Banks tornou-se o detective mais famoso do país, os seus casos são o tema das conversas da sociedade londrina. No entanto, um crime não solucionado nunca deixou de o atormentar: o desaparecimento misterioso dos pais, na Velha Xangai, quando ele era rapazinho. Agora, com o mundo a precipitar-se para a guerra total, Banks dá-se conta de que chegou o momento de regressar à cidade da sua infância e deslindar, finalmente, o mistério, cuja solução evitaria a catástrofe iminente. 

Passando-se entre as cidades de Londres e Xangai dos anos entre as duas guerras, Quando Éramos Órfãos é uma história de recordações, intriga e necessidade de regressar, de uma visão infantil do mundo que o domina, moldando indelevelmente e distorcendo a vida dos personagens.

Fonte: Badana do livro

Nota biográfica: Kazuo Ishiguro nasceu em Nagasáqui (Japão) em 1954 e mudou-se para a Inglaterra aos 5 anos. É autor, entre outros, de Os despojos do dia (1989, vencedor do Booker Prizer) e Quando éramos órfãos (2000). Em 1995 foi feito OBE (Oficial da Ordem do Império Britânico) por serviços prestados à literatura e em 1998 recebeu a condecoração de Chevalier de L’Ordre des Arts et des Lettres da República Francesa.

Outras obras do autor disponíveis na Rede de Bibliotecas de Arganil:

- Os inconsolados

- Os despojos do dia

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