sexta-feira, 28 de junho de 2019

1984 de George Orwell

Há 70 anos, a 8 de Junho de 1949, numa Europa brutalmente dividida após a II Guerra Mundial, George Orwell publicava o seu mais famoso romance Nineteen Eighty Four - 1984 - que tem estado continuamente na lista de bestsellers da Amazon, continuando a fascinar leitores de todas as idades.

A vigilância é o tema central desta obra, e mais de que nunca é esta que lhe confere atualidade. Conforme se pode ler no Jornal de Letras nº 1271 de 19/06/2019 "no Ocidente, já não é apenas o Estado que vigia, censura e manipula, mas também empresas privadas e interesses financeiros e ideológicos...", citando Ana Saldanha "o que assusta é que continua tão atual que poderia ter sido escrito hoje".

Se ficou com curiosidade de ler este livro requisite-o na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 25 de junho de 2019

Novidade na Biblioteca: Nem todas as baleias voam de Afonso Cruz

Lisboa: Companhia das Letras, 2016
Será possível vencer uma guerra com a música? Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, que tinha como missão cativar a juventude de Leste para a causa americana. Organizando concertos com grandes nomes de jazz nos países do bloco soviético, os americanos acreditavam poder seduzir o amigo e ganhar a guerra.

É neste pano de fundo que conhecemos Erik Gould, pianista de blues, exímio e apaixonado, que vê sons em todo o lado e pinta retratos tocando piano. A música está-lhe tão entranhada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro, sem deixar rasto, sem deixar uma carta de despedida.

Erik Gould tentará de tudo para a reencontrar, mas não lhe resta mais esperança do que o acaso. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que fará a diferença graças a uma caixa de sapatos.

Fonte: contracapa

Para saber mais consulte: 



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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Tempo para a poesia LIII


Plateia

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um só que fosse, e já valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.

Miguel Torga in Câmara ardente

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

Sugestões de leitura da Sala Jovem

Alfragide: Caminho, 2015
O tema central do livro, embora delicado, é extremamente actual: uma rapariga de 15 anos que se envolve com um homem de 29 anos. A protagonista feminina, Dulce, é uma «Lolita» do século XXI: rapariga adolescente, antes uma criança gordinha, que se reinventa fisicamente mas que altera também o seu interior para se adaptar às pessoas com as quais se cruza. Emocionalmente uma criança, mas com corpo de mulher, utiliza o poder que a sociedade lhe dá para seduzir um homem adulto sem pensar nas consequências. O protagonista masculino, Eddie, não é exactamente o «Lobo Mau», mas veste muito a pele de cordeiro: mais velho, mais experiente, é nitidamente um efebófilo. Sente o medo de ser apanhado em falta e a ilegalidade da situação, mas está viciado na excitação, no perigo e na adoração dela. 

Um romance de superior qualidade literária sobre um tema candente, que encara os problemas de frente ao mesmo tempo que foge aos estereótipos.


Parede: Saída de Emergência, 2010
A Senhorita Perspicácia Carraça, bruxa de algum renome, preocupa-se com um ondular nas paredes do mundo, uma perturbação centrada em terras de cré, onde não é costume nascerem bruxas de mérito. Mas a pequena Tiffany Dores decide contrariar a tradição porque o seu irritante irmãozinho foi raptado pela rainha das fadas. Ajudada por um sapo falante e por um exército de Homenzinhos Livres ladrões, bêbados e arruaceiros (os Nac Mac Feegles), Tiffany deita mãos à obra.


Livros disponíveis para empréstimo na Sala Jovem da Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Novidade na biblioteca: A grande solidão de Kristin Hannah

Lisboa: Bertrand, 2019
1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. 

Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright. 

À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. 

Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza.

Fonte: www.bertrand.pt


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sexta-feira, 7 de junho de 2019

Ficção distópica

A ficção distópica começou a surgir no início do século XX em resultado das ansiedades e medos criados pelos efeitos das grandes guerras mundiais, e é por assim dizer a antítese da utopia. Enquanto que as utopias se apresentam como projectos realizáveis em que se pensa ou imagina um mundo melhor, as distopias são ficções que mostram um futuro sem esperança, alienado, sem liberdade e absurdo. 

Sociedades fictícias com governos totalitários e repressivos, manipulação psicológica, tecnológica e em alguns casos, científica dos indivíduos são frequentemente “ingredientes” das narrativas distópicas, que acima de tudo põem em causa o sonho utópico de um mundo perfeito.

Alguns exemplos de distopias disponíveis na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley 

Uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos, na qual a mera menção das palavras 'pai' e 'mãe' produzem repugnância. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e instruídas para cumprir o seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. 
1984 de George Orwell

Segundo Orwell, «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro» é uma sátira. De aparência naturalista, trata das realidades e do terror do poder político, não apenas num determinado país, mas no mundo — num mundo uniformizado. Foi escrito como um ataque a todos os factores que na sociedade moderna podem conduzir a uma vida de privação e embrutecimento. 
A Laranja mecânica de Anthony Burgess 

Narrada pelo protagonista, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário que então domina a sociedade. 
Fahrenheit 451 de Ray Bradbury 

Fahrenheit 451 é uma novela distópica, que retrata uma sociedade ficcional no século XXI, onde o regime totalitário está determinado a garantir a felicidade dos seus súbditos, e para a alcançar proíbe severamente a posse e a leitura de livros considerados como fonte de problemas e teorias conflituosas. Este é um livro interessantíssimo que retrata uma sociedade altamente tecnológica e embrutecida, mas onde não há felicidade, apenas esquecimento e escuridão.
A máquina do tempo de H. G. Wells

Em A máquina do tempo, um viajante no tempo, depois de mergulhar mais de oitocentos mil anos no futuro, vislumbra uma trágica sociedade dividida em duas facções: os ociosos e pacíficos Eloi, à imagem das classes altas da época vitoriana, e os bárbaros e predadores Morlocks, confinados aos subterrâneos do planeta. Paralelamente, A Máquina do Tempo encerra uma filosofia da evolução humana e uma crítica à sociedade do tempo de H. G. Wells, com inevitáveis ecos no presente, alertando para as consequências do fosso crescente entre classes e para a exploração e miséria humana. Escrito na viragem do século, numa era vitoriana de progresso científico e industrial, este livro viria a conhecer um enorme êxito e perduraria como uma das principais fantasias da literatura e do cinema.

Para saber mais consulte:

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quarta-feira, 5 de junho de 2019

Novidade na Biblioteca: O sabotador de Andrew Gross

Lisboa: Clube do Autor, 2019
Fevereiro de 1943. Os Aliados descobrem que os nazis estão perigosamente perto de construir uma arma decisiva para o desfecho da guerra. E têm de fazer tudo para os impedir.

Kurt Nordstrum é um engenheiro que faz parte da resistência que quer livrar a Noruega da influência de Hitler. Após perder a noiva, foge para Inglaterra, levando provas secretas sobre o progresso dos nazis na construção da bomba atómica. Determinado a prejudicar os planos dos alemães, junta uma equipa de resistentes e treina-os para a incursão mais ousada da guerra.

Avançando num dos terrenos mais inóspitos da Europa, lutando contra tempestades e desafiando o destino, a equipa de Nordstrum tem como alvo uma fábrica isolada, altamente vigiada pelos alemães, construída numa plataforma que se acredita ser impenetrável e de onde outros soldados não conseguiram voltar.

Com o destino da guerra em mãos, e em nome da lealdade e do dever, ele coloca em risco a pessoa que mais quer proteger. No final, o que estará disposto a sacrificar?

Inspirado na sabotagem à fábrica em que os alemães produziam a água deuterada, fundamental para o desenvolvimento da bomba atómica, O Sabotador recria uma das mais arriscadas missões da guerra. O último sobrevivente do ataque real, Joachim Ronneberg, morreu em outubro de 2018.

Fonte: Badana do livro

Para saber mais sobre o autor e a sua obra consulte:


Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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