Amadora: Topseller, 2021 ISBN 978-989-564-803-0 |
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Novidade na Biblioteca: "Cinquenta palavras para a chuva" de Asha Lemmie
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Fundo local enriquecido: "Utopia Mirandum" de Rui Cruz
Arganil: ed. autor, 2021 ISBN 978-989-33-2041-9 |
Através do livro "Utopia Mirandum" Rui Cruz tenta destruir narrativas vigentes, numa época de crise, propondo ao leitor uma nova narrativa. (Luís Novais)
Numa sala de um tribunal, 3 desconhecidos, por razões quase ridículas, travam um conhecimento pessoas, que em breve se transformou em amizade e cumplicidade, a tal ponto que tomaram a iniciativa de mudarem radicalmente as suas vidas, partindo para uma epopeia que os levou ao acaso histórico de fundarem um país diferente, ousado, polémico e certamente estranho.
Este texto narra, na primeira parte, as aventuras que se viveram até ao nascimento da nação e depois, nas partes seguintes, aproveita os incidentes e picardias que se seguiram e que condicionaram a forma como se organiza a vida e a sociedade nessa terra, fazendo uma breve visita às suas instituições e aos conceitos determinantes, sendo certo que trata de uma forma simples de temas bastante controversos e eventualmente potenciadores de muita polémica.
Mais que uma história por vezes bem-humorada, por vezes muito sarcástica, por vezes demolidora, trata-se de um documento em que se lançam as bases daquilo que justamente se pode chamar uma nova utopia, a que o autor chama a UTOPIA MIRANDUM.
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Novidade na Biblioteca: "Gente ansiosa" de Fredrik Backman
Porto: Porto Editora, 2022 ISBN 978-972-0-03504-2 |
Gente Ansiosa é uma comédia tocante e profunda do sueco Fredrik Backman. Neste livro, o autor surpreende-nos com uma história sobre pessoas aparentemente idiotas, unidas por uma situação insólita. Ou, se calhar, por várias. (fonte: Lux woman)
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
14 de fevereiro - Dias dos Namorados
Amar
Que pode uma criatura senão,
Carlos Drummond de Andrade
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Sugestão de leitura: "Amores imperfeitos" de Helena Sacadura Cabral
Lisboa: Clube do autor, 2021ISBN 978-989-724-592-3Amores imperfeitos inclui histórias sobre mais de cinquenta vidas. "Umas que aconteceram. Outras, que podiam ter acontecido. Leia-as devagar e no fim de cada uma delas pergunte a si própria: «E se tivesse sido comigo, como reagiria?» Porque quando alguém escreve um livro que é publicado, ele deixa de ser seu, para passar a ser o que cada um vê nele. Possivelmente, é na resposta a esta questão e na fusão que se dá com o leitor, que residirão a beleza e mais-valia de um livro!" (Helena Sacadura Cabral)
Histórias de amores, intensos e verdadeiros, efémeros e volúveis, inesquecíveis e perdidos no tempo, narradas com a ternura e o humor que caracterizam Helena Sacadura Cabral. Retratos de mulheres inspiradoras que cumpriram o seu destino e nos dão um vislumbre da complexidade da alma e da força do carácter feminino.
Este livro apresenta várias histórias de vida. Umas são fruto da imaginação da autora. Outras aconteceram, de facto. E outras, ainda, conquistam-nos pela combinação entre ficção e realidade. Mas todas têm algo que aconteceu ou poderia ter acontecido. Profundamente humanas e inspiradoras, estas histórias abordam alguns dos temas mais sensíveis da sociedade, desde as grandes conquistas no feminino (nos mais variados campos), até questões fracturantes como o aborto, a violação ou a homossexualidade.
Contadas na perspectiva feminino, as histórias fazem pensar por vezes no seu reverso, naquilo que se teria passado no coração e na cabeça dos homens que também as viveram. Ao colocar a tónica na mulher, Helena Sacadura Cabral revela feitos por vezes esquecidos e como tem sido longo e difícil o caminho da afirmação feminina.
Fonte: Badana do livro
Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022
Tempo para a poesia LXXXIX
Pedi ás selvas um consôlo amigo,
e um dôce abrigo quiz achar então,
abrindo ás auras o sacrário da alma,
aonde a calma êu procurava em vão.
E mêsmo lá, n'um delirar de louco,
vi que era pouco algum prazêr, que tive!
É que, inda à sombra de florífera râma,
longe do que âma, o coração não vive.
Tudo nos bosques era gala e festa!
tôda a floresta pâra mim sorria!
Sentei-me... ergui-me... dôidejei... ás flôres
contei amôres, que ninguem sabia.
Por entre as matas de um odôr selvagem,
corria aragem, não faltava luz!
o sol gravava, em sêu formôso manto,
o mago encanto, que a solidão produz!
Mâs... ai! fui triste! Olhei ao longe e ao perto,
e o olhar incerto não te viu, amôr...
a ti, ó ente, que a minha alma entendes,
e que me prendes, com estrânho ardôr.
Êu quiz mirar-te n'um gentil regato,
que d'entre o amto se escoava a mêdo,
parei... fugiste, celestial miragem,
bem como a aragem, por entre o arvorêdo
Quiz a cabêça recostar-te ao braço,
no têu regaçõ delirar... cair...
sentir o arfar do têu virgínio sêio,
e em dôce enlêio a tua fala ouvir.
- Engâno! engâno! - dizia êu tremênte!
- Engâno! - a mente me bradava ainda!
Fôi-se o desêjo... tudo lá faltava...
só me restava uma suade infinda.
E essa saudade, que êu então sentia,
e essa gonia, que êu então sofri,
estão na FLÔR - que te mandei -, objecto
que diz o afecto, que me prendi a ti.
Maio - 1872
Sanches de Frias in Horas perdidas
(livro disponível para consulta na Biblioteca Municipal de Arganil)