terça-feira, 28 de maio de 2019

Tempo para a poesia (LII)

Mata… 

Na minha terra há uma mata!
Ou por outra,
na minha terra há muitas matas…
Mas esta é especial.
Sabem porquê especial?
Por todos nós é amada,
conhecida e explorada:
- é a Mata do Hospital!
À sombra das suas árvores
dormem mil recordações…
Do chão vem o cheiro a barro,
no ar a seiva dos pinheiros,
essência que se desprende,
enche e lava os pulmões.
És berço da passarada
Que faz chegar seus trinados
ao coração de Arganil.
Inspiração de poetas…
És geradora de sonhos,
dos que em anos mais risonhos
miram o teu céu anil.
És a testemunha muda
de amores e devaneios.
Nos teus trilhos e carreiros
tantas, tantas gerações
deram saudosos passeios.
Bem-haja a toda a equipa
que com saber e ciência,
arte amor e persistência,
desenvolveu esforços mil
p’ra mais beleza criar
e tanto valorizar
este brinco de Arganil.

Maria Albertina Dinis Jorge in Teia de emoções

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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Novidade na Biblioteca: A morte do comendador de Haruki Murakami

A cena repete-se todas as noites. Pouco antes das duas da manhã, o narrador ouve um som ao longe. Um sino antigo, oriundo das profundezas do tempo. Inquieto, o protagonista sem nome mergulha na floresta e descobre um santuário feito de pedras quadradas. Realidade ou fantasia? 

Em A Morte do Comendador, um retratista sem nome, de 36 anos, subitamente abandonado em Tóquio pela mulher, acaba por ir viver para a misteriosa casa de montanha de um famoso artista. A descoberta de um quadro inédito no sótão dessa casa desencadeia uma série de misteriosos acontecimentos e constitui o pretexto para explicar metaforicamente os acontecimentos da vida do protagonista sem nome. A pintura que dá o mote ao romance, essa tem título - A Morte do Comendador - e remete para a ópera Don Giovanni, de Mozart. 

Dividido em duas partes, A Morte do Comendador elege a música e a pintura como artes privilegiadas e aborda a solidão e o amor, a arte e o mal, temas bem conhecidos dos leitores, a par da paternidade, tópico inédito nos romances de Haruki Murakami, considerado pelo The Guardian «um dos maiores romancistas da actualidade». 

Uma das narrativas mais ambiciosas de Haruki Murakami, A Morte do Comendador constitui uma homenagem ao romance O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald.


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terça-feira, 21 de maio de 2019

Geek girl: uma colecção divertida e inteligente!


Geek Girl acompanha a vida de Harriet Manners, geek por convicção e modelo por um golpe do destino. Em Agora sou chique, Harriet vê a sua vida mudar radicalmente ao ser descoberta por uma agência de modelos, em Peixe fora de água a jovem protagonista experiencia o vertiginoso mundo da moda, com viagens intercontinentais e muitas peripécias inesperadas. 

Ao acompanhar as aventuras e desventuras de Harriet, a colecção aborda temas transversais da adolescência: a descoberta das relações, e sobretudo, a conquista da auto-estima e de um lugar próprio no mundo. 


Nota biográfica: Holly Smale é a autora bestseller e premiada da série Geek Girl. Apaixonou-se pela escrita aos 5 anos, quando percebeu que os livros não nasciam nas árvores como as maçãs. Foi descoberta por uma agência de modelos em Londres quando tinha apenas 15 anos, e passou os dois anos seguintes a tropeçar em passerelles, a corar diante dos fotógrafos e a partir objetos que jamais conseguiria pagar. Assim, depressa se desiludiu com a profissão, procurando de imediato novos caminhos. A paixão pelas viagens, pela aventura e por andar descalça levaram-na a correr meio mundo: visitou 27 países, passou dois anos a ensinar a língua inglesa no Japão, fez voluntariado no Nepal e ficou sem dezenas de auriculares na Austrália, Indonésia e Índia. Holly é licenciada em Literatura, especializada em Shakespeare e vive, atualmente, em Londres. Os seus livros estão traduzidos em 28 línguas e venderam mais de 1 milhão de exemplares, só no Reino Unido.

Os volumes 1 e 2 desta colecção estão disponíveis para empréstimo 
na Sala Jovem da Biblioteca Municipal de Arganil.

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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação

O objetivo do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação (WTISD) é ajudar a aumentar a consciência das possibilidades que o uso da Internet e outras tecnologias de informação e comunicação (TIC) pode trazer para as sociedades e economias. A data também tem como objetivo ajudar a reduzir a exclusão digital.

O dia 17 de maio marca o aniversário da assinatura da primeira Convenção Internacional do Telégrafo e a criação da União Internacional de Telecomunicações. 

Durante as últimas três décadas, a Internet transformou-se num recurso mundial sem paralelo, que engloba os mundos do saber e do lazer. Com milhões de utilizadores no mundo inteiro, é um meio de comunicação que não para de se desenvolver. Está na base das nossas sociedades cada vez mais interdependentes e interligadas, estimula a economia mundial, incentiva as trocas e o comércio e contribui para a melhoria dos cuidados de saúde, da produção alimentar e da educação. 

Também na literatura, quer seja de ficção ou não ficção, esta temática tem estado presente, e são cada vez mais os autores que nas suas obras se debruçam sobre as potencialidades e desafios das novas tecnologias na vida das sociedades e dos seus cidadãos. 

Eis algumas das nossas sugestões:

Em Negócios à velocidade do pensamento: com um sistema nervoso digital, o presidente da Microsoft, Bill Gates, defende que a tecnologia contribui para uma melhor gestão das empresas e assegura que, num futuro próximo, revolucionará a natureza das actividades comerciais. O êxito, diz Bill Gates, será alcançado por todos aqueles que criem um «sistema nervoso digital», capaz de unificar a gestão de operações, vendas e informação, permitindo uma maior rapidez na tomada de decisões e na adopção de estratégias e optimizando a aprendizagem.

Fonte: www.bertrand.pt
Ganhar com o Facebook de Brian Carter
Hoje em dia as pessoas não se limitam a "estar" no Facebook. Na verdade, é um dos lugares onde estão mais envolvidas.
O marketing no Facebook já não é opcional - mas a área está cheia de exageros, tolices e soluções falsas que não dão resultados. Este livro dá-lhe o que realmente precisa: um plano completo, passo a passo, para maximizar o seu retorno no Facebook.

Fonte: www.bertrand.pt

O círculo de Dave Eggers

No dia em que Mae Holland é contratada para trabalhar no Círculo, a empresa de Internet mais influente do mundo, sabe que lhe concederam a oportunidade da sua vida.

Através de um inovador sistema operativo, o Círculo unifica endereços de e-mail, perfis de redes sociais, transações bancárias e códigos de utilizador, construindo uma identidade virtual única no sentido da criação de uma nova era de transparência.

Mae Holland entusiasma-se com a atividade da empresa e sente-se feliz por nela participar. No entanto o que começa como uma fascinante história de ambição profissional e idealismo depressa se transforma num romance de suspense que coloca algumas das mais entusiásticas questões da atualidade: o papel da memória, o passado, a privacidade, a democracia e os limites do conhecimento.

Fonte: adaptado da contracapa do livro

Jogos de Raiva de Rodrigo Guedes de Carvalho
Um homem levanta a voz acima da algazarra de conversas. E pede que ponham mais alto o som do televisor do restaurante. É então que todos reparam no que ele vê. Não percebem ou não acreditam. E na rua, no bairro, na cidade, no país, homens, mulheres e crianças vão-se calando. Está por todo o lado, a imagem horrível e hipnotizante. O homem que pediu silêncio leva as mãos à cara e pensa: como chegámos aqui?

A era da comunicação global trouxe inimagináveis maravilhas. Partilhas imediatas de ensinamentos, denúncias e solidariedades. Mas permitiu também que saísse das cavernas uma realidade abjecta. Insultos, ameaças, ironias maldosas. Nunca, como hoje, a semente do ódio foi tão espalhada. 

É sobre este pano de fundo que se conta a história de uma família. Três gerações a olhar para um futuro embriagado num estado de guerra. Uma família que esconde, enquanto puder, um segredo. 
Jogos de Raiva traça duros retratos sem filtro sobre medos e remorsos, sobre o racismo, a depressão, a sexualidade, o jornalismo, a adopção, a arte e a amizade. E o poder das histórias. 
É sobre a urgência da confiança, da identidade e do amor. 
É um livro sobre todos nós, à deriva num novo mundo.

Fonte: contracapa do livro

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Novidade na Biblioteca: A rapariga do tambor de John Le Carré

Charlie, uma jovem atriz inglesa, está habituada a desempenhar diversos papéis. Mas quando o misterioso Joseph, com as suas cicatrizes de batalha, a recruta para os serviços secretos israelitas, ela entra no perigoso «teatro do real». Ao desempenhar o seu papel num intrincado plano de alto risco para prender e matar um terrorista palestino, este seu novo desempenho ameaça consumi-la.

Situada na trágica arena do conflito do Médio Oriente, esta emocionante história de amor e lealdades traídas desenrola-se com uma guerra impossível de vencer em pano de fundo.

Um romance de espionagem perturbador e profundamente atmosférico, adaptado a série de televisão, com Florence Pugh, Alexander Skarsgård e Michael Shannon nos principais papéis.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 14 de maio de 2019

Tempo para a poesia LI

Cômoros do passado

Locais que calam todas as dores
passadas, vestidas com várias flores
de nuvens pardas, açoitadas pelos ventos
nas manhãs abertas que as noites escorraçam
e as estrelas tremeluzentes, que no céu passam,
tremulam como um mar de pensamentos.

Candeias de silêncio iluminado, acesas,
são vertigens, miragens, são incertezas,
no atro murmúrio de uma noite escura;
poças, agulheiros, moinhos e levadas,
desfazem-se em angústias, angustiadas,
em dores escondidas nas nascentes e minas.

Debruçados no patamar da calma.
em cada momento, no respirar da alma,
videiras, feijões e grandes milherais,
são recordações em fugas apressadas
com dias e tardes hoje desmaiadas,
nos cômoros de tempos já passados.

Jaime Lopes in Memórias do futuro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 9 de maio de 2019

Opinião de leitor: Chamavam-lhe Grace de Margaret Atwood


Margaret Atwood é uma das escritoras canadenses de maior renome, tendo publicado mais de 40 livros de ficção, poesia e ensaio. A história de uma serva (1985) é uma das suas obras mais conhecidas.

Chamavam-lhe Grace, publicado em 1996, foi vencedor do Giller Prize do mesmo ano e, relata, baseada em factos verídicos, a história de Grace Marks, envolvida nos assassínios de Thomas Kinnear, o seu patrão, e Nancy Montgomery, a sua governanta, em 1843.

Grace Marks e James McDermott foram condenados pelo crime. McDermott foi executado e, Grace condenada a prisão perpétua na penitenciária de Kingston. Apesar de ao longo dos anos muitos se terem debruçado no estudo e análise deste caso, até hoje, não é certo quão envolvida Grace Marks esteve nestes crimes. O romance Chamavam-lhe Grace dá ao leitor a oportunidade de fazer o seu próprio julgamento.

A narrativa acompanha o percurso de Grace nos anos que antecedem ao crime e nos anos em que esteve na prisão. Durante este período houve sempre quem acreditasse na inocência de Grace e tentasse prová-la. Assim um grupo de defensores de Grace pede ajuda ao Dr. Simon Jordan, um especialista em saúde mental, que vai tentar ouvir a história de Grace e tentar fazê-la recordar/ libertar as memórias esquecidas.

Cada capítulo é iniciado com uma pequena ilustração e com a transcrição de citações diversas. O romance desenvolve-se a um ritmo agradável e a forma como está escrito, de certa forma deixando ao leitor a decisão sobre a inocência ou não da protagonista, torna a leitura deste livro fascinante e extremamente envolvente.

Um livro cuja leitura recomendo.

Miriel de Vocht

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Sugestões de leitura da Sala Jovem

O Fim da Inocência de Francisco Salgueiro
Alfragide: Oficina do Livro, 2016

Aos olhos do mundo, Inês é a menina perfeita. Frequenta um dos melhores colégios nos arredores de Lisboa e relaciona-se com filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Por detrás das aparências, a realidade é outra, e bem distinta. Inês e os seus amigos são consumidores regulares de drogas, participam em arriscados jogos sexuais e utilizam desregradamente a internet, transformando as suas vidas numa espiral marcada pelo descontrolo físico e emocional. 

Francisco Salgueiro dá voz à história real e chocante de uma adolescente portuguesa, contada na primeira pessoa. Um aviso para os pais estarem mais atentos ao que se passa nas suas casas.


Nunca desista dos seus sonhos de Augusto Cury
Lisboa:11/17, 2015
Os sonhos são como uma bússola que nos indica quais os caminhos a seguir e as metas a alcançar. São eles que nos impulsionam, nos fortalecem e nos permitem crescer. Se tivermos sonhos pequenos, a nossa capacidade de sucesso também será limitada. Desistir dos sonhos é abdicar da felicidade, pois quem nem sequer tenta alcançar os seus objectivos está condenado a ter uma taxa de insucesso de cem por cento.

Analisando a trajectória vitoriosa de grandes sonhadores — como Jesus Cristo, Abraham Lincoln e Martin Luther King —, Augusto Cury convida-nos a repensar a nossa vida e instiga-nos a nunca deixar morrer os nossos sonhos.


Se algum destes livros te chamou a atenção requisita na Biblioteca Municipal de Arganil. 
Se queres conhecer outras sugestões de leitura pesquisa no marcador "Sala Jovem" ou explora o nosso catálogo online.

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