terça-feira, 31 de julho de 2018

Sugestão de leitura: Escuta a minha voz de Susanna Tamaro

A recordação que mais a assombra é a do dia em que a árvore do quintal foi cortada, era ainda criança, de como foi brutalmente dilacerada, como as suas raízes, teimando não deixar a terra, foram  arrancadas como se de um troféu se tratassem. Anos decorridos, numa alma em que habita ressentimento, em que a dor é uma condição para se sentir viva, tudo se despedaçou na vida da protagonista como a árvore da sua infância, e é por sentir que também algo lhe falta, lhe foi truncado que ela decide partir em busca de si própria através dos trilhos sinuosos da história da sua família, aquela que é também a sua história. 

Numa prosa que se espraia em matizes de indiscutível beleza, diversas gerações entrelaçam-se como os ramos da árvore, e a voz que se faz escutar, tacteando ao longo do tronco, em busca das raízes que a abraçam e estrangulam, vai descobrir que a sua demanda é acima de tudo coroada pelo afecto, a seiva unificadora que obrigará a árvore a voltar-se para a luz independentemente dos obstáculos…

Fonte: contracapa do livro


Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Tempo para a poesia XXXVI


Marcello Mathias in Doze Sonetos e uma Canção

Marcello Mathias (1903-1999), foi advogado tendo iniciado a sua carreira em Arganil. Posteriormente dedicou-se à diplomacia, carreira na qual ocupou os mais altos cargos.
É autor do livro de poesia Doze sonetos e uma Canção, Lusco Fusco (escrito sob o pseudónimo Pablo la Noche) e Correspondência entre Marcello Mathias e Oliveira Salazar (1947/1968).

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Novidade na Biblioteca: Jogos de Raiva de Rodrigo Guedes de Carvalho


Um homem levanta a voz acima da algazarra de conversas. E pede que ponham mais alto o som do televisor do restaurante. É então que todos reparam no que ele vê. Não percebem ou não acreditam. E na rua, no bairro, na cidade, no país, homens, mulheres e crianças vão-se calando. Está por todo o lado, a imagem horrível e hipnotizante. O homem que pediu silêncio leva as mãos à cara e pensa: como chegámos aqui?

A era da comunicação global trouxe inimagináveis maravilhas. Partilhas imediatas de ensinamentos, denúncias e solidariedades. Mas permitiu também que saísse das cavernas uma realidade abjecta. Insultos, ameaças, ironias maldosas. Nunca, como hoje, a semente do ódio foi tão espalhada. 

É sobre este pano de fundo que se conta a história de uma família. Três gerações a olhar para um futuro embriagado num estado de guerra. Uma família que esconde, enquanto puder, um segredo. 
Jogos de Raiva traça duros retratos sem filtro sobre medos e remorsos, sobre o racismo, a depressão, a sexualidade, o jornalismo, a adopção, a arte e a amizade. E o poder das histórias. 
É sobre a urgência da confiança, da identidade e do amor. 
É um livro sobre todos nós, à deriva num novo mundo.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas de Arganil.

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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Aprender a ser feliz: quatro sugestões de leitura


Sim, podes ser feliz de Richard Carlson

Nesta obra, Richard Carlson demonstra que a felicidade não tem a ver com as forças exteriores ao nosso controlo, e que, de facto, a felicidade é um estado natural, que se caracteriza pela presença de sentimentos de gratidão, paz interior, satisfação para connosco e para com os outros.
Baseado em cinco princípios psicológicos o autor pretende mostrar-nos como estes podem ser utilizados como instrumentos de navegação que nos guiam através da vida e nos ajudam a dirigir as nossas vidas em direcção à felicidade.

Felicidade: um trabalho interior de John Powell

“os caminhos da felicidade são práticas de vida. Não são coisas simples que possam ser feitas de uma só vez e para sempre. Não é como colocar moedas numa máquina da felicidade e ganhar, de repente, o prémio máximo! (…) a vida é um processo gradual de crescimento, só pouco a pouco podemos praticar os nossos exercícios. O caminho da felicidade é uma ponte que se atravessa devagar, não uma curva fechada que se faz de uma só vez.
Já que a felicidade é um subproduto, quanto mais praticarmos os dez exercícios de vida, mais próximos estaremos da satisfação pessoal e da paz interior. Quanto mais buscarmos a nossa felicidade dentro de nós mesmos e não nas coisas e pessoas, mais experimentaremos um sentido de direcção e significado nas nossas vidas. Lembre-se, não é uma questão de «tudo ou nada», mas de «cada vez mais». Viver é crescer, e o crescimento é sempre gradual. (…)

Excerto do livro
Eu consigo fazer-te feliz de PaulMcKenna

A felicidade é um estado humano natural, tal como a fome, a fúria, a excitação, o aborrecimento, a indiferença e a vigilância. Todas as pessoas, sem exceção, podem ser felizes. A felicidade é o modo através do qual a mente e o corpo o guiam em direcção ao que é mais gratificante para si. (…)
Paul McKenna defende que a diferença entre ser feliz ou não está nos detalhes. A partir de um método baseado em técnicas simples, o autor ajuda-nos a mudar o modo como pensamos e introduz algumas pequenas alterações à “programação” da nossa mente prometendo guiar-nos rumo a uma felicidade cada vez maior.

A fórmula da felicidade de Stefan Klein

Será possível pesquisar cientificamente a felicidade? As neurociências não apenas provam que sim como garantem - podemos aprender a ser felizes. O cérebro humano possui um sistema específico para isso. Este livro apresenta as mais recentes descobertas realizadas nessa área graças à moderna tecnologia do século XXI e ao trabalho de cientistas, médicos, fisiologistas, psicólogos e especialistas em comportamento. O cientista Stefan Klein traça um panorama surpreendente do que vem sendo revelado sobre a relação entre a felicidade e as funções do amor e do sexo, da amizade, do padrão económico, da actividade física, da dependência química e dos medicamentos antidepressivos. Os resultados são orientações fundamentadas que podemos usar para alcançar nosso mais precioso sonho - uma vida feliz, com mais bem-estar, saúde e harmonia em nossos relacionamentos.

Fonte: Google books

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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quinta-feira, 19 de julho de 2018

Relembrando Maria Judite de Carvalho

Maria Judite de Carvalho (1921-1998) nasceu em Lisboa. Desde muito cedo que viveu com as tias paternas, tendo pouco contacto com os pais, que residiam na Bélgica e que acabariam por morrer durante a infância. Após os estudos secundários, matriculou-se na antiga Faculdade de Letras de Lisboa, onde frequentou o curso de Filologia Germânica. Em 1949, ano em que se casou com o professor universitário e escritor Urbano Tavares Rodrigues, foi viver para a França. Foi após o regresso de França, em 1959, que publicou o Tanta gente, Mariana, uma obra considerada pela imprensa da época como uma revelação. Dois anos depois, As palavras poupadas mereceu o Prémio Camilo Castelo Branco. Contudo, Maria Judite de Carvalho publicara em 1949 o seu primeiro conto na revista Eva e em 1953 enviara as «Crónicas de Paris» para a mesma revista. A partir de 1968 foi redactora dos jornais Diário de Lisboa (1968-75), da revista Eva (até 1975) e de O Jornal (1976 a 1983). Colaborou, regularmente, com o «Suplemento Mulheres» do Diário de Lisboa, onde adoptou o pseudónimo Emília Bravo, e escreveu esporadicamente para os jornais República e O Século.
As histórias escritas nos jornais e nas revistas constituem, hoje, documentos fundamentais para o estudo do conjunto da obra, que integra volumes de crónicas, contos, novelas, romance, poesia e teatro.

Adaptado da Sinopse Biobibliográfica do livro Diário de Emília Bravo

Livros da autora disponíveis na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:
"Dotada de uma enorme densidade, toda a obra [de Maria Judite de Carvalho] gira em torno da angústia, da perda, da solidão e da morte, provocadas pelo fracasso das relações amorosas, da degradação, do cansaço de viver, do sentimento de estranheza e fragilidade da condição humana."

Maria Graciete Besse in Jornal de Letras nº 1246 (04.07.2018), p. 11

Para saber mais sobre Maria Judite de Carvalho e a sua obra consulte:

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Novidade na Biblioteca: A casa da praia do açucar de Helene Cooper

Helene Cooper é uma jovem descendente de duas dinastias, que remontam ao primeiro grupo de escravos libertados que partiram de Nova Iorque em 1820 para fundarem a Libéria. Helene cresceu na Praia do Açúcar, junto ao mar, onde se situava a mansão familiar, de vinte e duas divisões. Foi uma infância cheia de criados, carros vistosos, uma villa em Espanha e uma fazenda no interior. Quando Helene tinha oito anos, os Cooper adoptaram uma menina — um hábito vulgar entre a elite liberiana. Eunice, uma rapariga da etnia Bassa, tornou-se, de repente, conhecida como «filha da senhora Cooper». 

Durante anos, as filhas dos Cooper beneficiaram do aparato da riqueza e da vantagem da sua posição social. Mas a Libéria era como uma panela de água a ferver. E, em 1980, um grupo de soldados fez um golpe de Estado, assassinou o presidente e executou os seus ministros. Os Cooper e os amigos foram aprisionados, abatidos a tiro, torturados e as suas mulheres e filhas violadas. Depois de um brutal ataque, Helene, Marlene e a mãe fugiram da Praia do Açúcar e, depois, para a América. Mas deixaram Eunice para trás…

Do outro lado do Mundo, Helene cresceu e tornou- se uma conhecida repórter, trabalhando para o Wall Street Journal e o New York Times e viajando por todo o mundo, mas evitando sempre África. No entanto, em 2003, uma experiência que quase a vitimou, no Iraque, convenceu-a de que a Libéria, tal como Eunice, não podia esperar. Sendo, simultaneamente, uma narrativa muito pessoal e uma análise de um país violento, A Casa da Praia do Açúcar é um relato de tragédia e perdão, contado com uma sinceridade inabalável e o humor de alguém que foi capaz de sobreviver.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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terça-feira, 10 de julho de 2018

Novidade na Biblioteca: O homem de Pequim de Henning Mankell

Em Janeiro de 2006, uma pequena aldeia no Norte da Suécia assiste a um massacre sem precedentes. Dezanove pessoas brutalmente assassinadas é o balanço final. A polícia inclina-se a pensar que só uma pessoa com perturbações mentais poderá ter levado a cabo tamanho acto de violência, mas Birgitta Roslin tem outra opinião. Ao ler a notícia no jornal e se aperceber que tinha relações de parentesco com duas das vítimas, Birgitta decide investigar por conta própria - e tudo indica que também ela se poderá em breve tornar um alvo… 


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terça-feira, 3 de julho de 2018

Sugestão de leitura: O que não é teu não é teu de Helen Oyeyemi

A chave para uma casa, a chave para um coração, a chave para um segredo - chaves, literais e metafóricas, que não se limitam a abrir momentos das vidas das suas personagens; estas chaves prometem-nos também os difíceis labirintos que se estendem para lá disso.

Os contos de Helen Oyeyemi, lembrando contos de fadas, lições de história, mitos e lendas, vivem numa multiplicidade de tempos e paisagens, fazendo com as que as fronteiras de realidades coexistentes se toquem, transformando ladras em heroínas, homens moribundos em pais, e criando bibliotecas de rosas e jardins de livros.

Em O Que não É Teu não É teu, todas as chaves são portas, oferendas e um convite à descoberta de um universo onde a beleza poderá, talvez, existir.

Fonte: contracapa do livro


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