quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Natal da minha infância/ Contrastes

As famílias reuniam-se à volta da farrusca e tosca lateira ou da incandescente braseira de lata ou de cobre, apoiada no estrado de madeira, lavado com sabão amarelo. Bebiam chá, comiam as “filhoses”, os sonhos, as rabanadas, as broinhas e tagarelavam noite dentro.

O coração saltitava no peito dos pequenos, “bêbedos de sono”, espremendo teimosamente as pestanas, cada vez mais pesadas…

Dormiam em sobressalto, estrebuchando de pesadelos, na ânsia de ver um MENINO JESUS, descalço, pezinhos rechonchudos, descer pela chaminé a gemer de cal branca ou forrada de jornais. Pela calada da noite, pé ante pé, evitando qualquer ruído, vinha pôr o presente em cada meia ou num roto sapatinho, reluzente de graxa.

Os olhitos brilhavam como pirilampos, ao acordar durante a noite, pelo ténue rumor do papel que os Divinos pés roçavam de mansinho.

Na manhã seguinte, trocavam, euforicamente, informações com as outras crianças da rua, algumas descalças, pés enregelados, monco no nariz, olhos remelados.

O Menino tinha deixado um pacotinho de papel pardo com um coscorel, dois rebuçados, um torrão de açúcar, sonhos de abóbora e, nas pequeninas mentes, sonhos, sonhos, sonhos até às estrelas celestes…

Neste momento, o pensamento dos sobreviventes voa para o Céu… tentando, com saudade, descobrir a Lurdes e a Eulália, as mais entusiastas.

Em casas mais abastadas, reunida à mesa da consoada uma família de mais de 30 pessoas, onde o peru era rei e a alegria e a amizade não tinham limites, reluziam uma máquina de costura, um fogão ou um minúsculo regador de lata, as panelinhas de alumínio “topo de gama”, um automóvel, um baralho de cartas, uma gaita ou um assobio de barro, retirados do grande saco que aparecia inexplicavelmente junto da lareira, enquanto consoávamos.

Corridas loucas por toda a casa à descoberta do Menino Jesus! Em vão…

- Para o ano não vamos estar distraídos. Havemos de apanhá-lo!

Brinquedos partilhados em jogos inocentes com vizinhos ou amigos.

Onde estará reunida esta enorme família? Que vazio deixou no coração das, apenas… três sobreviventes?!!!...

O Presépio, de musgo verde viçoso, carumas e pinhas da Mata ou da Quinta da D. Guilhermina, era feito ao cimo da Quelha sem saída. As figuras eram do barro da Cerâmica, modeladas toscamente com cabelos de feno ou de ervinhas, feitas com tanto entusiasmo e primor que boca, olhos, cabelos e mãos dos artistas eram tudo barro como o burro, a vaca ou os Reis Magos!

Só o menino, emprestado por algum crente adulto, tinha a perfeição das vistosas imagens compradas nas barracas da feira do Mont’Alto. Ele era, afinal, o Divino aniversariante. Fazia quase 2000 anos, mas nascia todos os anos, na noite de Natal, ao cimo da nossa Quelha sem saída, no Cimo de Vila.

Para o aquecer, em substituição do cepo, acendia-se uma pequena fogueira e as brasas eram levadas para as braseiras ou escalfetas das casas mais frias.

O Pai Natal era desconhecido no nosso tempo. Não ousava sair de casa, sentado ao borralho, lá no Pólo Norte. Por acaso já estive na casa dele. Disse-me que carregava tantos brinquedos, para ajudar o Menino Jesus, aborrecido com tanto peso material, desnecessário.

Outrora, o AMOR era o manto azul luminoso que agasalhava cada lar com a centelha de LUZ, trazida da Missa do Galo.

O Pai Natal dava razão ao “Principezinho” de Saint-Exupéry:

“Só com o coração é que conseguimos ver claramente. O essencial é invisível aos olhos!”

Que neste Natal, o Presépio vivo, viva em cada coração!

M. Olívia Nogueira
Arganil, Dezembro 2021

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Correios" de Charles Bukowski

Correios, o primeiro romance de Bukowski, é baseado na sua experiência como empregado dos Serviços Postais dos Estados Unidos ao longo de uma década, e foi publicado num momento em que o seu nome ascendia ao plano do reconhecimento literário universal.Ponto de partida ideal para qualquer leitor que se queira iniciar na prolífica obra de Bukowski, encontramos em Correios as qualidades dos seus restantes trabalhos. Repleto de cenas hilariantes, este romance é também um retrato fiel das frustrações de um funcionário público sofredor.

As suas personagens, entre a ficção e a realidade, captam a essência e a universalidade do ser humano e nós, leitores, continuaremos a topar, em Bukowski, com bebedeiras, mulheres, zaragatas, eventuais rebates de consciência, enfim, com os trambolhões da vida.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Natal 2021 - Um presépio de verdade

 

Texto de Maria Leonarda Tavares dedicado aos "Amigos de ler"

“Amigos de Ler” é um clube de leitores livres e apaixonados pelas suas leituras. Reunimos-nos na segunda segunda-feira do mês, às 21:00 horas, na Biblioteca Municipal de Arganil | Miguel Torga, com os mais variados pretextos – uma ideia, um autor, uma cor, uma página... Memórias dos textos que temos lido.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Judeus portugueses: uma história de luz e sombra" de Esther Mucznik

Barcarena: Manuscrito, 2021
ISBN 978-989-8975-89-8

O que nos diz a história de quase dois mil anos de presença judaica no território que é hoje Portugal? Partindo desta pergunta, a investigadora em temas judaicos Esther Mucznik escreveu um livro que pretende mostrar como “a vida dos judeus portugueses é indissociável da história de Portugal”. (fonte: 7margens)
O que nos diz a história de quase dois mil anos de presença judaica no território que é hoje Portugal?

O judaísmo português é resultado de uma longa história: umas vezes trágica, outras vezes mais serena, mas sempre muito rica. Como financeiros e médicos, filósofos e exegetas, matemáticos e astrónomos, os judeus contribuíram para o desenvolvimento económico, cultural, científico e filosófico de Portugal. Mas esse contributo foi tanto maior quanto maior era a liberdade, a tolerância e a interacção social e política entre os diferentes povos.

A vida dos judeus portugueses é, por isso, indissociável da história de Portugal. Neste livro, Esther Mucznik, escritora e cronista especializada em temas judaicos, cruza a história dos judeus e a história de Portugal em momentos, episódios e personalidades concretas que demonstram essa relação íntima - uma relação feita de convivência e de perseguição, de amor e de ódio, de desterro e de saudade, de reencontro e de reconciliação… de luz e de sombra.

Uma viagem por dois milénios.

Uma história judaica, mas também uma história portuguesa.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Regresso ao inferno" de Nelson DeMille



Barcarena: Marcador, 2021
ISBN 978-989-754-512-2
"Um homem despótico e violento que considera a mulher o seu melhor troféu e que está preparado para o pior para a manter. O ódio e a violência escreverão o resto da história da qual ninguém sairá ileso. Nem mesmo o leitor."
Depois de vinte e cinco anos a trabalhar no mundo sombrio da espionagem, Keith Landry está de regresso a casa. Enquanto conduz pela autoestrada, a cantarolar ao som de alguns compassos de «Homeward Bound», os anos ao serviço do governo dos Estados Unidos estão rapidamente a tornar-se uma memória distante.

Está seguro. Está sozinho. E a vida nunca foi tão doce quando surgem as placas a indicar a sua cidade natal, Spencerville.

Keith Landry prometeu a si mesmo que não haveria mais violência, não haveria mais mortes. Mas um encontro casual com a namorada de infância, Annie Baxter (ex-Prentis), impede-o de cumprir essas promessas.

À medida que a paixão volta a surgir entre eles, surgem os problemas, pois Annie é casada com o xerife Baxter, um homem violento e sádico que manda em Spencerville. E ele não tolera rivais perto da sua mulher.

Principalmente Keith Landry.

Fonte: badana do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Tempo para a poesia LXXXVII

 

Queria ser poeta

Queria ser poeta
Cantar
Sentir
Chorar
Queria ser poeta
E poder cantar
Quando chora o meu coração
Chegar à alma
Quando os ouvidos não escutam
E a mente não entende

Queria ser poeta
Ser humilde
Ser...
Tocar-me
Sentir-me envolta
Num manto de desassossego
E assim entender o ser

Queira ser poeta
E olhar a distância
Olhar esta distância
Navegar no mar de olhos alheios
Culpar a Providência
Ou quem sabe
Dar-Lhe graças

Queria ser poeta
E cantar
Cantar
Pelo menos uma vez
O que é ser poeta!

Odete Costa Semedo in Entre o ser e o amar

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "A filha do irlandês" de V. S. Alexander

Porto Salvo: Saída de Emergência, 2021
ISBN 978-989-773-379-6

"Ao pensar na colheita, todo o sentimento de felicidade e a vontade de cantar e contar histórias se esfumaram. Sem batatas, não teriam o que comer. O pai ver-se-ia na posição delicada de cobrar aos rendeiros rendas que estes não poderiam pagar."
Um romance inesquecível de força e resiliência na Irlanda do século XIX

Irlanda, 1845. Para Briana Walsh, nenhum lugar se compara a Carrowteige, no condado de Mayo, com os seus campos verdejantes e penhascos rochosos com vista sobre o Atlântico. As pequenas quintas que cercam a centenária Lear House são administradas pelo seu pai, feitor do rico e imprudente Sir Thomas Blakely. Os rendeiros vendem a aveia e o centeio que cultivam para pagar a renda a Sir Thomas, sobrevivendo com as batatas que florescem nos restantes pedaços de terra.

Mas quando a produção de batata é assolada por uma praga devastadora, as famílias que Briana conheceu durante toda a vida ficam sem comida, sem recursos e à mercê do impiedoso proprietário, que parece indiferente a tudo exceto ao lucro. Rory Caulfield, o jovem camponês com quem Briana espera casar, partilha do desespero dos rendeiros — e da sua raiva. Fala-se de represálias violentas contra a nobreza insensível e os seus representantes. A tensão religiosa é também palpável, e ninguém parece saber em quem confiar.

Com a fome e as doenças a alastrarem pelo país, matando e deslocando milhões, Briana sabe que deve encontrar uma maneira de guiar a sua família por um dos momentos mais sombrios da Irlanda — em direção à esperança, ao amor e a um novo recomeço.

Leia aqui as primeiras páginas. Gostou?
Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Niketche" de Paula Chiziane


Lisboa: Caminho, imp. 2021
ISBN 972-21-1476-X
Rami, casada há vinte anos com Tony, um alto funcionário da polícia, de quem tem vários filhos, descobre que o partilha com várias mulheres, com as quais ele constituiu outras famílias. O seu casamento, de «papel passado» e aliança no dedo, resume-se afinal a um irónico drama de que ela é apenas uma das personagens. Numa procura febril, Rami obriga-se a conhecer «as outras». O seu marido é um polígamo! Na via dolorosa que então começa, séculos de tradição e de costumes, a crueldade da vida e as diferenças abissais de cultura entre o norte e o sul da terra que é sua, esmagam-na.

E só a sabedoria infinita que o sofrimento provoca lhe vai apontando o rumo num labirinto de emoções, de revelações, de contradições e perigosas ambiguidades. Poligamia e monogamia, que significado assumem? Cultura, institucionalização, hipocrisia, comodismo, convenção ou a condição natural de se ser humano, no quadro da inteligência e dos afetos? Paulina Chiziane estende-nos o fio de Ariadne e guia-nos com o desassombro, a perícia e a verdade de quem conhece o direito e o avesso da aventura de viver a vida.

Niketche, dança de amor e erotismo, é um espelho em que nos vemos e revemos, mas no qual, seguramente, só alguns de nós admitirão refletir-se.

Fonte: Badana do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Fundo local enriquecido: "O Canário na Mina" de Silvia Benedito

 


O Canário na Mina, Option Studio na Harvard Graduate School of Design, é uma incursão nas causas dos incêndios em Portugal e um trampolim para novos cenários de planeamento e design realizados com e para as comunidades rurais. Nessa trajetória, CANARY repensa cenários que promovam a revitalização dos territórios rurais através dos potenciais eco culturais, sociais e económicos das suas paisagens. (...)

“O Canário na Mina: Incêndios e comunidades rurais no interior de Portugal” é uma obra de  Sílvia Benedito, docente da Universidade de Harvard (EUA), que reúne os resultados de estudos em várias aldeias do concelho de Arganil, pela arquiteta e professora e, pelos seus alunos, e que resulta de uma parceria firmada entre a Universidade de Harvard e o Município de Arganil em 2018.

Os trabalhos desenvolvidos propõem possibilidades de desenvolvimento que conjugam resiliência e incêndios, ecologia e economia e refletem uma variedade de cenários interdisciplinares e metodologias de trabalho focados no desenho da paisagem do concelho de Arganil, das aldeias, da sua envolvente e do espaço florestal.

Livro disponível para consulta na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Quem estiver interessado em adquirir um exemplar, pode fazê-lo na livraria da Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Sugestão de leitura: "Hotel silêncio" de Audur Ava Olafsdóttir

 

Lisboa: Quetzal, 2019
ISBN 978-989-722-539-0

Jónas Ebeneser está no limiar dos quarenta e nove anos. É um homem divorciado, heterossexual, sem relevância social ou vida sexual. E tem a compulsão de consertar tudo o que lhe aparece à frente. Tomou recentemente conhecimento de que não é o pai biológico da sua filha. Isso despedaça-o e fá-lo mergulhar numa crise profunda.

Com grande mestria, num estilo poético e finamente irónico, Ólafsdóttir mostra neste romance a capacidade de autorregeneração de um homem que redescobre um sentido para a vida através da bondade, mesmo que o faça a partir das profundezas do desespero.

Ör («cicatriz», no original) foi galardoado em 2016 com o Prémio de Literatura Islandesa, o Prémio de Melhor Romance Islandês e o Prémio dos Livreiros Islandeses.

Fonte: contracapa do livro

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Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Tempo para a poesia LXXXVI

 

Poema de Eduardo Gonçalves, para o serão 
Amigos de Ler de novembro, que teve como tema TEMPO

“Amigos de Ler” é um clube de leitores livres e apaixonados pelas suas leituras. Reunimos-nos na segunda segunda-feira do mês, às 21:00 horas, na Biblioteca Municipal de Arganil | Miguel Torga, com os mais variados pretextos – uma ideia, um autor, uma cor, uma página... Memórias dos textos que temos lido.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Ódio" de David Moody


Barcarena: Presença, 2010
ISBN 978-972-4421-0
Ódio é um romance chocante, combinando cenas assustadoras com toques de humor negro. O autor dosa a informação para alimentar a paranoia e perplexidade do leitor, mantendo-o em suspense até a última página.
Todos os dias, Danny McCoyne sai de casa para um emprego que apenas tolera por ter de assegurar a sua sobrevivência e a da sua família. Mas em breve este homem vai descobrir o que verdadeiramente significa sobreviver. De um momento para o outro, começam a ocorrer um pouco por toda a parte cenas de violência extrema. Sem que ninguém saiba explicar porquê, qualquer transeunte normal pode tornar-se de repente um assassino impiedoso que ataca aleatoriamente. À medida que esta estranha epidemia vai alastrando, Danny sente-se na obrigação de proteger a família - mas como quando já não pode confiar em ninguém, incluindo em si próprio…?

Fonte: www.wook.pt
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quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "A liga dos 4"

O estranho caso das 3 professoras.
Lisboa: Séries Comunicação e Design, 2011
ISBN  978-989-97521-0-8

Festival de Verão em risco.
Lisboa: Séries Comunicação e Design, 2011
ISBN 978-989-97521-1-5

Eleições na escola.
Lisboa: Séries Comunicação e Design, 2011
ISBN 978-989-97521-2-2

 "A liga dos 4" é uma coleção de Banda Desenhada concebida pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, com textos de Maria Inês de Almeida e ilustração de Pedro Afonso.

Constituída por 3 histórias, apresenta as aventuras de 4 jovens, André, Pedro, Margarida e Rita.

De forma lúdica esta coleção pretende promover nas crianças e jovens a educação para a saúde, com especial enfoque na doença oncológica.

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sábado, 30 de outubro de 2021

Fundo local enriquecido: Memórias de Pedra de Cleo Dias

 

Vila Viçosa: Quinta Dimensão, 2021

 ISBN 978-1-6780-5978-1

"Memórias de Pedra é uma viagem duma vida desde as origens humildes dum povo através das serranias e das peculiaridades dum modo de vida que aos poucos se tem vindo a perder na azáfama dos dias. Esta é uma caminhada no tempo, recheada de terminologia própria e costumes enraizados numa comunidade que nos recorda o que é ser português e o que faz de nós um povo acolhedor por que somos conhecidos lá fora. (...)
Esta é a viagem, contada na primeira pessoa, duma menina que fez a caminhada, que se atreveu nesta aventura e se fez mulher, sem perder a essência do lugar onde nasceu. As estórias contadas neste relato tão detalhado da envolvência das serranias e dos hábitos dos povos que nela vivem são uma ficção real."

Excerto do prefácio de António Almas

A autora de "Memórias de Pedra" é Maria de Lurdes Dias, nascida em Lisboa no ano de 1965. Foi na pequena aldeia de Pai das Donas, concelho de Arganil, que cresceu e gravou memórias que lhe marcaram o ser, e que constituem o mote para os seus escritos.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Novidade na Biblioteca: "A outra metade" de Brit Bennett

Lisboa: Alfaguara, 2021
ISBN 978-989784-308-2

As gémeas Stella e Desiree Vignes, tão idênticas de feições quanto diferentes de feitio, nasceram para contrariar a profecia.Geração após geração, a comunidade negra desta pequena localidade, no Estado sulista de Luisiana, esforça-se por aclarar o tom da sua pele, favorecendo os casamentos mistos. Desiree e Stella são disso um bom exemplo, com a sua pele «cor de areia húmida», olhos castanho-avelã e cabelo ondulado. Mas a aparência não basta para as livrar do estigma, e acabam por assistir à morte violenta do pai, à humilhação da mãe depois disso.

Aos dezasseis anos, escolhem fugir juntas da terra sufocante. Pretendem escapar ao seu sangue e libertar o seu futuro. Mas a fuga para Nova Orleães acaba por ditar o afastamento das irmãs, até então inseparáveis.

Catorze anos mais tarde, Desiree volta à casa materna, arrastando pelas ruas poeirentas da terra uma filha de pele «negra como o alcatrão», que atrai todos os olhares do lugarejo retrógrado. Stella, por seu lado, tem a vida construída numa mentira: vive na Califórnia, faz-se passar por branca, e o marido nada sabe do seu passado.

Apesar de tantos quilómetros e tantas mentiras a separá-las, os destinos das gémeas estão inevitavelmente entrelaçados. E voltarão a cruzar-se, porque é impossível renegar a metade que nos pertence.

Na saga desta família que atravessa quatro décadas e vários Estados, Brit Bennett cria uma história de apelo universal e intemporal. Não se detendo no inevitável tema central da raça e da identidade, A Outra Metade reflecte sobre o peso do passado no presente, pondera as consequências e os limites da reinvenção pessoal e oferece uma meditação poderosa sobre a família e a liberdade individual.

Um romance sensual, envolvente e inquietante, de uma das grandes revelações da literatura americana dos últimos tempos.

Fonte: contracapa do livro

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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Novidade na Biblioteca: O búfalo da noite de Guillermo Arriaga

 

Dafundo: Oficina do Livro, 2007
ISBN 978-989-555-264-1

"Margarita tentou mas não conseguiu dar-me a notícia que posteriores telefonemas confirmaram: Gregório disparara um tiro na cabeça. Tinham-no encontrado agonizante num charco de sangue, com a mão esquerda ainda agarrada ao revólver.
De pouco serviram as janelas fechadas com tábuas e barras de ferro, a porta sem fechadura, a paciência, o amor, os calmantes, as sessões de choques eléctricos, os meses internado em hospitais psiquiátricos, a dor. A dor." (excerto da obra)
Esta é uma história de um triângulo amoroso à beira da loucura. O suicídio de Gregorio desencadeia em Tania, antiga namorada, e em Manuel, o melhor amigo, uma espiral de ciúmes, traições e culpas que desafia todas as convenções.
Escrito com a agilidade de um guião cinematográfico e com um conjunto de personagens urbanas que se movimentam nas margens da delinquência, este romance explora a geografia emocional e sentimental dos adolescentes de hoje.
Com personagens bem construídas, cativantes e tantas vezes imersas numa atmosfera próxima quer do romance negro quer das melhores páginas de Kafka, O búfalo da noite é, sem dúvida, um thriller que nos mostra os aspectos menos conhecidos da sociedade actual.

Fonte: contracapa do livro

Disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

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terça-feira, 19 de outubro de 2021

Novidade na Biblioteca: Todas as ondas do mar de Kerry Lonsdale

Lisboa: Zero a Oito, 2017
ISBN 978-989-648-941-0

Depois de um desastre avassalador destruir a sua família, Molly Brennan foge do amor da sua vida e dos erros trágicos que cometeu. Passados doze anos, tem uma vida nova com a sua filha de 8 anos, Cassie. Molly é agora professora de História de Arte e cria joias tão únicas e resistentes como o vidro temperado pelas ondas que recolhe junto ao mar, construindo para a filha um ambiente seguro e pleno de amor e carinho - algo que sempre faltou a Molly. Mas quando Cassie é atormentada com visões assustadoras e pesadelos terríveis, Molly vê-se obrigada a regressar ao único local onde jurou nunca voltar: a sua casa de infância.

Fonte: Contracapa do livro

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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Novidade na Sala Jovem: "Espada de Vidro" de Victoria Aveyard

 

S. Pedro do Estoril: Saída de Emergência, 2015
ISBN 978-989-773-081-8

«Aveyard tece um novo mundo cheio de desafios e surpresas repletas de ação e emoções fortes... Inventivo e com personagens intensas.» (Kirkus)
O novo e eletrificante capítulo da série Rainha Vermelha intensifica a luta de Mare Barrow contra a escuridão que cresceu na sua alma… O sangue de Mare Barrow é vermelho mas a sua capacidade Prateada, o poder de controlar os relâmpagos, transformou-a numa arma que a corte real tenta controlar. A coroa acusa-a de ser uma farsa, mas quando ela foge do príncipe Maven - o amigo que a traiu -, Mare faz uma descoberta surpreendente: ela não é a única da sua espécie.

Perseguida por Maven, Mare parte para descobrir e recrutar outros combatentes Vermelhos e Prateados que se juntem à batalha contra os seus opressores. Mas Mare encontra-se num caminho mortífero, em risco de se tornar exatamente no tipo de monstro que está a tentar derrotar. Será que ela vai ceder sob o peso das vidas exigidas pela rebelião? Ou a traição e a deslealdade tê-la-ão endurecido para sempre?

Fonte: contracapa do livro

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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

Serão dos Amigos de ler dedicado à palavra "Madrugada"



Poema e música apresentada pelo autor, Eduardo Gonçalves,
no serão dos Amigos de Ler, no dia 11.10.2021

“Amigos de Ler” é um clube de leitores livres e apaixonados pelas suas leituras. Reunimos-nos na segunda segunda-feira do mês, às 21:00 horas, na Biblioteca Municipal de Arganil | Miguel Torga, com os mais variados pretextos – uma ideia, um autor, uma cor, uma página... Memórias dos textos que temos lido.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Tempo para a poesia LXXXV

 


Bô tendê?: poemas/ Maria Olinda Beja
[Aveiro: Edição de autor, D.L. 1996)

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Sugestão de leitura: "Sentir & Saber" de António Damásio


Lisboa: Temas e Debates, 2020
ISBN 978-989-644-540-9

Nas últimas décadas, numerosos filósofos e cientistas cognitivos têm debatido a consciência como se fosse uma questão à parte, dando-lhe um estatuto especial, o de problema único, não apenas difícil de investigar mas insolúvel. Porém, António Damásio está convencido de que as mais recentes descobertas da Neurobiologia, da Psicologia e da Inteligência Artificial nos facultam as ferramentas necessárias para solucionar este mistério. Em 49 breves capítulos, o autor ajuda-nos a compreender a relação entre a consciência e a mente; porque estar consciente não é o mesmo que estar acordado e não precisa de mente; o papel fundamental dos sentimentos; e a relação entre o cérebro biológico e o desenvolvimento da consciência.

António Damásio não realiza apenas uma síntese entre as descobertas de várias ciências e as perspetivas da filosofia: apresenta a sua própria e original investigação, que tem transformado o entendimento do cérebro e do comportamento humanos.

Fonte: contracapa do livro

Para saber mais sobre esta obra e o seu autor siga o link:


Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

"Falar em Público" de Ana Andrade

 

Lisboa: Matéria-Prima Edições, 2020
ISBN 978-989-769-184-3

Pensar, argumentar, comunicar: a tríade de ouro

Um bom orador, tem, antes de mais nada, de saber o que quer dizer, tem de ter uma mensagem para passar - e, para isto precisa de pensar: porque quero enveredar pelo caminho A e não pelo B? E que estratégias serão as melhores para abordar o assunto? Saberei o suficiente  sobre o tema em causa ou sinto que deveria ir informar-me melhor? Estarei capaz de responder a eventuais questões do público ou dos meus pares? Qual é a mensagem que quero que as pessoas, recebam, afinal?

Excerto da parte III - Falar em Público

Desde a Grécia Antiga que o domínio das palavras e da retórica é sinónimo de poder, na medida em que cativar o outro, convencê-lo das nossas ideias, nos leva longe. Mas nem todos nascemos com esse talento, o que torna o falar em público numa arte de difícil execução.

  • Como fazê-lo apesar do medo?
  • Ou sem a ansiedade que sempre gera?
  • Como encontrar a nossa voz mantendo a autenticidade?
  • Como fazer com que o julgamento alheio não nos faça perder o foco?
Este livro está cheio de exemplos, caminhos, contextos históricos e atuais que o farão olhar para a sua necessidade de falar em público de forma menos assustadora.

Com dicas, sugestões e ideias, é um manual essencial para quem quer fazer-se ouvir, mas teme o resultado final.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo da Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.


sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Tempo para a poesia LXXXIV

 


Ofício Imperfeito/ Paulo Ramalho
Coimbra: A Mar Arte, 1994

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quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Novidade na Biblioteca: "Um fogo lento" de Paula Hawkins

 

Amadora: Topseller, 2021
ISBN 978-989-564-491-9

Um homem é encontrado brutalmente assassinado em Londres, dentro de um barco, o que levanta uma série de questões sobre três mulheres que o conheciam.

Laura é a jovem problemática que foi vista pela última vez com a vítima. Carla é a tia inconsolável, ainda de luto por outro familiar falecido pouco tempo antes. E Miriam é a vizinha bisbilhoteira que encontrou o corpo coberto de sangue, mas que claramente esconde segredos da polícia.

Três mulheres com ligações distintas a este homem. Três mulheres consumidas pelo ressentimento que estão ansiosas por se vingarem do mal que lhes foi infligido. E, quando toca a vingança, mesmo as melhores pessoas são capazes dos atos mais terríveis.

Até onde irão estas mulheres para encontrar a paz de espírito?
E durante quanto tempo podem os segredos arder em fogo lento antes de irromperem em chamas descontroladas?

Com a mesma força com que cativou dezenas de milhões de leitores em A Rapariga no Comboio e Escrito na Água, Paula Hawkins desenvolve brilhantemente uma história inesquecível de segredos, assassínio e vingança.

Fonte: contracapa do livro

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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

O Projeto Acidente de Julie Buxbaum

 

Amadora: Topseller, 2018
ISBN 978-989-90-6

A amizade consegue superar todas as diferenças...


Kit é a rapariga mais gira da escola. David é um rapaz solitário, incapaz de interagir com os colegas. Ele sabe que é pouco provável que Kit alguma vez repare nele.

Até ao dia em que Kit, cansada das conversas fúteis das amigas, decide almoçar na mesa de David. A química é imediata e os dois passam a partilhar o tempo das refeições. Fruto desta nova e inesperada amizade, David começa a aprender a relacionar-se com os outros, e Kit, ainda a recuperar da trágica e recente morte do pai, encontra o ombro de que precisava.

Kit só conseguirá reaprender a viver se descobrir a causa do acidente do pai e, sabendo disso, David decide ajudá-la. Mas nenhum dos dois está preparado para o mistério que estão prestes a desvendar, e é aí que a sua amizade é posta à prova. … será ela capaz de sobreviver à verdade?

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terça-feira, 14 de setembro de 2021

Novidade na Biblioteca: Mulheres que correm com os lobos de Clarissa Pinkola Estés

Barcarena: Marcador, 2016
ISBN 978-989-754-145-2
 
Existe no interior de cada mulher uma força poderosa, feita de bons instintos, de uma criatividade apaixonada e de um conhecimento imemorial. É a Mulher Selvagem, a representação da natureza instintiva da mulher. Ainda assim, uma espécie em extinção. Neste Mulheres Que Correm com os Lobos, a Doutora Estés revela lendas, contos populares e histórias inter-culturais de grande riqueza, a maioria originária na sua própria família, de modo a ajudar as mulheres a restabelecerem os elos com os atributos visionários, saudáveis e selvagens da sua natureza instintiva. Através das histórias e narrativas contidas neste livro notável, recuperamos, apreciamos, amamos e compreendemos a Mulher Selvagem, conservando-a na profundeza das suas psiques enquanto ser mágico e paliativo.

Fonte: contracapa do livro

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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Tempo para a poesia

 

"Canção sobre um motivo eterno" de António Botto
In: Presença: fôlha de arte e crítica nº 10 (15 de março de 1928)

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Tempo para a poesia LXXXII

Pequena Elegia de Setembro

Não sei como vieste,
mas deve haver um caminho
para regressar da morte.

Estás sentada no jardim,
as mãos no regaço cheias de doçura,
os olhos pousados nas últimas rosas
dos grandes e calmos dias de Setembro.

Que música escutas tão atentamente
que não dás por mim?
Que bosque, ou rio, ou mar?
Ou é dentro de ti
que tudo canta ainda?

Queria falar contigo,
Dizer-te apenas que estou aqui,
mas tenho medo,
medo que toda a música cesse
e tu não possas mais olhar as rosas.
Medo de quebrar o fio
com que teces os dias sem memória.

Com que palavras
ou beijos ou lágrimas
se acordam os mortos sem os ferir,
sem os trazer a esta espuma negra
onde corpos e corpos se repetem,
parcimoniosamente, no meio de sombras?

Deixa-te estar assim,
ó cheia de doçura,
sentada, olhando as rosas,
e tão alheia
que nem dás por mim.

Eugénio de Andrade in 'Antologia Poética'

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Novidade na Biblioteca: "Almas Gémeas" de John Marrs

 

Amadora. Topseller, 2019
ISBN 978-989-8864-89-5

"Se um teste de ADN lhe permitisse descobrir a sua alma gémea, estaria disposto a fazê-lo? Uma história inteligente que prova que - mesmo com o apoio da ciência - o amor verdadeiro nunca é fácil." (Irish Sunday Mirror)
Basta um simples teste de ADN para se encontrar o amor.

Esta é a promessa da aplicação Match Your DNA, que apresenta aos seus utilizadores o parceiro que a genética lhes destinou. Desde que este novo sistema surgiu, milhões de pessoas em todo o mundo já encontraram a sua cara-metade.

Mas as consequências não se fizeram esperar: os resultados da aplicação ditaram o fim de inúmeros relacionamentos e muitos casais começaram a pôr em causa as ideias tradicionais de amor, romance e compromisso.

Christopher, Jade, Mandy, Nick e Ellie acabaram de saber os resultados dos seus testes e estão prestes a descobrir, nesta demanda pelo amor, que nem sempre o final feliz está garantido… mesmo quando encontram o seu par ideal. Afinal, até as almas gémeas escondem segredos, uns mais chocantes do que outros.

Fonte: contracapa do livro

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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Novidade na Biblioteca: "Rapariga, mulher, outra" de Bernardine Evaristo

Amadora: Elsinore, 2021
ISBN 978-989-623-289-4

As doze personagens centrais deste romance a várias vozes levam vidas muito diferentes: desde Amma, uma dramaturga cujo trabalho artístico frequentemente explora a sua identidade lésbica negra, à sua amiga de infância, Shirley, professora, exausta de décadas de trabalho nas escolas subfinanciadas de Londres; a Carole, uma das ex-alunas de Shirley, agora uma bem-sucedida gestora de fundos de investimento, ou a mãe desta, Bummi, uma empregada doméstica que se preocupa com o renegar das raízes africanas por parte da filha.

Quase todas elas mulheres, negras e, de uma maneira ou de outra, resultado do legado do império colonial britânico. As suas histórias, a das suas famílias, amigos e amantes, compõem um retrato multifacetado e realista dos nossos dias, de uma sociedade multicultural que se confronta com a herança do seu passado e luta contra as contradições do presente.

Um romance atual, brilhantemente escrito, que repensa as questões de identidade, género e classe com o pano de fundo do colonialismo, da emigração e da Diáspora.

Força narrativa e escrita cativante num empolgante mosaico de histórias de vida que farão o leitor repensar a sua maneira de ver o mundo.

Fonte: contracapa do livro

Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Recordando Jorge Luis Borges

Jorge Luis Borges nasceu a 24 de Agosto de 1899 em Buenos Aires, Argentina. 

Cresceu no bairro de Palermo, «num jardim, por detrás de uma grade com lanças, e numa biblioteca de ilimitados livros ingleses». Em 1914 viajou com a família pela Europa, acabando por se instalar em Bruxelas, e posteriormente em Maiorca, Sevilha e Madrid. Regressado a Buenos Aires, em 1921, Borges começou a participar activamente na vida cultural argentina. 

Em 1923, publicou o seu primeiro livro – Fervor de Buenos Aires –, mas o reconhecimento internacional só chegou em 1961, com o Prémio Formentor, seguido por inúmeros outros. 

A par da poesia, Borges escreveu ficção, crítica e ensaio, géneros que praticou com grande originalidade e lucidez. 

A sua obra é como o labirinto de uma enorme biblioteca, uma construção fantástica e metafísica que cruza todos os saberes e os grandes temas universais: o tempo, «eu e o outro», Deus, o infinito, o sonho, as literaturas perdidas, a eternidade – e os autores que deixam a sua marca. Jorge Luis Borges ficou conhecido como o escritor argentino do mundo.

Foi professor de literatura e dirigiu a Biblioteca Nacional de Buenos Aires entre 1955 e 1973. 

Morreu em Genebra, em Junho de 1986.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Novidade na Biblioteca: "O rapaz escondido" de Katherine Marsh

 

Amadora: Topseller, 2018
ISBN 978-989-8917-37-9

Quando tudo parece perdido, surgem os verdadeiros heróis.

AHMED fugiu da guerra, embarcando numa perigosa viagem da Síria até à Europa. Apesar de perder o pai nesta dura jornada, mantém a esperança de encontrar uma vida melhor em Bruxelas, a cidade que agora o acolhe. Mas depressa percebe como é difícil sobreviver sozinho, e acaba por se esconder secretamente na cave de Max.

MAX é um rapaz americano que se mudou recentemente com a família para a capital belga. Também ele se sente sozinho no mundo e com saudades do seu país. Descontente com a realidade em que agora vive, Max procura novos desafios e aventuras.

Quando os caminhos destes dois rapazes se cruzam, nasce uma amizade inesperada e secreta. Juntos, desafiando todas as regras, preconceitos e convenções, iniciam uma luta heroica e reencontram a esperança e a coragem para mudarem os seus destinos.

Um livro baseado nas experiências reais da autora. Um tributo à resiliência, à amizade e aos heróis que encontramos diariamente no nosso caminho.

Fonte: contracapa do livro.

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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Novidade na Biblioteca: "Uma nova esperança para Samuel" de Ruth Druart


Lisboa: Planeta, 2021
ISBN 978-989-777-453-9

Na gare de uma estação ferroviária na Paris ocupada, uma mãe sussurra adeus. Parece o fim de uma história. Mas é apenas o começo.

Paris, 1944
Empurrada para um comboio com destino a Auschwitz, Sarah, num ato de desespero, entrega o seu maior tesouro, Samuel, a um desconhecido. Tudo o que lhe resta é ter a esperança de que o seu filho recém-nascido sobreviva.

Santa Cruz, 1953
Jean-Luc vive agora na Califórnia com a sua mulher, Charlotte, e o filho Sam. A cicatriz que tem na cara foi um pequeno preço a pagar pela sua fuga aos horrores da ocupação nazi. Mas Jean-Luc nunca esperou que o passado lhe viesse bater à porta.

Uma Nova Esperança para Samuel é um livro poderoso sobre o amor, os laços de sangue e de afeto, a resiliência e a coragem quando tudo parece perdido. Uma leitura inesquecível.

Um romance que vai cativar o coração dos seus leitores.

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