Autor de vários livros de poesia, biografia e investigação, Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa nasceu na Figueira da Foz, em 1957.
Licenciado em história e doutorado em Língua e Cultura Portuguesa, era também ensaísta, declamador, animador cultural e cantor, especialmente intérprete e divulgador da música de Coimbra.
Carlos Carranca presidiu à Direcção da Sociedade de Língua Portuguesa e foi fundador e elemento da Direcção do Círculo Cultural Miguel Torga, bem como sócio fundador da Sociedade Africanóloga de Língua Portuguesa. Integrou o Centro de Estudos de História Contemporânea e foi co-fundador do Centro de Iniciação Teatral.
Adepto da Associação Académica de Coimbra desde a juventude, Carlos Carranca integrava actualmente o Conselho Académico do clube.
É autor de diversos livros, entre os quais Imagem (1981), À procura do amor (1982), O fantasma de Pascoaes (1996), Neste lugar sem portas (2002) e A nostalgia de Deus ou a palavra perdida em Miguel Torga (2001).
A coisa terrível que aconteceu a Barnaby Brocket/ John Boyne Lisboa: Bertrand, imp. 2018
Os Brocket são as pessoas mais
normais do mundo. São respeitáveis, quase enfadonhos, e muito orgulhosos da sua
normalidade. Na verdade, Alistair e Eleanor Brocket torcem o nariz a tudo o que
seja invulgar, estranho ou diferente. No entanto, assim que o seu filho mais
novo Barnaby vem ao mundo, torna-se claro que ele é tudo menos normal. Para
grande vergonha dos pais, Barnaby parece desafiar as leis da gravidade… e
flutua! O pequeno Barnaby é uma criança solitária; afinal de contas, é difícil
fazer amigos quando se passa a vida no ar.
Desesperado por agradar aos pais,
faz tudo o que pode para parar de flutuar, mas simplesmente não consegue. Até
que, num fatídico dia, a mãe de Barnaby decide que não aguenta mais. Afinal,
ela só queria um filho normal - e não uma criança estranha, invulgar e
flutuante! Isso dá mau nome à família… Por isso, Barnaby tem de partir.
Sentindo-se atraiçoado, assustado e sozinho, Barnaby flutua sem rumo, até que
se depara com um balão muito especial. Assim, começa uma viagem mágica à volta
do mundo; da América do Sul a Nova Iorque, do Canadá à Irlanda, e até no espaço
sideral, Barnaby faz uma série de novos e incríveis amigos, e descobre que nada
nos faz tão felizes como sermos quem realmente somos.
O ano mais estúpido do meu irmão mais novo/ Miguel Morais Porto: Porto Editora, 2015
Olá, eu sou o Miguel, e este é o diário do palerma do meu irmão mais novo! Nele vais poder ler os seus enormes disparates, em casa e na escola, esgotando a paciência à família e à professora. Tirando a adoração que tem pelo futebol, seja na PlayStation ou com caneladas a sério, tudo lhe faz confusão e o empurra para um conjunto de trapalhadas, não havendo limites para tamanha estupidez. Até mesmo a Francisca, a miúda por quem ele se apaixonou, quer distância da sua cabeça oca! Mas nem isso ele consegue perceber…
Olá, eu sou o Gonzo! Posso não ter a inteligência do meu irmão mais velho, mas isso não me impede de curtir a vida. Neste livro, não percas a chegada a casa do meu animal de estimação nem os meus jogos de futebol do campeonato da escola. Descobre também como resolvi melhorar a minha imagem com uma tesoura de cortar peixe e como criei a minha fantástica alcunha. Entra nas minhas aventuras de geocaching, vê como me diverti no Carnaval e na Páscoa e como me comportei na apresentação à família da feiosa namorada do meu irmão. Ah, claro, e prepara-te para conheceres o plano brilhante que elaborei para conquistar a Francisca!
"Ursamaior" conta a história de um homicídio que teve lugar na cidade do Porto em 1994. Uma estudante de Medicina foi assassinada pelo antigo namorado em pleno Instituto de Biomédicas. O caso foi amplamente noticiado e Mário Cláudio interessou-se por ele. Após várias visitas ao homicida na prisão, onde contactaria também com outros presos, escreve este romance, a que o próprio chama "psico-reportagem", sobre o mundo que os muros da prisão encerram.
«Não há tristeza maior do que a de ser-se condenado por um crime que não se cometeu. Aguentei como um homem a leitura da sentença, feita por um juiz que revelava nas ventas o asco que sentia por mim. Quando me apercebi da dureza da pena que me ara imposta, o chão fugiu-me por debaixo dos pés, pareceu-me tudo fosco, e apeteceu-me escacar a tralha à minha volta. Mas contive-me (…), comprometendo-me diante do que há de mais sagrado a que não perderiam eles pela demora em me pagar, bem paga, a cilada em que caíra.»
Nota biográfica: Mário Cláudio, de nome verdadeiro Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nasceu no Porto, em 1941. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969).
Autor de uma vasta obra literária foi distinguido com inúmeros prémios, entre os quais Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, Prémio PEN-Clube Português e o Prémio Pessoa.
Nota biográfica:Isabel Pulquério nasceu a 22 de
Novembro de 1926, em Lisboa. Iniciou-se na poesia na década de 50 concorrendo a
jogos florais e concursos literários obtendo numerosos prémios, entre os quais
o Prémio Conde de Monseraz, em 1967 e o Prémio de Manuscritos da Secretaria de
Estado da Informação e Turismo, em 1972.
Ternas, irreverentes e por vezes com final inesperado, as novas histórias de Helena Sacadura Cabral revelam os diversos caminhos em busca do amor e da felicidade.
Reais ou ficcionadas, são fragmentos de vidas que mostram a riqueza do quotidiano e a importância dos afectos.
Estas histórias são o espelho da nossa sociedade inquieta e reflectem a firme convicção de que todos podem ser donos do seu próprio destino.
Fonte: contracapa do livro
Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.
Celebra-se este ano o centenário do nascimento do escritor italiano Primo Levi que aos 27 anos escreveu "Se isto é um homem", obra em que relata os onze meses que passou em Auschwitz.
Em 1982, em entrevista à televisão italiana RAI, Primo Levi refere que "A aventura de Auschwitz não me destruiu nem física nem mentalmente, não destruiu a minha família, nem me privou de uma pátria, de uma casa, de um trabalho. Antes, ofereceu-me um segundo ofício, porque provavelmente eu nada teria escrito se não tivesse tido algo sobre o qual escrever."
Químico de profissão, deixou uma vasta e diversificada obra que inclui para além de ficção, vários ensaios.
Para saber mais sobre o autor e a sua obra consulte:
Primo Levi o passado está sempre à nossa frente por Luciana LeiderFarb in Revista Expresso nº 2441 de 10.08.2019
Aos 16 anos, Maggie Hughes faz algo imperdoável aos olhos da família: apaixona-se e engravida. O nome do rapaz é Gabriel e a relação de ambos é proibida. A bebé vai chamar-se Elodie e não conhecerá o amor dos pais.
Em vez disso, é enviada para um orfanato miserável, onde cresce sem saber o que é ter um lar e uma família. E quando uma lei atribui mais dinheiro aos hospitais psiquiátricos do que aos orfanatos, a situação de Elodie piora dramaticamente. Juntamente com milhares de outros órfãos, é declarada "atrasada mental". O orfanato transforma-se num "hospital" onde as crianças são submetidas a "tratamentos" para doenças que não têm, as janelas estão cobertas por grades e as aulas são substituídas por trabalho pesado.
Maggie, entretanto, faz os possíveis por ter uma vida normal. Mas não consegue esquecer a bebé que foi forçada a abandonar. Após um encontro inesperado com Gabriel, que faz ressurgir memórias avassaladoras do passado, ela decide enfrentar a sua perda. E começa então uma busca desenfreada pela sua menina e pela vida que lhes foi negada…
Joanna Goodman baseou-se em factos reais e na história da sua família para escrever A Casa das Meninas Indesejadas. Um romance que relata um momento negro da História e que é universal na abordagem aos laços indestrutíveis que unem mães e filhas.
Portugal, primeira metade do século XX. Entre os males que assolam um país isolado e retrógrado, a tuberculose ressalta como uma das principais causas de morte. Ainda sem recursos farmacológicos para combater a doença, os médicos recomendam aos infetados o internamento em sanatórios instalados em zonas de altitude. Na serra do Caramulo, outrora uma região pobre e agreste, cresce uma estância sofisticada que, no auge do seu funcionamento, chega a acolher milhares de doentes.
Entre o edifício do Grande Sanatório do passado - onde o drama do jovem Armando se cruza com o dos outros pacientes -, os escombros do presente, visitados por uma rapariga que coleciona histórias de escritores tuberculosos, e as páginas escritas pelo misterioso «R. N.», movem-se almas de todos os tempos: Eduardo, Natália, Carolina e Ernest, mas também Soares de Passos, Júlio Dinis, António Nobre e tantos outros atingidos pela febre das almas sensíveis.
Combinando o registo histórico e a toada fantástica que produziram a magia de Rio do Esquecimento, neste novo romance, finalista do Prémio LeYa, Isabel Rio Novo recupera a memória de uma doença esquecida, que marcou a sociedade de uma época e o nosso imaginário romântico.