sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Adeus a Carlos Carranca (1957-2019)

Faleceu ontem, aos 61 anos, Carlos Carranca. 

Autor de vários livros de poesia, biografia e investigação, Carlos Alberto Carranca de Oliveira e Sousa nasceu na Figueira da Foz, em 1957. 

Licenciado em história e doutorado em Língua e Cultura Portuguesa, era também ensaísta, declamador, animador cultural e cantor, especialmente intérprete e divulgador da música de Coimbra. 

Carlos Carranca presidiu à Direcção da Sociedade de Língua Portuguesa e foi fundador e elemento da Direcção do Círculo Cultural Miguel Torga, bem como sócio fundador da Sociedade Africanóloga de Língua Portuguesa. Integrou o Centro de Estudos de História Contemporânea e foi co-fundador do Centro de Iniciação Teatral. 

Adepto da Associação Académica de Coimbra desde a juventude, Carlos Carranca integrava actualmente o Conselho Académico do clube. 

É autor de diversos livros, entre os quais Imagem (1981), À procura do amor (1982), O fantasma de Pascoaes (1996), Neste lugar sem portas (2002) e A nostalgia de Deus ou a palavra perdida em Miguel Torga (2001).

Obras do autor disponíveis na Biblioteca Municipal de Arganil:


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Novidades da tua "Sala Jovem"

A coisa terrível que aconteceu a Barnaby Brocket/ John Boyne
Lisboa: Bertrand, imp. 2018


Os Brocket são as pessoas mais normais do mundo. São respeitáveis, quase enfadonhos, e muito orgulhosos da sua normalidade. Na verdade, Alistair e Eleanor Brocket torcem o nariz a tudo o que seja invulgar, estranho ou diferente. No entanto, assim que o seu filho mais novo Barnaby vem ao mundo, torna-se claro que ele é tudo menos normal. Para grande vergonha dos pais, Barnaby parece desafiar as leis da gravidade… e flutua! O pequeno Barnaby é uma criança solitária; afinal de contas, é difícil fazer amigos quando se passa a vida no ar.
Desesperado por agradar aos pais, faz tudo o que pode para parar de flutuar, mas simplesmente não consegue. Até que, num fatídico dia, a mãe de Barnaby decide que não aguenta mais. Afinal, ela só queria um filho normal - e não uma criança estranha, invulgar e flutuante! Isso dá mau nome à família… Por isso, Barnaby tem de partir. Sentindo-se atraiçoado, assustado e sozinho, Barnaby flutua sem rumo, até que se depara com um balão muito especial. Assim, começa uma viagem mágica à volta do mundo; da América do Sul a Nova Iorque, do Canadá à Irlanda, e até no espaço sideral, Barnaby faz uma série de novos e incríveis amigos, e descobre que nada nos faz tão felizes como sermos quem realmente somos.

O ano mais estúpido do meu irmão mais novo/ Miguel Morais
Porto: Porto Editora, 2015
Olá, eu sou o Miguel, e este é o diário do palerma do meu irmão mais novo! Nele vais poder ler os seus enormes disparates, em casa e na escola, esgotando a paciência à família e à professora. Tirando a adoração que tem pelo futebol, seja na PlayStation ou com caneladas a sério, tudo lhe faz confusão e o empurra para um conjunto de trapalhadas, não havendo limites para tamanha estupidez. Até mesmo a Francisca, a miúda por quem ele se apaixonou, quer distância da sua cabeça oca! Mas nem isso ele consegue perceber… 

Olá, eu sou o Gonzo! Posso não ter a inteligência do meu irmão mais velho, mas isso não me impede de curtir a vida. Neste livro, não percas a chegada a casa do meu animal de estimação nem os meus jogos de futebol do campeonato da escola. Descobre também como resolvi melhorar a minha imagem com uma tesoura de cortar peixe e como criei a minha fantástica alcunha. Entra nas minhas aventuras de geocaching, vê como me diverti no Carnaval e na Páscoa e como me comportei na apresentação à família da feiosa namorada do meu irmão. Ah, claro, e prepara-te para conheceres o plano brilhante que elaborei para conquistar a Francisca!

Fonte: www.wook.pt

Lê aqui as primeiras páginas!


Lê, porque ler é um prazer!

terça-feira, 27 de agosto de 2019

Livro em destaque: Ursamaior de Mário Claúdio


"Ursamaior" conta a história de um homicídio que teve lugar na cidade do Porto em 1994. Uma estudante de Medicina foi assassinada pelo antigo namorado em pleno Instituto de Biomédicas. O caso foi amplamente noticiado e Mário Cláudio interessou-se por ele. Após várias visitas ao homicida na prisão, onde contactaria também com outros presos, escreve este romance, a que o próprio chama "psico-reportagem", sobre o mundo que os muros da prisão encerram. 
«Não há tristeza maior do que a de ser-se condenado por um crime que não se cometeu. Aguentei como um homem a leitura da sentença, feita por um juiz que revelava nas ventas o asco que sentia por mim. Quando me apercebi da dureza da pena que me ara imposta, o chão fugiu-me por debaixo dos pés, pareceu-me tudo fosco, e apeteceu-me escacar a tralha à minha volta. Mas contive-me (…), comprometendo-me diante do que há de mais sagrado a que não perderiam eles pela demora em me pagar, bem paga, a cilada em que caíra.»
Nota biográfica: Mário Cláudio, de nome verdadeiro Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nasceu no Porto, em 1941. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969). 

Autor de uma vasta obra literária foi distinguido com inúmeros prémios, entre os quais Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, Prémio PEN-Clube Português e o Prémio Pessoa.

Em 2019 o autor celebra 50 anos de vida literária.

Aceda ao catálogo da Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil e descubra que outras obras do autor temos disponíveis para si!

Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Tempo para a poesia LVI



Poema da recordação

Vieste, com luar e borboletas,
tecer a trança das manhãs espessas
onde as maçãs progridem, orvalhadas.
Houve gazelas, brancas à nascença…
Contigo foram, tímidas e trémulas,
a beber toda a água violeta
que coloria as rosas encarnadas.
E tu soltavas das futuras mãos
o pó das nuvens mal equilibradas,
o redondo dos astros que luziam
e um mistério confuso que escorria
do teu hálito de ave estremunhada.
Naquele tempo é que eu notei o sol.
E até hoje não vivo de mais nada.

                                                Isabel Pulquério in Degraus da terra

Nota biográfica: Isabel Pulquério nasceu a 22 de Novembro de 1926, em Lisboa. Iniciou-se na poesia na década de 50 concorrendo a jogos florais e concursos literários obtendo numerosos prémios, entre os quais o Prémio Conde de Monseraz, em 1967 e o Prémio de Manuscritos da Secretaria de Estado da Informação e Turismo, em 1972.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Novidade na Biblioteca: O sal da vida de Helena Sacadura Cabral

Lisboa: Clube do Autor, 2018
Ternas, irreverentes e por vezes com final inesperado, as novas histórias de Helena Sacadura Cabral revelam os diversos caminhos em busca do amor e da felicidade.

Reais ou ficcionadas, são fragmentos de vidas que mostram a riqueza do quotidiano e a importância dos afectos.

Estas histórias são o espelho da nossa sociedade inquieta e reflectem a firme convicção de que todos podem ser donos do seu próprio destino.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Recordar Primo Levi


Celebra-se este ano o centenário do nascimento do escritor italiano Primo Levi que aos 27 anos escreveu "Se isto é um homem", obra em que relata os onze meses que passou em Auschwitz. 
Em 1982, em entrevista à televisão italiana RAI, Primo Levi refere que "A aventura de Auschwitz não me destruiu nem física nem mentalmente, não destruiu a minha família, nem me privou de uma pátria, de uma casa, de um trabalho. Antes, ofereceu-me um segundo ofício, porque provavelmente eu nada teria escrito se não tivesse tido algo sobre o qual escrever."
Químico de profissão, deixou uma vasta e diversificada obra que inclui para além de ficção, vários ensaios.

Para saber mais sobre o autor e a sua obra consulte:
Livros do autor disponíveis na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:


Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Novidade na Biblioteca: A casa das meninas indesejadas de Joanna Goodman

Aos 16 anos, Maggie Hughes faz algo imperdoável aos olhos da família: apaixona-se e engravida. O nome do rapaz é Gabriel e a relação de ambos é proibida. A bebé vai chamar-se Elodie e não conhecerá o amor dos pais. 

Em vez disso, é enviada para um orfanato miserável, onde cresce sem saber o que é ter um lar e uma família. E quando uma lei atribui mais dinheiro aos hospitais psiquiátricos do que aos orfanatos, a situação de Elodie piora dramaticamente. Juntamente com milhares de outros órfãos, é declarada "atrasada mental". O orfanato transforma-se num "hospital" onde as crianças são submetidas a "tratamentos" para doenças que não têm, as janelas estão cobertas por grades e as aulas são substituídas por trabalho pesado.

Maggie, entretanto, faz os possíveis por ter uma vida normal. Mas não consegue esquecer a bebé que foi forçada a abandonar. Após um encontro inesperado com Gabriel, que faz ressurgir memórias avassaladoras do passado, ela decide enfrentar a sua perda. E começa então uma busca desenfreada pela sua menina e pela vida que lhes foi negada…

Joanna Goodman baseou-se em factos reais e na história da sua família para escrever A Casa das Meninas Indesejadas. Um romance que relata um momento negro da História e que é universal na abordagem aos laços indestrutíveis que unem mães e filhas.

Fonte: contracapa do livro


Leia, porque ler é um prazer!

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Sugestão de Leitura: A febre das almas sensíveis de Isabel Rio Novo

Alfragide: Dom Quixote, 2018
Portugal, primeira metade do século XX. Entre os males que assolam um país isolado e retrógrado, a tuberculose ressalta como uma das principais causas de morte. Ainda sem recursos farmacológicos para combater a doença, os médicos recomendam aos infetados o internamento em sanatórios instalados em zonas de altitude. Na serra do Caramulo, outrora uma região pobre e agreste, cresce uma estância sofisticada que, no auge do seu funcionamento, chega a acolher milhares de doentes.

Entre o edifício do Grande Sanatório do passado - onde o drama do jovem Armando se cruza com o dos outros pacientes -, os escombros do presente, visitados por uma rapariga que coleciona histórias de escritores tuberculosos, e as páginas escritas pelo misterioso «R. N.», movem-se almas de todos os tempos: Eduardo, Natália, Carolina e Ernest, mas também Soares de Passos, Júlio Dinis, António Nobre e tantos outros atingidos pela febre das almas sensíveis.

Combinando o registo histórico e a toada fantástica que produziram a magia de Rio do Esquecimento, neste novo romance, finalista do Prémio LeYa, Isabel Rio Novo recupera a memória de uma doença esquecida, que marcou a sociedade de uma época e o nosso imaginário romântico.

Fonte: contracapa do livro

Saiba mais sobre este livro lendo a opinião de João Céu e Silva - Diário de Notícias

Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Tempo para a poesia LV

SUL

É ao sol que eu pertenço
é ao sul
é ao céu mais azul
ao imenso mistério
dos figos maduros
dos muros beijados
pelo mar.

É ao sol que pertenço
É ao céu
É ao sul
É ao mar

José Fanha in José Fanha Poesia
[Lisboa]: Lápis de Memórias, 2012

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!