sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Sugestões de leitura sobre a Primeira Guerra Mundial (IV)

(...) Guerra da liberdade ou guerra da pátria, a verdade é que todos pensaram a guerra como uma acção rápida, fulminante, com a ideia de "passar o Natal em casa". Contudo, não fosse o Armistício ter sido assinado em 11 de Novembro de 1918, e as tropas teriam passado cinco Natais nas trincheiras. Mesmo tendo sido quatro, oito milhões e meio de vítimas ficaram nos campos de batalha, por onde passaram mais de sessenta milhões de homens.
Portugal deixou nos campos de batalha quase oito mil mortos e mobilizou mais de cem mil homens.
Resultados?
Aniceto Afonso e Carlos de Matos Gomes in Portugal: Grande Guerra (1914-1918)
Gilbert, Martin - A primeira Guerra Mundial

A 11 de Novembro de 1918 é assinado o armistício que põe fim à Primeira Guerra Mundial. Nove milhões de soldados morreram, quatro grandes impérios foram destruídos e o panorama geopolítico da Europa e do Médio Oriente alterou-se para sempre. O historiador Martin Gilbert conta-nos, através de uma narrativa empolgante, a história deste terrível conflito. Os horrores das batalhas, o confronto por mar e ar e as experiências vividas nas trincheiras e nas frentes de combate pelos soldados das diferentes nações beligerantes. Sete mil portugueses perderam a vida na Grande Guerra. Colocado na Frente Ocidental, na Flandres, França, o Corpo Expedicionário Português participou na decisiva batalha de La Lys. A 9 de Abril de 1918, 20 mil homens não conseguiram travar os 50 mil soldados alemães, naquela que foi uma das mais sangrentas batalhas da Primeira Guerra Mundial.

Fonte: www.wook.pt

Brun, André - A malta das trincheiras

Acompanhe a vivência e as histórias de André Brun, um português nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. A Malta das Trincheiras é uma humaníssima abordagem do comportamento humano, feita com raro humor, sensibilidade e respeito pela dor e pela dignidade do ser humano. Poucas narrativas de guerra, nos países que viveram o trágico conflito, têm estas características. Isso deve-se ao facto de André Brun, português de origem francesa e obrigado a combater em território francês, ser um talentoso cronista do quotidiano pequeno-burguês.
Se é certo que fala do medo, do sofrimento e da morte, também é certo que procurou nas contradições da natureza e da condição humanas aquilo que um humorista sempre procura quando admite que o riso seja temperado com o sal das lágrimas.
Este é um homem que viveu no inferno das trincheiras, que viu matar e morrer, que chegou escritor e regressou herói e que nunca se esqueceu de que, mesmo no vórtice do desespero e da privação de quase tudo, existe sempre lugar para a esperança que cabe na centelha de sol de um sorriso.

Fonte: www.wook.pt

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Novidade na Biblioteca: Crónicas do mal de amor de Elena Ferrante

Crónicas do Mal de Amor é um livro da autoria de Elena Ferrante que reúne os seus primeiros romances: Um estranho amor, Os dias do abandono e a A filha obscura

Sobre a autora e este livro, James Wood, prefaciador de Crónicas do mal de amor, escreve: 
«Ferrante disse que gosta de escrever histórias "em que a escrita é clara, honesta, e em que os factos — os factos da vida normal — prendem extraordinariamente o leitor". Com efeito, a sua prosa possui uma clareza despojada, e é muitas vezes aforística e contida (…). Mas o que os seus primeiros romances têm de electrizante é que, ao acompanhar complacentemente as situações desesperadas das suas personagens, a própria escrita de Ferrante não conhece limites, está ansiosa por levar cada pensamento para diante, até à sua mais radical conclusão, e para trás, até à sua mais radical origem. Isto é sobretudo óbvio na forma destemida como os seus narradores femininos pensam sobre filhos e sobre maternidade.»

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Sugestões de leitura sobre a Primeira Guerra Mundial (III)

O dia 1º de Agosto de 1914 demarca o final de uma longa era de paz na Europa. Exceptuando alguns conflitos locais e a guerra franco-alemã de 1870, o continente atravessara desde o Congresso de Viena de 1815 um período de grande estabilidade. Naquele dia começaram os tempos duma Europa fratricida.

In A Europa desde 1789 aos nossos dias de F.-G Drefyus, Roland Max e Raymond Poidevin
Dando continuidade à apresentação de sugestões de leitura que, de uma forma ou outra, nos ajudam a conhecer e compreender a Primeira Guerra Mundial e as suas consequências apresentamos hoje dois livros de natureza diferente. O primeiro um Diário da autoria de Aquilino Ribeiro, e o segundo uma novela satírica, escrita por Jaroslav Hasek. 

Ribeiro, Aquilino - É a guerra


"É a Guerra" é o diário de Aquilino Ribeiro, composto durante o período que passou em combate. Um retrato pessoal e íntimo de Aquilino Ribeiro sobre um dos mais importantes conflitos da História mundial recente que é, também, a expressão portuguesa da pouco conhecida participação ativa nesse conflito.

Para saber mais sobre este livro consulte:


Hasek, Jaroslav - O valente soldado Chveik

Chveik, soldado astuto e malicioso, é o símbolo da posição negativa dos soldados checos em relação à Áustria durante a primeira guerra mundial, encarnando uma das mais profundas e saborosas sátiras ao militarismo. A caricatura que Hasek traça da burocracia militar austríaca corresponde a um protesto contra a guerra bem como contra a água imperial.

Fonte: contracapa do livro

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Novidade na Biblioteca: Fora de si de Sasha Marianna Salzmann

Emigração, identidade, memória, transgénero. O romance de estreia de Sasha Marianna Salzmann é a ficção autobiográfica de uma russa com passaporte alemão que chama casa a Istambul. Fora de Si é a inquietante procura de uma verdade que não existe, mas que ainda assim se persegue.
Isabel Lucas in Público 
Desde sempre que os gémeos Alissa e Anton formam um par. No velho apartamento de duas assoalhadas de Moscovo não têm outro remédio senão agarrar-se um ao outro durante as cenas de violência entre pai e mãe. Mais tarde, à espera da autorização de residência na Alemanha Ocidental, percorrem juntos os corredores do lar de refugiados, entrando em quartos alheios para roubar cigarros e cheirar frascos de perfume. Ainda mais tarde, quando Alissa abandona o curso de Matemática em Berlim por sentir que isso a distrai dos treinos de boxe, Anton desaparece sem deixar rasto. Até que chega um postal de Istambul - sem texto e sem remetente ou morada -, mas é o sinal de que Áli precisa para ir em busca do irmão.

É já na cidade banhada pelo Bósforo que a rapariga evocará a história da sua família ao longo de um século e descobrirá que, quanto mais investe na procura de Anton, menos sentido as coisas parecem fazer - a língua materna, a pátria, o género - e talvez só consiga um todo coerente se sair para fora de si.

O presente romance - intenso, ousado e político - foi nomeado em 2017 para o Prémio do Livro Alemão (nomeação raríssima numa obra de estreia), venceu o Prémio Jürgen Ponto e foi traduzido em mais de uma dúzia de línguas.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Sugestões de leitura sobre a Primeira Guerra Mundial (II)

"Na Primeira Guerra Mundial morreram mais de nove milhões de soldados de Infantaria, Marinha e Força Aérea. Calcula-se que morreram também cinco milhões de civis em consequência da ocupação, de bombardeamentos, fome e doenças."

Martin Gilbert in "A Primeira Guerra Mundial"

Este conflito avassalador só chegaria ao fim com a assinatura do Armistício a 11 de Novembro de 1918.

Recordamos esta data dando continuidade à rubrica Sugestões de Leitura sobre a Primeira Guerra Mundial, com a apresentação de três livros que retratam este violento conflito e a vulnerabilidade da vida de todos que por ele foram atingidos.
GIONO, jean - O grande rebanho

O grande rebanho é um dos grandes romances europeus que tem como tema a Primeira Guerra Mundial, e um clássico da literatura do século XX. Jean Giono, o autor, tendo ele próprio participado no conflito, denuncia os horrores e o absurdo da guerra, descrevendo-os com um realismo chocante em algumas das cenas bélicas mais cruas alguma vez recriadas na literatura.

Através da alternância entre episódios passados na linha da frente, nas trincheiras, e outros que têm lugar nas zonas distantes do campo de batalha, nos lares dos soldados, vamos visualizando um retrato complexo da guerra, sentida não como uma abstracção mas como uma realidade próxima, um fenómeno que afecta radicalmente toda a sociedade, desintegrando os seus valores, a ordem da vida e do quotidiano.

WOOLF, Virginia - Mrs. Dalloway

«Publicado em 1925, Mrs. Dalloway é o primeiro dos romances de Virginia Woolf que subverte a narrativa tradicional. A Primeira Grande Guerra terminou, o calor do Verão invade Londres e Clarissa, Mrs. Dalloway, prepara-se para dar uma das suas festas. Mas quando a noite se aproxima, a chegada de Peter Walsh, o seu primeiro amor regressado da Índia, vai despertar o passado, trazendo-lhe à memória os sonhos adolescentes e a discussão que muitos anos antes a precipitou num casamento sem fulgor. 


Embora a acção do romance ocorra depois da Primeira Guerra Mundial, a evocação de Woolf da Londres do pós-guerra e todas as ansiedades acompanhantes pinta um dos retratos mais perfeitos da literatura sobre os efeitos da Grande Guerra na sociedade como um todo.

BLASCO IBÁNÉZ, Vicente - Os 4 cavaleiros do apocalipse

Em Julho de 1914 notei os primeiros indícios da próxima guerra europeia ao vir de Buenos Aires para as costas de França, no vapor alemão Konig Friedrich August. (…)
Vivendo, semanas depois, na Paris solitária do princípio de Setembro de 1914, altura em que decorreu a primeira batalha do Marna e em que o Governo francês teve de se transferir para Bordéus, como medida de prudência, o ambiente extraordinário da grande cidade sugeriu-me todo o resto do presente romance. (…)
Depois da salvadora batalha de Marna, quando o governo tornou a instalar-se em Paris, conversei um dia com Monsieur Poincaré, então Presidente da República. (…)
- Quero que você visite a frente – disse-me ele -, mas não para escrever nos jornais. (…) Vá como romancista. Observe e talvez da sua viagem nasça um livro que sirva a nossa causa. (…)
A falta de meios de comunicação dentro de Paris e a escassez de dinheiro que a guerra acarretou para muitos obrigaram-me a abandonar a elegante casinha … que ocupava nas imediações do Bosque de Bolonha, instalando-me num bairro vulgaríssimo da Baixa. (…)
Jamais trabalhei em piores condições. Fiquei com as mãos e o rosto gretadas pelo frio; usei sapatos e peúgas de combatente para aguentar melhor os rigores do Inverno.
Assim escrevi Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse.

Excerto da nota “Ao Leitor” por Blasco Ibáñez

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Novidade na Biblioteca: A mulher de Einstein de Marie Benedict

Um romance fascinante sobre a mulher extraordinária que casou e trabalhou com um dos maiores cientistas da História.

Em 1896, Mileva Maric, uma mulher extremamente inteligente, é a única estudante do sexo feminino a frequentar o curso de Física numa universidade de elite em Zurique. É aí que se apaixona pelo colega Albert Einstein, com quem acaba por casar e ter três filhos. Apesar da total dedicação aos filhos, Mileva nunca abandona a sua paixão pela ciência, trabalhando em conjunto com o marido e contribuindo para estudos científicos tão importantes como a Teoria da Relatividade.

Contudo, por nunca ter concluído a licenciatura, todo o mérito dos artigos que escreve com o marido é-lhe atribuído a ele. À medida que a fama de Albert Einstein aumenta, cresce também o receio de Mileva de que as suas próprias ideias científicas permaneçam para sempre sob a sombra do marido, com quem mantém uma relação cada vez mais conturbada.

A Mulher de Einstein é um romance, inspirado em factos reais, que relata a história da primeira mulher de Einstein, uma cientista brilhante cuja contribuição para a Teoria da Relatividade continua a ser altamente debatida.

Fonte: contracapa do livro


Se quer saber mais sobre Albert Einstein pesquise no nosso catálogo e descubra a oferta bibliográfica sobre este cientista que temos para si.

Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Bancos de imagens ao alcance de todos


Vivemos num mundo cada vez mais digital e quase diariamente procuramos imagens de qualidade para utilizar no nosso Facebook, Instagram, Blog, Sítios web, trabalhos académicos, entre outros.

Para que as nossas publicações se destaquem e tenham visibilidade é necessário que quer a informação textual, quer a informação gráfica tenham qualidade.

De modo a ajudá-lo a encontrar imagens de qualidade listamos alguns bancos de imagens que disponibilizam uma vasta oferta de ilustrações, fotografias, mapas, entre outros.

Calisphere -  é uma porta de entrada para coleções digitais das grandes bibliotecas, arquivos e museus da Califórnia. Disponibiliza mais de 1.125.000 imagens, textos e gravações.

Library of Congress - Catálogo online de ilustrações e fotografias da Biblioteca do Congresso

National Gallery of Art - repositório de imagens digitais das coleções da National Gallery of Art

The British Library – álbuns de imagens e fotografias das colecções da The British Library disponíveis no flickr.

Free images – galeria com mais de 350 mil fotografias organizadas por categorias

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Sugestões de Leitura sobre a Primeira Guerra Mundial (1)



Como forma de assinalar os 100 anos da assinatura do Armistício iniciamos esta semana no Blog Leituras Cruzadas a rubrica Sugestões de Leitura sobre a Primeira Guerra Mundial.

FOLLETT, Ken - A queda dos gigantes de Ken Follett

A queda dos gigantes é o primeiro volume da trilogia O século da autoria de Ken Follett. Neste volume que começa em 1911 e termina em 1925, travamos conhecimento com cinco famílias que no agitado quadro da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino, irão protagonizar uma complexidade de relações entre paixões contrariadas; rivalidades e intrigas, jogos de poder e traições.

Enquanto a acção se desloca entre Londres, São Petersburgo, Washington, Paris e Berlim, A queda dos gigantes retrata com uma precisão histórica um mundo em rápida transformação, que nunca mais será o mesmo.

O adeus às armas de Ernest Hemingway

O adeus às armas escrito quando Ernest Hemingway tinha 30 anos, foi elogiado como o melhor romance americano resultante da experiência da Primeira Guerra Mundial. O adeus às armas é a história inesquecível de um motorista de ambulância americano na frente italiana e a sua paixão por uma bela enfermeira inglesa. Romance de amor e sofrimento, de lealdade e deserção ficará para sempre como uma das obras-primas de Ernest Hemingway.

A Oeste nada de novo de Erich Maria Remarque

Com 18 anos apenas, o jovem Erich Maria é alistado, durante a primeira guerra mundial, na infantaria do exército alemão; ferido cinco vezes e outras tantas reenviado para a «frente» guardou dos anos de guerra a experiência e a revolta, dos quais iria sair A Oeste nada de novo, testemunho pungente e acto de acusação contra a guerra, em que o autor relata o que viu, sentiu e sofreu.

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Novidade na Bbiblioteca: Não digas nada à mamã de Toni Maguire


“Não digas nada à mamã”. A frase dita pelo pai de Antoinette todas as vezes que ele a abusava sexualmente acompanhou a menina dos 6 aos 14 anos.

Esta é uma história verídica, passada na Irlanda da década de 1950, contada na primeira pessoa e pretende servir de alerta sobre a importância de denunciar, e não silenciar, o abuso sexual.

Quando o pai teve a sua primeira atitude obscena, a pequena Toni arranjou coragem para contar à mãe o que tinha acontecido, certa de que esta traria a normalidade de volta à sua vida. Mas a mãe fez o impensável: disse-lhe para nunca mais falar nesse assunto.  Esse foi o começou de quase uma década na qual Antoinette foi constantemente abusada pelo pai e silenciada pela mãe.
“O único segredo que escondi do meu pai era o segredo que escondia de mim mesma. A minha mãe sabia. O único medo dele era que ela descobrisse. Foi nesse dia que começou o nosso jogo; o jogo chamava-se «o nosso segredo», e ele e eu haveríamos de o jogar por mais sete anos.”
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!