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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Sugestão de leitura: "Torto Arado" de Itamar Vieira Junior


Alfragide: Leya, 2019
ISBN: 978-989-660-577-3

"Bibiana e Belonísia são filhas de trabalhadores de uma fazenda no sertão da Bahia, descendentes de escravos para quem a abolição nunca passou de uma data marcada no calendário. Intrigadas com uma mala misteriosa sob a cama da avó, pagam o atrevimento de lhe pôr a mão com um acidente que mudará para sempre as suas vidas, tornando-se tão dependentes que uma será até a voz da outra. 
Porém, com o avançar dos anos, a proximidade vai desfazer-se com a perspetiva que cada uma tem sobre o que as rodeia: enquanto Belonísia parece satisfeita com o trabalho na fazenda e os encantos do pai, Zeca Chapéu Grande, entre velas, incensos e ladainhas, Bibiana percebe desde cedo a injustiça da servidão que há três décadas é imposta à família e decide lutar pelo direito à terra e pela emancipação dos trabalhadores. Para isso, porém é obrigada a partir, separando-se da irmã.
Numa trama tecida de segredos antigos que têm quase sempre mulheres por protagonistas, e à sombra de desigualdades que se estendem até hoje no Brasil, Torto Arado é um romance polifónico belo e comovente que conta uma história de vida e de morte, combate a redenção, de personagens que atravessaram o tempo sem nunca conseguirem sair do anonimato."
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede Pública de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 22 de junho de 2023

Dia Mundial do Refugiado: sugestões de leitura

Dia 20 de junho assinalou-se o Dia Mundial do Refugiado, que tem o objetivo de realçar a coragem, os direitos, as necessidades e a resiliência dos refugiados.

Este ano, o tema da celebração é «Esperança longe de casa. Um mundo onde os refugiados são sempre incluídos».

Destacamos um conjunto de livros sobre esta temática, no sentido de sensibilizar a comunidade para a importância de apoiar os refugiados no recomeço das suas vidas e de lhes permitir contribuir para os países que os acolhem.

Malala, a menina que queria ir à escola de Adriana Carranca
Lisboa: Nuvem de Letras, 2016
ISBN: 978-989-665-118-3


Malala Yousafzai, nasceu no Paquistão, em 1997.
A pequena Malala cresceu nos corredores da escola e era uma das melhores alunas da turma, até ao dia em que os talibãs invadiram a sua cidade e proibiram a música, a dança e obrigaram as mulheres a ficar em casa e decretaram que apenas os meninos poderiam estudar.
Malala não aceitou esse facto e continuou a ir às aulas.
Um dia, quando voltava da escola, foi alvejada por membros dos talibãs, e quase perdeu a vida.
A jornalista Adriana Carranca visitou o local depois do atentado e decidiu escrever este livro-reportagem.


O rapaz escondido de Katherine Marsh
Amadora: Topseller 2018
ISBN: 978-989-8917-37-9

“(…) Ahmed fugiu da guerra, embarcando numa perigosa viagem da Síria até à Europa. Apesar de perder o pai nesta dura jornada, mantém a esperança de encontrar uma vida melhor em Bruxelas. Mas depressa percebe como é difícil sobreviver sozinho, e acaba por se esconder secretamente na cave de Max (…)
Quando os caminhos destes dois rapazes se cruzam, nasce uma amizade inesperada e secreta. Juntos, desafiando todas as regras, preconceitos e convenções, iniciam uma luta heroica e reencontram a esperança e a coragem para mudarem os seus destinos.”


Nós somos Refugiadas de Malala Yousafzai
Lisboa: Presença, 2019
ISBN: 978-972-23-6448-5

Maria fugiu com a mãe após terem assassinado o seu pai.
Zainab não foi à escola enquanto fugia da guerra e a sua irmã, Sabreen sobreviveu a uma viagem arriscada.
Ajida lutou com todas as suas forças para colocar a sua família em segurança.
Malala Yousafzai, também ela vítima de uma migração forçada, vencedora do Prémio Nobel da Paz e autora bestseller conta-nos no livro “Nós somos refugiadas” algumas histórias sobre deslocados, onde são partilhadas experiências de adaptação a um país seguro e testemunhos de raparigas refugiadas que conheceu ao longo das suas viagens.

O rapaz do pijama às riscas de John Boyne
Lisboa: Edições ASA, 2009
ISBN: 978-972-41-5357-5

Bruno tem apenas nove anos e não sabe nada sobre o Holocausto. Não tem consciência das crueldades que são praticadas no seu país.
Teve de se mudar da sua confortável casa, em Berlim, para uma casa numa zona desértica, onde não existia nada para fazer e ninguém com quem brincar, até conhecer Shmuel.
Shmuel vive do outro lado da vedação de arame que delimita a sua casa e ao que parece usa um pijama às riscas.
Esta amizade entre Shumuel vai levar Bruno à bruta revelação. E, ao descobrir aquilo de que, involuntariamente faz parte, Bruno vê-se enredado nesse monstruoso processo.


A viagem de Francesca Sanna
Amadora: Fábula, 2018
ISBN: 978-989-707-680-0

Havia uma família que vivia em paz, até a guerra começar.
Todos os dias aconteciam coisas horríveis, até que um dia decidiram refugiar-se.
Ao longo de vários dias fizeram muitas travessias e atravessaram muitas fronteiras.
Esta família tem a esperança de um dia poder recomeçar a sua história num local em paz.


Uma esperança mais forte do que o mar de Melissa Fleming
Porto: Porto Editora, 2017
ISBN 978-972-0-04894-3

Este livro conta a história dramática pela qual milhões de refugiados sírios passam até encontrarem abrigo na Europa, tentando fugir da guerra que destruiu o país.
Este livro conta uma extraordinária história de uma jovem corajosa que luta pela sua sobrevivência.


Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados de Jean Trier
Porto: Edinter, 1995
ISBN 972-43-0262-8

Milhões de homens, mulheres e crianças fogem das suas casas, tornando-se refugiados.
A sua migração forçada deve-se a perseguições por causas religiosas, políticas, raça ou a fugir à guerra.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) é a maior organização que lida com os refugiados.
Desde 1951, o ACNUR ajuda os refugiados nas suas necessidades imediatas, através da disponibilização de água e alimentos.
O ACNUR forma alianças com governos e líderes mundiais de forma a alcançar uma solução para a situação difícil dos refugiados. Esta organização tenta, recorrentemente, encontrar um país capaz de ajudar e aceitar novas pessoas e dar um recomeço a milhares de refugiados em todo o mundo.

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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sábado, 6 de agosto de 2022

Sala Jovem: Leituras para o teu Verão!

A minha segunda vida de Christiane F., com Sonja Vukovic
Lisboa: Bizâncio, 2014
ISBN 978-972-53-0540-9

A vida de Christiane F. deu a volta ao mundo. Milhões de jovens cresceram com as confissões trágicas desta adolescente alemã, de 13 anos, drogada, prostituta. E depois? Qual foi o seu destino? Sem subterfúgios, tendo como pano de fundo o mundo da droga e as relações que se estabelecem, aquela que o mundo conhece como Christiane F. conta tudo neste livro, com uma franqueza surpreendente.

Fonte: wook.pt

Fangirl de Rainbow Rowell
S. Pedro do Estoril: Chá das Cinco, 2015
ISBN 978-989-710-209-7

Cath ama os seus livros e a sua família. Haverá espaço para mais alguém? 

Todo o mundo é fã dos livros de Simon Snow. Mas Cath vai mais longe: ser fã desses livros tornou-se a sua vida. Ela e a sua irmã gémea, Wren, refugiaram-se na obra de Simon Snow quando eram miúdas, e na verdade foi isso que as salvou da ruína emocional que foi a perda da mãe. 

Ler. Reler. Interagir em fóruns, escrever ficção baseada na obra de Simon Snow, vestir-se como as personagens dos livros. Mas essas fantasias deixam de fazer sentido quando se cresce, e enquanto Wren facilmente abandona esse refúgio, Cath não consegue fazê-lo. Na verdade, nem quer. 

Agora que vão para a universidade, Wren não quer ficar no mesmo quarto de Cath. E esta fica sozinha e fora da sua zona de conforto. Partilha o quarto com uma miúda arrogante; tem um professor que despreza os seus gostos; um colega atraente mas que apenas fala sobre a beleza das palavras... e, ainda por cima, Cath não consegue parar de se preocupar com o seu pai, tão querido, frágil e solitário. 

A pergunta paira no ar: será que ela consegue triunfar sem que Wren lhe dê a mão? Estará preparada para viver a vida em seu nome? Escrever as suas próprias histórias? E se isso significar deixar Simon Snow para trás?

Fonte: contracapa do livro
Nos somos refugiadas de Malala Yousafzai
Lisboa: Presença, 2019
ISBN 978-972-23-6448-5

As visitas de Malala a campos de refugiados fizeram-na refletir sobre a sua própria migração forçada - primeiro, como Pessoa Deslocada Internamente, quando ainda era uma criança no Paquistão; e depois, como ativista internacional que podia viajar para qualquer lugar do mundo, exceto para o seu amado país natal. Neste livro (...) Malala não só recorda a sua própria experiência de adaptação a um novo país (...) mas partilha também com os seus leitores os testemunhos de algumas das extraordinárias raparigas que conheceu nas suas viagens (...)

Num tempo de crises migratórias, guerra e conflitos fronteiriços, Nós Somos Refugiadas serve para nos recordar que cada uma das 68,5 milhões de pessoas atualmente deslocadas é um ser humano - com frequência, alguém jovem - com esperanças e sonhos, e que todas merecem direitos humanos universais e um lar seguro.

Fonte: contracapa do livro

Livros disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil!

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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Reggae jamaicano é Património Imaterial da Humanidade

Foi hoje inscrita na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade a música reggae jamaicana.

De acordo com um comunicado divulgado hoje, a UNESCO destacou "a contribuição" desta música para a consciência internacional "sobre questões de injustiça, resistência, amor e humanidade".

O reggae "preserva toda uma série de funções sociais básicas da música - sujeita a opiniões sociais, práticas catárticas e tradições religiosas - e continua a ser um meio de expressão cultural para a população jamaicana como um todo", sublinha-se no mesmo comunicado.

Bob Marley and The Wailers foram os ícones mais importantes e influentes da música jamaicana e da sua difusão pelo mundo.

Se pretende saber mais sobre este tema consulte:
Na Biblioteca Municipal de Arganil temos disponíveis:

DVD Marley Magic Live in Central Park at Summerstage (1996)
DVD Catch a Fire
No women no cry: a minha vida com Bob Marley
De Rita Marley com Hettie Jones
Cruz Quebrada: Casa das letras, 2006

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Livro do mês: Um capricho da natureza de Nadine Gordimer

Hillela é o “Capricho da natureza” de Nadine Gordimer: uma jovem rapariga insubordinada e indomável, improvável heroína dos movimentos de libertação que mudaram o mapa político africano na segunda metade do século XX. 

Abandonada pela mãe, Hillela é criada por duas tias na África do Sul, Olga e Pauline. A sua rebeldia leva a que seja expulsa do colégio particular na Rodésia e fá-la expulsar-se a si própria da sua família. 

Depois de vários acontecimentos, Hillela é abandonada pelo amigo em quem confiava e torna-se uma “rapariga de praia”, vagando entre empregos e amantes, tornando-se por fim na esposa de um revolucionário negro. O seu percurso pessoal atribulado é o catalisador para o desenvolvimento da sua personalidade e consequente envolvimento nos movimentos de libertação africanos. 

Embora considerada como uma das obras maiores de Nadine Gordimer, Um capricho da Natureza não é um livro de leitura fácil, exigindo frequentemente uma releitura das frases para captar todos os detalhes da linguagem caracteristicamente metafórica da autora. 

Nota biográfica: Nadine Gordimer (1923-2014), escritora sul-africana, prémio Nobel da Literatura em 1991 foi uma das mais influentes vozes contra a segregação durante o regime do apartheid. Apreciada pelo seu apaixonado estilo e pela sua capacidade crítica a sua obra debruça-se sobre as tensões da vida quotidiana na África do Sul sob o sistema do apartheid. É autora entre outros de A história do meu filho, A gente de July e Um mundo de estranhos.

Para saber mais sobre a autora e a sua obra consulte:
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 8 de março de 2018

Feliz Dia Internacional da Mulher


O Dia Internacional da Mulher foi instituído em 1910, na Dinamarca, durante a II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, embora só tenha sido oficializado pela ONU em 1975. 

A instituição desta data foi precedida por mais de 100 anos de luta por direitos de igualdade. 

No final do século XIX as mulheres começaram a sair à rua para pedir mais direitos. Organizações femininas dentro dos movimentos operários protestavam contra as 15 horas de trabalho diárias e os salários baixos. 

As origens do Dia Internacional da Mulher chegam a 1857. A 8 de março um grupo de trabalhadoras da indústria têxtil organizou uma marcha em Nova Iorque para exigir melhores condições de trabalho e direitos iguais para homens e mulheres. 51 anos depois, a 8 de março de 1908, um outro grupo de trabalhadoras em Nova Iorque escolheu a data para avançar para uma greve, homenageando as antecessoras. Lutavam pelo fim do trabalho infantil e o direito de voto. 

O primeiro dia consagrado às mulheres e aos seus direitos surgiu um ano depois, assinalando essa greve. Nos Estados Unidos, a 28 de fevereiro de 1909, o Partido Socialista da América instituiu o Dia Nacional da Mulher. No ano seguinte, na Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em 1910, em Copenhaga, na Dinamarca, foi aprovada uma resolução que propunha seguir o exemplo norte-americano, dando-lhe um carácter universal. O Dia Internacional das Mulheres nasceu aí e as comemorações foram-se estendendo pela Europa, até que em 1975 a efeméride foi oficializada pela ONU, passando a ser assinalada anualmente, a 8 de Março.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Sugestão de leitura: Uma esperança mais forte do que o mar de Melissa Fleming


Da autoria de Melissa Fleming, porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e conselheira sénior do Secretário-Geral das Nações Unidas, Uma esperança mais forte do que o mar é uma chamada de atenção para a situação dramática por que passam milhares de refugiados sírios que procuram abrigo na Europa. É também uma história extraordinária de uma jovem corajosa, Doaa Al Zamel, e da sua luta pela sobrevivência.

Esta narrativa começa nos primeiros dias da sublevação síria contra o governo de Al Assad, no “berço da revolução”, a cidade de Daara. Com o agigantar da repressão e da violência, a família Al Zamel perde todos os seus meios de subsistência e decide viajar para o Egito. Ali, após uma temporada de relativa tranquilidade, a comunidade em que se integram começa a ser perseguida, o que motiva uma drástica decisão: Doaa quer enfrentar o Mediterrâneo para tentar viver uma nova vida na Europa, longe da guerra. 

Esta fuga faz-se em barcos sem quaisquer condições, iludindo as autoridades.

Após quatro dias a navegar, o seu barco é criminosamente abalroado e praticamente todos os ocupantes – 500 pessoas comprimidas num espaço exíguo – morrem.

Durante quatro dias e quatro noites, Dooa ficou à deriva numa pequena boia, protegendo duas crianças, depois de ter visto morrer quase todos os seus companheiros de travessia. No entanto, a sua esperança e a sua fé eram maiores e mais fortes do que todo o mar.

Este é um livro fundamental sobre esta crise humanitária e o testemunho de Doaa Al Zamel dá rosto à tragédia pela qual passam milhares de pessoas em busca de paz e de uma vida melhor.

Fonte: http://www.e-cultura.sapo.pt/artigo/22013

Leia aqui as primeiras páginas. Gostou? Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Véu rasgado de Carmen Bin Ladin

Carmen Bin Ladin, nascida na Suíça de mãe iraniana e pai suíço, casou-se em 1974 com Yeslan, um dos irmãos de Osama Bin Laden. Apaixonada por aquele jovem exótico e refinado, filho de um dos homens mais ricos da Arábia Saudita, acompanhou-o aos Estados Unidos, onde ele estudava numa universidade americana. Foi lá que nasceu a primeira filha de ambos. No entanto, a vida do casal muda drasticamente quando Yeslam acaba os estudos e o casal se instala na Arábia Saudita. Carmen torna-se então uma testemunha privilegiada da ascensão da Organização Bin Laden, uma empresa tentacular estreitamente ligada à família real. Ao lado do marido, procura vislumbrar os mínimos sinais de modernização do mundo árabe. Em vão... Assiste pouco a pouco à fanatização crescente do país, cujo exemplo mais evidente é o cunhado, Osama Bin laden, o líder da Al-Qaeda. Então, decide partir para salvar as filhas da terrível condição das mulheres na Arábia Saudita. Julgava poder passar uma esponja no passado, refazer a sua vida em Genebra... Até ao 11 de Setembro de 2001.

Fonte: www.wook.pt

“Ironicamente, foi só depois do 11 de Setembro que a minha luta de catorze anos para me libertar da Arábia Saudita começou a fazer sentido para as pessoas à minha volta. Antes disso, julgo que ninguém compreendia realmente do que se travava – nem os tribunais, nem o juiz, nem sequer os meus amigos. Até no meu próprio país, a Suiça, me consideravam como mais uma mulher a enfrentar um complicado divórcio internacional.

No entanto, eu sempre soube que a minha luta ia muito mais fundo do que isso. Lutava para obter liberdade duma das mais poderosas sociedades e famílias do mundo, para salvar as minhas filhas duma cultura impiedosa que lhe negava os mais básicos direitos. Na Arábia Saudita, elas nem sequer podiam andar pelas ruas sozinhas, e muito menos escolher o caminho das suas próprias vidas. Lutava para as libertar dos imutáveis valores fundamentalistas da sociedade saudita e do seu desprezo pela tolerância e liberdade do ocidente, que eu aprendi a valorizar profundamente.

Receio que, mesmo na actualidade, o mundo ocidental não entenda perfeitamente a Arábia Saudita e o seu rígido sistema de valores. Vivi lá durante nove anos, dentro do poderoso clã Bin Laden, com as suas estreitas e complexas ligações à família real. As minhas filhas frequentaram escolas sauditas. Vivi, em grande parte, a vida duma mulher saudita. E, com o decorrer do tempo, aprendi e analisei os mecanismos dessa sociedade sombria e as duras e amargas regras que ela impõe às suas filhas.

Não podia ficar de braços cruzados enquanto as brilhantes mentes das minhas queridas filhas eram destruídas. (…)

Acima de tudo, não podia ver as minhas filhas privadas daquilo a que dou mais valor: a liberdade de escolha. Precisava de as libertar e de me libertar a mim própria.

Esta é a minha história.”

Excerto do primeiro capítulo.

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dia dos Direitos Humanos


Mensagem de Irina Bokova, diretora-geral da UNESCO,
por ocasião do Dia dos Direitos Humanos,
10 de dezembro de 2013.

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.” 
Este é o Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
Como primeiro instrumento universal que reconhece a dignidade inerente de cada membro da família humana, a Declaração incorpora séculos de pensamento – além de marcar o início de esforços globais concertados para tornar reais os direitos humanos em todas as circunstâncias. (…)

Em 2000, os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio estabeleceram uma agenda humanista ambiciosa, que tem catalisado progressos significantes em vários países. No entanto, 2,7 bilhões de mulheres e homens ainda vivem com pouco mais de dois dólares por dia. Acesso à educação de qualidade ainda é um sonho para milhões de meninas e mulheres. Os estratos da sociedade em maior desvantagem continuam a ser vítimas de exclusão, abuso e violência. Ao mesmo tempo, o Estado de Direito permanece frágil em vários países, e a liberdade de opinião e de expressão enfrentam ameaças crescentes.

Para promover liberdade e igualdade em dignidade e direitos para todas as mulheres e homens, devemos fazer tudo para apoiar os países para que alcancem os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015. Precisamos cumprir as promessas feitas em 2000, enquanto estabelecemos uma nova e ambiciosa agenda de desenvolvimento sustentável para pós-2015, concentrada na eliminação da pobreza extrema em todo o mundo. A eliminação da pobreza é a base para a paz duradoura e o desenvolvimento sustentável – essa é uma lição-chave dos últimos 65 anos. (…)”

Leia mais sobre este tema em:

http://www.dn.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1731392&seccao=Paulo%20Pinto%20de%20Albuquerque&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco

http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/human_rights_day_a_celebration_of_equality_in_dignity_and_rights/#.Uqbby9JdWHg

http://www.ohchr.org/EN/ABOUTUS/Pages/HumanRightsDay.aspx

http://www.un.org/en/events/humanrightsday/

http://www.amnistia-internacional.pt/files/documentacao/DH_Aqui_e_Agora.pdf

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Dia Mundial da Criança

No dia 1 de junho comemora-se o Dia Mundial da Criança. Esta efeméride assinalou-se pela primeira vez em 1950 por iniciativa das Nações Unidas, com o objectivo de chamar a atenção para os problemas que as crianças então enfrentavam.

Nesse dia, os Estados-Membros reconheceram que todas as crianças, independentemente da raça, cor, religião, origem social, país de origem, têm direito a afecto, amor e compreensão, alimentação adequada, cuidados médicos, educação gratuita, protecção contra todas as formas de exploração e a crescer num clima de Paz e Fraternidade. 

Oficialmente, o dia é assinalado pela Organização das Nações Unidas (ONU) a 20 de novembro, data em que no ano de 1959 foram aprovados pela Assembleia-Geral da ONU os Direitos da Criança. 20 anos mais tarde, a 20 de Novembro de 1989 foi adoptada pela Assembleia-Geral da ONU a Convenção dos Direitos da Criança.

Embora tendencialmente a data seja comemorada como uma festa para as crianças, com direito a muitos jogos, actividades, diversões e até presentes, ela deve também servir para concentrar a nossa atenção e reflexão sobre os milhares de crianças que ainda sofrem de discriminação, fome, maus tratos, entre outros, ou seja, cujos direitos fundamentais ainda não são respeitados.

Para melhor compreender o porquê de se assinalar esta data sugerimos que siga os links e conheça a Declaração dos Direitos da Criança e a Convenção dos Direitos da Criança. Apresentamos ainda alguns livros disponíveis na Biblioteca Municipal de Arganil relacionados com a temática:

 
HAYDEN, Torey - A criança que não queria falar. 1ª ed. Barcarena : Presença, 2007. ISBN 978-972-23-3684-0
 
II Relatório de Portugal sobre a Aplicação da Convenção dos Direitos da Criança. 1a ed. [Lisboa] : Presidência do Conselho de Ministros : Imp. Nacional-Casa da Moeda, 1999. ISBN 972-27-0978-X
 
GALLARDO CRUZ, José António - Maus tratos à criança. 1ª ed. Porto : Porto Editora, 1994. ISBN 972-0-34033-9
 
Guia dos direitos e protecção da criança. Lisboa : Fundação Maria Guilhermina de Deus Ramos Soares Lopes, 2003. ISBN 989-551-021-7
 
SEBASTIÃO, João - Crianças da Rua. Oeiras : Celta, 1998. ISBN 972-774-013-8
 
Os Direitos da Criança : para a libertação das Crianças. Lisboa : Livros Unibolso, 1971.
 
Os Direitos da Criança. Porto : Fundação Eng. Antonio de Almeida, [19-?]. [32] p.
 
KORCZAK, Janusz - Como Amar Uma Criança. 1ª ed.. Lisboa : Edições 70, [19-?].
 
 
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sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher

Desde 1977 que as Nações Unidas adoptaram o dia 8 de Março como dia Internacional da Mulher com o objectivo de relembrar as suas conquistas sociais, políticas e económicas.

Este ano a data tem como slogan: Uma promessa é uma promessa: Tempo de acção para acabar com a violência contra as mulheres.

Para assinalar a data fazemos algumas propostas de leitura, e transcrevemos um poema da autoria de Rabindranath Tagore, poeta galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1913.

A Mulher Inspiradora

Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões

Sugestões de leitura:

O longo caminho das mulheres : feminismos - 80 anos depois. 1ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 2007. ISBN 978-972-20-3320-6

História das mulheres no ocidente. Porto : Edições Afrontamento, 1990. 5 vol.

PORTUGAL. Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género - III Plano nacional contra a violência doméstica : 2007-2010. Lisboa : CIG, 2008. ISBN 978-972-597-298-4

PORTUGAL. Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - Igualdade de género em Portugal 2009. 3ª ed., rev. e actualizada. Lisboa : C. I. G., D. L. 2010. ISBN 978-972-597-319-6

PARKER, Victoria - Os direitos das mulheres. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2000. ISBN 972-662-715-X

Leituras on-line sobre a origem da data:

http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002196/219639e.pdf - mensagem de Irina Bokova, director-geral da Unesco, para o dia Internacional da Mulher, 2013

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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Dia Internacional dos Direitos Humanos


No dia 10 de Dezembro assinala-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos criou uma página no Facebook para assinalar esta data e promover o debate sobre os 30 artigos que constituem a Declaração dos Direitos do Homem.

Siga o link e clique em “gosto” para acompanhar a contagem decrescente e participar no debate.
https://www.facebook.com/unitednationshumanrights?sk=wall