segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Boas Festas

O nosso "sapatinho" está cheio. 
Chegaram hoje à Biblioteca às últimas novidades do ano!

Aproveitamos para desejar a todos os nossos leitores um Feliz Natal 
e um Ano Novo repleto de amor, alegria, felicidade, saúde 
e muitas Leituras!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

O verdadeiro Natal por Graça Moniz

O verdadeiro Natal 

A época de Natal aproximava-se a passos largos. A azáfama já se fazia sentir em cada um dos habitantes daquela casa. 

Fizeram a Árvore de Natal no inicio do mês de Novembro. Colocaram bolas das mais variadas cores, fitas reluzentes e luzes que piscavam incessantemente . 

Tanto os pais, como os três filhos mais velhos, ninguém tinha, em si interiorizado o verdadeiro espírito e significado do NATAL. 

Os fins-de-semana eram ansiosamente esperados para que a família fosse em correria louca enfiar-se dentro do Centro Comercial da cidade mais próxima, percorrendo tudo quanto é loja, alimentando o seu espírito altamente consumista e escolhendo quais as prendas que queriam receber. 

A dada altura, era possível ouvi-los comentar entre si: 

“ - já escolhi a minha prenda. Já tenho tudo aquilo que queria. Agora é só colocar os embrulhos junto da árvore e já está”. 

Para um, era um tablete de última geração, para outro, eram uns ténis da marca mais em voga no momento, para outro era um telemóvel topo de gama…enfim , cada um era superior ao outro… 

Mas, o mais novo nunca escolhia nada, dizia sempre que para ele o importante era a surpresa. 

No último fim-de-semana, antes do Natal, andavam eles todos numa agitação indescritível quando alguém lhes bate à porta. 

O mais novo da casa correu a ver quem era e ao deparar-se com uma figura masculina, de porte altivo e desconhecido, deu três passos atrás e gritou pela mãe. 

Esta veio de imediato e ao ver o homem perguntou: - o que deseja da nossa casa? 

Sem demoras o homem respondeu que apenas batera para saber como seria ali o Natal, pois andava a realizar um inquérito ao serviço do Ministério do Amor. 

- Ministério do Amor! – exclamou a mãe. Nunca tal coisa ouvi falar! 

- Pois, acredito que não! Hoje, pais e filhos, na sua grande maioria, só conhecem o Ministério do Comércio. Esse que lhes esgota os bolsos, as contas bancárias e que apenas dá como troco uma imensa torre de papéis de embrulho, fitas, laços e muitas vezes objetos que são responsáveis pela degradação da vida em família. – afirmou o homem. 

A senhora, um pouco perplexa com aquela atitude do homem, mas ciente de que ele até tinha alguma razão naquilo que afirmava, chamou o marido e este convidou o visitante a entrar para que tranquilamente conversassem . 

A conversa decorreu junto à lareira da casa onde crepitavam uns troncos de uma árvore que havia sido parcialmente destruída pelos incêndios do verão anterior. 

O homem, olhava atentamente aquela mescla de cor emanada pelas chamas e simultaneamente procurava ver onde estava o Presépio da casa. Como não vislumbrasse Presépio algum, ousou perguntar: 

- Na vossa casa só se faz a árvore e não se faz Presépio? 

Apressadamente, os miúdos responderam em coro: “Para que queremos nós o Presépio? O Importante são os nossos presentes (que já sabemos quais são) e a árvore para os colocar lá debaixo” 

Os pais não ousaram dizer palavra, eles sabiam que eram os grandes responsáveis pela atitude dos filhos. 

Naquela casa fez-se um silêncio profundo que só foi quebrado pela intervenção do filho mais novo, que falou assim para o visitante: 

- eu sou o mais novo e sou aquele que não escolho prenda. Sou o único que pergunto à mãe a razão de não termos um Presépio como o da casa dos avós, mas a resposta é sempre a mesma, “isso já não se usa, meu filho”. 

O homem, olhando fixamente aquela criança, sentiu deslizar-lhe no rosto, uma lágrima que lhe parecia quente e fria em simultâneo. Fria, como o espírito de Natal daquela família e quente, como o coração daquele pequenino a quem não prestavam atenção. E ao mesmo tempo que a lágrima deslizava, ele sorrateiramente abandonava aquela casa . 

Naquele instante, como que por magia, ouviu-se um barulho que parecia descer do teto para o chão… todos olharam em redor, e, eis senão quando bem junto à lareira o Mais Belo Presépio apareceu, ao pé dele seis pequenos embrulhos (sem laços, nem fitas, mas cheios de amor e carinho). 

Os pais e os filhos mais velhos não sabiam o que dizer, mas o mais novo, não cabia em si de tanta felicidade e agarrando-se à mãe exclamou: 

- Afinal, sempre se usa o verdadeiro Natal! 

Graça Moniz (Natal de 2019)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Natal pelos "Amigos de Ler"

A última sessão dos "Amigos de Ler" teve como tema o Natal.
Ficam aqui mais dois belos poemas lidos no serão realizado no dia 9 de Dezembro que traduzem em pleno os sentimentos que a época natalícia evoca em todos nós.


terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Um Natal dos anos 40

Em Dezembro o grupo "Amigos de Ler" da Biblioteca Municipal de Arganil reuniu-se para falar sobre o Natal.

Em redor de uma mesa decorada com motivos natalícios e com muitos livros à mistura a partilha de contos, histórias, poemas, prendas e mensagens não faltou. E o encontro traduziu-se como sempre num agradável serão.

Partilhamos aqui um belo conto com que a prof. Maria Olívia Nogueira brindou os Amigos de Ler. Um conto que relata uma noite de Natal nos anos 40 do século XX. Um Natal cheio de vida, alegria, calor e amor.


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quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Fundo local enriquecido: Mosteiro de S. Pedro de Folques de A. C. Quaresma Ventura

VENTURA, A. C. Quaresma - Mosteiro de S. Pedro [de] Folques
Folques: Fábrica da Igreja Paroquial, 2019

Editado pela Fábrica da Igreja Paroquial, o livro "Mosteiro de S. Pedro [de] Folques", da autoria de A. C. Quaresma Ventura, pretende divulgar um património antigo, mas pouco conhecido, procurando também esclarecer algumas informações históricas que têm sido incorrectamente divulgadas, bem como dar a conhecer aspectos até agora desconhecidos.

O prefácio da obra é do Dr. Paulo Jorge Fernandes, professor do departamento de História da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Nele para além do enaltecimento do autor pelo seu papel na divulgação da história local, faz-se também a síntese do que este livro nos oferece:

"É com grande prazer e fruição intelectual que também podemos aprender sobre a História do Mosteiro de São Pedro de Folques, das suas origens, próximas da própria fundação da nacionalidade portuguesa até ao século onde vivemos. A. Ventura vai mais longe e dedica-se também a apresentar-nos os lugares e aldeias vizinhos (...) pode-se ainda percorrer alguns aspectos da História menos conhecida das aldeias do Bocado, do Monte Redondo, da Póvoa de Folques e do Salgueiro, bem como preciosos apontamentos da História de Folques e de Arganil com os seus santos e mártires, homens e mulheres de negócios e políticos, que de uma forma ou de outra marcaram a vida de todos estes lugares ao longo dos tempos."
Excerto do prefácio

O livro apresentado encontra-se disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas de Arganil e pode ser adquirido na livraria da Biblioteca Municipal de Arganil.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sala Jovem: Temas atuais

Ao longo de 2019 muitas foram as aquisições de livros para a Sala Jovem da tua Biblioteca. Ficção de autores portugueses e estrangeiros não tem faltado. A par dos romances, thrillers, policiais entre outros, tem também havido a preocupação de enriquecer o fundo documental com livros cujo conteúdo remete para os temas em destaque na atualidade. 

Aqui fica a apresentação de alguns desses livros:

ADICHIE, Chimamanda Ngozi - Todos devemos ser feministas
3ª ed. Alfragide : Dom Quixote, D.L.2017.
ISBN 978-972-20-5743-1


Neste ensaio pessoal - adaptado de uma conferência TED - Chimamanda Ngozi Adichie apresenta uma definição única do feminismo no século XXI. A escritora parte da sua experiência pessoal para defender a inclusão e a consciência nesta admirável exploração sobre o que significa ser mulher nos dias de hoje. Um desafio lançado a mulheres e homens, porque todos devemos ser feministas.

Fonte: contracapa do livro

YUN, João Lin - Como arrefecer o planeta
1ª ed. Lisboa : Presença, 2008
ISBN 978-972-23-3955-1
Nos últimos tempos tem-se assistido ao debate em torno do planeta Terra, da sua sustentabilidade e preservação num futuro próximo. (…) João Lin Yun faz uma análise ao equilíbrio da Terra e à sua relação com o sol em termos energéticos, aborda o efeito de estufa, o papel regulador dos oceanos e aponta soluções como reduzir as emissões sem parar a economia, reflorestar, o recurso a novas fontes de energia e sugestões para arrefecer o planeta. O autor termina com os riscos que Portugal já está a sofrer e como irá sair afectado com o aquecimento e conclui com um capítulo onde incentiva a reflexão e mudança de postura de cada um de nós. Uma obra vital e incontornável para o bem-estar e continuidade de todas as espécies.

Fonte: contracapa do livro
MELO, Rui - O poder dos adolescentes, o poder das escolhas. 
2ª ed. Lisboa : Guerra & Paz, 2017
 ISBN 978-989-702-333-0
Estar na adolescência é como ser turista numa das fases da vida. Só que esta em que estás é a mais especial de todas. Tu tens o poder das escolhas. Sabes o que queres para ti? E o que não queres? Este livro vai ajudar-te na maravilhosa aventura de descoberta do teu caminho.
Encontra os poderes da sensibilidade, do desejo, da coragem, da palavra, do elogio... e tantos outros que podem tornar a tua vida melhor.
Os teus pais e avós já foram adolescentes, o autor deste livro também, mas tu és um adolescente mais bem preparado, um cidadão do mundo global. Dá uso aos teus poderes e descobre a felicidade que há em ti. És um ser único, és um ser fantástico.

Fonte: contracapa do livro

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Novidade na Biblioteca: As cores do assassino de Sarah J. Harris

Lisboa: Bertrand, 2019
Um romance fascinante, repleto de suspense, em que um rapaz com sinestesia - que associa cores a sons -, tenta descobrir o que se passou com Bee Larkham, a sua bonita vizinha. Onde está ela? Porque é que ainda não voltou para casa?

Jasper não é uma criança vulgar. Com treze anos, vive num deslumbrante mundo colorido que mais ninguém consegue ver, nem mesmo o seu pai. Palavras, números, dias da semana, vozes das pessoas: tudo tem uma cor própria. Mas recentemente é atormentado por uma cor de que não gosta e que não entende a cor do homicídio.

Jasper tem a certeza de que alguma coisa aconteceu a Bee Larkham, mas parece que ninguém o compreende. Jasper tem de descobrir toda a verdade sobre o que se passou naquela noite, incluindo o seu envolvimento no que ocorreu. Aparentemente, alguém quer impedir isso a todo o custo.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

PISA 2018


O Programme for International Student Assessment (PISA), desenvolvido pela OCDE, visa avaliar se os alunos de 15 anos – idade em que, na maior parte dos países participantes, os alunos se encontram no final da escolaridade obrigatória – estão preparados para enfrentarem os desafios da vida quotidiana. 

O PISA foi concebido para avaliar se os alunos conseguem mobilizar as suas competências de Leitura, de Matemática ou de Ciências na resolução de situações relacionadas com o dia-a-dia. Trata-se do estudo mais abrangente a nível internacional e os seus resultados indicam a qualidade e equidade dos resultados de aprendizagem obtidos em todo o mundo, permitindo que educadores e decisores políticos aprendam com as políticas e práticas aplicadas noutros países. 

O PISA 2018 abrangeu 79 países, entre os quais Portugal. Foram inquiridos 5932 alunos e 5452 professores, entre 276 escolas de todas as regiões do país. 
São várias as conclusões que este relatório permite retirar quanto àquilo que pode ser o retrato da educação em Portugal, que aparece nos vigésimos lugares da lista nas três áreas avaliadas. Em traços gerais, as notícias continuam a ser positivas para o país, que mantém médias acima da OCDE. Mas, desta vez, desceu ligeiramente nos conhecimentos de Leitura e significativamente em Ciência. (DN)
Para saber mais sobre os resultados deste estudo consulte:

Jovens portugueses reforçam resultados acima da média da OCDE por Catarina Reis - Diário de Notícias

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

23º aniversário da Biblioteca Municipal Miguel Torga - Arganil


No dia 4 de dezembro faz 23 anos que a Biblioteca Municipal de Arganil foi formalmente aberta ao público. 

Festejar esta data é obrigatório! E por isso em conjunto com as outras 10 bibliotecas que formam a Rede de Bibliotecas de Arganil elaboramos um programa de actividades que convida todos a participar nesta comemoração.

Para saber mais visite o portal da Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil!

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Centenário do Nascimento de Jorge de Sena (1919-1978)


Jorge de Sena nasceu em Lisboa, a 2 de novembro de 1919.

De família com tradição da Marinha, e pai comandante da Marinha Mercante, o mar parecia ser o seu destino. Foi cadete ainda jovem, viajando na Sagres até ao Brasil e depois para África. Começa a escrever poesia aos 16 anos. Após frequentar a Universidade de Lisboa, faz o curso de Engenharia, no Porto, integrando-se na então chamada Junta Autónoma das Estradas. 

A sua estreia literária remonta a 1939, com a publicação do poema “Nevoeiro”, e do ensaio “Em pról da poesia chamada moderna”, ambos sob o pseudónimo de Teles de Abreu. 

O primeiro conto, "Porto Grande", é publicado em 1942, ano em que publica também o seu primeiro livro de poemas, Perseguição, iniciando a sua colaboração nos Cadernos de Poesia, 2ª. Época, além de outras revistas literárias, como Aventura, na qual publica um ensaio sobre Artur Rimbaud. Colabora em várias revistas nos anos 40 e 50, e trabalha também para editoras como Portugália, Ulisseia e Livros do Brasil. Foi professor nas Faculdades de Letras de Assis e de Araraquara, no Brasil (entre 1959 e 1965), e depois nos Estados Unidos, em Madison, no Wisconsin (1965-1970) e na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara (1970-1978), cidade onde faleceu a 4 de junho de 1978. 

A sua obra além da poesia, abarca o conto (Andanças do demónio e Novas andanças do demónio, Os grão-capitães), o romance (Sinais de fogo), o teatro (O Indesejado, Mater imperialis, Amparo de mãe, etc.), e a tradução de obras de ficção. Tem também vasta obra no domínio do ensaio e da crítica literária, cinematográfica e teatral. 

“Raramente se terão harmonizado, numa mesma personalidade, o poeta, o dramaturgo, o ficcionista, o crítico, o ensaísta, o erudito, o investigador, o historiador da cultura, o professor, o engenheiro, o cidadão do mundo… Jorge de Sena, sendo tudo isto, e em tudo o poeta que sempre se disse, foi mais do que Jorge de Sena” 
Jorge Fazenda Lourenço in O essencial sobre Jorge de Sena
Consulte o catálogo da Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil para saber que livros temos de e sobre Jorge de Sena, disponíveis para si!

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terça-feira, 26 de novembro de 2019

Novidade na Biblioteca: Olga de Bernhard Schlink

Alfragide: Asa, 2019
A importância da leitura, do conhecimento e o tímido elogio à filosofia estão presentes no magnífico romance Olga, assinado por Bernhard Schlink. Ler para fugir, para esquecer o seu amor – o de Olga – por Herbert. O amor de uma vida. Um amor impossível.
Plano Nacional de Leitura 2027
Na viragem do século XIX, Olga vive com a avó numa aldeia a leste do império alemão. Órfã e habituada a uma vida dura, tem no inquieto Herbert o seu único companheiro de brincadeiras. Herbert é oriundo de uma família abastada e tem o seu futuro planeado há muito; nele não se inclui uma mulher sem berço e sem meios. No entanto, os dois apaixonam-se e resistem, alimentando a ligação em encontros secretos e desesperados. Até que Herbert decide tomar as rédeas do seu destino num ato de insubordinação que, mais uma vez, não inclui Olga. Vítima da febre expansionista alemã, o jovem decide partir à aventura – primeiro em África e depois numa expedição ao Pólo Norte, da qual não regressará. O tempo passa, mas Olga nunca para de escrever a Herbert, no Ártico, vertendo sobre o papel o seu amor e a sua fúria pelo sacrifício feito em nome da pátria. 

Anos mais tarde, Olga conta a sua história. É a história de uma mulher forte, apaixonada e em colisão com os preconceitos do seu tempo. 

Com a nostalgia e a mestria que lhe são características, Bernhard Schlink fala-nos da alma alemã e das vicissitudes de um amor interrompido pela ambição de uma nação. E apresenta-nos a Olga, uma figura literária inesquecível.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Novidades na "tua" Sala Jovem

1ª ed. Lisboa : Presença, 2014. 
«Kuipers consegue, com arte, tornar a história de Sophie dolorosamente real sem lhe retirar uma forte tonalidade de esperança. A sua voz, na primeira pessoa, e os pormenores peculiares brilham através da tragédia, dando uma nova luz a temas que nos são familiares.»

KIRKUS REVIEWS
Tudo o que Sophie mais deseja é esquecer o que aconteceu... Mas as marcas que aquele dia fatídico deixou são demasiado profundas e, perdida nas suas memórias, a jovem refugia-se dentro de si mesma, num isolamento crescente, à medida que a sua relação com o mundo e com os que a rodeiam se vai deteriorando. As recordações de Emily, a irmã três anos mais velha e sua confidente, vão-se impondo, quase obsessivas, e Sophie terá de ser capaz de enfrentar a tragédia ocorrida no seu passado e de se libertar da culpa que sente se quiser recuperar o equilíbrio da sua vida. Uma obra inspiradora sobre as consequências trágicas dos atos terroristas, sobre o estado disfuncional em que um grande sofrimento nos pode mergulhar e, acima de tudo, sobre a capacidade de nos perdoarmos e reconstruirmos o nosso futuro.

Fonte: contracapa do livro


1ª ed. Lisboa : Presença, 2011
Marcus é um adolescente de dezassete anos para quem a internet e as novas tecnologias não têm quaisquer segredos. Um dia ele e os amigos vêem-se no sítio errado à hora errada e são apanhados no rescaldo de um ataque terrorista em São Francisco. Levados pelo Departamento de Segurança Interna para uma prisão secreta, são interrogados dias a fio até serem libertados - todos menos um. Marcus está determinado a descobrir o que aconteceu ao amigo numa cidade em estado de sítio onde todos os cidadãos são tratados como potenciais terroristas. Isso deixa-lhe apenas uma opção: começar um jogo perigoso com o governo...
Espionagem, acção e novas tecnologias fazem deste livro uma leitura imparável que nos coloca questões sobre temas como a liberdade, a justiça e o direito à privacidade.

Fonte: contracapa do livro


Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Novidade na Biblioteca: Lá, onde o vento chora de Delia Owens

Porto: Porto Editora, 2019
Kya tem apenas seis anos de idade quando vê a mãe sair de casa, com uma maleta azul e sapatos de pele de crocodilo, e percorrer o caminho de areia para nunca mais voltar. À medida que todas as outras pessoas importantes na sua vida a vão igualmente abandonando, Kya aprende a ser autossuficiente: sensível e inteligente, sobrevive sozinha no pantanal a que chama a sua casa, faz amizade com as gaivotas e observa a natureza que a rodeia com a atenção que lhe permite aprender muitas lições de vida.

O isolamento em que vive influencia o seu comportamento: solitária e fugidia, Kya é alvo dos mais cruéis comentários por parte dos moradores da pacata cidade de Barkley Cove. E quando o popular e charmoso Chase Andrews aparece morto, todos os dedos apontam na direção de Kya, a miúda do pantanal. E o impensável acontece.

Neste romance de estreia, Delia Owens relembra-nos que somos formatados para sempre pelas crianças que um dia fomos, e que para sempre estaremos sujeitos aos maravilhosos, mas também violentos, segredos que a natureza encerra.

Fonte: contracapa do livro


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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

30 anos da queda do muro de Berlim


Assinalam-se amanhã, dia 9 de Novembro, os 30 anos da queda do muro de Berlim, que durante  quase 3 décadas dividiu a Alemanha. 

Foi sem dúvida um marco importante na história e as comemorações em torno deste acontecimento podem servir de pretexto para relembrar que ainda existem muitos “muros” para derrubar. 

Assim, aproveitamos a ocasião para sugerir a leitura da obra “A era dos muros” de Tim Marshall, resultado de uma aprofundada investigação que de facto constata que a queda do Muro de Berlim abriu caminho a uma nova fase na história, mas que nos obriga também a reconhecer que as divisões continuam a existir um pouco por todo o mundo. 

Porto Salvo: Desassossego, 2019
“Os muros estão a crescer. As políticas nacionalistas estão em ascensão. Milhares de quilómetros de vedações foram erguidas nos últimos dez anos e estão a redefinir a nossa paisagem política.
Existem muitas razões para erguermos muros, já que há tantos temas que nos dividem: saúde, raça, religião, dinheiro, política. Na Europa, as ruturas da última década ameaçam não só a unidade europeia, mas também, em alguns países, a própria democracia. Na China, a necessidade de conter as divisões forjadas pelo capitalismo definirá o futuro da nação. Nos Estados Unidos, a justificação para o muro na fronteira com o México explora o medo americano.
Entender o que nos divide, no passado e no presente, é essencial para compreender tudo o que se está a passar no mundo. China, Estados Unidos da América, Israel e Palestina, Médio Oriente, África, Europa e Reino Unido são alguns dos territórios que Tim Marshall aborda neste livro fascinante onde analisa as falhas que irão moldar o mundo nos próximos anos.” 
Informação retirada da contracapa do livro 

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Novidade na Biblioteca: O homem das castanhas de Sùren Sveistrup

Lisboa: Suma de Letras, 2019
Uma tempestuosa manhã de Outubro. Num tranquilo subúrbio de Copenhaga, a Polícia faz uma descoberta terrível. No recreio de um colégio, uma jovem é encontrada brutalmente assassinada, e falta-lhe uma das mãos. Pendurado por cima dela, um pequeno boneco feito com castanhas.

A jovem e ambiciosa detective Naia Thulin é designada para desvendar o caso. Com o seu colega Mark Hess, um investigador que acabou de ser expulso da Europol, descobrem uma misteriosa prova sobre «o homem das castanhas», nome com que os media baptizaram o assassino. Existem evidências que o ligam a uma menina que desapareceu um ano antes e foi dada como morta: a filha da ministra Rosa Hartung.

Mas o homem que confessou o assassínio da menina, um jovem que sofre de uma doença mental, já está atrás das grades e o caso há muito tempo fechado. Quando uma segunda mulher é encontrada morta e, junto dela, mais um boneco de castanhas, Thulin e Hess suspeitam de que possa haver uma ligação entre o caso Hartung e as mulheres assassinadas.

Mas qual é a relação entre as duas mortes? Thulin e Hess entram numa corrida contra o tempo. O assassino tem uma missão e está longe de a terminar.

Fonte: contracapa do livro

Apesar de se tratar de um livro do género policial, ele leva a nossa reflexão para além desta esfera, abordando questões relacionadas com a política, as famílias e a institucionalização de crianças. Este livro pela sua trama faz-nos querer lê-lo a um elevado ritmo, como se também o leitor pudesse contribuir para travar o assassino... 

Miriella



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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Novidade na Biblioteca: colecção "The school of life"

Uma colecção que se dedica a explorar as grandes questões da vida!

CHATFIELD, Tom - Como aproveitar ao máximo a era digital. Alfragide : Lua de Papel, 2019.

Está na hora de começarmos a dominar a tecnologia - em vez de sermos dominados por ela. 

Se o seu telefone tocasse agora, de certeza que pararia de ler este texto e atenderia a chamada. Está "ligado" permanentemente, como quase todos nós. E habita um mundo digital que se impôs demasiado depressa - sem lhe dar tempo para se adaptar harmoniosamente. Tom Chatfield, colunista da BBC, há anos que escreve sobre esta nova era. E o que nos propõe neste livro é ajudar-nos a tirar o máximo partido dela. Ou seja, perceber a extensão da mudança, o modo como está a afetar as nossas mentes, e como podemos ajustar-nos. 

BOTTON, Alain de - Como pensar mais sobre sexo. Alfragide : Lua de Papel, 2019. 

Por mais que falemos sobre sexo, raras vezes dizemos o que realmente nos move - nem sequer à pessoa com quem partilhamos a cama. Vivemos na ilusão de que tudo é permitido: livros eróticos, filmes pornográficos, chats convidativos. Mas somos capazes de morrer sem ter confessado o nosso verdadeiro fetiche. No fundo, achamos que os nossos desejos mais íntimos não são "normais". O que Alain de Botton nos diz é que temos de aceitar as evidências: o sexo está impregnado de crueldade, transgressão, desejo de subjugação ou humilhação. É uma força poderosíssima, destrói ou faz carreiras e relações. Sejamos realistas: no que diz respeito a sexo todos somos "diferentes". E a única "normalidade" possível é assumir o que nos torna únicos, reinventar o sexo à medida dos nossos desejos e fantasias. 

PERRY, Philippa - Como manter a sanidade mental. Alfragide : Lua de Papel, 2019.

Atribuímos uma enorme importância à nossa saúde. E a sanidade mental? Não será igualmente importante?

Quase todos nós vivemos no caos. Passamos a vida a apagar fogos, numa correria desenfreada, dominados pelas respostas emocionais. Outros, preferem isolar-se, fogem dos seus próprios sentimentos, vivem num estado de permanente rigidez defensiva. Algures entre esses dois extremos está a sanidade mental. Podemos reagir às crises estando conscientes delas, pensá-las melhor. Ao mesmo tempo, podemos ser flexíveis, aceitar o inesperado - pois temos de estar abertos à vida para dela tirarmos o máximo proveito. Como? Philippa Perry, uma das mais conhecidas psicoterapeutas britânicas, propõe-nos uma terapia que começa na auto-observação e termina na reescrita da nossa própria história.

JAMES, Oliver - Como desenvolver a inteligência emocional. Alfragide : Lua de Papel, 2019.

Felicidade é um termo complexo que pode significar diferentes coisas para diferentes pessoas. Para alguns, pode significar satisfação; para outros, um momento fugaz de alegria. Mais do que incentivar a busca da felicidade, Oliver James incentiva-nos a cultivar a nossa saúde emocional. Destacando os cinco elementos principais da boa saúde emocional – insightfulness, um forte sentido de si, relacionamentos fluidos, autenticidade e entusiasmo com a vida – o autor oferece estratégias para otimizar cada característica, de forma a construirmos uma vida mais gratificante.

Informação retirada da contracapa dos livros

Livros disponíveis para empréstimo na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 29 de outubro de 2019

Sugestões de leitura da "tua" Sala Jovem


GLEITZMAN, Morris - A seguir. 
1ª ed. Amadora : Fábula, 2018. 191, [1] p. ISBN 978-989-707-647-3

«Esta história é a minha imaginação a tentar alcançar o inimaginável.»

Felix e Zelda são duas crianças polacas que ficaram órfãs e que estão agora a fugir dos nazis. Mas quanto tempo conseguirão manter-se escondidas e a salvo? Felix define os seus planos: manter-se vivo, proteger a sua melhor amiga Zelda e... encontrar novos pais.

Já cansados de correr pela floresta fora, e desesperados de medo, fome e sede, Felix e Zelda encontram Genia, uma mulher generosa que lhes dá abrigo, mesmo conhecendo o risco que corre ao esconder judeus em sua casa.

Genia, o cão Leopoldo e o porco Trotsky fazem com que estes dois pobres órfãos consigam sentir um pouco da alegria que tinham antes de as suas famílias morrerem às mãos dos nazis. Mas Felix sabe que o facto de ser judeu põe em risco todos os que estiverem consigo. Só lhe resta fugir, para os manter em segurança.

Esta é uma história admirável sobre o melhor e o pior da humanidade em tempo de guerra.

Fonte: www.fabula.pt

FRITH, Alex ; BROOKS , Felicity  - A vida incrível da adolescência para rapazes. 
1ª ed. Lisboa  : Booksmile, 2015. 287 p. ISBN 978-989-8491-64-0

Guia essencial que vai ajudar-te a sobreviver à adolescência.

Mudanças de humor, borbulhas, bigode, bullying, álcool, drogas, redes sociais, stress, exercício físico, hormonas, relações amorosas, sexo, contraceção, amigos, exames...

SOCORRO!

Há tanta coisa em que pensar! Mas não entres em pânico. Neste livro tens tudo aquilo que precisas de saber para viver os altos e baixos da adolescência. Acredita em nós: vais sobreviver!

Fonte: www.booksmile.pt 

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 22 de outubro de 2019

Novidade na Biblioteca: Os imperfeitos de Cecelia Ahern

Queluz de Baixo: Presença, 2017
Uma decisão pode deitar tudo a perder.

A vida de Celestine North é perfeita. Filha e irmã modelo, é muito popular junto dos colegas e professores e namora com Art Crevan, um dos rapazes mais encantadores da escola.

Mas Celestine vê-se confrontada com uma situação à qual reage por instinto, levada pela bondade. Quebradas as regras, terá de lidar com as consequências. Pode ser presa. Pode ser marcada a ferro quente. Podem obrigá-la a juntar-se às fileiras dos Imperfeitos.

Os Imperfeitos é um romance estonteante em que a autora bestseller Cecelia Ahern retrata uma sociedade em que a perfeição é essencial e em que a imperfeição é punida de forma exemplar, abordando temas atuais e complexos como o racismo, o bullying, a justiça, a verdade e a solidariedade.

Fonte: Livro

Leia aqui as primeiras páginas!


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terça-feira, 8 de outubro de 2019

Afonso Reis Cabral: vencedor do prémio Saramago 2019

O Prémio Literário José Saramago 2019 foi hoje atribuído a Afonso Reis Cabral pelo seu romance "Pão de Açúcar".
Esta é a 11ª edição do prémio criado pela Fundação Círculo de Leitores para distinguir jovens escritores de língua portuguesa com menos de 35 anos de idade.
"Pão de Açúcar" foi editado no ano passado e aborda um caso verídico que aconteceu no Porto, o assassinato da transexual Gisberta, em 2006, depois de sucessivos atos de violência e na sequência de um ataque, perpetrado por jovens entre os 12 e os 16 anos, à guarda da instituição católica Oficina de São José.

Em Fevereiro de 2006, os Bombeiros Sapadores do Porto resgataram do poço de um prédio abandonado um corpo com marcas de agressões e nu da cintura para baixo. A vítima, que estava doente e se refugiara naquela cave, fora espancada ao longo de vários dias por um grupo de adolescentes, alguns dos quais tinham apenas doze anos.

Rafa encontrara o local numa das suas habituais investidas às «zonas sujas», e aquela espécie de barraca despertou-lhe imediatamente o interesse. Depois, dividido entre a atracção e a repulsa, perguntou-se se deveria guardar o segredo só para si ou partilhá-lo com os amigos. Mas que valor tem um tesouro que não pode ser mostrado?

Romance vertiginoso sobre um caso verídico que abalou o país, fascinante incursão nas vidas de uma vítima e dos seus agressores, Pão de Açúcar é uma combinação magistral de factos e ficção, com personagens reais e imaginários meticulosamente desenhadas, que vem confirmar o talento e a maturidade literária de Afonso Reis Cabral.

Contra-capa do livro

Para saber mais sobre o autor e a sua obra leia:

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Tempo para a poesia LVIII



Em uma tarde de Outono

Outono. Em frente ao mar. Escancaro as janelas
Sobre o jardim calado, e as águas miro, absorto.
Outono… Rodopiando, as folhas amarelas
Rolam, caem. Viuvez, velhice, desconforto…

Por que, belo navio, ao clarão das estrelas,
Visitaste este mar inabitado e morto,
Se logo, ao vir do vento, abriste ao vento as velas,
Se logo, ao vir da luz, abandonaste o porto?

A água cantou. Rodeava, aos beijos, os seus flancos
A espuma, desmanchada em riso e flocos brancos…
- Mas chegaste com a noite, e fugiste com o sol!

E eu olho o céu deserto, e vejo o oceano triste,
E contemplo o lugar por onde te sumiste,
Banhado no clarão nascente do arrebol


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quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Avaliar a informação



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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Novidades na "tua" Sala Jovem


 Amadora : Fábula, 2019
Olívia é uma rapariga inteligente e sensível. Mora em Barcelona com a mãe Íngrid, atriz, e com o irmão Tim, mais novo do que ela. Olívia estuda numa escola particular e vive num bairro tranquilo no centro da cidade.

Um dia, a crise que se vive por todo o país chega à casa de Olívia, e tudo se desmorona. Íngrid não consegue arranjar trabalho, as faturas acumulam-se, a luz é cortada e a despensa está cada vez mais vazia. Não tarda até que Olívia e a sua família sejam obrigados a mudar de casa e de vida.

Para proteger o irmão da situação em que se encontram a viver, Olívia inventa um jogo, e convence-o de que estão a atuar num filme secreto e de que nada do que se passa é real.

Num prédio cheio de okupas desconhecidos e num bairro que tem tudo para ser assustador, Olívia depressa descobre que a vida está cheia de desafios difíceis, mas também de bons recomeços.

Este livro conta uma história atual sobre a importância da família, da entreajuda e da esperança.

Fonte: contracapa do livro


Carcavelos : Planeta Tangerina, 2019

Num longo e vivo registo autobiográfico, Teresa Tristeza vai dando conta do seu mundo, daquilo que dentro de si fervilha e daquilo que sobre os outros vai pensando.

Entre o outono e o verão, entre os 17 e os 18 anos, entre o final da sua passagem pela Escola Secundária e a entrada na Universidade, Teresa regista as emoções, os dilemas, as incertezas, as angústias e perplexidades próprias do crescimento.

Verosímil e forte, a narrativa envolve o leitor que, com facilidade, se identificará não apenas com as vivências partilhadas em casa e na escola, mas também com a linguagem e o estilo, muito contemporâneos, que distinguem o relato.

Fonte: contracapa do livro

Livros disponíveis para empréstimo na Sala Jovem da Biblioteca Municipal de Arganil.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Novidade na Biblioteca: Schlump de Hans Herbert Grimm

Lisboa: Pim!, 2019
Histórias e aventuras da vida do desconhecido soldado Emil Schulz, 
chamado «Schlump», narradas pelo próprio.

Queimado pelos nazis. 80 anos escondido numa parede. Agora redescoberto. Um romance brutal sobre o absurdo da guerra. Sem autoria atribuída, Schlump foi publicado na Alemanha em 1928, e em Inglaterra e nos Estados Unidos no ano seguinte.

Começou por ficar na sombra de A Oeste Nada de Novo, de Erich Maria Remarque; depois, em 1933, foi um dos livros consumidos pelo fogo nos autos de fé nazis, acabando por desaparecer da memória coletiva.

Só em 2013 se desfez o segredo: o romance fora escrito por um pacato professor chamado Hans Herbert Grimm (1896-1950), que, com medo de ser preso ou perseguido, o escondeu no interior de uma parede da sua casa.

Em Schlump, o humor é a principal arma de arremesso contra o absurdo e a brutalidade da guerra, cujo realismo interrompe, a espaços, o tom leve da obra.

Fonte: contracapa do livro


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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Sugestão de leitura: Pátria de Fernando Aramburu

Pátria é um fresco de três décadas de ódio e trapaças. Aramburu não ficou pelo panfleto, antes compôs uma epopeia onde se cruzam vozes e tensões, nada tem carácter definitivo, e as certezas são poucas. Num estilo sóbrio, a escrita mantém o ritmo adequado à narrativa. Sem ênfase, ou frases de grande efeito, o romance vai fundo no escalpe da realidade. A densidade psicológica das personagens resgata-o da tentação do proselitismo.
O retábulo definitivo sobre mais de 30 anos da vida no País Basco sob o terrorismo.

No dia em que a ETA anuncia o abandono das armas, Bittori dirige-se ao cemitério para, na sepultura do marido, Txato, assassinado pelos terroristas, lhe contar que decidira voltar à casa onde tinham vivido os dois. Mas poderá ela conviver com aqueles que a perseguiram antes e depois do atentado que transtornou a sua vida e a da família? Poderá saber quem foi o encapuzado que num dia chuvoso matou o marido, quando este regressava da sua empresa de transportes?

Por mais que chegue às escondidas, a presença de Bittori alterará a falsa tranquilidade da terra, sobretudo a da vizinha Miren, amiga íntima noutros tempos, e mãe de Joxe Mari, um terrorista encarcerado e suspeito dos piores receios de Bittori. O que aconteceu entre essas duas mulheres? O que envenenou a vida dos filhos e dos respetivos maridos, tão unidos no passado? Com lágrimas escondidas e convicções inabaláveis, com feridas e coragem, a história arrebatadora das suas vidas, antes e depois da tormenta que foi a morte de Txato, fala-nos da impossibilidade de esquecer e da necessidade de perdoar numa comunidade fragmentada pelo fanatismo político.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sábado, 14 de setembro de 2019

Revista Electra



Na Biblioteca Municipal de Arganil estão disponíveis para consulta o nº 2, 3 e 4. Visite-nos e descubra tudo o que esta revista tem para lhe oferecer!



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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Tempo para a poesia LVII

A seta e a canção
(The arrow and the song)

Atirei uma seta ao ar;
Caiu na terra, não sei onde.
Tão veloz ia, que não pôde
Seu voo seguir, o meu olhar.

Murmurei uma canção no ar;
Caiu na terra, não sei onde.
Que vista pode acompanhar
O voo duma canção ao longe?

Tempos depois, inteira, a seta
Encontrei num carvalho antigo;
E essa minha canção, completa,
Guardou-a um coração amigo.

Henry Wadsworth Longfellow
versão de A. Herculano de Carvalho

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Novidade na Biblioteca: No meio do nada de António Mota

A cumprir 40 anos de carreira, António Mota estreia-se na narrativa para adultos: No Meio do Nada, reúne contos sobre afectos, solidão, velhice, memórias calibradas pela realidade.

Como num palco, e com a unidade temática de um romance, as múltiplas personagens de No Meio do Nada, falam do que as desassossega. 

Monólogos sobre a busca da felicidade, a solidão, a passagem do tempo, os sonhos e as desilusões, as súbitas mudanças, o envelhecimento, o medo, o espanto, as novas moradas, o deslaçar dos afectos, o amor e a crueldade. 

Histórias francas e ousadas, que nos interpelam, onde nos reconhecemos e, por vezes, nos encontramos.

Leia aqui as primeiras páginas. 

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