sexta-feira, 27 de setembro de 2024

"Ponham-nos a ler! : A leitura como antídoto para os cretinos digitais" de Michel Desmurget

 

Lisboa: Contraponto, 2023
ISBN 978-989-666-444-2

Depois de A Fábrica de Cretinos Digitais nos alertar para os perigos que a exposição excessiva aos ecrãs representa para o desenvolvimento das crianças, o prestigiado neurocientista Michel Desmurget revela-nos agora qual é o grande antídoto - o principal, até - contra o surgimento do «cretino digital»: ler «por prazer».

A começar pela linguagem, os benefícios da leitura são enormes, conforme comprovam centenas de estudos realizados nos últimos cinquenta anos. Além disso, ler tem também um impacto tremendo na cultura geral, nos resultados escolares (incluindo na matemática), no sucesso profissional, na mobilidade social, na atenção, empatia e saúde física e mental.

Neste livro, a leitura surge como a base que permite à criança desenvolver os três pilares da sua essência humana: aptidões intelectuais, competências emocionais e habilidades sociais. Michel Desmurget mostra-nos ainda que, apesar dos esforços dos media para nos convencer do contrário, os jovens não só leem cada vez menos, como leem cada vez pior. Segundo ele, saber ler é mais do que decifrar o alfabeto e juntar letras e sílabas - é preciso que a criança compreenda e interprete o que está escrito. Só assim poderá aprender a compreender o meio em que está inserida. O papel dos pais é, por isso, fundamental, cabendo a estes estimular nos filhos o gosto pela leitura mediante as estratégias apontadas pelo autor.

Face à sedução crescente dos ecrãs que tanto prejudicam o desenvolvimento dos nossos filhos, tanto a nível intelectual e cognitivo como físico-motor, Michel Desmurget apresenta-nos a leitura como a única forma de resistência possível ao avanço incontrolável do digital, num livro absolutamente imprescindível para pais e educadores.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Opinião de leitor: “Há algo estranho na água” de Catherine Steadman

 

Lisboa: Presença, 2019
ISBN 978-972-23-6395-2

“Há algo estranho na água” de Catherine Steadman é um thriller mas com um enredo diferente e bastante inesperado. No início quase parece um romance até que uma descoberta intrigante, em plena lua de mel, muda por completo o rumo de vida do casal recém casado. Um avião afundado no mar, uma mala cheia de dinheiro, diamantes e uma misteriosa pen drive... uma descoberta que Mark e Erin decidem manter em segredo. Que implicações terá na vida deles? Pergunta que nos obriga a ler este empolgante livro a um ritmo quase vertiginoso para obter a resposta final.

Leia, porque ler é um prazer!

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Fundo local enriquecido: "A minha aldeia e a Serra do Açor" de Tiló Henriques

 


No livro  “A minha aldeia e a serra do Açor: memórias e saudades”,  apresentado no passado dia 8 de setembro, na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, reúne um conjunto de poemas e alguns textos em prosa, organizados em 10 capítulos, a autora Tiló Henriques desenha com emoção, saudade e nostalgia os seus sentimentos, olhares, memórias e sonhos sobre a sua aldeia berço, Monte Frio, e a Serra do Açor que a abraça e envolve.

“Meu terno berço (p. 35)

Meu querido amado belo doce amigo
Ecoa uma vida a correr sem te apreciar
Em verões fugazes momentos contigo
Chegou o Outono da vida e quero-te amar
Apaixonei-me por ti e em ti me deleito
Em teus olhos verdes perco o meu olhar
Na tua lua de prata e estrelas me deito
Só tu tens a magia e arte para me acalmar
Andam em teu redor pássaros borboletas
Clamam em memórias saudades inquietas
És dos poetas sonho fonte de luz inspiração
Meu Monte Frio de sol brilhante e aragens
Monte de naturezas bucólicas e selvagens
Meu terno berço que aquece o coração…”

Tiló conduz o leitor até a um passado em que Monte Frio, tal como tantas outras aldeias que polvilham as nossas serras, era repleta de vida, levando-nos a recordar como era o dia-a-dia das pessoas que as habitavam e registando em poema este testemunho para a posteridade.

O conjunto de poemas intitulado “Mantas de fitas da aldeia” evoca este passado, para alguns já bem longínquo, com mestria. Trata-se de um testemunho vívido para o futuro, para aqueles que agora já só vêm à aldeia nos meses de verão e “apenas encontram casas habitadas de fantasmas, sombras, vazio e ausência.”

Para a Tiló a aldeia parece fundir-se com o seu próprio ser. “Esta terra que sou eu”, escreve a determinado momento, onde se sente “grata e reconciliada, de tantos grilhões, libertada, cansada, perdida, mas reencontrada, de tantas penas e cruzes carregada…” (p. 33)

Finalizo endereçando os parabéns à Tiló, por este que é já o seu quinto livro e a todos os que sentem a Serra do Açor como sendo sua recomendo que o leiam e a sintam, tal como a Tiló o faz.

Miriella de Vocht


Leia, porque ler é um prazer!

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Novidade na Biblioteca: "Fabricante de lágrimas", de Erin Doom

Lisboa : Planeta, 2024
ISBN 978-989-777-792-9

"Entre as paredes do orfanato onde Nica cresceu, histórias e lendas foram contadas à luz das velas. A mais famosa de todas é a do Fabricante de Lágrimas, um misterioso artesão, com olhos claros como vidro, uma figura aterradora que forja todos os medos que habitam no coração das pessoas.
Quando, aos dezassete anos, Nica é adotada pelo casal Milligan, pensa que está a deixar para trás este mundo de contos de fadas sombrios, mas o Milligan também adotam Rigel, um órfão inquieto e misterioso, e ele é a última pessoa que Nica desejaria como irmão adotivo. Rigel é inteligente, incrivelmente bonito, mas a sua aparência angelical esconde um temperamento problemático e sombrio.
Embora os dois partilhem um passado comum, viver juntos parece impossível. Especialmente quando a lenda reaparece nas suas vidas e o Fabricante de Lágrimas se torna cada vez mais real. Noca, doce e corajosa, está disposta a tudo para defender o seu sonho, porque só se tiver a coragem de enfrentar os pesadelos que a atormentam é que poderá finalmente voar livremente como a borboleta que leva o seu nome."
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Novidade na Biblioteca: As sete carruagens", de André Fernandes

Barcarena: Manuscrito, 2024
ISBN: 978-989-9181-24-3


«O despertador tocou.
Desnecessariamente. René já não dormia.
Quem não dorme também não desperta.
Não se desperta, a não ser do sono

É assim que começa o arrebatador romance de estreia de André Fernandes, um livro poderoso sobre um homem devastado pelos traumas do passado e o fim recente da sua relação amorosa. Encarcerado nas memórias de uma vida - não da que viveu, mas daquela que gostaria de ter vivido -, num dia igual a tantos outros, entra na estação de metro habitual para ir trabalhar. E, de repente, nada volta a ser como antes.

O que faria se fosse obrigado a reviver o mesmo dia vezes sem fim? Durante sete dias, René entra na mesma estação, para tomar consciência de que o dia presente é igual ao anterior. No acaso da vida, porém, quer o destino que acabe por entrar sempre numa carruagem diferente. E todas as viagens têm uma lição a ensinar a René.
Até ao derradeiro final.

Uma história emocionante em que cada carruagem revela um segredo diferente para a verdadeira felicidade.
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!