quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Novidade na Biblioteca: "A hora azul" de Paula Hawkins

Lisboa: Topseller, 2024
ISBN 978-989-583-005-3
Uma história sobre ambição, legado e traição.

Bem-vindos a Eris: uma ilha isolada na Escócia com apenas uma casa, um habitante, uma saída. Inacessível durante doze horas por dia.

Outrora, foi o lar de Vanessa. Uma artista famosa cujo marido reconhecidamente infiel desapareceu há vinte anos.

Hoje, é o lar de Grace. Uma solitária criatura das marés, conformada com o seu próprio isolamento.

Quando se dá uma descoberta chocante numa galeria de arte em Londres, eis que surge um visitante.

E os segredos de Eris ameaçam vir à superfície…

Romance magistral, tão viciante quanto perturbador, A Hora Azul lembra o melhor de Shirley Jackson e de Patricia Highsmith, consolidando o lugar de Paula Hawkins entre os melhores, mais subtis, poderosos e elegantes contadores de histórias do nosso tempo.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas de Arganil.

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 21 de janeiro de 2025

4 poemas de Miguel Torga




Biografia


Sonho, mas não parece.
Nem quero que pareça.
É por dentro que eu gosto que aconteça
A minha vida.
Íntima, funda, como um sentimento
De que se tem pudor.
Vulcão de exterior
Tão apagado,
Que um pastor
Possa sobre ele apascentar o gado.

Mas os versos, depois,
Frutos do sonho e dessa mesma vida,
É quase à queima-roupa que os atiro
Contra a serenidade de quem passa.
Então, já não sou eu que testemunho
A graça
Da poesia:
É ela, prisioneira,
Que, vendo a porta da prisão aberta,
Como chispa que salta da fogueira
Numa agressiva fúria se liberta.

 In: Orfeu Rebelde

Sísifo

Recomeça...
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...

In: Diário XIII

História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.

In: Antologia Poética

Parque Infantil

Joga a bola, menino!
Dá pontapés certeiros
Na empanturrada imagem
Deste mundo.

Traça no firmamento
Órbitas arbitrárias
Onde os astros fingidos
Percam a majestade.

Brinca, na eterna idade
Que eu já tive
E perdi,
Quando, por imprudência,
Saltei o risco branco da inocência.

E cresci.

In: Antologia Poética

Poemas lidos durante o evento "Miguel Torga, 30 anos depois: um legado que perdura", realizado na Biblioteca Municipal Miguel Torga - Arganil, no dia 17 de janeiro de 2025


quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Sugestão de leitura: "A pequena loja dos grandes milagres" de Keigo Higashino

Barcarena: Presença, 2024
ISBN 9789722374309


Atsuya, Shota e Kohei acabam de assaltar uma casa e, em fuga, procuram refúgio no Bazar Namiya, uma pequena loja que parece abandonada. Assim de repente, parece-lhes o esconderijo perfeito, mas… subitamente, alguém deixa uma carta na caixa de correio, a meio da noite.

Quando abrem o envelope, a surpresa não podia ser maior: a carta é um pedido de ajuda endereçado ao proprietário da loja que, ao que parece, é famoso por dar conselhos e ajudar a resolver problemas de todo o tipo. Ora, não deve ser assim tão difícil serem agora eles a tomar o seu lugar. Pegam na caneta e começam a tratar do assunto, deixando depois a carta de resposta do lado de fora da loja, na palete de leite.

Porém, quando voltam à conversa sobre como sair dali, chega uma nova carta, e, para espanto geral, percebem que a pessoa que a enviou está em 1979, que é, como quem diz, quase trinta anos atrás no tempo. Os envelopes continuam a cair na caixa de correio, e estes três rapazes vão começar a perceber que ajudar outras pessoas pode ser a melhor forma de se ajudarem a si mesmos.

Numa noite mágica que desafia as barreiras do espaço e do tempo, este romance promete mudar a vida das suas personagens e as de milhões de pessoas que já o leram, em todo o mundo.

Fonte: contracapa do livro

Disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

Leia, porque ler é um prazer!

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

1 de janeiro - Dia do Domínio Público

 

Segundo a lei nacional, as obras entram para o domínio público setenta anos após a morte dos seus criadores.

Significa que os direitos patrimoniais da obra cessam, deixando de ser necessário autorização para partilhar e reutilizar esses conteúdos, que passam a fazer parte do património cultural da sociedade.

Confira nos links abaixo a lista de autores portugueses, e não só, cujas obras a partir de janeiro de 2025 passam a estar em domínio público: