Abre para cá é um livro de contos publicado em 2000 por Jacinto Lucas Pires e está dividido em 2 partes.
A primeira parte intitula-se Terceiras Pessoas, como o nome indica os contos estão escritos na terceira pessoa, e engloba os contos “Abre para cá”; “Atenção aos sinais”, “A faixa amarela”, “O rato roeu a rolha da garrafa do rei da Rússia”; “Retrovisor” e “A mulher parada”. Estes contos são curtos e simples, pouco descritivos. Quase sempre, o narrador apresenta várias hipóteses para o desenrolar da história. As temáticas que aborda são entre outras a solidão, a fé e a obsessão.
A segunda parte tem como título Primeiras Pessoas e engloba os contos “Comédia com final feliz”; As minhas férias”; “A minha história mal contada”; “Fumo o último cigarro do maço” e “Um pontinho entre os olhos”. Escritos na primeira pessoa, estes contos são mais descritivos e extensos o que facilita a sua compreensão.
Excerto
“As minhas férias foram em casa dos meus avós. Todos os anos as minhas férias são lá. A casa dos meus avós é grande mas parece um bocadinho pequena. Tem umas escadas e uma cave e muito mais quartos que a nossa casa, mas tudo parece um bocadinho mais baixo e apertado. Uma vez caí das escadas e não me magoei nem nada. Mas isso foi quando eu só tinha cinco anos. Nessa altura eu não sabia escrever nem nada porque ainda estava na infantil e agora até subo dois degraus de cada vez e as pessoas dizem que eu sou muito mexido. O meu avô até me disse que eu era um super-herói. Disse assim: ah, és tu, Filipe! Achei que era um super-herói que nos tinha entrado em casa. O meu avô gosta muito de super-heróis ou pelo menos é o que eu acho porque ele está sempre a falar-me deles. À mesa, quando os outros crescidos começam a ter conversas diferentes assim mais sérias e isso, o meu avô fica calado que nem um rato, que é como diz a minha avó, e depois só diz uma coisa ou outra quando lhe apetece ou quando se lembra de uma história divertida e então dá gargalhadas muito altas, mas não altas como quando às vezes ralham alto connosco e sim altas de fazer uma espécie de cócegas na nossa boca e termos de rir também e também alto como ele. As pessoas crescidas normalmente são diferentes. As pessoas crescidas normalmente não se riem ou riem-se de coisas que não têm graça nenhuma, pelo menos eu não acho, e às vezes param mesmo de rir a meio do riso como se uma gargalhada fosse uma coisa feia ou um palavrão muito mau. As pessoas crescidas não são nada como o meu avô.”
Excerto do conto “As minhas férias”
O autor:
Escritor português, nascido em 1974, no Porto, filho do ilustre professor universitário Francisco Lucas Pires.
Prosseguindo os passos do seu pai, no gosto pela escrita, Jacinto Lucas Pires publicou, em 1996, o seu primeiro livro, um livro de contos intitulado "Para Averiguar do seu Grau de Pureza".
Descoberta esta faceta, a imaginação criativa não lhe deu mais tréguas, sendo já muitos e diversificados os títulos editados, em género narrativo, dramático e a crónica.
Editou, entre outros, os seguintes livros: "Universos e Frigoríficos", 1997 (teatro); "Azul-Turquesa", 1998 (ficção); "2 Filmes e Algo de Algodão", 1999 (ficção); "Arranha-Céus", 1999 (teatro); "Abre para cá", 2000 (livro de contos), “Livro usado”, 2001 (ficção), "Do Sol", 2004 (romance), “Assobiar em público”, 2008 (contos).
Prosseguindo os passos do seu pai, no gosto pela escrita, Jacinto Lucas Pires publicou, em 1996, o seu primeiro livro, um livro de contos intitulado "Para Averiguar do seu Grau de Pureza".
Descoberta esta faceta, a imaginação criativa não lhe deu mais tréguas, sendo já muitos e diversificados os títulos editados, em género narrativo, dramático e a crónica.
Editou, entre outros, os seguintes livros: "Universos e Frigoríficos", 1997 (teatro); "Azul-Turquesa", 1998 (ficção); "2 Filmes e Algo de Algodão", 1999 (ficção); "Arranha-Céus", 1999 (teatro); "Abre para cá", 2000 (livro de contos), “Livro usado”, 2001 (ficção), "Do Sol", 2004 (romance), “Assobiar em público”, 2008 (contos).
Outras obras do autor disponíveis na rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil:
• Abre para cá : contos. [S.l.] : Cotovia, 2000. 128 p. ISBN 972-8423-88-8
• O homem da bola de vidro cortada ao meio. [Lisboa] : Jornal Expresso, 2004. [8] p.
• Tudo e mais alguma coisa. 1ª ed. Paço d'Arcos : Visão, 2006. 89p. ISBN 989-612-237-7
• Azul-turquesa. 3ª ed. Lisboa : Cotovia, 1998. 120, [7] p.. ISBN 972-8423-17-9
• Para averiguar do seu grau de pureza : treze prosas com janelas. 2ª ed. Lisboa : Cotovia, 1997. 75, [2] p. ISBN 972-9013-89-6
• Do sol. 3.ª ed. Lisboa : Cotovia, 2004. 222 p. ISBN 972-795-095-7
• Tudo e mais alguma coisa. 1ª ed. Paço d'Arcos : Visão, 2006. 89p. ISBN 989-612-237-7
• Azul-turquesa. 3ª ed. Lisboa : Cotovia, 1998. 120, [7] p.. ISBN 972-8423-17-9
• Para averiguar do seu grau de pureza : treze prosas com janelas. 2ª ed. Lisboa : Cotovia, 1997. 75, [2] p. ISBN 972-9013-89-6
• Do sol. 3.ª ed. Lisboa : Cotovia, 2004. 222 p. ISBN 972-795-095-7
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