A obra, editada em 2021, é
resultado de uma compilação de poemas que o autor escreveu ao longo de 45 anos
de dedicação a este género literário, presentes em três dos seus livros
editados (véspera tardia, 1896; Pedra fecunda, 1987 e Paisagem sem noite, 1993),
mas não só. Neste livro revelam-se, também, poemas inéditos de José António
Franco o que torna a obra, quase integralmente, um livro novo. António Pedro
Pita, docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é o
responsável pela organização, prefácio e notas complementares desta obra.
No prefácio revela que o autor,
José António Franco “avaliou a produção de quase meio século e o resultado
dessa avaliação é o livro que ora se apresenta. António Pedro Pita refere que
José António Franco é um poeta maduro e que este livro não pretende ser uma
“eventual” obra completa no futuro, mas é antes um avaliar ou fazer o balanço
da produção poética produzida ao longo de 45 anos.
O mundo que José António Franco
expressa através da sua poesia é um mundo não explicado em permanente devir
para o enigma de uma explicação. A poesia de José António Franco é
“meticulosamente trabalhada”. O recurso à personificação de coisas ou ideias;
as sonoridades, a desarticulação dos versos ou de palavras são alguns dos
aspetos que caracterizam desde a sua estreia em 1986 a produção poética do
autor.
“As palavras nos livros não se
calam, mas há certos livros em que as palavras nos tocam mais do que em
outros”. É este o caso de “Estava para não ser assim, mas o mundo mexeu-se” que
nos leva a mergulhar num universo poético profundo, belo, envolvente, duro,
capaz de nos despertar os sentidos, fazer parar e muitas vezes reler para
voltar a sentir a força das palavras.
Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.
O autor:
José António Franco nasceu em
Coimbra, em 1951. É professor de inglês, poeta e ficcionista premiado, autor de
histórias e poesia para a infância e juventude, com vários livros no Plano
Nacional de Leitura.
A sua produção literária teve
início em 1986, com a obra poética “Véspera Tardia”, assinada sob o pseudónimo
de António Simões. Tem-se dedicado à didática da poesia, trabalhando
essencialmente com crianças e jovens dos Ensinos Básico e Secundário, com quem
partilha o prazer de ouvir e dizer o poema. Sobre essa experiência realiza
conferências e ações de formação para professores, bibliotecários e educadores.
Em 1997, foi galardoado pelo
Instituto de Inovação Educacional no Concurso “Experiências Inovadoras no
Ensino” pelo projeto “A Poesia como Estratégia”, divulgado num ensaio homónimo
que é obra de referência para o ensino de português (leitura) no Ensino Básico.
Publicou ainda textos dispersos
em jornais e revistas nacionais e galegas e blogues brasileiros. Está
representado em diversas antologias.
Leia, porque ler é um prazer!
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