segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Boas festas!

 

Neste período especial do ano, as Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil gostariam de expressar os mais sinceros votos de um Natal maravilhoso e um Ano Novo repleto de felicidade.

Gostaríamos de aproveitar esta oportunidade para agradecer a cada um de vocês pelo apoio contínuo e pelo entusiasmo com que participam nas nossas atividades. A vossa presença e envolvimento são fundamentais para o sucesso das nossas bibliotecas, e estamos verdadeiramente gratos por termos uma comunidade tão dedicada.

Estamos ansiosos para partilhar convosco uma programação repleta de eventos culturais, oficinas criativas e novas aquisições literárias em 2025. Continuaremos a trabalhar para proporcionar um espaço inspirador e acolhedor, onde o conhecimento e a imaginação possam florescer.

Que esta época festiva traga paz, amor e alegria para todos. Desejamos que o novo ano seja repleto de saúde, sucesso e muitas leituras enriquecedoras.

pela Equipa das Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Fundo local enriquecido: "O torno e o altar" de Luís Martins Ferreira




Em meados do século XX, em resposta ao abandono da fé cristã pelas classes trabalhadoras, alguns padres arriscaram assumir a condição operária, partilhando assim plenamente da experiência daqueles que desejavam evangelizar, fazendo-se pobres com os pobres. Luís Martins Ferreira foi um dos que, em Portugal, abraçaram esse caminho.

Nascido em 1943, em Arganil, ingressou nos Filhos da Caridade em 1971, após um período formativo em Paris, que o levou a participar nas greves e manifestações do Maio de 1968, episódio recordado num dos capítulos do livro O Torno e o Altar – Memórias de um padre-operário (Paulinas Editora), onde também evoca a novidade e a importância do movimento dos padres-operários em França.

Depois da passagem por França, Luís Martins Ferreira foi viver para a Península de Setúbal, região profundamente industrializada. Trabalho como fresador e torneiro mecânico em empresas como a Standard e a Equimetal, onde conheceu o drama dos salários em atraso e dos despedimentos.

Animado de um inabalável sentido de justiça, envolveu-se ativamente nas lutas dos trabalhadores e participou na fundação do Movimento de Esquerda Socialista (MES) (...)

O livro O Torno e o Altar é um poderoso testemunho de vida vivida de mangas arregaçadas, ao serviço daqueles que, vezes demais, a Igreja e o poder descuraram, e uma inspiração nestes tempos em que se interrogam os modelos de evangelização herdados e se busca uma nova forma de mostrar a proximidade de Jesus aos homens e mulher de hoje.

Texto adaptado a partir da badana do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Novidade na Biblioteca: "A congregação da cozinha" de Nora Seton


Lisboa: Círculo de Leitores, 2001
ISBN 972-42-2598-4

Numa prosa deslumbrante, Nora Seton transmite os ricos diálogos entre as mulheres da sua vida, o conforto e a dor compartilhados da maternidade, as perplexidades dos homens e as receitas favoritas — o amor codificado transmitido de geração em geração na cozinha, o coração do lar.

Escrito num estilo que ecoa a linguagem das mulheres, a forma fluida como os nossos pensamentos se espalham no meio das intrusões das crianças, o tom suave e sempre reflexivo das nossas conversas internas, este é um livro contado em contos passados na cozinha - lugar onde especialmente as mulheres, mães e filhas, ainda se reúnem, depois de anos de tradições quebradas e novas oportunidades.


Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Tempo para a poesia: "Ao leitor" de Paulo Ramalho

Ponta Delgada: Letras Lavadas, 2024
ISBN 978-989-735-571-4
Ao leitor

Excelentíssimo leitor
solicito a sua melhor atenção
para a possibilidade de poema
que esta página tão arduamente nega
De todos os temas que habitualmente
dão sentido aos meus versos
nem o silêncio lhe posso hoje oferecer
porque o outono me traz
de mãos enregeladas
ocupado com coisas tão melancólicas
quanto podar roseiras
ou limpar as folhas do jardim
Mas também sobre isso nada será dito
enquanto o trabalho não terminar

Paulo Ramalho in Órbitas elípticas em torno do silêncio

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil


terça-feira, 10 de dezembro de 2024

O Natal do Sr. Scrooge de Charles Dickens

Mem Martins : Europa-América, [19-?]. 166, [2] p.

O Natal do Sr. Scrooge é um conto da autoria de Charles Dickens sobre o velho, frio, miserável e avarento Ebenezer Scrooge e a sua conversão secular e redenção após ter sido visitado por quatro espíritos na noite de Natal.

A história foi publicada pela primeira vez em 1843 e rapidamente obteve sucesso comercial, bem como a aclamação crítica.


O conto inicia-se na noite de Natal, 7 anos após a morte do sócio de Ebenezer Scrooge, Jacob Marley. Nessa noite, Scrooge recebe a visita do espírito de Marley que o avisa que o seu espírito jamais terá paz se ele não modificar a sua atitude gananciosa e avarenta. Marley avisa também que Scrooge receberá a visita de mais espíritos.

De acordo com a profecia de Marley, Scrooge recebe nessa noite a visita de 3 espíritos: o espírito dos Natais passados, o espírito do Natal presente e o espírito dos Natais futuros, cada um deles leva Scrooge a cenários diferentes e após a sua visita Scrooge será um homem completamente diferente, transformando-se num homem bondoso e generoso, capaz de sentir o verdadeiro espírito natalício.

Esta é uma história que merece ser lida. É uma lição para todos nós nesta quadra natalícia.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Sugestão de leitura: "Sonhos de papel" de Ruta Sepetys



Alfragide: Asa, 2014
ISBN 978-989-23-2518-7

Josie Moraine vive mais do que uma vida.

Ela é filha de uma das prostitutas de luxo mais cobiçadas de Nova Orleães, um estigma que a arrasta para o submundo decadente da cidade. Vítima da negligência da mãe, tem nos moradores do extravagante Bairro Francês os seus maiores aliados. De Cokie, humilde e fiel; a Willie, a dona de um bordel cuja frieza esconde um coração de ouro; e a Jesse, tímido, atraente e eternamente apaixonado, todos a protegem e velam por ela.

Mas Josie sonha mais alto e move-se com igual à-vontade nos corredores da livraria onde, graças à bondade de um desconhecido, trabalha e habita. Este é o seu porto seguro. Aqui, entre as estantes repletas de livros, no pequeno escritório que agora lhe serve de quarto, não tem de se defender da sua própria mãe nem fingir ser a durona solitária que domina as ruas. Ao anoitecer, quando a porta se fecha e as luzes se apagam, ela descobre nas páginas que folheia a imensidão do mundo e anseia por uma vida melhor. Uma vida como a de Charlotte, a filha de uma família da alta sociedade, cuja amizade a inquieta a ponto de arriscar tudo, mesmo a promessa de um amor verdadeiro. E quando os seus sonhos estão prestes a realizar-se, um crime muda tudo… para sempre.

Fonte: contracapa do livro

Leia aqui as primeiras páginas do livro. Gostou?

Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Tempo para a poesia: "É tão fundo o silêncio..."

Lisboa: Livros Horizonte, [1970]

É tão fundo o silêncio...

É tão fundo o silêncio entre as estrelas!
Nem o som da palavra se propaga,
Nem o canto das aves milagrosas.
Mas lá, entre as estrelas, é que se ouve
O íntimo rumo que abre as rosas.

            José Saramago in Provàvelmente Alegria

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

"Admirável Mundo Verde" de Filipa Fonseca Silva

Lisboa: Suma de Letras, 2024
ISBN 978-989-787-923-4

Num futuro não muito distante, um grupo de activistas pelo clima radicaliza-se e decide derrubar o sistema. Dotado de uma eficaz máquina de propaganda, que lhe garante o apoio popular, consegue chegar ao poder e impor uma sociedade totalmente verde. Mas a que preço?

Depois do sucesso de “E Se Eu Morrer Amanhã?” e de “O Elevador”, nomeados para melhor livro do ano e em adaptação para filme, Filipa Fonseca Silva traz-nos um romance distópico electrizante, que levanta questões incontornáveis, como a emergência climática e a polarização de uma sociedade à deriva.

Fonte: contracapa do livro

Leia aqui as primeiras páginas.

Gostou, requisite na Biblioteca Municipal de Arganil

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Tempo para a poesia: "Castanho" de Manuel Couto Viana




Castanho

Já não voam besouros no ar quente.
Foi-se o Verão embora.
É Outono agora,
tudo está diferente.

É castanha a terra
onde a pá se enterra.

É castanha a folha
que a chuva já molha.

O avô Inverno chega das montanhas,
com os bolsos repletos de castanhas,
e vai sentar-se ao lume da lareira,
fumando o seu cachimbo de madeira.

E para o imitar
(vejam o disparate!)
o neto põe-se a trincar
um pau de chocolate.

António Manuel Couto Viana, Versos de Cacaracá, Litexa Portugal, 1984.

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Novidade na Biblioteca: "Uma pequena vida" de Hanya Yanagihara

Lisboa: Presença, 2024
ISBN 978-972-23-7015-8


Este é um dos mais espantosos, desafiadores, perturbadores e profundamente comoventes romances publicados nas últimas décadas: um épico sobre o amor e a amizade no século XXI, que visita alguns dos lugares mais assustadores onde a ficção já se aventurou; um livro que, desafiando explicações e todas as probabilidades, emerge do lado da luz.

Quatro colegas de uma pequena universidade do Massachusetts mudam-se para Nova Iorque para começar a vida adulta. Sem dinheiro e em busca de um caminho, contam apenas com as suas ambições e com a amizade que os une. Bonito e generoso, Willem tenta vingar como ator; nascido em Brooklyn, inteligente e mordaz, por vezes cruel, JB quer afirmar-se como pintor na cena artística de Manhattan; Malcolm é um arquiteto frustrado com o seu trabalho num ateliê de renome; e Jude, brilhante, enigmático e fechado, é o centro de gravidade do grupo.

Ao acompanhar os quatro amigos durante décadas, vemos como as suas relações se aprofundam e ensombram, marcadas pela dependência, pelo êxito e pelo orgulho. Porém, o seu grande desafio, compreenderão eles, é Jude, que se torna um advogado temido pelos seus pares, mas que é um homem cada vez mais destroçado, física e psicologicamente marcado por uma infância inimaginável e perseguido por um passado traumático que teme jamais conseguir ultrapassar.

Numa escrita resplandecente, magnífica e assombrosa, Hanya Yanagihara compõe um hino trágico e transcendente ao amor fraternal, revela o sofrimento e o desgosto de forma ímpar, e retrata a tirania da memória e dos limites da capacidade humana para resistir.

Fonte: contracapa do livro

Disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Novidade na Biblioteca: "Transgressão" de Rose Tremain


Porto: Porto Editora, 2011
ISBN 978-972-0-04322-1
Num vale belo e pacífico desponta uma antiga casa de pedra, conhecida como Mas Lunel. O seu proprietário é Aramon Lunel, um alcoólico de tal forma assombrado pelo seu passado violento que é incapaz de qualquer existência relevante, negligenciando os cães de caça e a propriedade da família. Numa casinha à vista de Mas Lunel mora a sua irmã, Audrun, que sonha com a vingança de todas as tragédias que lhe destruíram a vida.Este mundo fechado de Cévenol é visitado por Anthony Verey, um negociante de antiguidades exilado, oriundo de Londres. Nos seus sessenta, Anthony espera poder reconstruir a sua vida em França e começa a visitar propriedades na região. A sua descoberta de Mas Lunel dá início a uma sequência inexorável e assustadora de acontecimentos.

Dois mundos e duas culturas colidem. Ultrapassam-se limites ancestrais, quebram-se tabus, comete-se um crime. E, enquanto o mundo desaba, as colinas de Cévennes observam.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Tempo para a poesia: Dia de Todos os Santos

 

The Forerunners of Christ with Saints and Martyrs de Fra Angelico

Dia de Todos-os-Santos

Supõe que morri
(Aos mortos se escreve também algumas vezes).
Não sou de cá.
O que me dizem estranho
E ouço o que não há.
Assim, talvez, como estrangeiro,
Encontres palavras que me interessem,
Saibas dar-me o que me tarda...
coisas perdidas que procuro
e talvez se possam dar
aos que partiram e esqueceram
e, por isso,
se lhes oferece o resto de tudo
sem mesmo se saber
que alguma coisa é dada.

Supõe que morri e diz
todas as verdades que se dão aos mortos
o que se confessa a quem não ouve
e espera resposta de ninguém ...

Dizem que os deuses morreram:
Sou da raça deles
à espera de Deus.

                                José Blanc de Portugal

Amor constante para além da morte

Pode fechar-me os olhos a derradeira
sombra que de mim leva o branco dia,
e livrar de tudo o que prendia
a alma ansiosa, a hora que se abeira;

mas não deixará na margem da ribeira
a memória dos sítios onde ardia:
minha chama nada na água fria
e a dura lei enfrenta altaneira.

Alma de que todo um deus foi prisão,
veias onde tanto fogo foi gerado,
medulas em gloriosa combustão:

o corpo deixará, não seu cuidado;
cinzas hão-de ser, mas com coração;
serão pó, sim, mas pó apaixonado.

                        Francisco de Quevedo (1580-1645)
                        Tradução: António Simões

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Sugestão de leitura: "O assalto" de Daniel Silva

 

Lisboa: Bertrand, 2014
ISBN 978-972-25-2916-7

O lendário restaurador de arte e espião ocasional Gabriel Allon está em Veneza a restaurar um retábulo de Veronese quando recebe uma chamada urgente da polícia italiana. Julian Isherwood, o excêntrico negociante de arte londrino, deparou com o cenário de um homicídio brutal e agora é suspeito do crime. Para salvar o amigo, Gabriel tem não só de descobrir os verdadeiros assassinos, como também encontrar a mais famosa das obras de arte desaparecidas: a Natividade com São Francisco e São Lourenço, de Caravaggio.

A sua missão levará Allon de Paris e Londres aos submundos do crime em Marselha e na Córsega e, finalmente, a um pequeno banco privado na Áustria, onde um homem perigoso guarda a fortuna suja de um cruel ditador. Ao seu lado, o espião tem uma jovem corajosa que sobreviveu a um dos piores massacres do século XX e que tem agora a possibilidade de se vingar da dinastia que lhe destruiu a família.

Um livro elegante, sofisticado e de leitura compulsiva que deixará os fãs de Gabriel Allon cativados desde as primeiras páginas.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

"A misteriosa chama da Rainha Loana" de Umberto Eco




Algés: Difel, 2005
ISBN 972-29-0732-8

"«E o senhor, como se chama?
Espere, tenho-o debaixo da língua.»

Tudo começou assim.
Tinha como que acordado de um longo sono; contudo, estava ainda suspenso num cinzento leitoso. Ou, então, não estava acordado mas a sonhar. Era um sonho estranho, sem imagens, povoado de sons. Como se não visse, mas ouvisse vozes que me relatavam o que devia estar a ver."
Yambo, um abastado alfarrabista de Milão na casa dos sessenta, perdeu parte da memória após um acidente vascular cerebral – lembra-se do enredo de cada livro que leu, de cada verso, mas não se lembra do próprio nome, não reconhece as filhas nem a mulher e a infância e a família estão envoltas em névoa.

Numa tentativa de recuperação de si próprio, Yambo decide voltar à casa de campo da sua infância, onde descobre livros, álbuns de banda desenhada, revistas e discos de uma época distante. Começa aí uma viagem em busca do tempo perdido, povoada de imagens e personagens ora fictícias, ora reais, mas todas importantes para a redescoberta de si.

É assim que as suas memórias vão sendo recuperadas, e o passado vai surgindo diante dos seus olhos como uma banda desenhada.

A Misteriosa Chama da Rainha Loana é um romance profusamente ilustrado, fascinante, nostálgico, divertido e emocionante, do incomparável Umberto Eco.


Disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O caminho do sal de Raynor Winn

"Começamos a nossa caminhada naquele dia, debaixo das escadas, ou no dia em saímos da carrinha de um amigo em Taunton, deixados à chuva, à beira da estrada com as mochilas no asfalto? Ou será que a caminhada já estava para acontecer havia anos, à espera, no nosso horizonte, pronta para ser lançada sobre nós apenas quando não houvesse mais nada a perder?" (excerto do capítulo 2)
Poucos dias depois de Raynor Winn descobrir que Moth, o marido de 32 anos, tem uma doença terminal, a sua casa e quinta são-lhes retiradas, juntamente com o seu sustento. Sem nada, e com pouco tempo, tomam a decisão impulsiva e arrojada de caminhar os 1013 quilómetros do Caminho da Costa Sudoeste.

Levando às costas apenas o essencial para sobreviver, vivem uma vida selvagem no deserto, entre penhascos desgastados pelo tempo, o mar e o céu. No entanto, em cada passo, em cada encontro e em cada provação ao longo do percurso, a sua caminhada transforma-se numa viagem marcante e libertadora.

Poderosamente escrito e inabalavelmente honesto, O Caminho do Sal é uma história verdadeira, sincera e otimista sobre como lidar com a dor e os poderes curativos da natureza. É um retrato do lar — de como pode ser perdido, reconstruído e redescoberto das formas mais inesperadas.

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Duna, obra-prima de Frank Herbert

Frank Patrick Herbert Jr. é um dos autores de ficção científica mais conceituados da modernidade. Nasceu no dia 8 de outubro de 1920 na cidade de Tacoma, no estado norte-americano de Washington e estudou na Universidade de Washington, Seattle. Teve uma grande variedade de empregos — incluindo operador de câmara de TV, comentador de rádio, apanhador de ostras, instrutor de sobrevivência na selva, psicanalista, professor de escrita criativa, repórter e editor de vários jornais… antes de se tornar escritor a tempo inteiro.

Começa a dedicar-se à escrita a tempo interior a partir de 1959, e seis anos depois publica aquela que viria a ser conhecida como a sua obra-prima, Duna.

Duna decorre no planeta deserto de Arrakis. Narra a história de Paul Atreides, herdeiro de uma família nobre encarregada de governar um mundo inóspito, onde a única coisa de valor é uma especiaria, melange, que é na verdade uma droga capaz de prolongar a vida e expandir a consciência. Cobiçada em todo o universo conhecido, a melange revela-se um tesouro pelo qual as pessoas estão dispostas a matar.

Pela sua temática variada e complexa, abordando filosofia, religião, política e ecologia, Duna foi distinguida com os mais importantes prémios de ficção científica: o Prémio Nebula, em 1965, e o Prémio Hugo, em 1966.

Para saber mais sobre o autor e a sua obra consulte:

https://revistagalileu.globo.com/Cultura/noticia/2020/10/conheca-trajetoria-do-escritor-frank-herbert-autor-de-duna.html

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Opinião de leitor: "Os primos" de Karen M.McManus

 

Alfragide: Gailivo, 2022
ISBN 978-989-235-314-2

Três primos, que desde a primeira infância não se veem ou falam, são convidados pela avó, que não conhecem e que deserdou os próprios filhos, para ir passar o verão a trabalhar em Gull Cove Resort, do qual é proprietária.

Embora apreensivos acabam por aceitar o convite e pensam aproveitar a oportunidade para estreitar os laços de família. No entanto os planos não correm como esperado e os 3 jovens acabam por unir-se para tentar desvendar os segredos de família Story.

O que descobrirão sobre o passado? E que revelações os esperam em relação ao presente?

Requisite o livro e descubra!

MV

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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Um poema para assinalar o Dia do Idoso

autor: Narinbg

O Dia Internacional do Idoso comemora-se anualmente a 1 de outubro. Este dia foi instituído em 1991, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e a necessidade de proteger e cuidar da população mais idosa.

Singelamente e como forma de assinalar esta data partilhamos um poema de Fernanda de Castro, conhecida poetisa portuguesa, que reflete um pouco do que é chegar a uma idade avançada…

Alma Serena

Alma serena, a consciência pura,
assim eu quero a vida que me resta.
Saudade não é dor nem amargura,
dilui-se ao longe a derradeira festa.

Não me tentam as rotas da aventura,
agora sei que a minha estrada é esta:
difícil de subir, áspera e dura,
mas branca a urze, de oiro puro a giesta.

Assim meu canto fácil de entender,
como chuva a cair, planta a nascer,
como raiz na terra, água corrente.

Tão fácil o difícil verso obscuro!
Eu não canto, porém, atrás dum muro,
eu canto ao sol e para toda a gente.

Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

"Ponham-nos a ler! : A leitura como antídoto para os cretinos digitais" de Michel Desmurget

 

Lisboa: Contraponto, 2023
ISBN 978-989-666-444-2

Depois de A Fábrica de Cretinos Digitais nos alertar para os perigos que a exposição excessiva aos ecrãs representa para o desenvolvimento das crianças, o prestigiado neurocientista Michel Desmurget revela-nos agora qual é o grande antídoto - o principal, até - contra o surgimento do «cretino digital»: ler «por prazer».

A começar pela linguagem, os benefícios da leitura são enormes, conforme comprovam centenas de estudos realizados nos últimos cinquenta anos. Além disso, ler tem também um impacto tremendo na cultura geral, nos resultados escolares (incluindo na matemática), no sucesso profissional, na mobilidade social, na atenção, empatia e saúde física e mental.

Neste livro, a leitura surge como a base que permite à criança desenvolver os três pilares da sua essência humana: aptidões intelectuais, competências emocionais e habilidades sociais. Michel Desmurget mostra-nos ainda que, apesar dos esforços dos media para nos convencer do contrário, os jovens não só leem cada vez menos, como leem cada vez pior. Segundo ele, saber ler é mais do que decifrar o alfabeto e juntar letras e sílabas - é preciso que a criança compreenda e interprete o que está escrito. Só assim poderá aprender a compreender o meio em que está inserida. O papel dos pais é, por isso, fundamental, cabendo a estes estimular nos filhos o gosto pela leitura mediante as estratégias apontadas pelo autor.

Face à sedução crescente dos ecrãs que tanto prejudicam o desenvolvimento dos nossos filhos, tanto a nível intelectual e cognitivo como físico-motor, Michel Desmurget apresenta-nos a leitura como a única forma de resistência possível ao avanço incontrolável do digital, num livro absolutamente imprescindível para pais e educadores.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Opinião de leitor: “Há algo estranho na água” de Catherine Steadman

 

Lisboa: Presença, 2019
ISBN 978-972-23-6395-2

“Há algo estranho na água” de Catherine Steadman é um thriller mas com um enredo diferente e bastante inesperado. No início quase parece um romance até que uma descoberta intrigante, em plena lua de mel, muda por completo o rumo de vida do casal recém casado. Um avião afundado no mar, uma mala cheia de dinheiro, diamantes e uma misteriosa pen drive... uma descoberta que Mark e Erin decidem manter em segredo. Que implicações terá na vida deles? Pergunta que nos obriga a ler este empolgante livro a um ritmo quase vertiginoso para obter a resposta final.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Fundo local enriquecido: "A minha aldeia e a Serra do Açor" de Tiló Henriques

 


No livro  “A minha aldeia e a serra do Açor: memórias e saudades”,  apresentado no passado dia 8 de setembro, na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho, reúne um conjunto de poemas e alguns textos em prosa, organizados em 10 capítulos, a autora Tiló Henriques desenha com emoção, saudade e nostalgia os seus sentimentos, olhares, memórias e sonhos sobre a sua aldeia berço, Monte Frio, e a Serra do Açor que a abraça e envolve.

“Meu terno berço (p. 35)

Meu querido amado belo doce amigo
Ecoa uma vida a correr sem te apreciar
Em verões fugazes momentos contigo
Chegou o Outono da vida e quero-te amar
Apaixonei-me por ti e em ti me deleito
Em teus olhos verdes perco o meu olhar
Na tua lua de prata e estrelas me deito
Só tu tens a magia e arte para me acalmar
Andam em teu redor pássaros borboletas
Clamam em memórias saudades inquietas
És dos poetas sonho fonte de luz inspiração
Meu Monte Frio de sol brilhante e aragens
Monte de naturezas bucólicas e selvagens
Meu terno berço que aquece o coração…”

Tiló conduz o leitor até a um passado em que Monte Frio, tal como tantas outras aldeias que polvilham as nossas serras, era repleta de vida, levando-nos a recordar como era o dia-a-dia das pessoas que as habitavam e registando em poema este testemunho para a posteridade.

O conjunto de poemas intitulado “Mantas de fitas da aldeia” evoca este passado, para alguns já bem longínquo, com mestria. Trata-se de um testemunho vívido para o futuro, para aqueles que agora já só vêm à aldeia nos meses de verão e “apenas encontram casas habitadas de fantasmas, sombras, vazio e ausência.”

Para a Tiló a aldeia parece fundir-se com o seu próprio ser. “Esta terra que sou eu”, escreve a determinado momento, onde se sente “grata e reconciliada, de tantos grilhões, libertada, cansada, perdida, mas reencontrada, de tantas penas e cruzes carregada…” (p. 33)

Finalizo endereçando os parabéns à Tiló, por este que é já o seu quinto livro e a todos os que sentem a Serra do Açor como sendo sua recomendo que o leiam e a sintam, tal como a Tiló o faz.

Miriella de Vocht


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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Novidade na Biblioteca: "Fabricante de lágrimas", de Erin Doom

Lisboa : Planeta, 2024
ISBN 978-989-777-792-9

"Entre as paredes do orfanato onde Nica cresceu, histórias e lendas foram contadas à luz das velas. A mais famosa de todas é a do Fabricante de Lágrimas, um misterioso artesão, com olhos claros como vidro, uma figura aterradora que forja todos os medos que habitam no coração das pessoas.
Quando, aos dezassete anos, Nica é adotada pelo casal Milligan, pensa que está a deixar para trás este mundo de contos de fadas sombrios, mas o Milligan também adotam Rigel, um órfão inquieto e misterioso, e ele é a última pessoa que Nica desejaria como irmão adotivo. Rigel é inteligente, incrivelmente bonito, mas a sua aparência angelical esconde um temperamento problemático e sombrio.
Embora os dois partilhem um passado comum, viver juntos parece impossível. Especialmente quando a lenda reaparece nas suas vidas e o Fabricante de Lágrimas se torna cada vez mais real. Noca, doce e corajosa, está disposta a tudo para defender o seu sonho, porque só se tiver a coragem de enfrentar os pesadelos que a atormentam é que poderá finalmente voar livremente como a borboleta que leva o seu nome."
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Novidade na Biblioteca: As sete carruagens", de André Fernandes

Barcarena: Manuscrito, 2024
ISBN: 978-989-9181-24-3


«O despertador tocou.
Desnecessariamente. René já não dormia.
Quem não dorme também não desperta.
Não se desperta, a não ser do sono

É assim que começa o arrebatador romance de estreia de André Fernandes, um livro poderoso sobre um homem devastado pelos traumas do passado e o fim recente da sua relação amorosa. Encarcerado nas memórias de uma vida - não da que viveu, mas daquela que gostaria de ter vivido -, num dia igual a tantos outros, entra na estação de metro habitual para ir trabalhar. E, de repente, nada volta a ser como antes.

O que faria se fosse obrigado a reviver o mesmo dia vezes sem fim? Durante sete dias, René entra na mesma estação, para tomar consciência de que o dia presente é igual ao anterior. No acaso da vida, porém, quer o destino que acabe por entrar sempre numa carruagem diferente. E todas as viagens têm uma lição a ensinar a René.
Até ao derradeiro final.

Uma história emocionante em que cada carruagem revela um segredo diferente para a verdadeira felicidade.
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Tempo para a Poesia: "Uni Versos da memória"


«... O Segundo Milénio acabou ontem…»

O Segundo Milénio acabou ontem,
hoje começou outro! É o terceiro!
Talvez um dia ambos se confrontem
esquecendo o outro antes, o Primeiro!

Mil anos mais mil anos! Mas que estranha
esta expressão, que a mente estática,
porque nem sempre e espírito acompanha
a pronta evolução da Matemática…

E antes destes, quantos mil atrás,
e quantos mais nas previsões eternas?
Será que o mundo vai viver em paz,
ou voltará o tempo das cavernas?

Difícil entender os seres humanos
nos seus loucos anseios de progresso,
se a Ciência vai em frente por cem anos,
a Guerra impõe noventa em retrocesso!

Na hora de mostrar o seu valor
o Homem busca a vastidão do espaço,
da pré-história ao computador,
das pinturas rupestres a Picasso…

A desfiar engano e desengano,
a vida continua, o tempo foge,
atinge-se um milénio, ano após ano…
O Terceiro aí está, começa hoje!...

Uni Versos da memória in
Silvino Lopes

 Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: "Tu, eu e todo o tempo do mundo", de Taylor Jenkins Reid

Barcarena: Editorial Presença, 2016
ISBN: 978-972-23-5759-3

" Quando Elsie Porter saiu de casa naquele chuvoso dia de Ano Novo estava longe de pensar que minutos depois conheceria o seu grande amor, Ben Ross. A atração é imediata e arrebatadora. Pouco tempo depois, casam, sem sequer avisarem as respetivas famílias.
No entanto, um acidente mortal destrói a felicidade de Elsie. Para a ajudar a lidar coma dor, conta com a mãe de Ben, numa manifestação inesperada de amizade que se revelará de enorme importância para as duas. Taylor Jenkins Reid emociona os leitores com uma história contada de maneira simples e profunda."
Fonte: contracapa do livro.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: "O que ninguém viu", de Andrea Mara

Porto: Singular, 2024
ISBN: 978-989-789-042-0

"Duas crianças entram num comboio.
Mas só uma sai.

Ninguém viu o que aconteceu…
Acontece tudo muito depressa. Sive está em Londres,
numa plataforma do metro apinhada, quando as filhas pequenas, mesmo à sua frente, entram na carruagem. No segundo seguinte, tenta juntar-se a elas, mas as portas fecham-se e a composição afasta-se, deixando-a sozinha no cais.

Todos estão a mentir…
Sive procura chegar rapidamente à estação seguinte, tentando convencer-se de que vai correr tudo bem. Porém, o pânico instala-se quando vê que, em vez de ter duas filhas à sua espera, apenas a mais nova saiu do metro.

Alguém é culpado…
Será que a outra filha se perdeu? Foi levada por um estranho?
Que aconteceu afinal naquela carruagem? Enquanto cada segundo conta para encontrar a pequena Faye, Sive terá de percorrer um caminho povoado de mentiras e meias-verdades capazes de fazer desmoronar a vida pacata e feliz que tanto lhe custou a construir."

Fonte: contracapa do livro.

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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Tempo para a Poesia: "Mensagem: sonetos"

NADA SOMOS

Não somos nada… poeira de tempo indefinido…
Aragem breve dum sonhar diluído em bruma…
Somos náufragos dum mar d'enganadora espuma,
Caminheiros errantes dum tempo já fugido…

Nada somos… breve quimera perdida,
Pequeno amargor d'ilusões transcendentais…
Sonhos sublimes esquecidos em bolorentos anais,
Corpos imolados em braços de Morte e Vida!

Oh! Humanidade! Pensares errados e desfeitos!...
Homens mortos, Crianças fenecidas em frios leitos,
Mãos erguidas em altos quereres elevados! …

Nada somos … Poeira d'espaço transcendental e terreno…
Abraço frustado, beijo perdido, ruir d'amor fraterno,
Pó transparente de quereres por vendavais espalhados!...

Lucília Dos Santos Nunes in
Mensagem: sonetos

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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: "Apartamento em Paris", de Lucy Foley

Lisboa: Planeta, 2022
ISBN: 978-989-777-653-3

"BEM VINDOS AO NÚMERO 12 DA RUE DES AMANTS.
Um bonito prédio de apartamentos, nas ruelas de Montmartre.
Um lugar de escadas sinuosas, portas fechadas e olhares atentos que espreitam de todas as janelas.
Um lugar de morte. Um residente está desaparecido.
E outro detém a chave do seu desaparecimento.

Jess precisa de começar do zero. Está sem dinheiro, sozinha, acabou de deixar o emprego, em circunstâncias pouco claras. Ben, o seu meio-irmão, não ficou muito contente quando ela lhe perguntou se podia ficar em sua casa por uns tempos, mas não foi capaz de lhe dizer que não. De certeza de que tudo ia correr bem.
Quando ela chega a Paris, descobre que o meio-irmão mora num apartamento, que ela nunca imaginaria que ele tivesse dinheiro para pagar. E, mais intrigante ainda: as chaves e a carteira de Ben estão lá, mas ele não. Os dias passam, Ben continua desaparecido e as questões acerca da sua vida começam a surgir na cabeça de Jess.
Os vizinhos são um grupo eclético e não muito simpático. A socialite, o tipo porreiro, o alcoólico, a porteira. Jess não sabe em quem confiar. Todos são vizinhos. Todos são suspeitos. E todos sabem algo que não estão a contar."
Fonte: contracapa do livro.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: "Quando éramos mentirosos", de E. lockhart

Alfragide: ASA, 2014
ISBN: 978-989-23-2736-5

"A família Sinclair parece perfeita.
Ninguém falha, levanta a voz ou cai no ridículo.
Os Sinclair são atléticos, atraentes e felizes.
A sua fortuna é antiga. Os seus verões são passados numa ilha privada, onde se reúnem todos os anos sem exceção.

É sob o encantamento da ilha que Cadence, a mais jovem herdeira da fortuna familiar, comete um erro: apaixona-se desesperadamente.
Cadence é brilhante, mas secretamente frágil e atormentada.
Gat é determinado, mas abertamente impetuoso e inconveniente.
A relação de ambos põe em causa as rígidas normas do clã. E isso simplesmente não pode acontecer.

Os Sinclair parecem ter tudo. E têm, de facto.
Têm segredos. Escondem tragédias. Vivem mentiras. E a maior de todas as mentiras é tão intolerável que não pode ser revelada.
Nem mesmo a si."

Fonte: contracapa do livro.

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Tempo para a Poesia: "Tempestade na alma"

RESISTENTES DA ALDEIA

Aqui, perto do céu
Esperam-se as noites
Esperam-se os dias
Sem alvorada.
Espera-se o muito
Espera-se o pouco
O tudo… e o nada

Espera-se o sol
Espera-se a chuva
E as vítimas da solidão
Mas os companheiros
Do caminho
Não os deixam cair no chão

Há sempre alguém
Com presença,
Feita de serenidade,
E... perseverança
Levada com teimosia
Mas cheia de esperança

Adriano Pacheco Paxiano in
tempestade na alma

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: "A química dos nossos corações", de Krystal Sutherland

Porto: Porto Editora, 2017
ISBN: 978-972-0-04860-8

    "Henry Page não esperava apaixonar-se. Sempre se considerou um romântico, mas nunca viveu um daqueles momentos em que o tempo para, a barriga se enche de borboletas e a música começa a tocar, sabe-se lá onde. Pelo menos, até agora.
    Grave Town é a esquiva nova colega de escola, que se veste com roupa de rapaz demasiado grande, apoia-se numa bengala e esconde segredos desconcertantes, Não é bem a rapariga de sonho por que Henry esperava, mas quando os dois são escolhidos para coordenar o jornal da escola, a química acontece.
    Depois de tantos anos a salvo, Henry está prestes a descobrir como a vida pode seguir um caminho tortuoso e como, por vezes, os desvios são a parte mais interessante desse mesmo caminho.


Uma estreia brilhante que equilibra humor e corações partidos, lembrando-nos de como o primeiro amor pode ser agridoce."

Fonte: contracapa do livro.

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segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Novidade na Biblioteca: " A hermafrodita e a Inquisição portuguesa", de François Soyer

Lisboa: Bertrand, 2024
ISBN: 978-972-25-4673-7
"Baseado na investigação de um processo inquisitorial, François Soyer faz-nos um relato biográfico e vívido de Maria Duran, desde a fuga do seu casamento com um homem, na Catalunha, até à sua passagem pelo Sul de França, e por Barcelona, onde, assumindo a sua vertente masculina, virá a integrar o exército espanhol como soldado. Posteriormente, viaja para Portugal, onde, como mulher dará entrada em sucessivas casas de recolhidas em instituições eclesiásticas para mulheres. Com uma personalidade complexa, seduz diversas freiras e recolhidas, é acusada de ser um homem que se faz passar por mulher num contexto conventual e de ter tratos com o Diabo.

Um percurso por várias organizações conventuais leva-a a Évora, onde após novas aventuras, será finalmente detida pela Inquisição. O Santo Ofício reuniu vários médicos, cirurgiões e parteiras para realizar exames minuciosos ao corpo de Maria, e em particular aos seus órgãos sexuais. Os relatórios e discussões dos inquisidores oferecem relatos fascinantes das atitudes em relação ao sexo e género na Europa do início da era moderna.

Com base nos extensos arquivos do julgamento, o autor utiliza a história de Maria para trazer novas perspetivas sobre aspetos da vida muito raramente registados em documentos do início da era moderna: a transgressão das normas de género, a sexualidade e a violência sexual em instituições religiosas femininas, para além dos medos e debates sobre o poder que o Diabo poderia exercer sobre o corpo humano. E tudo isto num contexto português."

Fonte: contracapa do livro.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Tempo para a Poesia: "Avós são reis por detrás de um vidro"

SÉPIA

No album de marroquim,
Que o artesão esmerou,
Como no Império do Fim
Onde a arte começou,

Quebra-se as vagas de sal
O último navio afundado
Ao largo, pelo vendaval,
A sépia fotografado

Pelo avô que o destino
Fez andante de torna-viagem,
Quando o levou, inda menino
À mais distante paragem

Desse perdido oriente
Onde o sol, frio, distante,
Perde a cor, subitamente,
Até ao último instante.

No retrato, que os sais de prata
Resgatam p'rà eternidade,
Só o olhar então desata
Laços d'alma, com saudade.

Vergílio Alberto Vieira in
"Avós são reis por detrás de um vidro"

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