SHREVE, Anita - Tudo o que ele sempre quis. 1ª ed. Porto : Asa, 2005. 270, [1] p. ISBN 972-41-4427-5
Nicholas Van Tassel conheceu a mulher dos seus sonhos após um incêndio no hotel em que ambos se encontravam a jantar no Inverno de 1899. A partir desse momento casar com Etna Bliss passou a ser o objectivo central da sua vida. Ela era tudo o que ele sempre quis.
O namoro foi atribulado, porém depois de algum tempo Etna, apesar de os seus sentimentos não corresponderem aos de Nicholas, aceita casar com ele. Nicholas acredita que com a convivência em comum o amor surgirá.
Porém esse amor não surge. Etna continua distante e fria física e emocionalmente, e Nicholas suspeita que ela terá amado alguém antes de o ter conhecido. Opta no entanto por não a questionar, e o ciúme invade-o. E rapidamente o casamento de Nicholas e Etna se revela um fracasso.
30 anos mais tarde numa viagem para o Sul, Nicholas narra a sua história em forma de diário. O romance Tudo o que ele sempre quis, da autoria de Anita Shreve é a história da obsessão de um homem por uma mulher que queria outra coisa.
Excerto:
“A mulher tinha olhos amendoados e fartas pestanas castanhas escuras. As narinas e as maçãs do rosto eram proeminentes como se lhe corresse no sangue um elemento estrangeiro. Calculei que o seu cabelo cor de bolota lhe daria, se solto, pela cinta. Tinha uma criança nos braços que imaginei pertencer-lhe. O meu desejo por esta mulher desconhecida foi tão imediato, intenso e impróprio que deveras me espantou; e muitas vezes me tenho interrogado se esse desejo violento, essa sensação de fogo dentro do corpo, essa necessidade ilícita de tocar a pele, não seriam simplesmente resultado das circunstâncias intensificadas pelo próprio incêndio. Teria ficado tão deslumbrado se tivesse visto Etna Bliss do outro lado da sala de jantar ou se me tivesse virado e a tivesse surpreendido atrás de mim na esquina de uma rua? Respondo à minha própria pergunta, como é inevitável que responda, com o conhecimento de que o lugar ou a data em que vi a mulher pela primeira vez não teriam feito qualquer diferença – a minha reacção teria sido igualmente fulminante e aterradora.”
Nota biográfica:
Natural do Massachusetts, onde ainda hoje reside, Anita Shreve graduou-se na Tufts University, foi professora e acabou por enveredar pelo jornalismo após uma das suas histórias ter ganho o O. Henry Prize, em 1975, escrevendo então artigos para revistas como a Quest, Us e Newsweek. Mais tarde, publicou dois livros de não ficção a partir de artigos publicados na The New York Times Magazine. Em 1989 abandonou o jornalismo e dedicou-se apenas à literatura, alcançando um grande sucesso internacional – as suas obras venderam já mais de 7 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1998, recebeu o PEN/L.L. Winship Award e The New England Book Award para ficção.
Nicholas Van Tassel conheceu a mulher dos seus sonhos após um incêndio no hotel em que ambos se encontravam a jantar no Inverno de 1899. A partir desse momento casar com Etna Bliss passou a ser o objectivo central da sua vida. Ela era tudo o que ele sempre quis.
O namoro foi atribulado, porém depois de algum tempo Etna, apesar de os seus sentimentos não corresponderem aos de Nicholas, aceita casar com ele. Nicholas acredita que com a convivência em comum o amor surgirá.
Porém esse amor não surge. Etna continua distante e fria física e emocionalmente, e Nicholas suspeita que ela terá amado alguém antes de o ter conhecido. Opta no entanto por não a questionar, e o ciúme invade-o. E rapidamente o casamento de Nicholas e Etna se revela um fracasso.
30 anos mais tarde numa viagem para o Sul, Nicholas narra a sua história em forma de diário. O romance Tudo o que ele sempre quis, da autoria de Anita Shreve é a história da obsessão de um homem por uma mulher que queria outra coisa.
Excerto:
“A mulher tinha olhos amendoados e fartas pestanas castanhas escuras. As narinas e as maçãs do rosto eram proeminentes como se lhe corresse no sangue um elemento estrangeiro. Calculei que o seu cabelo cor de bolota lhe daria, se solto, pela cinta. Tinha uma criança nos braços que imaginei pertencer-lhe. O meu desejo por esta mulher desconhecida foi tão imediato, intenso e impróprio que deveras me espantou; e muitas vezes me tenho interrogado se esse desejo violento, essa sensação de fogo dentro do corpo, essa necessidade ilícita de tocar a pele, não seriam simplesmente resultado das circunstâncias intensificadas pelo próprio incêndio. Teria ficado tão deslumbrado se tivesse visto Etna Bliss do outro lado da sala de jantar ou se me tivesse virado e a tivesse surpreendido atrás de mim na esquina de uma rua? Respondo à minha própria pergunta, como é inevitável que responda, com o conhecimento de que o lugar ou a data em que vi a mulher pela primeira vez não teriam feito qualquer diferença – a minha reacção teria sido igualmente fulminante e aterradora.”
Nota biográfica:
Natural do Massachusetts, onde ainda hoje reside, Anita Shreve graduou-se na Tufts University, foi professora e acabou por enveredar pelo jornalismo após uma das suas histórias ter ganho o O. Henry Prize, em 1975, escrevendo então artigos para revistas como a Quest, Us e Newsweek. Mais tarde, publicou dois livros de não ficção a partir de artigos publicados na The New York Times Magazine. Em 1989 abandonou o jornalismo e dedicou-se apenas à literatura, alcançando um grande sucesso internacional – as suas obras venderam já mais de 7 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1998, recebeu o PEN/L.L. Winship Award e The New England Book Award para ficção.
Fonte: http://www.wook.pt/
Este livro está disponível para empréstimo na Biblioteca.
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