A recordação que mais a assombra é a do dia em que a árvore do quintal foi cortada, era ainda criança, de como foi brutalmente dilacerada, como as suas raízes, teimando não deixar a terra, foram arrancadas como se de um troféu se tratassem. Anos decorridos, numa alma em que habita ressentimento, em que a dor é uma condição para se sentir viva, tudo se despedaçou na vida da protagonista como a árvore da sua infância, e é por sentir que também algo lhe falta, lhe foi truncado que ela decide partir em busca de si própria através dos trilhos sinuosos da história da sua família, aquela que é também a sua história.
Numa prosa que se espraia em matizes de indiscutível beleza, diversas gerações entrelaçam-se como os ramos da árvore, e a voz que se faz escutar, tacteando ao longo do tronco, em busca das raízes que a abraçam e estrangulam, vai descobrir que a sua demanda é acima de tudo coroada pelo afecto, a seiva unificadora que obrigará a árvore a voltar-se para a luz independentemente dos obstáculos…
Fonte: contracapa do livro
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Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
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