“[…] the shape of the new «knowledge media»
is still uncertain and largely undefined,
making this a time of incredible opportunity and change.”
Saunders 1993
A publicação de livros em formato digital existe desde os anos 90 do século XX, tendo vindo a desenvolver-se cada vez mais; paralelamente nascem ferramentas como, por exemplo, os e-books, pequenos computadores com o tamanho de máquinas de calcular que permitem descarregar da Internet livros digitalizados e cujo ecrã permitem uma nova forma de leitura.
A força das novas tecnologias e facilidade de publicação leva a que a produção intelectual seja cada vez maior. A internet facilita a publicação de livros pela sua condição de casa que acolhe todo o tipo de autores; por outro lado a globalidade da rede facilita o acesso.
Existem muitos autores que, voluntariamente ou por dificuldade de acesso às editoras tradicionais, encontram na Internet a possibilidade de publicar o seu trabalho. No entanto e apesar de serem cada vez mais os livros publicados em suporte electrónico, estes formatos ainda não são muito valorizados nem vulgarizados; a cultura é ainda reconhecida e tem mais visibilidade, sob a forma palpável, levando grande parte dos autores e dos leitores a optar preferencialmente pelo formato impresso. Porém, as tendências são oscilantes e existem editoras de renome com oficinas de livro virtual, e algumas revistas de grande circulação passaram a ser publicadas em formato electrónico.
De facto, a Internet alterou a indústria editorial com a possibilidade de se aceder a um livro descarregável a qualquer hora ou em qualquer parte do mundo, acessível a toda a gente, sem depender da sua reprodução em papel. Existe um pouco por todo o mundo um esforço por parte de organismos ligados à informação e cultura de transformar a Internet numa imensa biblioteca. Iniciativas como o Projecto Gutenberg ou A Biblioteca Digital Mundial disponibilizam on-line um vasto acervo documental, aproximando a informação e a cultura às pessoas. No entanto continua a ser mais fácil encontrar na internet os clássicos, cujos direitos de autor são já do domínio público, de que obras mais recentes.
Por enquanto o formato impresso sobrepõe-se ao digital. Até quando? Serão eles complementares? De um lado, a partilha do conhecimento numa rede global potencialmente gratuita, do outro, os direitos de autor e as razões económicas. No entanto, a produção de livros digitais, é para já pouco relevante. As pessoas não perderam ainda o gosto pelo papel, pelo cheiro dos livros, nem deixou de ser apreciada a sua existência física. O prazer de ler está estritamente ligado com o manusear e folhear do livro como tradicionalmente o conhecemos.
Ao longo dos tempos o livro sofreu alterações quanto ao suporte, mas identificou-se sempre como objecto material e intelectual que possui em si uma unidade. O texto electrónico revoluciona as percepções, as estruturas de suporte da cultura escrita e sobretudo as práticas de leitura. As obras, frequentemente deixam de ser vistas como um todo, a leitura facilmente passa a ser descontínua e fragmentada o que perturba esta prática e pode levar à adulteração da obra literária como criação artística.
É certo que o livro electrónico e o impresso irão coexistir durante muito tempo, tal como aconteceu com o livro manuscrito e o impresso. A questão que fica no ar, é Qual o futuro do livro? Até quando sobreviverá o livro como tradicionalmente o conhecemos?
A força das novas tecnologias e facilidade de publicação leva a que a produção intelectual seja cada vez maior. A internet facilita a publicação de livros pela sua condição de casa que acolhe todo o tipo de autores; por outro lado a globalidade da rede facilita o acesso.
Existem muitos autores que, voluntariamente ou por dificuldade de acesso às editoras tradicionais, encontram na Internet a possibilidade de publicar o seu trabalho. No entanto e apesar de serem cada vez mais os livros publicados em suporte electrónico, estes formatos ainda não são muito valorizados nem vulgarizados; a cultura é ainda reconhecida e tem mais visibilidade, sob a forma palpável, levando grande parte dos autores e dos leitores a optar preferencialmente pelo formato impresso. Porém, as tendências são oscilantes e existem editoras de renome com oficinas de livro virtual, e algumas revistas de grande circulação passaram a ser publicadas em formato electrónico.
De facto, a Internet alterou a indústria editorial com a possibilidade de se aceder a um livro descarregável a qualquer hora ou em qualquer parte do mundo, acessível a toda a gente, sem depender da sua reprodução em papel. Existe um pouco por todo o mundo um esforço por parte de organismos ligados à informação e cultura de transformar a Internet numa imensa biblioteca. Iniciativas como o Projecto Gutenberg ou A Biblioteca Digital Mundial disponibilizam on-line um vasto acervo documental, aproximando a informação e a cultura às pessoas. No entanto continua a ser mais fácil encontrar na internet os clássicos, cujos direitos de autor são já do domínio público, de que obras mais recentes.
Por enquanto o formato impresso sobrepõe-se ao digital. Até quando? Serão eles complementares? De um lado, a partilha do conhecimento numa rede global potencialmente gratuita, do outro, os direitos de autor e as razões económicas. No entanto, a produção de livros digitais, é para já pouco relevante. As pessoas não perderam ainda o gosto pelo papel, pelo cheiro dos livros, nem deixou de ser apreciada a sua existência física. O prazer de ler está estritamente ligado com o manusear e folhear do livro como tradicionalmente o conhecemos.
Ao longo dos tempos o livro sofreu alterações quanto ao suporte, mas identificou-se sempre como objecto material e intelectual que possui em si uma unidade. O texto electrónico revoluciona as percepções, as estruturas de suporte da cultura escrita e sobretudo as práticas de leitura. As obras, frequentemente deixam de ser vistas como um todo, a leitura facilmente passa a ser descontínua e fragmentada o que perturba esta prática e pode levar à adulteração da obra literária como criação artística.
É certo que o livro electrónico e o impresso irão coexistir durante muito tempo, tal como aconteceu com o livro manuscrito e o impresso. A questão que fica no ar, é Qual o futuro do livro? Até quando sobreviverá o livro como tradicionalmente o conhecemos?
Miriella de Vocht
Para ler mais sobre esta temática consulte:
- O futuro do livro na era da computação de José Renato Gomes de Oliveira
- O futuro dos livros do passado: a biblioteca digital contribuindo na preservação e acesso às obras raras de Anelise Tolotti Dias Nardino e Sônia Elisa Caregnato
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