Na canção que eu hoje trago
Direi tudo o que eu quiser
No passado deixo um cravo
Planto outra flor qualquer.
O meu jardim é ser enfim
Mulher.
Sofri
Fui escrava e fui mansa
Mas agora posso Erguer a cabeça
E dar flor.
Pari
Um filho de esperança
Que é livre e é nosso
E nasce da seiva
Do amor.
Lutei
Mesmo na desgraça
Ergui a cabeça
E lutei.
Senti
A força da raça
Dum povo que passa
Depois de ser escravo
A ser rei.
Na canção que eu hoje vivo
Cabe tudo o que eu disser
A palavra amante e amigo
A fúria de viver.
Cantando assim eu sou por fim
Mulher.
Poema da autoria de José Carlos Ary dos Santos. Musicado por Fernando Tordo e interpretado por Simone de Oliveira.
Nota: Está disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil o livro Obra poética de José Carlos Ary dos Santos
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