quinta-feira, 8 de março de 2012

Assinalando o Dia Internacional da Mulher

MULHER PRESENTE

Na canção que eu hoje trago
Direi tudo o que eu quiser
No passado deixo um cravo
Planto outra flor qualquer.

O meu jardim é ser enfim
Mulher.

Sofri
Fui escrava e fui mansa
Mas agora posso
Erguer a cabeça
E dar flor.

Pari
Um filho de esperança
Que é livre e é nosso
E nasce da seiva
Do amor.

Lutei
Com que armas não sei
Mesmo na desgraça
Ergui a cabeça
E lutei.

Senti
A força da raça
Dum povo que passa
Depois de ser escravo
A ser rei.

Na canção que eu hoje vivo
Cabe tudo o que eu disser
A palavra amante e amigo
A fúria de viver.

Cantando assim eu sou por fim
Mulher.
Poema da autoria de José Carlos Ary dos Santos. Musicado por Fernando Tordo e interpretado por Simone de Oliveira.

Nota: Está disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil o livro Obra poética de José Carlos Ary dos Santos

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