quinta-feira, 5 de abril de 2012

Novidade na biblioteca: o violoncelista espanhol

O violoncelista espanhol de Andromeda Romano-Lax

Porto: Civilização, 2008

No início do século XX. numa poeirenta aldeia catalã. Feliu Delargo recebe um arco de violoncelo. iniciando a improvável carreira de músico. A Barcelona anarquista e a corte da monarquia em Madrid dão-lhe as primeiras verdadeiras lições sobre criatividade. princípios e paixão - e as suas consequências. A amizade com Justo Al-Cerraz. um pianista prodígio. é uma lição turbulenta para ambos. Juntos criam músicas maravilhosas e discutem sobre tudo o resto: o amor. a política. o objectivo da arte. Quando as tensões que impelem um mundo em guerra para a catástrofe trazem para as suas vidas Aviva. um violinista italiano com um passado atormentado. Feliu e Justo embarcam na sua última e mais perigosa colaboração.

Fonte: contracapa do livro

Excerto:

“Se o concerto tivesse acabado aí, teria ficado para sempre na minha memória. Mas algo mais espantoso aconteceu quando o violinista e o violoncelista se juntaram ao pianista. Olhei primeiro para o violino porque me era familiar; sabia que aprenderia alguma coisa por olhar, e tinha esperanças de ver o violinista El Nene envergonhar o meu próprio professor. O violoncelo, tocado por um homem chamado Emil Duarte, não me interessava porque não parecia mais do que um violino de dimensão exagerada. Mas então Duarte empurrou o seu arco contra as cordas do instrumento maior, e a minha cara virou-se para seguir o som. Estava agradecido pelo facto de El Nene ter tocado primeiro a solo, porque, depois de o violoncelo ter começado, nunca mais olhei para o violino ou para o piano.”

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