Christine, chegada aos cinquenta anos, tem uma vida desafogada e tranquila. Uma vida quase perfeita, não fosse o vazio que a oprime e a mergulha num estado de permanente infelicidade.
Paul trabalha no campo, é um homem sensível e doce, mas nunca conseguiu afastar-se da família – uma família de pessoas tacanhas, azedas e intolerantes. Nesse contexto, a vida de Paul é uma soma de frustrações quotidianas.
Ainda que sem razão aparente, Solange, empregada dos caminhos-de-ferro franceses, vive de mal com o mundo. Um encontro inesperado durante uma viagem vai abalar irreversivelmente muitas das suas certezas.
Vai ser também numa viagem, desta feita à Hungria, que Luc, conduzido a um estado de resignação e desespero por uma mulher destrutiva, vai encontrar coragem para reagir.
Duas mulheres e dois homens. Quando cada um pensa ter chegado ao fim da linha, os seus destinos vão cruzar-se e a felicidade vai ser de novo possível.
Fonte: contra-capa do livro
“Quatro personagens, quatro histórias, quadro vidas aparentemente sem sentido, quatro caminhos que se cruzam. Cristine, uma mulher de meia-idade que decide assumir a sua solidão; Paul, um rapaz sensível oprimido no seio de uma família abjecta, Solange uma mulher que se redescobre a si mesma, e Luc outro jovem brilhante nas garras de uma mulher doentia. As personagens são ricas, a escrita primorosa e bem amadurecida, revela uma autora com grande conhecimento da alma humana.”
“Porque a felicidade é uma possibilidade em aberto, não faz nenhum sentido desistir do pouco que somos e/ou do pouco que temos. Porque a felicidade é demasiado fugaz para se deixar agarrar, há que aproveitar os pequenos momentos em que a sentimos presente e bem perto de nós. Isso acontece todos os dias da nossa vida: quando alguém nos endereça um sorriso encorajador, quando alguém acredita em nós, quando alguém estabelece connosco um olhar cúmplice, quando alguém nos obriga a não desistir daquilo que desejamos, daquilo que precisamos, daquilo que sonhamos, etc. Porque a felicidade existe algures, é urgente não abandonarmos a sua busca, por mais obstáculos que enfrentemos.
A leitura deste romance, de Anny Duperey, é útil para percebermos a dimensão desta necessidade de procurar sempre algo melhor e, sobretudo, de crer que esse melhor existe.”
Patrícia Posse, autora do blog www.posse.pt disponível em: http://apfp.blogspot.pt/
Nota biográfica: Anny Duperey nasceu em 1947, em Rouen (França). Para além de escritora, é actriz, tendo trabalhado com grandes nomes do teatro e do cinema europeus, entre os quais Jean-Luc Godard, Michel Deville e Alain Resnais.
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