Uma nova droga colectiva invadiu as sociedades ocidentais: o culto da felicidade. Sejam felizes! Terrível mandamento ao qual é tanto mais difícil subtrairmo-nos quanto decorre da vontade de contribuir para o nosso “bem”.
Pascal Bruckner lança-se, assim, numa aventura ao mesmo tempo moral e filosófica, pedagógica e sempre irónica, que o leva a interrogar esse dever de felicidade que nos assombra e, através dele, a marginalização de qualquer noção de sofrimento, ou mesmo de simples irritação. Vivemos, afinal, num mundo em que, desde os medicamentos que tomamos para o nosso bem-estar à valorização delirante das performances sexuais, passando pela indústria dos chamados tempos livres, tudo parece tender para uma utopia que não admite ambiguidades nem interrogações. E se abandonássemos a ideologia da felicidade? E se passássemos a celebrar os estados de graça ocasionais?
Fonte: contra-capa do livro
“A Euforia Perpétua, do romancista e ensaísta francês Pascal Bruckner, é um competente ensaio sobre o que ele denomina “o dever de felicidade”. Infelizmente, como muitos poderão lê-lo imbuídos do prevalecente espírito de poltronaria, o livro corre o risco de ser taxado como pessimista e “fora da realidade”, quando na verdade é em extremo esclarecedor e lúcido. O talento do autor está em organizar as ideias que já trazíamos em mente. O dever de felicidade é definido como “a ideologia própria da segunda metade do século XX, que obriga a que tudo seja avaliado pelo ângulo do prazer e da contrariedade, intimação à euforia que expõe à vergonha e ao mal-estar os que não aderirem a ela”. O grosso da humanidade, buscando a resposta imediata para tudo, realmente procura aquilo que causa exclusivamente prazer. Tal posicionamento perante a vida é irracional e antinatural.”
Ricardo de Mattos, Colunista “Digestivo Cultural”
Para saber mais consulte:
http://static.publico.pt/coleccoes/coleccaoxis/PascalBruckner.htm
http://www.digestivocultural.com/colunistas/coluna.asp?codigo=1092&titulo=A_Euforia_Perpetua,_de_Pascal_Bruckner
http://ulbra-to.br/encena/2013/10/07/A-Euforia-Perpetua-uma-critica-a-Felicidade-Artificial-na-era-do-faz-de-conta
Leia, porque ler é um prazer!
O autor tem imensa razão e podemos acrescentar as performances futebolisticas, que a TV faz eco gigantesco,as telenovelas, festas e espectáculos todos os dias (varão e inverno), wseb submit, black friday, etc..
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