Nuno Gomes Garcia, finalista do Prémio Leya 2015 com um romance histórico dotado de grande poder de fabulação, O Dia em que o sol se apagou, regressa com O Homem Domesticado, uma das raras distopias escritas por autor português. (...)O Homem domesticado explora um futuro regido por um Estado Totalitário mas desenvolve-se no sentido do labirinto de complexos sentimentais e do tradicional esquema da intrigas policial (...)Uma bela distopia de natureza policial - empolgante e enigmática como todos os romances policiais.Miguel Real in Jornal de letras nº 1220
E se a sobrevivência da humanidade dependesse da absoluta submissão do homem à mulher?
Desde o tempo em que Marine alcançou o poder, dando início a uma nova era, a sociedade foi-se progressivamente desumanizando: os conceitos de amor e de amizade deixaram de fazer sentido, os prazeres são malvistos e o sexo está proibido pelo novo regime totalitário, até porque a reprodução passou a ser padronizada e desenvolvida artificialmente em laboratórios. As mulheres tornaram-se senhoras do mundo e submeteram os homens à condição de escravos – machos domesticados que, vivendo no medo e na ignorância, lavam, cozinham, obedecem, calam, saem à rua cobertos da cabeça aos pés.
A cidadã Francine Bonne é aconselhada pelas autoridades a escolher um segundo marido, depois de Pierre ter sido considerado um peso morto; mas desconhece que, ao trazer para casa um macho que foge ao cânone e cuja origem está envolta em mistério, a sua vida e a de Pierre sofrerão uma absoluta transformação. A ponto de o regime se sentir abalado com a possibilidade de um suposto retrocesso civilizacional...
Amores proibidos, subversão, crime, reeducação coerciva – tudo se combina magnificamente neste romance a um tempo sensual e cerebral: uma distopia à maneira de 1984, de George Orwell, que reflete de forma lúcida e desafiante sobre as problemáticas que caracterizam a sociedade atual.
Fonte: www.leya.pt
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