Ir à tarde de AbrilConhecer Um Amigo
Conhecer um Amigo,
Na chaga do seu peito,
No coração da voz
E à volta do seu corpo
Ouvir arder o trigo,
Numa tarde de Abril,
No coração da voz.
Voltar de tarde, à noite,
E deixar o Amigo
Que não sabe da cruz
Nem da cinza dos sóis.
Que só sabe Poesia
No sussurro do perigo.
Que não sabe da cruz
Nem da cinza dos sóis.
Pensar que Maio está
Esquecendo-se de nós.
Saber que Maio solta
Esse doce castigo.
Entre a nudez de luz,
No coração da voz,
O temor, o terror,
De perder o Amigo
Natércia Freire in
Obra poética II
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas Públicas de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!
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