Crónica dos Bons Malandros do jornalista e escritor português Mário Zambujal, editada em 1980 atingiu um grande êxito editorial e literário, tendo sido objecto de diversas reedições. O livro é uma divertida comédia repleta de humor e ironia e relata o quotidiano dos membros de uma quadrilha fora do comum, que recusava o uso de armas de qualquer espécie, tendo, simbolicamente, como chefe um homem com a alcunha de “pacifista”. O livro escrito numa linguagem simples, encontra-se dividido em nove capítulos que se estruturam do geral para o particular.
A quadrilha composta por 7 membros - Renato, Marlene, Flávio, Silvino, Arnaldo, Pedro e Adelaide - planeia um assalto que "iria espantar o mundo" – o roubo de uma colecção de jóias de René Lalique da Fundação Calouste Gulbenkian… uma história rocambolesca que vale a pena ler.
Crónica dos Bons Malandros foi adaptado ao cinema por Fernando Lopes em 1984 e subiu como musical aos palcos do teatro em 2011.
“Com um grande murro na mesa restabeleceu o chefe a ordem e a hierarquia. Ia usar da palavra. Usou, dizendo que se não quisessem ir, paciência, não se falava mais no assunto, outros haveria que os tivessem no sítio. Falaria com o italiano, eh pá, scusa, porca miséria, a minha malta só quer voar baixinho, procura quem tenha mais asas, arriverdecci. Ele Havai de contratar gente mais rija, o que faltava aí era quem estivesse disposto a dar esse saltinho à Gulbenkian, toma lá as jóias, dá cá o bago. “Pronto, fica assim, nós depois havemos de ouvir a notícia no telejornal, hão de falar muito nuns tipos tesos que cavaram com uma porção da famosa Colecção Lalique…”
Outros livros do autor disponíveis na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:
· Histórias do fim da rua. 7ª ed. Lisboa : Bertrand, 1983.
· À noite logo se vê. 7ª ed. Lisboa : Rolim, 1986.
· Crónica dos bons malandros. 14ª ed. Lisboa : Quetzal, 1994.
Leia, porque ler é um prazer!
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