quinta-feira, 30 de junho de 2011

Família

Família palavra tão bela

Que profundidade encerra

Pois a maior das riquezas

É ter uma família na terra.

Com o evoluir da sociedade

A família foi posta de lado

A família foi passada a 2º plano

Mas a dura realidade

Ensina-nos a triste lição

Que se não houver família

não há educação

Que será dum país

Onde a educação não reinar?

Certamente chegará o dia

Em que todos quererão mandar

Cada um dando sua opinião

Mas esquecendo sempre

Que a família é o berço da educação

Não há riqueza maior

Que uma família unida

Ela é a força para todas as vicissitudes da vida

Graça Moniz

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sugestões de leitura para adolescentes (I)

A partir de hoje e semanalmente durante os meses de Julho e Agosto, apresentaremos uma lista com 5 sugestões de leitura para adolescentes.
Lê, porque ler é um prazer!
Ficções de Jorge Luís Borges

A obra de Jorge Luís Borges marcou de forma indelével a literatura do século XX e perdura como monumento de inteligência e imaginação. Nas narrativas de Ficções, a realidade surge entre mundos inventados e multiplica-se no labirinto das palavras. Há bibliotecas de livros nunca escritos, mas tão existentes como a necessidade de compreender os paradoxos e o tempo, cujos limites são os olhares diversos do ser humano. E ficam nestas páginas a poesia, o ensaio, a filosofia, o registo dos meandros percorridos num universo sem fim, que foi e continuará a ser o nosso presente.
Fonte: contra-capa do livro
Crime no expresso do Oriente de Agatha Christie

Um passageiro do Expresso do Oriente é assassinado. Por coincidência o detective belga Hercule Poirot viaja no mesmo comboio, pelo que fica a seu cargo a tarefa de desvendar o misterioso crime. Poirot entrevista cuidadosamente os suspeitos: todos parecem ter um motivo, mas também apresentam álibis sólidos. O caso parece impossível de resolver até que Poirot, através da sua perspicácia e de algumas pistas insignificantes, elabora uma explicação brilhante.
Fonte: contra-capa do livro
O conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas

A história de um homem bom a quem roubam a liberdade e o amor. Um homem que regressará coberto de riquezas, vingador impiedoso e infalível, para além de toda a lei humana ou divina. Edmond Dantés quer reaver a mulher que amara, vingar-se dos seus inimigos, desafiar o destino…
Grande obra de um dos romancistas mais populares em todo o mundo e o mais célebre dos ficcionistas românticos franceses, autor de Os Três Mosqueteiros e A Tulipa Negra, entre outros.
Nas tuas mãos de Inês Pedrosa

Três mulheres – Jenny, a avô; Camila, a mãe; Natália, a filha – cruzam destinos e as suas memórias do século neste romance. Entre o diário da primeira, o álbum de fotografias da segunda, e as cartas da terceira, revelam-se sucessivos rostos da paixão numa sociedade em mudança. Em Nas Tuas Mãos, Inês Pedrosa convida-nos a imaginar o Portugal das últimas décadas medido e analisado pelas variáveis emoções das suas protagonistas.
Mil novecentos e oitenta e quatro de George Orwell

Segundo Orwell, «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro» é uma sátira, onde aliás se detecta inspiração swifteana. De aparência naturalista, trata das realidades e do terror do poder político, não apenas num determinado país, mas no mundo — num mundo uniformizado. Foi escrito como um ataque a todos os factores que na sociedade moderna podem conduzir a uma vida de privação e embrutecimento, não pretendendo ser a «profecia» de coisa nenhuma.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Incentivar os jovens a ler: dicas de leitura para pais, professores e adolescentes

Agora que as férias de Verão começaram acabou-se a desculpa de não haver tempo para ler. A leitura não é apenas um instrumento de trabalho com carácter formal e obrigatório, ela é muito mais do que isso e pode sem dúvida conduzir a momentos de muito prazer, de aventura, de evasão e de divertimento.

Mas como fazer para incentivar os jovens a deixar a televisão, as consolas e a internet e descobrir este agradável prazer?

É provável que já tenha ouvido dizer “crianças que lêem são crianças que têm sucesso”. Nesse sentido a Associação Americana de Bibliotecas desenvolveu uma série de dicas que têm como objectivo “ligar” os jovens aos livros.

Para pais:

• Leia o mesmo livro que o seu filho anda a ler;
• Converse com o seu filho sobre o livro;
• Tenha muitos livros em casa para que o seu filho tenha um vasto leque de escolhas;
• Tenha livros em locais estratégicos: carro, casa de banho, cozinha, perto da televisão e do computador;
• Assegure-se que o seu filho tem transporte para a biblioteca e/ou livraria;
• Visite a biblioteca com o seu filho;
• Comprem livros juntos;
• Desliguem a televisão uma noite por semana e passem o tempo a ler.

Para professores:

• Colabore com os professores bibliotecários para promover a leitura por prazer na escola;
• Peça aos bibliotecários para promover conversas sobre livros interessantes para os estudantes;
• Traga consigo de forma visível um livro que ande a ler por prazer;
• Fale sobre os seus hábitos de leitura com os seus alunos;
• Leia em voz alta para os seus alunos;
• Leia alguns dos livros que os seus alunos lêem;
• Mostre entusiasmo e interesse pelas capacidades leitoras e depois pelos livros que lêem;
• Reserve algum tempo da sua aula para a partilha de experiências de leitura;
• Fale com outros professores sobre a importância da leitura por prazer.

Para adolescentes:

• Participa nas actividades de leitura promovidas pela biblioteca e pela escola;
• Olha com atenção para o livro que te chamou a atenção: capa, contracapa, badana, etc. Lê as páginas iniciais para verificar que de facto o livro te cativa;
• Escolhe os géneros literários de que realmente gostas: mistério, ficção científica, romance, terror;
• Pára de ler um livro se não estiveres a gostar e escolhe outro;
• Se gostaste de um determinado autor, lê outros títulos da sua autoria;
• Pergunta aos teus pais, irmãos ou amigos de que livros gostam e o que te recomendam;
• Pede ao bibliotecário ou ao professor que te recomendem uma boa leitura;
• Não tenhas pressa ao ler um livro por prazer. Não se trata de nenhum exercício ou tarefa.
• Transporta um livro na tua mochila ou sacola;
• Fala com os teus amigos sobre os livros que leste;
• Ninguém te impede de saltar páginas numa leitura por prazer;
• Lê enquanto esperas que o computador inicie;
• Lê na cama todas as noites durante 15 minutos;
• Lê sobre assuntos culturais que te são desconhecidos.

As dicas apresentadas foram traduzidas e adaptadas de forma livre. Consulte a listagem original em:

terça-feira, 21 de junho de 2011

Manuel António Pina, prémio Camões

O escritor e cronista Manuel António Pina foi distinguido, no passado dia 12 de Maio, com o Prémio Camões, o maior prémio literário de língua portuguesa.
Pina tornou-se assim o 23º Prémio Camões e o décimo português a receber esta consagração, se excluirmos o autor angolano nascido em Portugal, Luandino Vieira, que recusou o prémio em 2006.
Nascido no Sabugal, Guarda, em 1943, Manuel António Pina foi jornalista durante várias décadas e estreou-se na poesia em 1974 com o livro “Ainda Não É o Fim nem o Princípio do Mundo Calma É Apenas Um Pouco Tarde”. No ano anterior publicara o seu primeiro livro para crianças, “O País das Pessoas de Pernas para o Ar”. Consensualmente reconhecido como um dos melhores cronistas de língua portuguesa, Manuel António Pina publicou dezenas de livros de poesia e de literatura para crianças, mas só em 2003 se aventurou na ficção “para adultos”, com “Os Papéis de K.”.

Descubra mais sobre este autor lendo a entrevista publicada no Jornal de Letras, nº 1035 de 2 de Junho ou a entrevista publicada no Jornal Público nº 7741 de 17 de Junho, ambos disponíveis na Biblioteca Municipal de Arganil.

Se não conhece a obra deste escritor ou se pretende familiarizar-se melhor com ela pode requisitar um dos seguintes títulos existentes na Biblioteca:

Para crianças:

• Os piratas. 1ª ed. Porto : Areal Editores, 1986

• O pássaro da cabeça. Lisboa : A Regra do Jogo, [19-?].

• O inventão : aventuras do maior intelectual do mundo. Porto : Afrontamento, 1987.

• Os dois ladrões. Porto : Afrontamento, 1983.

• O tesouro. [Lisboa] : Associação 25 de Abril : Associação Política Regional e de Intervenção Local, 1993.

• Aquilo que os Olhos Vêem ou O Adamastor. 1ª ed. Porto : Campo das Letras, 1998. ISBN 972-610-135-2

• O cavalinho de pau do Menino Jesus. [Lisboa] : Jornal Expresso, 2004.

• Gigões e anantes e outras histórias. Porto : A Regra do Jogo, 1974.

Para adultos:

• O anacronista. 1ª ed. Porto : Afrontamento, 1994. ISBN 972-36-0323-3

• Duas Biografias. Porto : Regra do Jogo, 1974.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Novidade na biblioteca para os apreciadores de Ficção Científica!

O homem do castelo alto de Philip K. Dick

Integrado na colecção Não Nobel do Jornal Público, colecção de autores premiados pelo tempo, O homem do castelo alto de Philip K. Dick, publicado originalmente em 1962, é uma obra de ficção científica, que parte de factos históricos concretos, propondo um desenvolvimento alternativo ao que na realidade aconteceu.

A acção do romance decorre nos Estados Unidos na década de 60 do século XX, e parte da hipótese de as forças do Eixo terem saído vencedoras na Segunda Guerra Mundial, ou seja, a Alemanha nazi e o Japão fascista saíram vitoriosos do conflito bélico em questão, e ambas partilham o mundo. Uma visão assustadora, mas que contém um convite à reflexão.

Um livro a não perder, disponível a partir de hoje para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil!

Outros títulos do autor disponíveis na BMA:

Ubik. Mem Martins : Europa América, Cop. 1969

Os 3 estigmas de Palmer Eldritch. Mem Martins : Europa América, Cop. 1964.

Universos paralelos. Lisboa : Edições 70, D.L. 1991

segunda-feira, 13 de junho de 2011

123º aniversário de Fernando Pessoa

Nasci exactamente no teu dia —
Treze de Junho, quente de alegria,
Citadino, bucólico e humano,
Onde até esses cravos de papel
Que têm uma bandeira em pé quebrado
Sabem rir…
Santo dia profano
Cuja luz sabe a mel
Sobre o chão de bom vinho derramado!
Santo António, és portanto
O meu santo,
Se bem que nunca me pegasses
Teu franciscano sentir,
Católico, apostólico e romano.
(Reflecti.
Os cravos de papel creio que são
Mais propriamente, aqui,
Do dia de S. João…
Mas não vou escangalhar o que escrevi.
Que tem um poeta com a precisão?)
Adiante… Ia eu dizendo, Santo António,
Que tu és o meu santo sem o ser.
Por isso o és a valer,
Que é essa a santidade boa,
A que fugiu deveras ao demónio.
És o santo das raparigas,
És o santo de Lisboa,
És o santo do povo.

Clique aqui para ler o poema na integra e saber que livros de Fernando Pessoa existem na Biblioteca!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Novidade na biblioteca: quem ama não dorme

SCHNEIDER, Robert - Quem ama não dorme. 1ª ed. Lisboa : Temas e Debates, 1999. 177, [1] p. ISBN 972-759-200-7

“Eis a história do músico Johannes Elias Alder que, aos vinte e dois anos de idade, pôs termo à vida, após tomar a decisão de nunca mais dormir.
Pois estava inflamado de um amor indizível e, por isso, infeliz pela sua prima Elsbeth e, desde então, determinado a privar-se de um só momento de descanso que fosse, até ter sondado integralmente o mistério da impossibilidade do seu amor. Corajosamente, acalentou, até ao seu inacreditável fim, a crença de que o sono era desperdício de tempo e, portanto, pecado, e que lhe seria mais tarde cobrado no Purgatório, pois a dormir estava-se morto ou, pelo menos, não se vivia verdadeiramente. Não seria por acaso que uma antiga lenda comparava o sono e a morte a dois irmãos. Como, interrogava-se Elias, poderia um homem de coração puro afirmar que amava a esposa durante toda a vida, se apenas o fazia de dia e, mesmo assim, só pela duração de um pensamento? Tal afirmação não poderia ser verdadeira, pois quem dorme não ama.
Assim pensava Johannes Elias Alder e a sua espectacular morte seria o último tributo a este amor. O mundo deste ser e a forma como se desenrolou a sua miserável vida é o que nos propomos descrever.”

Escrito em 1992, Quem ama não dorme, foi recebido euforicamente pela crítica, vendendo cerca de um milhão de exemplares só nos dois primeiros anos. Traduzido em mais de vinte e cinco línguas, venceu numerosos prémios literários, entre os quais o Médicis, em França, e o Grinzane Cavour, em Itália. O êxito do romance levou a que nele se baseassem um bailado, um filme e uma ópera.


Informação retirada do livro.

O livro apresentado encontra-se disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Livro do mês: tudo o que ele sempre quis

SHREVE, Anita - Tudo o que ele sempre quis. 1ª ed. Porto : Asa, 2005. 270, [1] p. ISBN 972-41-4427-5

Nicholas Van Tassel conheceu a mulher dos seus sonhos após um incêndio no hotel em que ambos se encontravam a jantar no Inverno de 1899. A partir desse momento casar com Etna Bliss passou a ser o objectivo central da sua vida. Ela era tudo o que ele sempre quis.

O namoro foi atribulado, porém depois de algum tempo Etna, apesar de os seus sentimentos não corresponderem aos de Nicholas, aceita casar com ele. Nicholas acredita que com a convivência em comum o amor surgirá.

Porém esse amor não surge. Etna continua distante e fria física e emocionalmente, e Nicholas suspeita que ela terá amado alguém antes de o ter conhecido. Opta no entanto por não a questionar, e o ciúme invade-o. E rapidamente o casamento de Nicholas e Etna se revela um fracasso.

30 anos mais tarde numa viagem para o Sul, Nicholas narra a sua história em forma de diário. O romance Tudo o que ele sempre quis, da autoria de Anita Shreve é a história da obsessão de um homem por uma mulher que queria outra coisa.

Excerto:

“A mulher tinha olhos amendoados e fartas pestanas castanhas escuras. As narinas e as maçãs do rosto eram proeminentes como se lhe corresse no sangue um elemento estrangeiro. Calculei que o seu cabelo cor de bolota lhe daria, se solto, pela cinta. Tinha uma criança nos braços que imaginei pertencer-lhe. O meu desejo por esta mulher desconhecida foi tão imediato, intenso e impróprio que deveras me espantou; e muitas vezes me tenho interrogado se esse desejo violento, essa sensação de fogo dentro do corpo, essa necessidade ilícita de tocar a pele, não seriam simplesmente resultado das circunstâncias intensificadas pelo próprio incêndio. Teria ficado tão deslumbrado se tivesse visto Etna Bliss do outro lado da sala de jantar ou se me tivesse virado e a tivesse surpreendido atrás de mim na esquina de uma rua? Respondo à minha própria pergunta, como é inevitável que responda, com o conhecimento de que o lugar ou a data em que vi a mulher pela primeira vez não teriam feito qualquer diferença – a minha reacção teria sido igualmente fulminante e aterradora.”

Nota biográfica:

Natural do Massachusetts, onde ainda hoje reside, Anita Shreve graduou-se na Tufts University, foi professora e acabou por enveredar pelo jornalismo após uma das suas histórias ter ganho o O. Henry Prize, em 1975, escrevendo então artigos para revistas como a Quest, Us e Newsweek. Mais tarde, publicou dois livros de não ficção a partir de artigos publicados na The New York Times Magazine. Em 1989 abandonou o jornalismo e dedicou-se apenas à literatura, alcançando um grande sucesso internacional – as suas obras venderam já mais de 7 milhões de exemplares em todo o mundo. Em 1998, recebeu o PEN/L.L. Winship Award e The New England Book Award para ficção.


Este livro está disponível para empréstimo na Biblioteca.