quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Feliz Ano Novo


RECEITA DE ANO NOVO!

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegrama?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Novidade na Biblioteca: O enigma do quarto

Dicker, Joel - O enigma do quarto 622
Lisboa: Alfaguara, 2020

Numa noite de dezembro, um cadáver jaz no chão do quarto 622 do Palace de Verbier, um luxuoso hotel nos Alpes suíços. A morte misteriosa ocorre em plena festa anual de um prestigiado banco suíço, nas vésperas da nomeação do seu presidente. A investigação policial nada conclui e a passagem do tempo leva a que o caso seja praticamente esquecido.

Quinze anos mais tarde, o escritor Joël Dicker hospeda-se nesse mesmo hotel para recuperar de um desgosto amoroso e para fazer o luto do seu estimado editor. Ao dar entrada no hotel para o que esperava ser uns dias de tranquilidade e inspiração, não imaginava que acabaria a investigar esse crime do passado. Não o fará sozinho: Scarlett, uma bela mulher hospedada no quarto ao lado do seu, acompanhá-lo-á na resolução do mistério, ao mesmo tempo que vai decifrando a receita para escrever um bom livro.

O que aconteceu naquela noite de Inverno no Palace de Verbier?
Que crime terrível teve lugar no quarto 622?
E porquê?

Estas são as perguntas-chave deste thriller veloz, construído com a habitual mestria de Joël Dicker, que pela primeira vez nos leva ao seu país para narrar uma história surpreendente.

Um triângulo amoroso, jogos de poder, traição e inveja - nada falta a esta intriga magnética, em que a verdade é muito diferente do que imaginávamos.


Livro brevemente disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Natal em tempo de pandemia

 

Natal em tempo de pandemia

É dezembro.
Há chuva, neve e faz frio.
É inverno...tempo de lareira acesa
Tempo do conforto do lar.
É tempo de afetos
Que este ano não podemos partilhar.
Este ano tudo é diferente...
Famílias confinadas,
por um inimigo invisível, separadas!
É Natal em tempo de pandemia
Um Natal com constrangimentos
Um Natal, onde temos de nos reinventar
Criar espaços adaptados
Onde o COVID adormeça
E o Amor ressuscite e floresça!
Onde o Amor,
esteja em primeiro lugar nos nossos corações.
Esteja em cada ação que façamos
E mesmo sem o abraço apertadinho
Sem o carinhoso beijinho
Daqueles que estimamos e amamos
Que seja um Verdadeiro Natal
De Amor, Paz e Alegria
E onde cada um se proteja
Protegendo os outros
Desta malvada Pandemia.

                                        Graça Moniz
                                        Natal 2020

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Sugestão de leitura: A lista negra de Brad Thor

THOR, Brad - A lista negra
Lisboa: Bertrand, 2015

Aventura e ação à volta do controlo da Internet 
por um grupo neofascista

Algures no seio do governo norte-americano existe uma lista muito bem guardada. Nunca é vista sequer pelos membros do Congresso, apenas pelo Presidente e a sua equipa secreta de assessores. Quando o nome de uma pessoa surge na lista, só é eliminado… quando a pessoa está morta.Alguém acabou de adicionar à lista o nome do agente contraterrorista Scot Harvath. E ele agora terá não só de escapar às equipas designadas para o assassinarem, como descobrir quem colocou o seu nome na lista e porquê. E isto antes que os Estados Unidos sofram o maior ataque terrorista de todos os tempos…

Uma leitura intensa e compulsiva, cheia de ação e assustadoramente real, onde, uma vez mais, a ficção se confunde com a realidade.

Fonte: contracapa do livro


Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Novidade na Biblioteca: Intruso de Tara French

French, Tara - Intruso
Lisboa: Clube do Autor, 2020

Uma jovem é morta em casa. Não há sinal de arrombamento e a mesa está posta para um jantar romântico. As pistas apontam para mais um caso de violência doméstica. Mas algo não bate certo. Um dos detetives reconhece aquela rapariga e o instinto diz lhes que há algo mais por trás daquele crime. Talvez tenha razão...

A verdade é avassaladora. Um passo errado pode arruinar muitas vidas. Eis um romance psicologicamente denso e absolutamente viciante, em que nada é o que parece.

Perfeito e arrebatador para os fãs de Donna Tart e Gillian Flynn.

Fonte: contracapa do livro


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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Tempo para a poesia LXXVI

 



Wagner Merije in Coimbra em Palavras

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Novidade na Biblioteca: O pintor de almas de Ildefonso Falcones


Falcones, Ildefonso - O pintor de Almas
Lisboa: Suma, 2020
Este estonteante romance de Ildefonso Falcones, autor dos best-sellers “A Catedral do Mar” e “Os Herdeiros da Terra”, leva-nos numa deliciosa e imersiva viagem por uma Barcelona de contrastes, em convulsão política, ao mesmo tempo que serve de palco à expressão de uma profusão de correntes artísticas que nos estimulam os sentidos, fazendo lembrar o universo de Álvaro de Campos. (Adriana Nascimento in Mil Folhas)
Barcelona, 1901. A cidade vive dias de grande agitação social. A miséria sombria dos mais desfavorecidos contrasta com a elegante opulência das grandes avenidas, onde começam a destacar-se alguns edifícios singulares, símbolo da chegada do modernismo.
Dalmau Sala, filho de um anarquista assassinado, é um jovem pintor que vive preso entre dois mundos. Por um lado, a sua família e Emma, a mulher que ama, são fortes defensoras da luta dos trabalhadores; homens e mulheres que não conhecem o medo ao exigir os direitos dos trabalhadores. Por outro lado, o seu emprego na oficina de cerâmica de Dom Manuel Bello, o seu mentor e um conservador burguês de fortes crenças católicas, aproxima-o de um ambiente em que prevalecem a riqueza e a inovação criativa.

Deste modo, seduzido pelas tentadoras ofertas de uma burguesia disposta a comprar o seu trabalho e a sua consciência, Dalmau terá de encontrar o verdadeiro caminho, como homem e como artista, e afastar-se das noites de vinho e drogas para descobrir o que realmente é importante para ele: os seus valores, a sua essência, o amor de uma mulher corajosa e lutadora e, acima de tudo, aquelas pinturas que brotam da sua imaginação e capturam, numa tela, as almas mais miseráveis que perambulam pelas ruas de uma cidade agitada pelo germe de rebelião.

Com O Pintor de Almas, Ildefonso Falcones oferece-nos a poderosa história de um tempo conturbado, ao mesmo tempo que narra uma trama emocionante, onde o amor, a paixão pela arte, a luta pelos ideais e a vingança combinam com mestria para recriar uma Barcelona, outrora sóbria e cinzenta, que agora caminha para um futuro brilhante.

Fonte: Badana do Livro

Leia aqui as primeiras páginas!


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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

24º Aniversário da Biblioteca Municipal de Arganil


Assinala-se hoje, dia 4 de Dezembro, o 24º Aniversário da Biblioteca Municipal de Arganil.

Neste ano atípico não nos é possível festejar como gostaríamos, reunindo nos espaços da Biblioteca públicos de todas as faixas etárias e oferecendo um programa de atividades diversificado.

Não obstante queremos marcar a data. Preparamos este vídeo comemorativo e queremos voltar a assegurar a todos os nossos utilizadores que estamos de portas abertas como habitualmente, respeitando as normas de higiene e segurança, para a todos receber e continuar a oferecer os nossos serviços.

Parabéns à Biblioteca Municipal de Arganil, a toda a sua equipa e a quem a integrou no passado e também aos seus utilizadores que são a razão pela qual existimos!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Sugestões de Leitura da Sala Jovem

 

HAN, Jenny - P.s. Ainda te amo
Amadora: Topseller, 2018

Lara Jean sempre teve uma vida amorosa muito atribulada, pelo menos na sua imaginação. Ela jamais imaginou que as cartas que escreveu a despedir-se dos rapazes por quem se apaixonou, mas a quem nunca teve coragem de confessar o seu amor, chegassem às mãos dos seus destinatários. E por causa disso meteu-se numa grande confusão. Para escapar à vergonha, começou um namoro a fingir com o Peter Kavinsky.
Lara nunca esperou apaixonar-se a sério pelo Peter. E por isso está mais confusa do que nunca. 
Agora, ela terá de aprender a estar num relacionamento que, pela primeira vez, não é a fingir. Porém, quando um outro rapaz do seu passado reaparece na sua vida, Lara percebe que também nutre por ele sentimentos mais profundos. Será possível uma rapariga estar apaixonada por dois rapazes ao mesmo tempo?
Uma história dedicada e encantadora, que nos mostra que o amor não é fácil, mas que é por isso mesmo que é tão fascinante apaixonarmo-nos.

Fonte: contracapa do livro

Lê aqui as primeiras páginas!

Buchmann, Kéfera - Muito mais que cinco minutos
Barcarena: Marcador, 2016

Com uma mistura de humor, improviso e sinceridade chocante, Kéfera Buchmann é hoje um dos maiores fenómenos da net brasileira, com mais de 30 milhões de seguidores nas redes sociais. O canal que gere desde 25 de julho de 2010 no YouTube, 5inco Minutos, é visto por milhões de pessoas.  

Mas de onde veio o furacão Kéfera?

É disso que nos fala neste livro, Muito Mais Que 5 Minutos, que reúne algumas das suas histórias de infância e adolescência, anteriores ao fenómeno que ela é hoje. Sem papas na língua, escreve sobre relações, fala do primeiro beijo, confessa puros momentos de… aperto e aborda temas difíceis, como o bullying de que foi vítima na escola.

O resultado é muito mais do que um livro de alguém famoso, mas igual a todos nós.

Fonte: contracapa do livro

Visita o canal do youtube em https://www.youtube.com/user/5incominutos 

Livros disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Novidade na Biblioteca: Quem me dera cá o tempo

"Fiel à herança da memória antiga, recebida ainda na juventude, e aos valores e tradições que instituíam as nossas comunidades rurais, Jorge Lage teve a inteligência de quanto era importante a preservação desse espólio antigo e quase perdido da nossa civilização" - Telmo Verdelho, in prefácio

Chegou recentemente à Biblioteca mais um livro da autoria de Jorge Joaquim Lage sobre a castanha e o castanheiro. Desde o final do século XX Jorge Lage tem-se dedicado ao seu estudo e este é o quinto livro da sua responsabilidade sobre esta temática.

Na nota introdutória de "Quem me dera cá o tempo" pode ler-se que com esta Antologia o autor pretende encerrar este trabalho, "reunindo escritores ligados ao país castanícola e de diferentes níveis sociais. Foi pedido aos mais de 80 autores um texto curto e inédito, sobre o tema da castanha/ castanheiro, que elevasse quem o escreveu e enriquecesse os que o lerem".

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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terça-feira, 24 de novembro de 2020

Sugestão de Leitura: o fantasma de Hitler de Norman Mailer

"O fantasma de Hitler é uma investigação eletrizante sobre a natureza do mal. [...] Este inesquecível romance de um mestre da prosa reforça a crença de que nos enganamos ao atribuir a culpa de crimes hediondos a um único indivíduo, mesmo que seja o diabo. Somos todos culpados." - Beryl Bainbridge, The Guardian

O fantasma de Hitler, no original "The castle in the forest", foi o último romance publicado por Norman Mailer (1923-2007), escritor americano, duas vezes galardoado com o Prémio Pullitzer.

Norman Mailer conhecido pela sua "escrita descritiva, incisiva e marcadamente cáustica, criticou todos os quadrantes da sociedade e a sua moralidade. Desde o governo norte-americano, até ao movimento feminista, todos foram atacados pela violência da sua pena e embora nos derradeiros momentos da vida tenha reconhecido alguns "exageros", defendeu sempre o direito a dizer o que pensava."

Em O Fantasma de Hitler o narrador é um SS misterioso que sabe segredos extraordinários, e que nos revela o jovem Adolf desde a infância, aproveitando, ao mesmo tempo, para nos esclarecer sobre a mãe, o pai, os irmãos. Toda aquela invulgar família.

E é através de uma galeria de personagens inesquecíveis que observamos como nunca antes, a luta entre o bem e o mal.

Qual é a hipótese que Norman Mailer formula, central a esta história? É surpreendente. Talvez tenha esperado uma vida inteira para a escrever.

Fonte: Contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Tempo para a poesia LXV

Poemas ditos por Aurelino Costa e musicados por Victorino D'Almeida

Vasco da Gama

Somo nós que fazemos o destino.
Chegar à Índia ou não
É um íntimo desígnio da vontade.
Os fados a favor
E a desfavor,
São argumentos da posteridade.

O próprio génio pode estar ausente
Da façanha.
Basta que nos momentos de terror,
Persistente,
O ânimo enfrente
A fúria de qualquer Adamastor.

O renome é o salário do triunfo.
O que é preciso, pois, é triunfar.
Nunca meia viagem consentida!
Nunca meia medida
Do vinho que nos há-de embriagar!

Não passarão

Não desesperes, Mãe!
O último triunfo é interdito
Aos heróis que o não são.
Lembra-te do teu grito:
Não passarão!

Não passarão!
Só mesmo se parasse o coração
Que te bate no peito.
Só mesmo se pudesse haver sentido
Entre o sangue vertido
E o sonho desfeito.

Só mesmo se a raiz bebesse o lodo
De traição e de crime.
Só mesmo se não fosse o mundo todo
Que na tua tragédia se redime.

Não passarão!
Arde a seara, mas dum simples grão
Nasce o trigal de novo.
Morrem filhos e filhas da nação,
Não morre um povo!

Não passarão!
Seja qual for a fúria da agressão,
As forças que te querem jugular
Não poderão passar
Sobre a dor infinita desse não
Que a terra inteira ouviu
E repetiu:
Não passarão!

Miguel Torga - Poemas Ibéricos, 1965

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Dia Mundial da Filosofia - 19 de Novembro de 2020

Em 2002 a UNESCO instituiu o Dia Mundial da Filosofia, como resultado da necessidade da humanidade refletir sobre os acontecimentos atuais, fomentando-se o pensamento crítico, criativo e independente, contribuindo assim para a promoção da tolerância e da paz. Desde então este dia é celebrado em todo o mundo na terceira quinta-feira do mês de novembro, que este ano terá lugar a 19 de novembro.

A edição de 2020 pretende convidar o mundo inteiro a refletir sobre o significado da atual pandemia, sublinhando a necessidade, mais do que nunca, de recorrer à reflexão filosófica para enfrentar as múltiplas crises que vivemos. A crise da saúde questiona múltiplos aspetos das nossas sociedades. Neste contexto, a filosofia ajuda-nos a percorrer a distância necessária para melhor avançar, ao estimular a reflexão.

Gosta de Filosofia, de refletir, questionar, pensar?
Siga os links e encontre diversas propostas para assinalar este dia:
Para quem gosta de ler, na Rede de Bibliotecas de Arganil existe um vasto conjunto de livros sobre Filosofia. Siga o link, consulte o nosso catálogo e requisite!

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sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Revista digital Entreler

O Plano Nacional de Leitura 2027 iniciou a publicação de uma revista digital - a ENTRELER

Trata-se de uma revista digital de acesso livre e gratuito, com periodicidade anual, que tem como objetivo divulgar estudos e reflexões sobre a leitura, a escrita e a literacia, em todas as faixas etárias e nas suas múltiplas dimensões e contextos, bem como projetos e atividades de promoção da leitura e formação de leitores. 

A ENTRELER dirige-se a mediadores, docentes, formadores, investigadores, bibliotecários, técnicos e a todos os que partilham o interesse pela leitura, pela escrita e pelas literacias. (PNL2027)

O nº 0 da revista já está disponível e merece leitura atenta. Apresenta um conjunto variado de artigos, abordando temas da leitura infantil e juvenil, da literacia mediática e digital, da investigação e da prática da leitura partilhada, bem como uma entrevista de Carlos Fiolhais a Alberto Manguel.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Artur Portela Filho

Artur Portela Filho, jornalista, escritor e tradutor, faleceu a 10.11.2020.

Nascido a 30 de Setembro de 1937, Artur Portela Filho, formou-se em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi redactor do Diário de Lisboa ​nas décadas de 50 e 60, e fundou e dirigiu o Jornal Novo, entre 1975 e 1977. Fundou também a revista Opção, durante a década de 70, e colaborou com outros jornais como o República, A Capital ou o Jornal do Fundão​. Mais recentemente colaborou com o jornal i.

Enquanto escritor dedicou-se à ficção em prosa, teatro, contos e crónicas, tendo ao longo da sua vida publicado mais de 20 livros.




Aproveitamos para destacar um excerto do texto "A ameaça dos livros" de Setembro de 1966, publicado no 1º volume da obra "A funda"

Porquê ler este livro e não outro?
Porquê ler Namora e não Pratolini? Porquê ler Cesariny e não Breton? Porquê ler Margarido e não Robbe-Grillet?
A solução parece fácil. É lê-los a todos. E, depois, recusá-los, ou aceitá-los. Só que - há muitos livros e pouco tempo para ler.
E se ler é essencial, se ler os livros-chave é indispensável, - a escolha pode, ser muitas vezes é, dramática.
O livro é elemento-base da cultura. A cultura estrutura e dinamiza o indivíduo. Logo, a escolha de um livro, de um autor, pode estabelecer a trajectória desse indivíduo, marcar-lhe o carácter, pautar-lhe o comportamento, Somos, também, os livros que lemos. (...)

Aceda ao catálogo da Rede de Bibliotecas de Concelho de Arganil para saber que livros temos para si deste autor.

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No dia Dia de S. Martinho, há fogueiras, castanhas e vinho...

Corria o ano de 337, no século IV, e um outono duro e frio assolava a Europa. Reza a lenda que um cavaleiro gaulês, chamado Martinho, tentava regressar a casa quando encontrou a meio do caminho, durante uma tempestade, um mendigo que lhe pediu uma esmola. O cavaleiro, que não tinha mais nada consigo, retirou das costas o manto que o aquecia, cortou-o ao meio com a espada, e deu-o ao mendigo. Nesse momento, a tempestade desapareceu e um sol radioso começou a brilhar. O milagre ficou conhecido como "o verão de São Martinho". (…) 

Foi a 11 de novembro que São Martinho foi sepultado na cidade francesa de Tours, a sua terra natal, e é por esse motivo que a data foi a escolhida para celebrar o Dia de São Martinho. Em Portugal este dia é por tradição consagrado à abertura nas adegas do vinho novo e da água-pé e associado ainda ao ritual dos magustos que se realizam de Norte a Sul do país, reunindo à volta de fogueiras, os apreciadores das castanhas e dos vinhos.

Aproveitamos a data para apresentar algumas sugestões de leitura relacionadas com a Tradição de S. Martinho em Portugal e os magustos:





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terça-feira, 10 de novembro de 2020

Costura-mania de Joana Nobre Garcia

GARCIA, Joana Nobre - Costura-mania
Lisboa: A Esfera dos Livros, 2017


Hoje apresentamos um livro que apresenta 105 projectos manuais para fazer em casa. Desde molduras a mochilas, aventais a almofadas, várias são as propostas para quem gosta de dedicar o seu tempo livre a fazer trabalhos manuais.

Pintar, bordar e coser sempre fizeram parte da vida de Joana Nobre Garcia. Com as avós aprendeu a bordar e a fazer as roupas das suas bonecas, na escola foi incentivada a fazer objectos para vender nas festas e, com o nascimento dos filhos, fez questão de bordar as fraldas, os lençóis, os sacos e muitos outros mimos especiais. Mãe de dois filhos, economista, e com um dia-a-dia preenchido, a autora encontra sempre tempo para sozinha ou em conjunto com os filhos criar objectos especiais e únicos para a sua casa ou para oferecer como presente. Joana Nobre Garcia não aceita desculpas como «não tenho jeito nenhum para isso», «não tenho tempo», «isso dá muito trabalho», «não percebo nada de costura». Com a ajuda de Joana Nobre Garcia vai aprender todos os truques e técnicas de costura, pintura e colagem essenciais para pôr em prática estes 105 projectos manuais que pode fazer em casa.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Sugestão de leitura: 1793 de Niklas Natt och Dag

Dag, Nicklas Natt och - 1793
Lisboa: Suma de Letras, 2019

1793, Estocolmo. Quatro anos após a tomada da Bastilha e mais de um ano depois da morte de Gustavo III da Suécia, as guerras estrangeiras esvaziaram os tesouros e a nação é governada com mão de ferro pelo senhor do reino. Na esteira do falecimento do velho rei, a confiança transformou-se num bem escasso. A paranoia e as conspirações sussurradas abundam em todos os cantos. Uma promessa de violência estala no ar enquanto os cidadãos comuns se sentem cada vez mais vulneráveis aos caprichos dos que estão no poder.

Quando Mickel Cardell, um ex-soldado aleijado e ex-guarda nocturno, encontra um corpo mutilado flutuando no lago malcheiroso da cidade, sente-se compelido a dar um enterro condigno ao homem não identificado. Para Cecil Winge, um brilhante advogado que é também detective consultor na Polícia de Estocolmo, um corpo sem braços, pernas ou olhos é um enigma formidável e uma última oportunidade de acertar as coisas antes de perder a sua batalha com a morte. Juntos, Winge e Cardell vasculham Estocolmo para descobrir a identidade do corpo, encontrando o lado sórdido da elite da cidade.

1793 é o romance de estreia de Nicklas Natt och Dag. Com este livro o escritor retrata a capacidade de se ser cruel em nome da sobrevivência ou da ganância - mas também a capacidade para o amor, a amizade e o desejo de um mundo melhor.

Leia aqui as primeiras páginas. Gostou?

Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Tempo para a poesia LXIV

 

Vai haver um tempo

Vai haver um tempo com certeza
Em que todas as recordações serão rainhas
Em que todos os momentos de beleza
Serão feitos de lembranças minhas.

Vai haver um tempo com certeza
Onde os outros tempos serão tudo
Onde restarei eu e a natureza
O céu, o monte, a erva, o cão e o burro.

Vai haver um tempo com certeza
Em que o tempo será mais pastor
E sentar-nos-emos junto à correnteza
Calmamente aguardando o pôr-do-sol.

            In: T/ser de A. M. Guerreiro


Eterno instante 

Se vos dissesse o quanto
O quanto indizível
Tomaria o espanto
O espaço-tempo impossível.

O perfeito que é
O todo que clamas
Só permite fé
Na chama que emanas.

            In: Sol(o) de A. M. Guerreiro

Livros disponíveis para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Sugestão de leitura da Sala Jovem

CEBRIÁN, Juan Luis - Cartas a um jovem jornalista
Lisboa: Bizâncio, 2014

 
Estas cartas a Honório, um jovem jornalista ou, melhor ainda, aspirante a sê-lo, constituem um pequeno legado de reflexão e dúvidas de um dos profissionais mais conhecidos da nova Espanha. Através delas o autor debate com o seu destinatário algumas das questões básicas relativas ao exercício do jornalismo e à importância dos meios de comunicação. Escrito numa linguagem directa, coloquial e muito inteligível, Cartas a um Jovem Jornalista não se dirige na verdade só a jovens, nem muito menos só aos jornalistas, mas a todos aqueles que se preocupam com o perfil da sociedade mediática na qual nos tocou viver. Longe de constituir um conjunto de lições é, antes, uma narração sobre aspectos tão importantes como controvertidos das modernas democracias.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sábado, 24 de outubro de 2020

Nobel da Literatura de 2020: Louise Gluck


Considerada uma das mais talentosas poetas da contemporaneidade, Louise Gluck nasceu a 22 de Abril de 1943 em Nova Iorque. 

Louise Glück  é autora de mais de uma dúzia de livros de poemas e uma coleção de ensaios. Entre as suas múltiplas distinções encontram-se o Pulitzer, o National Book Critics Circle, o Los Angeles Times Book e o Wallace Stevens da Academia de Poetas americanos. 

O Prémio Nobel da Literatura de 2020 foi-lhe atribuído, "pela sua inconfundível voz poética que, com austera beleza, torna universal a existência individual".

O encontro

Chegaste à beira da cama
e sentaste-te a olhar para mim.
E então beijaste-me - e eu senti
como se fosse cera quente na minha testa.
Queria que ela deixasse uma marca:
foi assim que soube que te amava.
Porque queria ser queimada, carimbada,
ficar com alguma coisa no fim -
Passei o vestido por cima da cabeça;
um rubor vermelho cobriu o meu rosto e os meus ombros.
Seguirá o seu curso, o curso do fogo,
colocando uma moeda fria na testa, entre os olhos.
Deitas-te a meu lado; a tua mão move-se sobre o meu rosto
como se também o sentisses -
apercebeste-te então, do quanto te desejava.
Saberemos sempre isso, tu e eu.
A prova será o meu corpo.

(poema publicado no Jornal de Letras nº 1306
traduzido por Jorge Sousa Braga)

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Novidade na Biblioteca: O ladrão de tatuagens de Alison Belsham

Lisboa: Bertrand, 2020

Um corpo encontrado em Brighton, dentro de um contentor, é uma má notícia. Mas é também uma oportunidade única para um polícia ambicioso, recém-promovido, mostrar aos seus superiores que a confiança que nele depositaram tem toda a razão de ser. Para tal, o inspetor Francis Sullivan tem de resolver o crime a todo custo num desafio levantado por um dos serial killers mais maquiavélicos do país. A peça-chave da investigação tem um nome, Marni Mullins, a tatuadora que encontrou o cadáver e que conhece a estranha alquimia do sangue e da tinta. Mas Marni tem um passado tempestuoso e muitas razões para desconfiar da justiça ...

O investigador Francis Sullivan precisa de ajuda. Há um serial killer à solta, a cortar as tatuagens dos corpos das suas vítimas ainda vivas, e Marni conhece esse mundo como a palma da sua mão.

Marni e Francis formam uma dupla absolutamente imbatível neste thriller cujo conceito e imagens são fortíssimos.

Fonte: contracapa do livro


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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Fundo local enriquecido

 


Decorreu no dia 3 de Outubro, na Capela de S. Pedro de Arganil, a apresentação do livro “As informações paroquiais de 1721: contributos para a história do Concelho de Arganil” da autoria de Carlos Dinis Cosme.

O livro apresentado consiste na transcrição das Informações Paroquiais de 1721, trabalho moroso e complexo, mas certamente uma mais-valia para todos os que se interessam pela história do concelho. O livro, para além das referidas transcrições, é enriquecido com as digitalizações das informações eclesiásticas originais e ilustrações de Gomes Paiva.

“As informações paroquiais de 1721” foi uma iniciativa da Academia Real de História que fora fundada em 1720, no reinado de D. João V”. Para a compilação destas informações os Párocos do reino foram incumbidos de reunir e de apresentar informação sobre oito aspetos referentes à vida eclesiástica e secular das suas Paróquias.

As Paróquias do Concelho de Arganil, cujos relatórios dão corpo a estas Informações Paroquiais são: Arganil, Anceriz, Benfeita, Celavisa, Cepos, Cerdeira, Coja, Folques, Piódão, Pomares, Pombeiro, São Martinho da Cortiça, Sarzedo, Secarias, Teixeira e Vila Cova do Alva.

O livro “As informações paroquiais de 1721: contributos para a história do Concelho de Arganil” pode ser adquirido ou requisitado na Biblioteca Municipal de Arganil e na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho.

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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Amigos de Ler em Outubro

Em Outubro os Amigos de Ler voltaram finalmente a reunir na Biblioteca. A pretexto do tema escolhido para o serão, casa, partilhamos o poema "Nossas Casas" da autoria de Fátima Cruz. De forma simples resume as várias intervenções da noite.


Nossas Casas 

Nossas casas são paredes, 
são segredos, 
são lembranças. 
Nossas casas são as plantas, 
quadros, fatos, vozes, ninhos 
família, espaço, vizinhos. 
Guardam cheiros, sentimentos, 
lágrimas, risos, lamentos, 
sonhos, imagens, pensamentos. 
Algumas possuem vida, 
como se fossem pessoas, 
tem apego, tem sossego, 
tem laço, raiz, perdão, 
corpo, alma e coração. 
Tem tijolo e tem cimento, 
paredes erguidas no tempo 
Servem para proteger? 
Pode ser, 
Pode não ser... 
Servem para abrigar 
não só gente, 
mas histórias de alegrias e tristezas, 
de chegadas e partidas, 
de fracassos e conquistas. 
Quanto vale a nossa casa, 
Espelho de nossa alma? 
Vale a história de nossas vidas. 

Fátima Cruz

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Novidade na Biblioteca: Entre as mentiras de Michelle Adams




Chloe Daniels tem um grave acidente e desperta do coma no hospital. Um dos problemas com que se depara é não se lembra de quem é e porque está no hospital, além disso não sabe quem são os estranhos que insistem que são a família.

Sendo o pai psiquiatra, propõe-se a ajudar Chloe a recuperar as memórias, mas ela sente instintivamente que os pormenores que os pais e a irmã lhe contam não são a verdade.

Chloe sente que ocultam segredos obscuros e, determinada em descobrir tudo, vai fazendo a sua investigação, só não sabe que quando a verdade for revelada terá consequências devastadoras.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Novidade na Biblioteca: Os diários secretos de Camilla Lackberg

O verão está a chegar ao fim e a escritora Erica Falk regressa ao trabalho depois de gozar a licença de maternidade. Agora cabe ao marido, o inspetor Patrik Hedström, tratar da pequena Maja. Mas o crime não dá tréguas, nem sequer na tranquila cidade de Fjällbacka e, quando dois adolescentes descobrem o cadáver de Erik Frankel, Patrik terá de conciliar os cuidados à filha com a investigação do homicídio deste historiador especializado na Segunda Guerra Mundial. Recentemente, Erica fez uma surpreendente descoberta: encontrou os diários da mãe, com quem teve um relacionamento difícil, junto a uma antiga medalha nazi. Mas o mais inquietante é que, pouco antes da morte do historiador, Erica tinha ido a casa dele para obter informações sobre a medalha. Será que a sua visita desencadeou os acontecimentos que levaram à sua morte? E estará Erica preparada para conhecer os segredos dos diários da mãe? Camilla Läckberg combina com mestria uma história contemporânea com a vida de uma jovem na Suécia dos anos 1940. Com recurso a numerosos flashbacks, a autora leva-nos a descobrir o obscuro passado da família de Erica Falk.

Fonte: Badana do Livro

Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Novidades na sala jovem

GREEN, John - Mil vezes adeus
Alfragide: Asa, 1017

O amor não é uma tragédia ou um fracasso, mas uma dádiva.

Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e no entanto tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido.

Mas Aza debate-se também com as suas batalhas interiores. Por mais que tente ser uma boa filha, amiga, aluna, e quiçá detetive, tem de lidar diariamente com as suas penosas e asfixiantes «espirais de pensamentos». Como pode ser uma boa amiga se está constantemente a pôr entraves às aventuras que lhe surgem no caminho? Como pode ser uma boa filha se é incapaz de exprimir o que sente à mãe? Como pode ser uma boa namorada se, em vez de desfrutar de um beijo, só consegue pensar nos milhões de bactérias que as suas bocas partilham?

Neste tão aguardado regresso, John Green, autor premiado de A Culpa É Das Estrelas e À Procura de Alaska conta, com dolorosa intensidade, a história de Aza, numa tentativa de partilhar connosco os dramas da doença que o afeta desde a infância. O resultado é um romance brilhante sobre o amor, a resiliência, e o poder da amizade.

Fonte: contracapa do livro


MURAKAMI, Haruki - A peregrinação do rapaz sem cor
Alfragide: Casa das Letras, 2017

Nos seus dias de adolescente, Tsukuru Tazaki gostava de ir sentar-se nas estações a ver passar os comboios. Agora, com 36 anos feitos, é engenheiro de profissão e projeta estações, mas nunca perdeu o hábito de ver chegar e partir os comboios. Lá está ele na estação central de Shinjuku, ao que dizem «a mais movimentada do mundo», incapaz de despregar os olhos daquele mar selvagem e turbulento «que nenhum profeta, por mais poderoso, seria capaz de dividir em dois». Leva uma existência pacífica, que talvez peque por ser demasiado solitária, para não dizer insípida, a condizer com a ausência de cor que caracteriza o seu nome. A entrada em cena de Sara, com o vestido verde-hortelã e os seus olhos brilhantes de curiosidade, vem mudar muita coisa na vida de Tsukuru. Acima de tudo, traz a lume uma história trágica, que a memória teima em não esquecer.

Os quatro amigos de liceu, donos de personalidades diferentes e nomes coloridos, cortaram relações com ele sem lhe dar qualquer explicação. Profundamente ferido nos seus sentimentos, Tsukuru perdeu o gosto pela vida e esteve a um passo da morte. A páginas tantas, lá conseguiu não perder a carruagem. Com Os Anos de Peregrinação de Liszt nos ouvidos, regressa à cidade que o viu nascer e atravessa meio mundo, viajando até à Finlândia, em busca da amizade perdida. E de respostas para as perguntas que andam às voltas na sua cabeça e lhe queimam a língua. Será que o rapaz sem cor vai ser capaz de seguir em frente? Arranjará finalmente coragem para declarar de vez o seu amor por Sara? Uma inesquecível viagem pelo universo fascinante deste escritor japonês que chega a milhões de leitores espalhados pelo mundo inteiro. Um romance marcadamente intimista sobre a amizade, o amor e a solidão dos que ainda não encontraram o seu lugar no mundo.

Fonte: Badana do livro


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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

A música e a literatura por Maria Leonarda Tavares

A música e a literatura 

São duas artes distintas, mas intimamente ligadas. 

A literatura trabalha a palavra e a música imprime-lhe ritmo e sonoridade. 

Ambas têm particularidades muito específicas, mas possuem uma relação vital nas suas expressões artístico-culturais. 

Não é por acaso que uma sonata de Beethoven inspirou um livro de Tolstói. A sonata de Kreutzer que é também o título do livro. 

É uma obra de apenas 87 páginas. Um romance qua aborda a temática do casamento, as relações entre homens e mulheres, o machismo do séc. XIX na Rússia e no resto do mundo. Apresenta também a sua visão sobre o cristianismo, o ideal cristão e a igreja. 

Através das personagens descreve o efeito que a música teve sobre ele, a forma como fez aflorar as emoções e o transportou para um estado de alma que o levou à criação de uma obra literária de grande beleza. 

Um romance apaixonante nascido de uma sonata de Beethoven. 

Em 1910 o livro inspirou, por sua vez, o pintor René Prinet numa pintura igualmente com o mesmo nome. 

Esta ligação música/literatura ganhou força com a atribuição do Prémio Nobel da literatura a Bob Dylan, em 2016. 

Mereceu a distinção pela relevância do seu trabalho como cantor e compositor e por ter criado uma nova expressão poética dentro da grande tradição norte-americana da música. 

Escreveu letras e compôs melodias inesquecíveis carregadas de mensagens. 

Já tinha recebido vários prémios de destaque. Este confirmou todos os outros e gerou alguma polémica sobre a relação literatura/música. 

Sem menosprezar a importância de outras manifestações culturais como, por exemplo, e escultura e a pintura, é indiscutível que a humanidade sempre atribuiu uma enorme relevância à literatura e à música. 

Os grandes compositores, maestros e escritores legaram, ao longo de séculos, uma fonte inimaginável de sabedoria, de deleite espiritual, retratando uma enorme diversidade de áreas do conhecimento. 

Influenciaram, decisivamente, o crescimento cultural do ser humano: o melhor incentivo para o progresso em todas as suas vertentes. 

Tanto a música como a literatura contribuem para uma fraternidade universal, uma comunhão pacífica dos povos. 

Fomentam uma educação inclusiva, profunda e abrangente. São veículos de uma democratização do saber. 

Uma e outra proporcionam uma constante aprendizagem que exige seriedade e compromisso. 

A mais-valia deste processo de aprendizagem consiste no caminho que se percorre ao longo da vida. 

Não se busca um produto final, o prazer está no percurso e na procura de um crescimento espiritual que seja o reflexo do nosso humilde contributo para uma sociedade melhor. 

Maria Leonarda Tavares

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Novidade na Biblioteca: A cozinheira de Castamar de Fernando J. Múñez

Porto: Porto Editora, 2020

OS SABORES DO AMOR NÃO CONHECEM BARREIRAS.
Espanha, 1720

Clara Belmonte é uma jovem de uma família abastada que, após a morte do patriarca, um dos mais prestigiados médicos de Madrid, se vê cair na mais completa pobreza.

Apesar da educação primorosa que recebeu, Clara precisa de uma forma de sustento e acaba por se candidatar a um trabalho nas cozinhas do palácio ducal de Castamar, que conquista graças ao talento para a culinária que herdou da mãe.

Clara não é bem recebida nos primeiros tempos. A sua eloquência, bem como o rigor na limpeza das cozinhas e a ousadia no requinte dos pratos, depressa a elevam na atenção dos habitantes da casa e no ciúme dos colegas de trabalho.

Mas é Dom Diego, o duque de Castamar, quem Clara mais impressiona. Arrancando-o à apatia absurda em que vive desde o estranho falecimento da mulher, a jovem cozinheira fá-lo derrubar todas as barreiras, despertando-lhe o palato, o intelecto e, por fim, o coração.

Fonte: contracapa do livro

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

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segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Centenário do nascimento de Ray Bradbury


Ray Bradbury, premiado com a Medalha da Fundação Nacional do Livro, 2000 (EUA) pela contribuição às letras norte-americanas e com a Medalha Nacional de Artes 2004 (EUA), nasceu  a 22 de Agosto de 1920 em Waukegan (Illinois, EUA) e faleceu a 5 de junho de 2012 em Los Angeles (California, EUA), aos 91 anos, vítima de doença prolongada. 

Ao longo de uma carreira de mais de setenta anos, Ray Bradbury tem inspirado gerações de leitores a sonhar, pensar e criar. Um autor prolífico de centenas de contos e cerca de 50 livros, assim como de numerosos poemas, ensaios, óperas, peças de teatro e roteiros, Bradbury foi um dos escritores mais célebres do nosso tempo e é considerado um dos fundadores da literatura fantástica contemporânea. Os seus trabalhos pioneiros incluem Fahrenheit 451, Crónicas marcianas, O Homem Ilustrado, entre outros. Fahrenheit 451 foi adaptado ao cinema por Truffaut, fazendo dele um filme de culto.







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