quarta-feira, 27 de março de 2013

Dia Mundial do Teatro - 2013

 
 
O Dia Mundial do Teatro foi criado pelo Instituto Internacional de Teatro (ITI) e foi celebrado pela primeira vez a 27 de março de 1962. Desde então, anualmente, no dia 27 março o dia é comemorado à escala global.

Uma das ações mais importantes é a circulação da Mensagem para o Dia Mundial do Teatro. A convite do ITI, uma figura de renome mundial partilha as suas reflexões sobre o Teatro e a Cultura de Paz. A primeira mensagem para o Dia Mundial do Teatro foi escrita por Jean Cocteau, poeta, romancista, dramaturgo, ator e encenador francês.

Este ano a mensagem foi escrita por Dario Fo, cómico italiano, autor, encenador, ator, compositor, e prémio Nobel da Literatura em 1997.

“Há uns anos atrás, o PODER, no máximo da sua intolerância, escorraçou os artistas dos seus países. Hoje em dia, os atores e as companhias sofrem com a dificuldade de encontrar espaços, teatros e público; tudo por conta da crise.”
 

Para saber mais consulte:

http://www.world-theatre-day.org/en/index.html
http://www.iti-worldwide.org/

terça-feira, 26 de março de 2013

Divulgando o fundo local XXXI

Coja Fotografada de Nuno Mata e Manuel Soares

Coja fotografada é uma obra com textos de Nuno Mata e fotografia de Manuel Soares. Nenhum dos autores é nascido em Coja, mas ambos nutrem por esta vila um carinho especial. Como Nuno Mata realçou aquando a apresentação do livro, este “não procura evidenciar aspectos turísticos da vila”, mas sim realçar “o que está guardado nas pessoas e nos recantos”. Segundo os seus autores esta obra representa “um acto de afecto pelos, recantos, afectos, pelos ornatos, pela poesia dos lugares e das gentes”.

Esta é uma obra de carácter intimista em que de forma discreta mas correcta, os autores preferiram captar “pedaços afastados (ou ignorados) do grande público (…) Deste modo foi percorrida como que a “alma” de uma terra captando-se o sentir tanto do casario como do rio, numa sintonia poética que tem concordância na relação entre texto e imagem”.[1]

Leia, porque ler é um prazer!



[1] A. Ventura in A Comarca de Arganil nº 11422 (01.04.2004)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dia Mundial da Poesia - 2013

de Irina Bokova, Directora-geral da Unesco
 
A poesia é uma das mais puras expressões de liberdade linguística. É um componente da identidade dos povos que encarna a energia criativa da cultura, pelo que pode continuamente ser renovada.

O poder da poesia é transmitido de geração em geração nos textos de grandes autores consagrados e nas obras de poetas anónimos. Temos o dever de transmitir esse património - o legado de Homero, Li Bai, Tagore, Senghor e muitos outros – pois este constitui o testemunho da diversidade cultural da humanidade. Nós devemos cuidá-la e promovê-la como uma fonte de riqueza linguística e de diálogo.

Ao celebrar O Dia Mundial da Poesia, a UNESCO pretende também promover os valores que a poesia transmite, pois a poesia é uma viagem - não por um mundo de sonho, mas, muitas vezes pelas emoções, aspirações e esperanças individuais. A poesia dá forma aos sonhos de pessoas e expressa a sua espiritualidade nos termos mais enérgicos - incentivando-nos também a mudar o mundo.

Poetas de todos os países legaram versos atemporais em defesa dos direitos humanos, igualdade de género e de respeito às identidades culturais. Paul Eluard escreveu " freedom … I write thy name ". Para este dia, a poesia traz os ventos de liberdade e dignidade na luta contra a violência e opressão. Por todas estas razões, a UNESCO apoia os poetas e todos que publicam, traduzem, imprimem ou divulguem a poesia. A Unesco fá-lo protegendo a diversidade das expressões culturais e promovendo recitais de poesia listada como património cultural imaterial da humanidade, Uma das muitas formas de embelezar o mundo e construir a defesa da paz nas mentes de homens e mulheres.
Tradução livre da mensagem de Biblioteca Municipal de Arganil
 
 A Biblioteca Municipal de Arganil também celebra esta data, recordando que neste dia se assinala também o dia da árvore e da floresta.

Visite-nos e conheça a exposição de fotografia de Conceição Oliveira. “Um conjunto de fotografias onde é possível encontrar poesia, onde há poesia”. 

Na sala de adultos pode ver uma pequena mostra bibliográfica de livros sobre as árvores e a floresta, e também de livros de poesia. 
 
A uma árvore

Verde árvore sagrada,
Quantas vezes despertas no meu sonho,
Trazendo as graças dum Abril risonho
E os perfumes, o alvor da madrugada!

Verde árvore, num píncaro, sozinha,
Recamada de estrelas, à noitinha,
Entreabrindo em sorrisos de luar:
Minha alma embala com formoso jeito,
Qual mãe adormecendo o filho ao peito,
Qual fonte adormecendo o próprio ar!

Árvore, pelo vento desferida,
Como divina lira,
Teu ser por quem suspira?
Por mim, que sou a imagem dolorida,
A imagem triste
Do que já não existe;
Pelas aves que, mortas, dos Espaços
Tombaram, sobre o covo dos seus ninhos;
Por anónimos vultos, cujos passos
Se perderam na poeira dos caminhos;
Por essa luz que, uma só vez, brilhou;
Por tudo o que em saudade se tornou!

Árvore em flor,
Lenho sagrado,
Recebe-me em teu ser,
Quando eu morrer!

Isento do Pecado,
Darei sombras de Amor!

Mário Beirão in poesia completas

quinta-feira, 14 de março de 2013

XX Feira do Livro de Arganil

Dia 3 (quarta-feira)

Abertura da Feira – 10.00h


10h00 – Na Feira com Histórias e Livros com Dolores Tavares e Manuela Ribeiro
- Histórias de Encantar com Aurora Martins e Lisa Simões

14h00 – Na Feira com Histórias e Livros com Dolores Tavares e Manuela Ribeiro
- Histórias de Encantar com Rita Cunha e Vânia Silva

16h00 – “A globalização, o século XXI e o futuro da crise” - conferência pelo Sr. Professor António de Sousa Lara, Professor Catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas com a apresentação do Livro “Caos Urbano” e Sessão de autógrafos.

21h00 – Apresentação do Livro de Francisco Ceia "Jogo de Janelas"

Encerramento da Feira – 23.00h

Dia 4 (quinta-feira)

Abertura da Feira – 10.00h

10h00 - Na Feira com Histórias e Livros com Palmira Martins
- Atelier de Ilustração com Nuno Betencourt
- Histórias de Encantar com Aurora Martins e Lisa Simões
 
14h00 - Na Feira com Histórias e Livros com Palmira Martins
- Atelier de Ilustração com Nuno Betencourt
- Palavras Sussurradas com Sabor a Mar com Ana Cabral
- Histórias de Encantar com Vânia Silva, Lisa Simões e Rita Cunha
 
21h00 – Apresentação do projeto de Saúde Oral e Bibliotecas Escolares (SOBE) com a presença do membro e gestor do projeto da Equipa de Saúde Oral da DGS, Dr. Mário Rui Araújo e a colaboração da Coordenadora Interconcelhia Dra. Ana Cabral – RBE, bem como outros elementos do projeto no terreno.
 
Encerramento da Feira – 23.00h
 
Dia 5 (sexta-feira)
 

Abertura da Feira – 10.00h
 
- 10h00 - Poesia à la carte, com José Fanha
 
- 11h00 – Escrita criativa com o Nygel Filho
 
- 14h00 - Poesia à la carte, com José Fanha
 
- 16h00 – Escrita criativa com Nygel Filho
 
 - 17h30 – Mesa redonda sobre a temática: Leitura ao longo da vida. Caminhos a percorrer, com o Dr. Fernando Pinto do Amaral, Coordenador do Plano Nacional de Leitura, José Fanha, escritor e poeta e a escritora Leonarda Tavares. A mesa será moderada pela Dra. Ana Cabral coordenadora interconcelhia da RBE para o concelho de Arganil.
 
- 21h00 – Ao Serão com… José Fanha – apresentação do livro “Poesia”
 
Encerramento da Feira – 23.00h
 
Dia 6 (sábado)

Abertura da Feira – 10.00h

 
- 16h00 – Lembrar Irene Vasconcelos conferência proferida pela Dra. Isabel Baltazar
 
- 17h30 – Concerto com Miguel Neves ao Piano.
 
- 18h00 – Encerramento da feira

terça-feira, 12 de março de 2013

Novidades na biblioteca

A vida dos mares e oceanos. 1ª ed. Lisboa : Selecções do Reader's Digest, 2000. 160 p. ISBN 972-609-294-9

Actualmente, os mapas dos nossos continentes já não indicam regiões desconhecidas assinaladas com manchas brancas. Todo o planeta, até ao mais ínfimo recanto, foi estudado, cartografado, visitado.
Em terra firme, a irreprimível necessidade de ir explorar novos territórios, mistura de temor e espanto maravilhado, já não tem objectivo. Em contrapartida, os mares e os oceanos escondem ainda um grande número de mistérios.”

Este livro com magníficas fotografias convida a uma viagem às profundezas dos oceanos e à descoberta da vida vegetal e animal que neles habitam.

Mistérios da floresta tropical. 1ª ed. Lisboa : Selecções do Reader's Digest, 2000. 160 p. ISBN 972-609-307-4

“Planícies quentes e húmidas, encostas envoltas em bruma e várzeas aluviais são alguns dos variados terrenos onde cresce a floresta tropical. (…) As florestas tropicais sustentam uma enorme diversidade de vida. A constante reciclagem dos nutrientes, juntamente com o calor e a humidade, fazem da floresta tropical um dos meios mais ricos da terra. (…) Cobrindo menos de um décimo da superfície terrestre, sustentam mais de metade de todas as espécies vivas. (…) No entanto, com a expansão das populações humanas e os rápidos progressos da tecnologia, o futuro destes frágeis ecossistemas está ameaçado.”

Integrado na colecção A terra, suas maravilhas e seus segredos este livro dá nos a conhecer as Florestas Tropicais do mundo, as espécies que nelas habitam e a sua forma de sobrevivência, e reflecte ainda sobre o seu futuro.

Leia, porque ler é um prazer!

sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia Internacional da Mulher

Desde 1977 que as Nações Unidas adoptaram o dia 8 de Março como dia Internacional da Mulher com o objectivo de relembrar as suas conquistas sociais, políticas e económicas.

Este ano a data tem como slogan: Uma promessa é uma promessa: Tempo de acção para acabar com a violência contra as mulheres.

Para assinalar a data fazemos algumas propostas de leitura, e transcrevemos um poema da autoria de Rabindranath Tagore, poeta galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 1913.

A Mulher Inspiradora

Mulher, não és só obra de Deus;
os homens vão-te criando eternamente
com a formosura dos seus corações,
e os seus anseios
vestiram de glória a tua juventude.

Por ti o poeta vai tecendo
a sua imaginária tela de oiro:
o pintor dá às tuas formas,
dia após dia,
nova imortalidade.

Para te adornar, para te vestir,
para tornar-te mais preciosa,
o mar traz as suas pérolas,
a terra o seu oiro,
sua flor os jardins do Verão.

Mulher, és meio mulher,
meio sonho.

Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões

Sugestões de leitura:

O longo caminho das mulheres : feminismos - 80 anos depois. 1ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 2007. ISBN 978-972-20-3320-6

História das mulheres no ocidente. Porto : Edições Afrontamento, 1990. 5 vol.

PORTUGAL. Comissão para a Cidadania e Igualdade do Género - III Plano nacional contra a violência doméstica : 2007-2010. Lisboa : CIG, 2008. ISBN 978-972-597-298-4

PORTUGAL. Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - Igualdade de género em Portugal 2009. 3ª ed., rev. e actualizada. Lisboa : C. I. G., D. L. 2010. ISBN 978-972-597-319-6

PARKER, Victoria - Os direitos das mulheres. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2000. ISBN 972-662-715-X

Leituras on-line sobre a origem da data:

http://unesdoc.unesco.org/images/0021/002196/219639e.pdf - mensagem de Irina Bokova, director-geral da Unesco, para o dia Internacional da Mulher, 2013

Leia, porque ler é um prazer!

quarta-feira, 6 de março de 2013

Divulgando o fundo local XXX: Flauta breve de Luís Valle

Flauta breve é um pequeno livro de poesia da autoria de Luís Valle lançado em 1998. De acordo com as palavras do Dr. Joaquim António, mestre em literatura francesa, a quem coube a apresentação do livro, os poemas de Luís Valle celebram a mulher, qualquer ela que seja.

Citando Carlos Maia Teixeira, “a poesia de Luís Valle é feita de solidariedade e compromissos profundos com a claridade da vida; é feita de denúncia e combate e também de esperanças renovadas”. Carlos da Capela define o poeta como sendo “a voz fraterna que abraça o mundo e os homens”.

Os poemas de Luís Valle sentem-se, as palavras que os compõem tornam-se vivas e têm o dom de nos envolver simultaneamente na natureza e no sentimento.

Leia, porque ler é um prazer!

“Primavera

No parque um chorão candidamente
escondeu a ternura das nossas intenções
quando sentados sentimos o calor das nossas mãos
entrelaçadas
uma rosa vermelha em frente
abriu um sorriso de comunhão compreendida

era primavera

voltámos outro dia ao parque
lembras-te
sentámo-nos no mesmo banco
e sentimos de novo o calor das nossas mãos
dadas

uma saudade em frente
deixou cair uma a uma pétalas brancas
lágrimas possíveis de uma nascente
para desaguar na raiz da roseira
que foi nossa companheira
e se abriu novamente num sorriso de compreensão

continua a ser primavera amor”

Nota: o livro apresentado encontra-se disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

sexta-feira, 1 de março de 2013

Livro do mês: A vida não se aprende nos livros

A vida não se aprende no livros de Eduardo Sá
Lisboa: Oficina do livro, 2002

A vida não se aprende nos livros é uma compilação de textos da autoria do psicólogo Eduardo Sá, publicados originalmente na revista XIS, suplemento do jornal Público.

Neste livro, com textos curtos em tom informal, o autor parece entabular uma conversa com o leitor - este questiona, e Eduardo Sá responde, deixando sempre margem para que o leitor escolha o atalho que mais lhe convém e conduzindo-o, sem dúvida, à reflexão sobre temas pertinentes relacionados com a maternidade/ paternidade, o amor e os sentimentos.

Como o próprio título indica a vida não se aprende nos livros, é importante ler, mas mais de que isso é necessário estar atento ao que nos rodeia. Não devemos pensar apenas com a razão, mas também com o coração.

“Eduardo Sá responde com perguntas e faz-nos pensar. Mais do que pensar, dá-nos tempo para ajustar o fato à nossa medida. Ao nosso tamanho. Deixa-nos, até, transformá-lo, adaptá-lo e tingi-lo de outras cores. E é nisto que os seus livros se revelam especialmente eficazes. Porque aquilo que me serve a mim é necessariamente diferente do que serve aos outros e, afinal, nos seus livros todos encontramos tamanhos por medida. À nossa medida.”

Laurinda Alves

Excerto:

As crianças têm hoje mais brinquedos, felizmente, o que não significa que nos demitamos de ser melhores pais. Mais brinquedos podem representar uma overdose se, como eles, se pretender disfarçar repetidas omissões dos pais. Mas, na maior parte dos casos mais brinquedos representam solicitações mais plurais que permitimos às crianças, e que as levam a dispersar a sua atenção por diversos apelos, e a escolherem os que mais lhes tocam no coração.
Mais brinquedos não poupam os pais ao brincar. Pelo contrário. (…)”

Mais informação sobre esta obra:


Outros livros do autor disponíveis na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

Chega-te a mim e deixa-te estar. 2ª ed. Dafundo : Oficina do Livro, 2005. ISBN 989-555-141-X
Crianças para sempre. 1ª ed. Lisboa : Fim de Século, 2000. ISBN 972-754-162-3
Psicologia dos pais e do brincar. 2ª ed. Lisboa : Fim de Século, 1995. ISBN 972-754-087-2

LEIA, PORQUE LER É UM PRAZER!