terça-feira, 28 de abril de 2020

Novidade na Bibliotecas: As aves não têm céu de Ricardo Fonseca Mota



Um homem vagueia pelas noites insones, revisitando o passado e a culpa que lhe vai consumindo os dias. A mulher trocou-o por outro e levou consigo a sua única filha, ainda pequena. Na semana de férias em que finalmente pode estar com ela, sofrem um acidente de viação que resulta na morte da filha.
A culpa e o passado cruzam-se neste romance feito de gente que vive no escuro, como o taxista que várias vezes apanha este pai e o transporta pela cidade silenciosa, e os dois companheiros com quem desde a morte da filha partilha o espaço.

Vencedor do Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís 2015, Ricardo Fonseca Mota regressa à ficção com As aves não têm céu, um romance lírico que vem dar voz às sombras que se escondem nos recantos mais obscuros da alma humana.

Fonte: contracapa do livro


Para saber mais consulte:

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quinta-feira, 23 de abril de 2020

Pássaros por Maria Leonarda Tavares

PÁSSAROS

Este foi o tema escolhido pelos Amigos de Ler para o mês de abril. Associamos as aves à liberdade. 
Porém, há um mês, não sabíamos que o Covid 19 nos havia de enclausurar. Um minúsculo vírus invisível, aparentemente insignificante, aprisionou-nos e fragilizou-nos. 
Este ano, nas comemorações do 25 de abril, os heróis da revolução são os profissionais de saúde e todos os outros que também lutam, quer seja na linha da frente ou na retaguarda, contra a dura realidade da pandemia. 
A liberdade é algo de muito importante, contudo, a que permanece e depende de nós, é a interior, a do pensamento, a que vem de dentro e vive connosco. 
Tem-nos sido recomendado uma boa terapia para a alma: a leitura. 
Entre outros livros, volto diariamente a passagens do Diário de Etty Hillesun. 
Uma rapariga judia, holandesa que aos vinte e nove anos foi violentamente morta no Campo de Concentração de Auschewitz, a trinta de novembro de 1943. 
Esta jovem dá-nos a maior lição de liberdade interior, de força, de coragem e de solidariedade num dos tempos mais horríveis da História de Humanidade. 
Não resisto a partilhar alguns excertos dos seus escritos em Auschewitz pouco tempo antes de morrer. 

“Queria dizer apenas o seguinte: a miséria aqui é realmente terrível e, ainda assim, à noite, quando o dia caiu num abismo atrás de mim, costumo caminhar, a passo enérgico, ao longo do arame farpado e, nessas alturas, volta a assolar-me o sentimento – não consigo evitá-lo, as coisas são como são, existe uma força elementar – de que esta vida é algo de glorioso e magnífico e que, um dia, teremos de construir um mundo totalmente novo. 
(…) Podemos sofrer, mas não podemos sucumbir. 
(…) Gostava tanto de continuar a viver para transmitir na nova era toda a humanidade que guardo dentro de mim, apesar de tudo aquilo com que convivo diariamente. 
(…) Mesmo que só nos reste uma rua estreita, por onde teremos de caminhar, por cima da rua existe todavia o céu inteiro. 
(…) E no final de cada dia, sinto a necessidade de dizer: A vida é muito bela, apesar de tudo é muito bela.” 

Como escreveu Filipe Condado: “Uma vida interrompida? Não, uma vida diluída por toda a Humanidade.” 
Não sei quem é o autor desta frase mas aplica-se à leitura do “Diário de Etty: “Certos livros deixam-nos o barco depois da viagem”. 
Etty Hillesum conseguiu encontrar os diamantes escondidos no aterro de sofrimento do campo de concentração. 
A sua força interior impediu-a de se deixar aprisionar pelo arame farpado e por todos os horrores que viveu até à morte. 
A liberdade de pensamento permitiu-lhe voar por um céu azul de onde avistava toda a beleza que existia para além do mísero catre onde passou os últimos tempos. 
Neste momento somos todos peregrinos nos dias inesperados de uma enorme incerteza. O tempo de entendermos a cumplicidade de sermos irmãos na aventura do caminho. 
A natureza está em flor e convida-nos a abraçar a nossa vulnerabilidade num percurso de reconciliação com a esperança. 
Podemos estar de joelhos, mas a grande corrente da vida continua a fluir e estende-nos a mão. 
Ao escrever estas palavras, penso em muitas pessoas. Carrego a dor de algumas e admiro a solidariedade de outras. 
Quanta serenidade é necessária para dormir sem pesadelos! Quanta coragem para aceitar o presente como um grande desafio que a vida nos coloca! 
Agora que os dias estão a crescer, que a luz se prolonga até mais tarde, muitos dos habitantes do planeta estão fechados em casa. 
As nossas janelas são atravessadas por muitos olhares que se cruzam com todos os outros. Buscam consolo, companhia, ânimo. 
Contemplar a natureza faz bem. A natureza que nasce da terra, se estende pelo céu, pelos oceanos, pelo mundo inteiro. Há vida em cada pedaço de chão. Não nos afastemos do essencial: a vida. 
Se pudesse criar um dia novo, oferecia-o. Era merecido. Sentirmos a alegria limpa do convívio, da proximidade, dos risos, dos abraços, muitos abraços. 
Tudo há de voltar. Por favor, esperem. 
As andorinhas regressaram. Todos os pássaros, laboriosamente, nidificam. 
Estas pequenas criaturas enchem o cenário de tantos lugares. 
Primavera é uma palavra feita de pássaros. 
Os seus limites não são infinitos, mas o céu é muito grande. Está mais limpo. Nós, eles e todas as criaturas respiramos um ar mais puro. 
Eles não sabem o que é o Covid 19. Não fazem perguntas, nem esperam respostas. 
Continuam a voar de asas abertas, livres como o vento. 
E nós precisamos de ter a humildade de reaprender com a natureza. 

Maria Leonarda Tavares

terça-feira, 21 de abril de 2020

Novidades na Sala Jovem

Wein, Elizabeth - Nome de Código: Verity
Amadora: Topseller, 2018
O retrato impressionante do mundo da espionagem, onde nunca nada é o que parece ser!

Uma missão falhada

No dia 11 de outubro de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, um avião espião britânico despenha-se em território francês ocupado pelos nazis. A bordo, numa missão ultrassecreta, seguem duas jovens amigas: Maddie, a piloto, e Verity, a passageira.

Nas mãos do inimigo

Apesar de sobreviver ao acidente, Verity é capturada pela Gestapo. Para uma agente secreta, ser aprisionada em território inimigo é o pior dos pesadelos. Os interrogadores nazis dão-lhe uma escolha difícil: revelar o objetivo da sua missão, em troca de dias de vida, ou enfrentar um destino terrível.

Traição ou salvação?

Enquanto escreve a sua confissão, Verity vai revelando o seu passado, numa história emotiva, cruel e redentora. Cada nova página representa mais tempo de vida para si, mas também mais segredos entregues ao inimigo. Resta saber se essa confissão será o suficiente para salvá-la e se conseguirá concluir com sucesso uma missão aparentemente condenada ao fracasso.

Um livro multipremiado. Um hino à amizade e à coragem.

Livro Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura


Fonte: www.topseller.pt 

Levithan, David - A Cada Dia
Amadora: Topseller, 2015
A cada dia um novo corpo.

A cada dia uma nova vida.

A cada dia o mesmo amor pela mesma rapariga.

A cada dia, A acorda no corpo de uma pessoa diferente. Nunca sabe quem será nem onde estará. A já se conformou com a sua sorte e criou regras para a sua vida:

Nunca se apegar muito. Evitar ser notado. Não interferir.

Tudo corre bem até que A acorda no corpo de Justin e conhece Rhiannon, a namorada de Justin. A partir desse momento, as regras de vida de A não mais se aplicam. Porque, finalmente, A encontrou alguém com quem quer estar a cada dia, todos os dias.


Fonte: www.topseller.pt 

Livros disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

Segue o link e conhece as regras para empréstimo durante o tempo de crise provocado pelo Covid19.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Adeus a Luís Sepúlveda (1949-2020)

O escritor Luis Sepúlveda morreu esta quinta-feira, dia 16 de Abril, no Hospital Universitário Central de Astúrias, Oviedo, Espanha, aos 70 anos de idade, vitimado pela doença covid-19. 

Entre os contos juvenis, com que inaugurou a sua pena, em 1969, à obra de referência O Velho Que Lia Romances de Amor passaram 20 anos. As Rosas de Atacama e História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar são outros dos marcos da carreira literária de Sepúlveda. O seu mais recente livro, O fim da história, foi publicado em 2016.

Além do percurso como escritor, Sepúlveda foi activista ambiental, e envolveu-se em causas políticas. O escritor chileno abandonou o seu país de origem em 1977, durante a ditadura de Pinochet. Esteve ligado a vários movimentos de inspiração comunista e socialista. tendo-se mesmo alistado nas fileiras sandinistas no final dos anos 70, em concreto na Brigada Internacional Simon Bolívar. 

Como escritor, arrecadou o Prémio Casa das Américas, os prémios Gabriela Mistral/Poesia, em 1976, Rómulo Galegos/Novela, em 1978, Tigre Juan/Novela em 1988, o de Contos "La Felguera", em 1990, e o Prémio Primavera/Romance, em 2009. Em 2016, recebeu o Prémio Eduardo Lourenço. 

Como forma de homenagear Luís Sepúlveda aproveitamos para destacar os livros da sua autoria disponíveis na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
A sombra do que fomos
Porto: Porto Editora, 2009
O velho que lia romances de Amor
Porto: ASA, 2000
Patagónia Express
Porto. ASA, 1999
Encontro de amor num país em guerra
Porto: ASA, 1998
História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar
Porto: ASA, 2000
Diário de um killer sentimental
Porto: ASA, 1999
História de um caracol que descobriu a importância da Lentidão
Porto: Porto Editora, 2014
História de um cão chamado Leal
Porto: Porto editora, 2016
A venturosa história do usbeque mudoPorto: Porto Editora, 2015

Mundo do fim do mundo
Porto: Porto Editora, 2016
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quarta-feira, 15 de abril de 2020

Novidade na Biblioteca: Meditação e mindfulness de Andy Puddicombe

Amadora: Nascente, 2016
Este é um livro sobre meditação. Mas não é igual aos outros. Aqui não há cânticos, não precisamos de nos sentar com as pernas cruzadas, ou ter qualquer tipo de fé. Nem sequer exige o dispêndio de longos períodos de tempo. Pelo contrário, este livro mostra-lhe como apenas 10 minutos de meditação por dia podem fazer a diferença e mudar a sua vida.

Andy Puddicombe, em tempos monge budista, é hoje reconhecido como o especialista em meditação e mindfulness mais importante do Reino Unido, contando já com mais de dez anos de experiência como formador. Tal como os seus leitores e alunos, também ele começou a sua prática de meditação para conseguir lidar com as preocupações do quotidiano. Foi este contexto que lhe permitiu desenvolver um programa de meditação guiada adequado à rotina diária: exercícios que mostram que apenas alguns minutos por dia bastam para fazer a diferença.

A experiência do autor reflete-se nos exercícios, histórias e técnicas que permitirão acalmar a agitação da mente e criar as condições para:

A Melhoria da concentração e da produtividade.
O Alívio do stress e da ansiedade.
Um sono mais tranquilo.
Melhores relações afetivas e profissionais.



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segunda-feira, 6 de abril de 2020

Novidade na Biblioteca: Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos de Olga Tokarczuk

Amadora: Cavalo de Ferro, 2019

Numa remota aldeia polaca, a excêntrica Janina Duszejko, professora reformada, divide os seus dias a traduzir a poesia de William Blake e a observar os sinais da astrologia, fazendo por manter-se afastada das pessoas e próxima dos animais, cuja companhia prefere; mas a pacatez dos seus dias vê-se interrompida quando começam a aparecer mortos vários membros do clube de caça local. Certa de encontrar respostas, Janina decide lançar-se na investigação do caso, chegando a uma estranha teoria que espalhará o terror pela comunidade.

Sob a máscara de policial noir ou fábula macabra, Conduz o Teu Arado Sobre os Ossos dos Mortos é um romance mordaz e desconcertante que questiona a nossa posição acerca dos direitos dos animais e responsabilidade sobre a natureza, bem como todas as ideias preconcebidas sobre a loucura, a justiça e a tradição.

Fonte: www.wook.pt 

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quinta-feira, 2 de abril de 2020

Top 10 - Sala Jovem

É tempo para ficar em casa e protegermo-nos do Covid19. Sabemos que é uma situação difícil a que vivemos e é muito incerto quando poderemos voltar às nossas rotinas habituais. Até lá aproveita para ler, segue as sugestões da Sala Jovem e requisita livros. 

Destacam-se os 10 livros mais requisitados durante ao ano 2019

1
Título: Rubra, a árvore dos desejos
Autor: Katherine Applegate
Editado pela Fábula em 2017

2
Título: Terra de dragões
Autor: James A. Owen
Editado por Dom Quixote em 2007 

3
Título: O pintassilgo
Autor: Donna Tartt
Editado por: Presença, D.L. 2014 

4
Título: Nunca desista dos seus sonhos
Autor: Augusto Cury
Editado por: 11/17, 2015 

5
Título: O fim da inocência: diário secreto de uma adolescente portuguesa
Autor: Francisco Salgueiro
Editado por: Oficina do livro, 2016 

6
Título: A minha vida é um filme: a estreia
Autor: Paula Pimenta
Editado por: Presença, 2014 

7
Título: Bicicleta à chuva: uma história sobre bullying, coragem e amizade
Autor: Margarida Fonseca Santos
Editado por: Booksmile, 2015 

8
Título: A lua de Joana
Autor: Maria Teresa Maia Gonzalez
Editado por: Verbo, D.L.1997 

9
Título: Persépolis
Autor: Marjane Satrapi
Editado por: Bertrand, 2015 

10
Título: O coração de Simon contra o mundo
Autor: Becky Albertalli
Editado por: Porto Editora, 2017

Livros disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil. 

Se pretenderes requisitar estes livros segue o link para conhecer as regras para o empréstimo domiciliário durante o tempo de crise provocado pelo Covid19. 

Lê, porque ler é um prazer