quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sugestões de leitura para adolescentes V





 
A ilha do tesouro de R. L. Stevenson

Robert Louis Stevenson, escritor britânico de finais do século XIX, deixou-nos como legado algumas narrativas que se tornaram clássicas, entres as quais se salienta A ilha do tesouro, uma deliciosa história de piratas cheia de emoções e perigo. Nela são contadas as peripécias vividas por Jim Hawkins, um jovem que se vê envolvido na busca do tesouro enterrado do maldoso capitão Flint. O enredo cativante, delineado com mestria, e a caracterização inigualável das personagens contribuem para que este romance de aventuras continue a ser um dos mais apreciados da literatura universal.

Fonte: contra-capa do livro

Quem me dera ser onda de Manuel Rui

Quem me dera ser onda da autoria do escritor angolano Manuel Rui é a história de dois rapazinhos angolanos que levam para a varanda do seu 5º andar um porquinho e aí, procurando iludir a vigilância das autoridades, o pretendem criar e alimentar. As peripécias desenvolvidas nesse sentido são a espinha dorsal da história. Uma história bem contada, com bastante imaginação e fantasia, que acima de tudo nos dá um “saboroso retrato do quotidiano luandense”.

Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach

Capelo Gaivota: a gaivota que recusa a vida monótona do Bando e o voo, tendo como finalidade a alimentação. Quer a aventura, o sonho, a liberdade, mesmo à custa da sobrevivência. Outras seguem o mesmo caminho, que as levará à descoberta das suas infinitas possibilidades e ao paraíso – meta final das suas vidas livres e da sua aventura.

Maria João Vasconcelos
Fonte: www.leitura.gulbenkian.pt/index.php?area=rol&task=view&id=11975

A última valsa de Chopin de José Jorge Letria

Retrato do artista que frequentava os salões da aristocracia e do homem que despertava paixões desenfreadas, A Última Valsa de Chopin revela ao leitor o lado menos conhecido, e mais inquieto e sofrido, do genial compositor, nascido na Polónia no início do século XIX.
Antes de viajar para Paris, com 21 anos, Frédéric François Chopin já tinha tocado para várias plateias europeias. O seu talento único como pianista emocionava quem o ouvia, mas as pessoas não se apaixonavam só pela sua música. Chopin era também um sedutor natural, e a sua inteligência e personalidade constituíam motivo de fascínio à sua volta.
José Jorge Letria, que descobriu a vida e a obra de Chopin na adolescência (e sobre ambos escreveu e publicou poemas e uma peça de teatro), regressou agora a essa paixão, escrevendo, não uma biografia, mas um texto invulgar que resiste à erosão do tempo, indo direito ao coração do leitor.

Fonte: http://www.wook.pt/

Contos da sétima esfera de Mário de Carvalho

Recolha de contos fantásticos, ocorridos nos mais diversos lugares do mundo, reais e imaginários e nos cenários mais variados, numa sucessão de surpresas e espantos que revisitam e reelaboram os grandes mitos, com uma linguagem ora solene, ora parodiada, ora ligeira, adequada sempre a cada um dos temas.

Fonte: http://www.wook.pt/

terça-feira, 26 de julho de 2011

Novidade na Biblioteca: Ultramarina de Malcolm Lowry


Ultramarina é a história de um jovem de 18 anos, Dana Hilliot, que embarca num navio mercante, o “Oedipus Tyrannus”, em direcção a Bombaim e Singapura, numa espécie de viagem iniciática à vida adulta.

A vida no navio não é fácil. E Dana faz de tudo para obter a aprovação dos outros tripulantes.

Alternando entre a narrativa de Dana e as conversas dos tripulantes recheadas de humor irreverente e linguagem colorida, Ultramarina retrata a necessidade que o rapaz sente de provar que é um homem entre outros homens.

Leia, porque ler é um prazer!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Sugestões de leitura para adolescentes IV







O Domínio dos Deuses de Uderzo e Goscinny

César quer fazer desaparecer a pequena aldeia gaulesa que o ridiculariza e, para isso, ordena a construção de uma cidade romana modelo a rodeá-la. Assim, segundo ele, a aldeia isolada terá de desaparecer ou adaptar-se e tornar-se romana. O arquitecto da cidade começa por se confrontar com os Gauleses que o impedem de arrasar a floresta. No entanto, estes acabam por ceder para que os escravos incumbidos deste trabalho possam ser libertados. Quando o primeiro edifício fica concluído e chegam os primeiros inquilinos romanos, a situação na aldeia degrada-se rapidamente: todos tentam aproveitar a nova clientela. Mas os Gauleses saberão reagir. Com a ajuda - involuntária - de Cacofonix, vão deter a «invasão» que passará a ser apenas um episódio de má memória.

Fonte: www.wook.pt

Dewey: o gato que comoveu o mundo de Vicki Myron e Bret Witter

Dewey Readmore Books é o nome de um amoroso gato encontrado na caixa de devolução de livros da Biblioteca Pública de Spencer, uma pequena cidade do estado do Iowa, nos Estados Unidos, pela directora da Biblioteca, Vicki Myron.
O gato foi adoptado por Vicki e durante 19 anos fez parte do quotidiano da Biblioteca, tendo conquistado o coração dos seus trabalhadores e utilizadores.
Esta é uma história real passada para o papel pouco após à morte do gato. A história revela acima de tudo os fortes laços desenvolvidos entre um gato e uma mulher, e a forma como ambos dedicaram a sua vida à biblioteca.

Eragon de Christopher Paolini

Quando Eragon encontra uma pedra azul polida na floresta, acredita que poderá ser uma descoberta bendita para um simples rapaz do campo: talvez sirva para comprar carne para manter a família durante o Inverno. Mas quando descobre que a pedra transporta uma cria de dragão, Eragon depressa se apercebe de que está perante um legado tão antigo como o próprio Império.
De um dia para o outro, a sua vida muda radicalmente, e ele é atirado para um perigoso mundo novo de destino, de magia e de poder. Empunhando apenas uma espada legendária e levando os conselhos dum velho contador de histórias como guia, Eragon e o jovem dragão terão de se aventurar por terras perigosas e enfrentar inimigos obscuros, dum Império governado por um rei cuja maldade não conhece fronteiras.

Fonte: www.wook.pt

O gato malhado e a andorinha Sinhá: uma história de amor de Jorge Amado

Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depoi de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.

Fonte: http://www.bertrand.pt

Cão como nós de Manuel Alegre

Cão como nós é uma novela em que o autor nos dá a conhecer as saudades que tem de Kurika, um cão da raça epagneul-breton que nasceu com uma estrela branca na testa. Kurika, faz-se presente através das memórias de seu dono, o narrador, intercaladas com as emoções que este nos transmite pelo vazio que sente com a sua ausência física. Durante toda a vida do animal ele foi o único membro na família que tratou Kurika exactamente como ele era, um cão. Com a sua morte compreende que era muito mais que isso… era a alegria à chegada, a presença entre os pés, o olhar atento, a teimosia. Ao longo do livro conhecemos os laços de Kurika com toda a família, e a sua vincada personalidade rebelde, caprichosa e desobediente.
“Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.”

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Literacia, media e cidadania

Realizou-se a 25 e 26 de Março do presente ano o 1º Congresso Nacional Literacia, Media e Cidadania, que teve como objectivos:

• Promover a formação de cidadãos esclarecidos e críticos face aos media e ao ecossistema mediático;

• Incentivar a interacção entre os media e as instituições educativas e culturais;

• Contribuir para a inscrição da educação para os media e a literacia digital na agenda pública;

• Valorizar a participação dos cidadãos na vida democrática tirando partido das novas plataformas digitais e redes sociais;

• Reflectir sobre a relevância da literacia mediática para a qualidade e a produtividade no trabalho;

• Favorecer a inserção da educação para os media no currículo escolar e a utilização dos diferentes tipos de meios como recurso educativo;

• Estimular a inovação nos métodos e conteúdos da aprendizagem, em contextos formais e não-formais de educação;

• Divulgar e fomentar a investigação no âmbito da literacia, dos media e da cidadania.

As conclusões deste Congresso deram origem à “Declaração de Braga” e as diversas comunicações apresentadas já estão disponíveis para consulta e/ou download. Consulte o livro de actas aqui!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sugestões de leitura para adolescentes (III)



Diário de Anne Frank

Todos conhecem a história profundamente dramática da jovem Anne Frank. Publicado pela primeira vez em 1947, por iniciativa de seu pai, o Diário veio revelar ao mundo o que fora, durante dois longos anos, o dia-a-dia de uma adolescente condenada a uma voluntária auto-reclusão, para tentar escapar à sorte dos judeus que os alemães haviam começado a deportar para supostos «campos de trabalho». Tentativa sem final feliz. Em Agosto de 1944, todos aqueles que estavam escondidos no pequeno anexo secreto onde a jovem habitava foram presos. Após uma breve passagem por Westerbork e Auschwitz, Anne Frank acaba então por ir parar a Bergen-Belsen, onde vem a morrer em Março de 1945, a escassos dois meses do final da guerra na Europa. (…)

Fonte: www.wook.pt

Voltei para te mostrar que podia voar de Robin Klein

Seymour, um rapaz solitário, conhece acidentalmente Angie, uma jovem de vinte anos, bela e carismática. Esse encontro vai mudar a vida dos dois. Seymour começa a ganhar a personalidade e a capacidade de decisão que lhe faltam. Com a sua inocência, ternura, sentido de responsabilidade e ordem, converte-se no anjo-da-guarda de Angie, que se encontra dependente da droga e à espera de um filho. A amizade que surge entre ambos e o sentido maternal que Seymour desperta em Angie vão poder mais do que as cartas e recomendações da família, fazendo que esta se decida a iniciar um programa de desintoxicação, tantas vezes interrompido.

Fonte: contra-capa

O bom inverno de João Tordo

Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala, e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos, e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis, e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.


O lobo do mar de Jack London

O lobo do mar publicado em 1904 é sem dúvida o livro mais conhecido de Jack London, um clássico da literatura americana. No contexto de uma perigosa viagem marítima, o leitor vê-se introduzido no confronto entre duas concepções de vida, que talvez não seja mais, afinal, do que a projecção do diálogo eterno entre a razão e o instinto.
Ao avistar o Ghost, Humphrey, um náufrago acredita estar salvo. Porém ao ser içado para bordo e conhecer o capitão do navio, Wolf Larsen, começa a temer pela sua própria vida. Ao contrário do que esperava, Humphrey é integrado na tripulação e forçado a seguir viagem, sob as ordens de um capitão violento, primitivo e egoísta.
Um livro que pela sua profundidade ultrapassa o mero romance de aventuras.

O triunfo dos porcos de George Orwell

Publicado pela primeira vez em 1945, O Triunfo dos Porcos transformou-se na clássica fábula política do século XX. Acrescentando-lhe a sua marca pessoal de mordacidade e perspicácia, George Orwell relata a história de uma revolução entre os animais de uma quinta e o modo como o idealismo foi traído pelo poder, pela corrupção e pela mentira.
Tudo começa quando um velho porco, o Velho Major, sonha que libertará os animais da escravidão em que vivem, e comunica aos outros o seu sonho. Passados três dias o Major morre, mas a revolução que iniciara na cabeça dos animais acabará por se concretizar com a expulsão do Sr. Jones (dono da quinta) e a libertação de todos os animais da escravidão.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Na data do seu nascimento, recordemos Jean de La Fontaine

Jean de La Fontaine foi um notável escritor francês. Muito embora nas fontes haja discrepância quanto à sua data de nascimento, crê-se que La Fontaine nasceu a 8 de Julho de 1621, e faleceu a 13 de Abril de 1695 em Paris.

La Fontaine escreveu poesias, contos e adaptações de comédias populares, tendo travado amizade com autores como Racine, Molière e Boileau. Foram, no entanto, as suas Fábulas Escolhidas (1668-1694), inspiradas nas literaturas clássicas e oriental, e sobretudo em Esopo e Fedro, que lhe trouxeram a celebridade.

A maior parte das suas fábulas põe em cena o mundo dos animais. Estes guardam certas características tradicionalmente atribuídas à respectiva espécie, mas apresentam traços perfeitamente humanos.

“As fábulas foram compostas ao longo de trinta anos (…) La Fontaine amplia o género (…) dá-lhe ressaibos de elegia, de sátira, de epístola moral ou filosófica. (…) A introdução de animais nas fábulas impõe-se simplesmente pela tradição do género que se justifica muito em especial no reinado de Luís XIV, pois permite ao fabulista ser mais audacioso do que se representasse os homens ao natural (…)(1)

Os escritos de La Fontaine tornaram-se, assim, verdadeiros retratos da sociedade, com todos os seus vícios, diferenças sociais e problemas retratados.

“La Fontaine pinta sem piedade a nossa miséria, mas conserva o sorriso do artista que se diverte e deixa ficar no fundo do quadro um cantinho de céu azul por onde a sua alma pode evadir-se e levar-nos consigo (...)” (1)

Muito embora não tivessem sido escritas para crianças, actualmente as Fábulas de La Fontaine são principalmente lidas por e para estas.

“As fábulas são também material de leitura levado até às crianças. (…) o seu papel junto das crianças é susceptível de criar polémica (…).” (2)

Visite a Biblioteca Municipal de Arganil e descubra mais sobre este escritor. Temos disponíveis várias versões das suas fábulas em Português e Francês e também a obra “Contes et nouvelles en vers”.

(1) In: História da Literatura francesa/ Philippe Van Tieghem
(2) In: Breve história da literatura para crianças/ Natércia Rocha

Para saber mais consulte:

http://www.gutenberg.org/browse/authors/l#a1758
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_de_La_Fontaine
http://www.infopedia.pt/$jean-de-la-fontaine
http://www.vidaslusofonas.pt/jean_de_la_fontaine.htm
http://www.astrologosastrologia.com.pt/0=fabulas=laFontaine/livros&letras=literatura_infantil=fabulas-la_fontaine-index.htm

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sugestões de leitura para adolescentes (II)



O mundo de Sofia de Jostein Gaarder

"A capacidade de nos surpreendermos é a única coisa de que precisamos para nos tornar bons filósofos... Não quero que tu pertenças à categoria dos apáticos e dos indiferentes. Quero que vivas a tua vida de forma consciente."

O Mundo de Sofia, editado pela primeira vez em 1991 é um dos livros que continua a encantar todo o tipo de leitores. O autor, Jostein Gaarder, professor de filosofia do secundário, conseguiu de uma forma original desenvolver uma aventura cheia de reflexões e perguntas através da história da filosofia desde os seus primórdios.
Quem és tu?, De onde vem o mundo?, Haverá uma vontade e um sentido por detrás daquilo que acontece?, estas são algumas das perguntas colocadas a Sofia durante aquilo que irá ser um verdadeiro curso de filosofia.
Na véspera do seu 15º aniversário, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e postais anónimos, enviados do Líbano e tendo como destinatário Hilde Knag, uma rapariga que ela desconhece. O mistério destes bilhetes é o ponto de partida para este romance fascinante e surpreendente, que de capítulo em capítulo, de lição em lição, conduz o leitor pela história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo envolvendo-o numa intrigante aventura filosófica.

O Deus das Moscas de William Golding

Publicado originalmente em 1954, O Deus das Moscas de William Golding é um dos mais perturbadores e aclamados romances da actualidade.
Um avião despenha-se numa ilha deserta, e os únicos sobreviventes são um grupo de rapazes. Inicialmente, desfrutando da liberdade total e festejando a ausência de adultos, unem forças, cooperando na procura de alimentos, na construção de abrigos e na manutenção de sinais de fogo. A supervisioná-los está Ralph, um jovem ponderado, e o seu amigo gorducho e esperto, Piggy. Apesar de Ralph tentar impor a ordem e delegar responsabilidades, muitos dos rapazes preferem celebrar a ausência de adultos nadando, brincando ou caçando a grande população de porcos selvagens que habita a ilha. O mais feroz adversário de Ralph é Jack, o líder dos caçadores, que consegue arrastar consigo a maioria dos rapazes. No entanto, à medida que o tempo passa, o frágil sentido de ordem desmorona-se. Os seus medos alcançam um significado sinistro e primitivo, até Ralph descobrir que ele e Piggy se tornaram nos alvos de caça dos restantes rapazes, embriagados pela sensação aparente de poder.

Fonte: www.wook.pt

Tanta gente, Mariana de Maria Judite de Carvalho

A ironia, o desencanto, uma ácida solidão combinam-se neste admirável livro de novelas e contos de Maria Judite de Carvalho, em que, no meio de histórias de segredo e silêncio, predomina a longa narrativa Tanta gente, Mariana.
É uma verdadeira obra prima, que nos mostra, com a subtileza lacónica e por vezes poética que a caracteriza, o destino de uma mulher jovem, traída pelo marido, abandonada depois por um namorado que a troca por Deus, ingressando na Igreja, se encontra, doente e sem cura, imersa na sua solidão, rejeitando até as vozes do exterior.
Toda a obra de Maria Judite de Carvalho aposta na sugestão do não dito, na pluralidade de sentidos, nesse assustador rumor da multidão. (…)

Recenseador: Urbano Tavares Rodrigues
Fonte: http://www.leitura.gulbenkian.pt

O terceiro homem de Graham Greene

Escrito originalmente como argumento para um filme que se tornou clássico O terceiro homem é um romance que exibe toda a habilidade narrativa de Graham Greene. A acção decorre em Viena, após o fim da Segunda Guerra Mundial, num cenário de incerteza que se conjuga com a atmosfera misteriosa do enredo. A morte de Harry Lime, em circunstâncias suspeitas, leva o seu amigo Rollo Martins a procurar as razões do sucedido, deparando com um mundo de silêncio, perigo, corrupção e mentira. Alguns temas centrais, como a consciência moral e as ansiedades do homem contemporâneo, surgem neste livro de um dos grandes autores britânicos do século XX.

Fonte: contra-capa do livro

O reino do dragão de ouro de Isabel Allende

A estátua do Dragão de Ouro permanece oculta num pequeno e misterioso reino, encravado na Cordilheira dos Himalaias. Segundo reza a lenda, este magnífico objecto, um poderoso instrumento de adivinhação incrustado de pedras preciosas, guarda a paz destas terras. Uma paz que agora, devido à cobiça na alma dos homens, pode ver-se perturbada.
N’ O Reino do Dragão de Ouro, Isabel Allende convida a entrar numa dupla aventura. Alexander Cold, a sua avó Kate e Nadia Santos, os protagonistas de A Cidade dos Deuses Selvagens, voltam a reunir-se. O leitor viverá com eles as suas peripécias e vicissitudes na beleza nua e límpida das montanhas e vales dos Himalaias, agora na companhia de novos amigos.
Mas a escrita mágica da autora também desvela o valor e a simplicidade dos ensinamentos budistas através do lama Tensing, mestre e guia espiritual de Dil Bahadur, o jovem herdeiro do reino, a quem guia pelo caminho do budismo e dá a conhecer o valor da compaixão, da natureza, da vida e da paz.
Um romance esplêndido, para leitores de todas as idades.

Fonte: www.wook.pt

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Livro do mês: O tempo entre costuras de Maria Duenas

O TEMPO ENTRE COSTURAS
de Maria Dueňas
Porto: Porto Editora, 2010

O Tempo entre Costuras é a história de Sira Quiroga, uma jovem modista empurrada pelo destino para um arriscado compromisso; sem aviso, os pespontos e alinhavos do seu ofício convertem-se na fachada para missões obscuras que a enleiam num mundo de glamour e paixões, riqueza e miséria mas também de vitórias e derrotas, de conspirações históricas e políticas, de espias.

Um romance de ritmo imparável, costurado de encontros e desencontros, que nos transporta, em descrições fiéis, pelos cenários de uma Madrid pró-Alemanha, dos enclaves de Tânger e Tetuán e de uma Lisboa cosmopolita repleta de oportunistas e refugiados sem rumo.

Fonte: contra-capa do livro
Excerto:

“Uma máquina de escrever arruinou o meu destino. Foi uma Hispano-Olivetti, da qual me separou durante semanas o vidro de uma montra. Visto de hoje, a partir do parapeito dos anos passados, custa a crer que um simples objecto mecânico pudesse ter potencial suficiente para quebrar o ruma de uma vida e fazer explodir em quatro dias todos os planos traçados para a sustentar. Assim foi, no entanto, e nada pude fazer para o impedir.

Não eram, na realidade, grandes projectos os que acalentava por essa altura. Tratava-se apenas de aspirações próximas, quase domésticas, coerentes com as coordenadas do sítio e o tempo que me correspondeu viver; planos de futuro exequíveis bastando para isso esticar as pontas dos dedos.”

Crítica de imprensa:

«E, de repente, um romance como os de antigamente, dos de sempre, dos de quase nunca, dos que prendem - pela sua alma, coração e vida - o leitor e já não o soltam até que o afortunado alcance a última linha. Um romance de verdade, de corpo inteiro, bem estruturado e cimentado, minuciosamente documentado, apaixonante e envolvente».

Fernando Sanchez Drago, El Mundo

Nota biográfica:

María Dueñas é doutorada em Filologia Inglesa e Professora Titular da Universidade de Murcia, depois de ter exercido em várias universidades norte-americanas.
É autora de trabalhos académicos e de muitos projectos educativos, culturais e editoriais.
María Dueñas nasceu em Puertollano (Ciudad Real) em 1964, é casada, tem dois filhos e reside em Cartagena.
O Tempo entre Costuras é o seu primeiro romance.

Este livro está disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.


Leia, porque ler é um prazer!