quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Sepulcro de Regina Santos

Apresentado no passado dia 22 de Fevereiro, Sepulcro é o primeiro livro de poesia da jovem Regina Santos, e a sua publicação é resultante da participação da autora num concurso promovido pela Editora Poesia Fã Clube.

Natural de Coja, com apenas 17 anos, Regina demonstra um grande talento para a escrita, especialmente para a poesia.


Os 31 poemas de Sepulcro trazem consigo “reminiscências românticas e góticas, caindo um pouco na corrente literária ultra-romântica, de Florbela Espanca”. Como afirmado por Regina na apresentação da obra as suas palavras “são palavras verdadeiras”, palavras que põem a nu uma jovem que não tem medo de ser diferente.

Busca

Busco na rua aquilo que me falta em casa.
Busco na noite aquilo que me falta no dia.
Busco no fim aquilo que me falta no começo.

Sou assim, um ser inquietado.
Muitos me criticam.
Eu sinto a dor no meu corpo,
aguento...

Busco nos falsos os verdadeiros.
Busco nos inimigos os amigos.
Busco na covardia a coragem.

Sou assim, um ser depressivo.
Muitos não me entendem.
Eu sinto a dor no meu corpo,
mais um pouco força...

Busco na ignorância a sabedoria.
Busco na doença a cura.
Busco na ditadura a democracia.

Sou assim, um ser abandonado.
Muitos já me ignoram.
Eu sinto a dor no meu corpo,
e por fim deixo-me morrer...


Para além de poder requisitar o livro na Biblioteca Alberto Martins de Carvalho (Coja), pode consultá-lo na Biblioteca Municipal de Arganil, e pode ainda acompanhar os trabalhos da autora no seu blog: http://regnumnoctem.blogspot.pt/

Leia, porque ler é um prazer!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Recordar Victor Hugo na data do seu aniversário

VICTOR HUGO: EXPOENTE MÁXIMO DO ROMANTISMO FRANCÊS

Romancista, dramaturgo e poeta, Victor Hugo nasceu a 26 de Fevereiro de 1902 em Besançon, em França, filho mais novo de um militar do exército de Napoleão, e de uma apoiante da monarquia e católica ferverosa, Sophie Trébuchet. 

Durante a sua infância viveu com a família em diversas cidades Europeias. Em 1915 ingressou no Liceu Louis-le-Grand, em Paris. Desde muito jovem interessou-se pela literatura e, em 1819, fundou com os irmãos a revista "Conservateur Littéraire", onde o seu talento se revelou.

Em 1822 publicou o seu primeiro volume de poesia Odes e Poesias diversas, a que se seguiu o romance Han da Islândia. Mas foi a peça dramática Cromwell, publicada em 1827 que o destacou no movimento romântico e o fez alcançar verdadeiro sucesso.

Seguiram-se Hernâni e Nossa Senhora de Paris, que lhe valeu a nomeação para a Académie Française.

Em 1851, quando Napoleão III tomou o poder, exilou-se. Durante o exílio escreveu aquela que é considerada a sua obra-prima, Os miseráveis, tendo sido recebido como um herói quando regressou a Paris.

Victor Hugo fundiu a sua faceta literária com uma carreira política de sucesso, o que o converteu numa figura pública de grande relevância na França do século XIX. O escritor é considerado o expoente máximo do romantismo francês, sendo ainda hoje considerado como um dos nomes mais ilustres da literatura francesa.

Victor Hugo faleceu a 23 de Maio de 1885.

Obras do autor disponíveis para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil: 
  • Coisas da noite. Lisboa : Contexto, imp. 1985. [20] p. 
  • Quasimodo o Corcunda de Notre-Dame. Lisboa : Verbo, D.L.1996. 218 p. ISBN 972-22-1765-8 
  • O Noventa e Três. Lisboa : Guimaraes & Cª., [19-?]. 391 p. 
  • O último dia de um condenado. Lisboa : Quidnovi, 2010. 95 p. ISBN 978-989-554-745-6 
  • Nossa Senhora de Paris. Lisboa : Mediasat, cop. 2006. 575 p. ISBN 84-9819-220-X 
  • Os miseráveis. [Lisboa] : Círculo de Leitores, imp. 1977. 5 vol. 
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Novidade na Biblioteca: No meu peito não cabem pássaros de Nuno Camarneiro


Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de Nova Iorque a um rapaz misantropo que chega a Lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo. 

Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar. 

Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles. 

Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens.

Fonte: www.wook.pt


Leia aqui o primeiro capítulo do livro. Quer continuar a ler? Requisite o livro na Biblioteca Municipal de Arganil

Nota: O escritor, Nuno Camarneiro, vai estar no dia 20 de março na feira do livro de Arganil

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Novidade na Biblioteca: Debaixo de Algum Céu de Nuno Camarneiro

Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças - vizinhos que se cruzam mas se desconhecem - andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram. O elevador sobe cansado, a menina chora e os canos estrebucham. É esse o som dos dias, porque não há maneira de o medo se fazer ouvir. 

A semana em que decorre esta história é bruscamente interrompida por uma tempestade que deixa o prédio sem luz e suspende as vidas das personagens - como uma bolha no tempo que permite pensar, rever o passado, perdoar, reagir, ser também mais vizinho. Entre o fim de um ano e o começo de outro, tudo pode realmente acontecer - e, pelo meio, nasce Cristo e salva-se um homem. 

Embora numa cidade de província, e à beira-mar, este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos. 

Com imagens de extraordinário fulgor a que o autor nos habituou com o seu primeiro romance, Debaixo de Algum Céu retrata de forma límpida e comovente o purgatório que é a vida dos homens e a busca que cada um empreende pela redenção.
Fonte: contracapa do livro

“Retrato de uma microsociedade unida pelo espaço em que vivem os personagens, o romance organiza-se a
partir de um conjunto de vozes que dão conta de vidas e destinos que o acaso cruzou num período de tempo delimitado entre um Natal e um Fim do Ano. Ouvimos vozes, poemas, ladainhas, canções, que transportam memórias e sentimentos e pontuam os encontros, desencontros e tragédias que de que os moradores só se apercebem quando saem à luz do dia. A escrita é precisa e flui sem ceder à facilidade, mas reflectindo a consciência de um jogo entre o desejo de chegar ao seu destinatário, o leitor, e um recurso mínimo a artifícios retóricos em que só uma sensibilidade poética eleva e salva a banalidade e os limites do quotidiano.
O júri destacou nesta obra o domínio e a segurança da escrita, a coerência com que é seguido o projecto, a força no desenho dos personagens e destaca a humanidade subjacente ao que poderá ser lido como uma alegoria do mundo contemporâneo.” 


Nota: O escritor, Nuno Camarneiro, vai estar no dia 20 de março na feira do livro de Arganil

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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Novidades na Biblioteca

A nudez de tua filha de Myron S. Kaufmann

A nudez de tua filha é um romance centrado sobre o problema da vida das comunidades judaicas na América ou, por outras palavras, o problema do choque de mentalidades e formas de vida profundamente religiosas, de uma religiosidade muito íntima e espiritualizada, com uma sociedade largamente laicizada, dominada pelo pragmatismo, pela superficialidade, pela expressão livre e despreconceituada dos mais profundos e recônditos impulsos sexuais. Ed Gordon, o pai, rabino judeu, destroçado entre o calor de uma fé profunda, quase mística e a frieza clínica da comunidade, que prática a religião-espectáculo, a religião-cerimónia de ostentação e formalismo vazio de sentido, Ed Gordon é o drama da procura da espiritualidade possível; Millicent Gordon, a filha, figura central do romance, percorre o caminho da descoberta da sensualidade, do prazer sexual intimamente vivido no seu próprio êxtase, através de uma experiência pré-conjugal que a liberta dos esquemas morais tradicionais, dos tabus de uma religiosidade inadaptada à sociedade moderna. A contradição entre um passado cristalizado, renitente ao novo, e as exigências inelutáveis da vida de hoje é o próprio cerne deste romance de Myron S. Kaufmann.

A nudez de tua filha oferece ao leitor a imagem de um erotismo provocante ao mais alto grau, que uma espiritualidade, uma humanidade muito profunda, salva da obscenidade pura e simples. Trata-se, em suma, de uma obra que nos propõe uma nova dignidade.

Fonte: badana do livro

Mariana de Katherine Vaz

No Portugal do século XVII, Mariana Alcoforado, então com onze anos, é obrigada a entrar para um convento, a fim de ficar a salvo do brutal conflito provocado pela guerra com Espanha. 

Impotente face à irrevogável decisão do pai, Mariana submete-se, mas anseia pelo dia em que poderá regressar ao seio da família e à liberdade da vida real.

Até que um regimento francês chega à cidade: o belo rosto de um oficial a cavalo, uma fortuita troca de olhares e, por fim, o encontro. Mariana, já quase com vinte anos, deixa-se dominar por uma paixão cega e inflamada. Introduzindo-se secretamente na sua cela durante várias noites seguidas, o Capitão Bouton dá-lhe a conhecer o amor físico, proporcionando-lhe o primeiro grande êxtase da sua vida. Mas a notícia dessa relação rapidamente se difunde e causa escândalo. Bouton é mandado regressar a França. Destruída, Mariana escreve-lhe, sem resposta, cartas extraordinariamente belas e apaixonadas.

Baseando-se numa das mais famosas histórias de amor de todos os tempos, a que ressalta das Cartas de uma freira portuguesa, publicadas anonimamente em 1669, o romance de Katherine Vaz recria admiravelmente, numa prosa encantatória e rica de sugestões, o drama de Mariana Alcoforado e o país em que viveu.

Fonte: contracapa do livro

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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Publicações do Museu Metropolitano de Arte

O Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque, um dos maiores e mais importantes museus do mundo, disponibilizou parte das suas publicações para download gratuito ou consulta on-line.

As obras disponibilizadas foram publicadas entre 1964 e 2013 e compreendem todo o período da história da arte — ressaltando as características artísticas distintivas e influentes, classificando as diferentes formas de cultura e estabelecendo a sua periodização.

Além de estudos críticos, o fundo disponibilizado contempla também estudos biográficos de artistas como Pablo Picasso, Salvador Dalí, Van Gogh, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rembrandt, Claude Monet, entre outros. 

Para aceder clique aqui!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Livro do mês: Tudo por amor de Jodi Picoult

Tudo por amor de Jodi Picoult
Porto : Civilização, cop. 2007

Até onde se vai por amor?

Nina Frost é delegada adjunta do Ministério Público, acusa pedófilos e todo o tipo de criminosos que destroem famílias. Nina ajuda os seus clientes a ultrapassar o pesadelo, garantindo que um sistema criminal com várias falhas mantenha os criminosos atrás das grades. Ela sabe que a melhor maneira de avançar através deste campo de batalha vezes sem conta, é ter compaixão, lutar afincadamente pela justiça e manter a distância emocional.

Mas quando Nina e o marido descobrem que o seu filho de 5 anos foi vítima de abuso sexual, essa distância é impossível de manter e sente-se impotente perante um sistema legal ineficiente que conhece demasiado bem. De um dia para o outro o seu mundo desmorona-se e a linha que separa a vida pessoal da vida profissional desaparece. As respostas que Nina julgava ter já não são fáceis de encontrar. Tomada pela raiva e pela sede de vingança, lança-se num plano para fazer justiça pelas próprias mãos e que a pode levar a perder tudo aquilo por que sempre lutou.

Fonte: www.wook.pt
Excerto:

“Para que saibam: se isto alguma vez vos acontecer, não vão estar preparados. Vão andar na rua a pensar como é que as pessoas são capazes de agir como se o mundo não tivesse sido deslocado do seu eixo. Vão vasculhar as vossas mentes à procura de sinais e indícios, certos de que um momento – aha! – vos pregará uma rasteira como uma raiz retorcida. Vão desferir um soco com tanta força na porta da casa de banho pública que vão magoar o pulso; vão começar a chorar quando o homem na cabina da portagem vos desejar um bom dia. Vão interrogar-se sobre «Como é possível»; vão perguntar «E se». (…)”

Nota biográfica: Jodi Picoult é licenciada em Escrita Criativa pela Universidade de Princeton e tem um mestrado em Educação da Universidade de Harvard. Galardoada com o New England Book Award em 2003 pela totalidade da sua obra, é autora de vinte e dois romances, todos bestsellers. 

Para saber mais consulte: http://www.jodipicoult.com/

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