quinta-feira, 30 de julho de 2020

Sugestão de leitura: Mar humano de Raquel Ochoa

Barcarena: Marcador, 2014
Mar Humano parte da ligação turbulenta entre duas pessoas e penetra em temas como a longevidade da vida humana, a responsabilidade que os sentimentos acarretam, a luta pela liberdade de expressão e o impacto da ciência na evolução da consciência. Um brinde à coragem de cada indivíduo em ser autor da sua própria vida.

Portugal, meados do Estado Novo. No caminho para a liberdade, o destino cruza escrita e ciência. Dois jornalistas escrevem e investigam e, sem suspeitar, vão encontrar um sentido para a vida.
Apesar das grandes transformações que Portugal vive durante o século XX, constata-se que a mentalidade de um sociedade pouco habituada a questionar reflecte-se no dia-a-dia, sobretudo na monotonia das relações.
Longe de Lisboa, no entanto, a ciência avança como nunca. Aproxima-se a conclusão de que tudo o que nos rodeia está ligado à consciência íntima de cada um, ou seja, ao seu próprio poder criativo.

Uma história de amor vivida nos bastidores da imprensa portuguesa e que atravessa o século XX. A improvável longevidade dos sentimentos e um final surpreeendente, conjugados num romance histórico que vai encantar o leitor por razões que não está à espera.

Fonte: contracapa do livro

Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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terça-feira, 28 de julho de 2020

sábado, 25 de julho de 2020

Sugestão de leitura: Eliete de Dulce Maria Cardoso

Lisboa: Tinta da China, 2018
Eliete é um convite à reflexão, pessoal e não só (não é isso que faz toda a boa literatura?). Devemos ignorar o que se passa à nossa volta e seguir em frente como se nada for ou devemos sair e encarar a tempestade? (Rita Cipriano in Observador)
Eliete é um romance construído em torno da protagonista homónima, e é o seu mundo que Dulce Maria Cardoso apresenta agora aos leitores. Estar a meio da vida é como estar a meio de uma ponte suspensa, qualquer brisa a balança. A vida da Eliete vai a meio e, como se isso não bastasse, aproxima-se um vendaval.

Mas este é ainda o tempo que será recordado como sendo já terrivelmente estranho, apesar de ninguém dar conta disso. Porque tudo parece normal. Deus está ausente ou em trabalhos clandestinos. De tempos a tempos, a Pátria acorda em erupções festivas, mas lá se vai diluindo. E a Família?

Fonte: www.wook.pt

Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Tempo para a poesia LXX

Lisboa: Glaciar, 2015


Antônio de Castro Alves, poeta Brasileiro, nasceu em 14 de Março de 1847. Faleceu a 6 de Julho de 1871, com apenas 24 anos. 

Além da extraordinária obra poética deixava traduções em verso da mais alta qualidade, e sobretudo esse "odor de genialidade" que já o acompanhava plenamente em vida, coisa tão rara, e com o qual morreu. Sua curta vida, comum a quase todos os seus êmulos de escola, não permitiu que se dispersasse em nada que não fosse aquilo que representa os altos ideais humanos, amor, arte, justiça, embora não nos caiba supor que com mais longa vida sua trajetória fosse diferente. Deixou exatamente o que planejara, as "espumas flutuantes" de seus versos(...)
(excerto da introdução por Alexei Bueno)

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sexta-feira, 17 de julho de 2020

As filhas de Hanna de Marianne Fredriksson

Lisboa: Presença, 1998
Num texto em que poesia e emoção se combinam com rara sensibilidade, Mariane Fredriksson narra em As Filhas de Hanna a saga de três gerações de mulheres de uma mesma família - Anna , uma escritora de 53 anos; a mãe dela, Johana, e a avó materna, Hanna .
Este romance retrata três gerações de mulheres escandinavas ao longo de um século de grandes mudanças sociais e políticas. Anna, à cabeceira da mãe moribunda procura respostas. Procura saber que mulher foi a mãe, Johana e, para além dela, a mãe da mãe, Hanna. Mais do que uma saga familiar, este romance é um admirável registo da cultura escandinava, desde um tempo esquecido, em lugares tão remotos na majestosa solidão da paisagem que ainda confinam com a época dos antigos mistérios rúnicos, até às mutações que conduziram a uma sociedade predominantemente urbana. Anna vai ao revés do tempo, voltando a tecer a teia de memórias e sonhos que unem as mães e as filhas. Um romance luminoso e sentido, que se compõe de registos múltiplos e entrecruzados, e que encerra, viva, uma seiva, uma força épica, que não é certamente, alheia ao imenso sucesso internacional que alcançou.
Fonte: contracapa do livro.

Leia aqui as primeiras páginas. Gostou?

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terça-feira, 14 de julho de 2020

Sugestão de Leitura: Autobiografia de José Luís Peixoto

Lisboa: Quetzal, 2019
Num entendimento da literatura enquanto jogo (no tempo, nos artifícios e nos símbolos), Autobiografia afirma-se como um labirinto de espelhos, no qual se refletem várias obras de José Saramago. (Luís Ricardo Duarte in Visão)
Na Lisboa de finais dos anos noventa, um jovem escritor em crise vê o seu caminho cruzar-se com o de um grande escritor. Dessa relação, nasce uma história que mescla realidade e ficção, um jogo de espelhos que coloca em evidência alguns dos desafios maiores da literatura. 

A ousadia de transformar José Saramago em personagem e de chamar Autobiografia a um romance é apenas o começo de uma surpreendente proposta narrativa que, a partir de certo ponto, não se imagina como poderá terminar. 

José Luís Peixoto explora novos temas e cenários e, ao mesmo tempo, aprofunda obsessões, numa obra marcante, uma referência futura.

Fonte: contracapa do livro

Requisite na Biblioteca Municipal de Arganil.

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segunda-feira, 6 de julho de 2020

Juntos de férias: A árvore dos desejos de William Faulkner


No dia do seu aniversário, Dulcie teve um despertar diferente: "Fazes anos – disse uma voz perto dela, e os seus olhos abriram-se logo. De pé, ao lado da cama, um estranho rapaz, de rosto feio e fino, e cabelos tão ruivos que faziam o quarto resplandecer. Vestia um fato de veludo preto com meias e sapatos vermelhos, e do ombro pendia-lhe, vazia, uma enorme sacola."A partir daí, começa uma aventura em que as personagens partem à procura da árvore dos desejos. Uma delas, a Alice, vai muito contrariada.Com Dulcie, Alice e o rapaz ruivo (Maurice), hão-de também seguir viagem o pequeno Dicky, George e o velho Egbert, que se lhes juntará depois. Mais adiante, o grupo ficará completo com a chegada de Êxodo, ex-marido de Alice, um soldado que lá foi conseguindo escapar da fúria da ex-mulher e se tornou determinante no regresso de todos a casa. Foi o seu chapéu que os protegeu quando se tornaram minúsculos e foi nele que os transportou quando todos desejaram que voltasse ao tamanho normal. Para os salvar. (Rita Pimenta in Life & Style, Público)
A Árvore dos Desejos é o único livro infantil de William Faulkner e terá sido escrito pouco depois da publicação do seu primeiro romance, A Recompensa do Soldado (1926). Onírica e poética, a história, com personagens que encolhem, árvores que detêm poderes mágicos ou póneis que saem de uma sacola, antecipa vários recursos narrativos e estilísticos do romance mais célebre do autor, O Som e a Fúria (1929).

Fonte: www.wook.pt
Este é um dos 6 livros seleccionados para o projeto Juntos de Férias - app Desafios Ler+. Descarrega a aplicação e depois de ler o livro apresentado Joga e Ganha.


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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Novidade na Biblioteca: O gesto que fazemos para proteger a cabeça de Ana Margarida de Carvalho

Lisboa: Relógio D'Água, 2019
A história deste romance gira em torno de duas sociedades fechadas na raia alentejana, que vivem à margem da lei, em tempos próximos da guerra civil espanhola, "quando a guarda é mais temida do que qualquer gatuno e os cães mais cruéis do que os lobos"...
Dois homens caminham. Um chega à terra para matar saudades do mar; outro supera um carreiro íngreme com uma carga de azeitonas. O primeiro vem vergado ao peso da vingança. O segundo ao da sobrevivência. Cruzam-se numa estrada, perdida, no Alentejo, junto à fronteira.

De Espanha chegam os ecos dos fuzilamentos e os foragidos da Guerra Civil. Transaccionam-se mercadorias, homens, mulheres e até bebés. No espaço de um dia, que medeia dois entardeceres, muitas mulheres de cabelos ensarilhados pelo vento hão-de conspirar num velho depósito de água rachado; duas amigas separam-se e unem-se por causa de um homem que se dissolve na lama. Um rapaz alentejano voltado para as coisas da existência é por todos traído, mas não tem vocação para desforras, e perde o falcão, a sua máquina alada de matar…

Duas comunidades antagónicas, que se hostilizam, guerreiam e dependem uma da outra: uma à míngua, entre vendavais e pó; outra prospera, em traficâncias várias, cercada por pântanos, protegida por um tirano local e pela polícia política, abriga todos os rejeitados pela sociedade, malteses, republicanos espanhóis, fugitivos, cuspidores de fogo, ciganos, artistas de circo, evadidas de conventos, bêbados e arruaceiros. As velhas acusações transformam-se, a guerra tem renovados motivos, a raiva escolhe outros métodos. O grito do corpo continua o mesmo, tal como o gesto que fazemos para proteger a cabeça.

Fonte: contracapa do livro


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