quinta-feira, 24 de outubro de 2013

50 mil visitantes!

Quase a comemorar 5 anos de existência, com mais de 400 publicações e 29 seguidores o blog Leituras Cruzadas atingiu os 50 mil visitantes!

Sem público o Blog não faz sentido e por isso queremos agradecer a quem ajuda a manter o blog vivo e festejar este número.

Para o fazer temos 2 livros para oferecer!


Para participar neste passatempo tem de ser ou tornar-se seguidor do blog e fazer like na página da biblioteca no Facebook.

Depois é só preencher correctamente o questionário “Vamos festejar”.

Os vencedores serão escolhidos por sorteio, só participando neste aqueles que acertarem em todas as respostas do questionário!

São aceites participações até ao dia 31 de Outubro e os vencedores serão anunciados aqui no Blog, dia 2 de Dezembro.

Viagem ao mundo da filosofia I: Mais Platão, menos Prozac


Todos procuramos equilíbrio, bem-estar, um estado de harmonia entre nós e o mundo. É quando a nossa esfera emocional se lesa que tendemos a reflectir sobre a problemática da vida: Porque existo? Qual os sentido da vida? Em determinado momento, recorremos a psicólogos, psiquiatras, terapeutas familiares, e a solução para o nosso problema culmina, muitas vezes, com um «diagnóstico» e não tanto com um «diálogo». Porque a chave da nossa felicidade está sempre em nós, o aconselhamento filosófico é uma prática que procura, à luz da filosofia, ajudá-lo, por si, a resolver os problemas do quotidiano. Este livro pode ser uma preciosa ajuda para que se encontre consigo e combina uma miríade de casos de estudo com uma premissa de ouro: a verdadeira paz atinge-se por meio de contemplação, não dos medicamentos.

Fonte: contra-capa do livro

“Filósofo, Lou Marinoff é o principal líder, nos Estados Unidos, da nova corrente de pensamento que retira a filosofia do campus universitário e a devolve ao quotidiano do cidadão. Utiliza as obras dos maiores pensadores da história da Filosofia para ajudar as pessoas a refletir sobre a resolução de seus próprios problemas. No aconselhamento filosófico proposto pelo autor de Mais Platão, Menos Prozac! A Filosofia Aplicada ao Quotidiano), os filósofos são o ponto de partida para pensar em questões corriqueiras como conflitos amorosos, mudanças profissionais e o temor da morte.”

Fernando Nogueira da Costa

Mais informação sobre o autor e a sua obra:

http://www.loumarinoff.com/index.htm
http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT965168-1666,00.html
http://www.mulherportuguesa.com/temposlivres/item/16621-mais-platao-menos-prozac

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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Viagem ao mundo da filosofia

Celebra-se no próximo dia 21 de Novembro o Dia Mundial da Filosofia. Esta data é celebrada anualmente na terceira quinta-feira de Novembro e foi estabelecida em 2005 pela UNESCO com o objectivo de mostrar a importância desta disciplina, sobretudo para os mais jovens, como uma disciplina que encoraja o pensamento crítico e independente e que nos dá ferramentas para melhor compreender o mundo e promover a tolerância e a paz.

De forma a assinalar esta data, até ao dia 21 de Novembro, destacaremos semanalmente um livro relacionado com esta temática!

António Oliveira in Diário de Notícias de 26 de Fevereiro de 2011


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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Alice Munro - Prémio Nobel da Literatura, 2013


Nascida na província canadiana de Ontário em 1931, a escritora Alice Munro venceu Prémio Nobel da Literatura - 2013, atribuído pela Academia Sueca, que nela reconheceu um “mestre do conto contemporâneo”. Munro recebera já alguns dos mais importantes prémios literários, incluindo, em 2009, o prestigiado Man Booker International Prize, e era há muito uma candidata recorrente ao Nobel da Literatura.

Nascida numa família de criadores de raposas, Alice Munro começou a escrever na adolescência, tendo publicado o seu primeiro conto, The Dimensions of a Shadow, em 1950, quando frequentava a universidade. 

A sua primeira colectânea de histórias, Dance of the Happy Shades, saiu em 1968 e foi um sucesso imediato, tendo ganho o mais importante prémio literário canadiano e recebido o elogio unânime da crítica. O livro seguinte, Lives of Girls and Women (1971), é ainda hoje o seu único romance, e não falta quem ache que se trata, na verdade, de uma sucessão de contos articulados entre si.

Munro publicou mais de uma dúzia de colectâneas de histórias curtas, muitas delas editadas em Portugal pela editora Relógio d’Água, incluindo a mais recente, Amada Vida (Dear Life, 2012), traduzida pelo poeta José Miguel Silva.


“[Alice Munro] nunca ascendeu ao estrelato nem alimentou o grande circo literário mundial. Os livros de Munro nunca foram objecto de estrondosas campanhas de marketing, antes se mantiveram como bons segredos partilhados entre pessoas que se querem bem. (…) a escritora compatriota de Munro, Margaret Atwood [afirma] «Não vemos o seu nome nos cartazes das livrarias. Chega-se a ela como por acaso ou destino, mergulha-se e pousa-se o livro a pensar: De onde veio Alice Munro? Por que não me disseram antes? Como tal excelência parece ter vindo do nada?»

(…) A aparente simplicidade da sua escrita aproxima os seus contos do tom íntimo daquilo que, em música, se chama peças de câmara. Destinam-se a ser executadas por um pequeno grupo de músicos, para um pequeno grupo de ouvintes…”

Martins, Maria João – Alice Munro, Prémio Nobel Literatura de Câmara. 
Jornal de Letras Artes e Ideias nº 1123 (16.10.2013), p. 17

terça-feira, 15 de outubro de 2013

As vinhas da ira de John Steinbeck

As vinhas da ira foi um livro publicado pelo escritor norte-americano John Steinbeck, no ano de 1939. 

A narrativa decorre durante a Grande Depressão iniciada nos EUA em 1929 e que só neste país provocou um desemprego de 25% e uma redução salarial a mais de 30% de americanos.

O romance “trata do êxodo de uma família de lavradores que, vendo-se reduzida à miséria por uma tempestade de areia em Oklahoma, resolve emigrar para a Califórnia à procura de uma nova vida. A luta que todos os membros da família Joad sustentam na sua exaustiva jornada contra os elementos e os homens e, até, contra o próprio meio de transporte, a coragem de que dão provas, a generosidade de alma que afirmam, a humaníssima capacidade de, apesar de tudo, fraternizarem uns com os outros e com os seus semelhantes trazem um sopro de epopeia, raro, mesmo hoje, em livros de idêntica ou parecida inspiração[1].

As vinhas da ira é uma obra que se assume como um clássico do século XX e constitui um “retrato realista e inquietante de uma América rural, vergada ao poder dos grandes proprietários, mergulhada na miséria e no desespero[2]. Esta obra valeu ao autor o Prémio Pulitzer em 1939 e foi adaptada ao cinema por John Ford em 1940.

John Steinbeck recebeu o prémio Nobel da Literatura em 1962 pela sua escrita realista e imaginativa, combinando humor com uma percepção nítida e clara da realidade. 

Curiosidade: 75 anos volvidos sob a sua publicação, o Centro John Steinbeck refaz o caminho da recessão nos EUA repetindo os 2735 quilómetros percorridos pelo clã de Tom Joad no romance de John Steinbeck. 

Para saber mais consulte:

http://www.ionline.pt/artigos/mais/vinhas-da-ira-estrada-fora-os-joads-75-anos-depois
http://www.steinbeck.org/

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[1] Fonte: badana do livro
[2] Colecção Mil Folhas: Guia de Leitura. Porto, Público, 2004

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Vindima de Miguel Torga





Vindima é o primeiro romance da autoria de Miguel Torga. Publicado em 1945 constitui uma homenagem ao Douro, às suas gentes e às suas paisagens. Um livro para todos os que amam esta extraordinária região.








Excerto do prefácio do autor à tradução inglesa:

Querido leitor:

Vais ler um livro que eu hoje teria escrito doutra maneira. Cingido à realidade humana do momento, romanceei um Doiro atribulado, de classes, injustiças, suor e miséria. E esse Doiro, felizmente, está em vias de mudar. Não tanto como o querem fazer acreditar certas más consciências, num, enfim, em muitos aspectos, e sensivelmente diferente do que descrevi. Desapareceram os patrões tirânicos, as cardenhas degradantes, os salários de fome. As rogas descem da Montanha de camioneta, a alimentação melhorou, o trabalho é menos duro. Também o rio já não tem cachões, afogados em albufeiras de calmaria.

E, contudo, julgo sinceramente que não cansarás ingloriamente os olhos na contemplação do painel que pintei. Conhecer o passado ajuda às vezes a entender o presente.

******
“Este magnífico romance de Miguel Torga foi injustamente considerado como obra menor aquando da sua publicação em 1945. As preocupações sociais e a solidariedade apaixonada do seu olhar sobre o povo aproximam Vindima das ficções neo-realistas. O que distingue este romance é antes de mais a deslumbrante escrita de Miguel Torga. No entanto, trata-se de um romance voluntariamente realista e que aponta, sem sombra de dúvida, na direcção de uma profunda transformação da sociedade

Torga exprime o seu amor à terra, à sua rudeza, à sua grandeza - e ao povo que dela vive e aluga os braços em ocasiões difíceis, para sobreviver. As personagens que cria não são apenas ilustração de estamentos sociais diversos em conflito social. São-no, sem dúvida, mas representam a variedade da vida: a saúde e a doença, o desejo, a ambição, a vaidade, o remorso, a alegria. O narrador pinta quadros provincianos e rurais de festa, de ostentação, de primavera e de desgraça. O Dr. Bruno é o citadino em férias, convidado pelos Meneses, que, mal aceite pela poetisa Catarina, da família senhorial, seduz Guiomar, filha de um arrivista implacável com os trabalhadores. A teia do romance é vasta e complexa. Trás-os-Montes aparece-nos nos vindimadores da roga, nos seus derriços e na sua raiva contra os que os humilham. Iládio mostra-se abusador e covarde; Alberto, generoso e infeliz, acaba por morrer. A roga torna à montanha, a S. Martinho, o Dr. Bruno furta-se às suas responsabilidades. A mesma vida injusta, dura para uns, dadivosa para outros, segue o ciclo dos dias.”

Urbano Tavares Rodrigues
(acedido a 10.10.2013)

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

Casas pardas de Maria Velho da Costa

A acção do livro tem lugar em Lisboa, no final da década de 1960, em pleno regime salazarista, com uma crise política e social, rumores da Guerra Colonial e tumultos estudantis como pano de fundo. Em primeiro plano estão as vidas, ou ‘casas’, de três mulheres: Elisa, Mary e Elvira.

De acordo com Mário de Carvalho este livro é “um maravilhoso torvelinho de linguagens, uma evocação concreta e exata de comportamentos sociais de várias classes no final do fascismo, uma revisitação dos lugares da literatura e da poesia (também nas suas vertentes populares), uma polifonia de falas genialmente captadas, uma subversão endiabrada dos processos narrativos e uma prática de jogos de linguagem que lembram o barroco, mas também os grandes efabuladores do século XVIII, como Fielding ou Sterne. A ironia e a réplica acerada pairam em todo o romance, repartido em várias "casas", pluralidade de focos que centram uma escrita em que passado e presente, a concretude do quotidiano mais trivial, mas também a citação literária de vários graus, ou mesmo a toada infantil, a reflexão às vezes iluminada, de envolto com o paradoxo e a paródia, nos desafiam página a página.”1

Em 1977, a obra Casas Pardas foi distinguida com o Prémio Cidade de Lisboa.

Mais informação sobre esta obra:

Casas Pardas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-08].
Disponível na www: 

"[Recensão crítica a 'Casas Pardas', de Maria Velho da Costa]" / Maria Alzira Seixo. In: Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 47, Jan. 1979, p. 90-91.  [Consult. 2013-10-08]
Disponível na www: 

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[1] Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=653346

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Livro do mês: sensibilidade e bom senso de Jane Austen

Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen
Mem Martins : Europa-América, [19-?]. 233 p.

Sensibilidade e Bom Senso publicado em 1811, é o primeiro romance da autora inglesa Jane Austen
O romance conta a história de duas irmãs, Elinor e Marianne Dashwood. Com a morte do seu pai, as irmãs são deixadas numa frágil situação financeira, já que a herança que recebem é pequena, em contraposição com a parte que coube ao seu irmão John Dashwood, a quem é legada a propriedade da família. Como este se recusa a ajudá-las, elas vêem se forçadas a mudar de residência. Esta mudança implica em simultâneo uma mudança na sua condição de vida.
Esta é a história de duas irmãs, em que uma personifica a sensibilidade, e a outra o bom senso.
Uma história que proporciona ao leitor um retrato social e psicológico da pequena burguesia do século XVIII.

Excerto:

“Muitas foram as lágrimas que deitaram, no seu último adeus a um lugar tão querido. «Querida, querida Norland!», disse Marianne quando vagueava sozinha em frente de casa, na sua última noite lá passada. «Quando deixarei de sentir a tua falta?... Quando aprenderei a sentir-me em casa noutro lado?... Oh! Casa feliz, poderás saber o que sofro, observando-te deste sítio, de onde talvez nunca mais te aviste!... E vocês, bem conhecidas árvores… vocês continuarão na mesma? Nenhuma folha cairá por nós partirmos, nenhum ramos se tornará hirto, apesar de não vos podermos observar mais?... Não. Continuarão na mesma, inconscientes do prazer ou do desgosto que provocam e insensíveis a qualquer mudança dos que sob a vossa sombra passeiam!... Mas quem fica apreciar-vos-á?»”

"Sensibilidade e Bom Senso" tocou-me por ser um livro cheio de emoção e sentimento, bem como repleto de personalidades e, se por vezes, me identificava mais com Elinor, outras ocasiões revia-me em Marianne e, foi a meu ver esta vastidão de formas de ser, agir e comportar que tornou este clássico numa leitura, não só envolvente e cativante, mas também apelativa ao meu coração romântico de leitora que esteve até ao fim a torcer por desfechos felizes tanto para Elinor como para Marianne.”
Diana Barbosa

Esta obra foi adaptada ao cinema em 1995. O filme foi realizado por Ange Lee, e conta no seu elenco com os seguintes autores James Fleet, Tom Wilkinson, Harriet Walter, Kate Winslet, Emma Thompson e Hugh Grant.

Requisite o livro na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil e visionei o filme na Biblioteca Municipal.

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