quinta-feira, 23 de junho de 2022

Fundo local enriquecido: "A minha odisseia" de Jaime Lopes

Amadora: ed. autor, 2021
"Esta odisseia de um homem comum deixa perceber o conceito de liberdade que o EU transporta dentro da sua caixa de emoções. Desde cedo, o poeta preconizou que o oceano seria ao sua morada (...) Aqui não há proposição nem invocação, mas há uma vontade férrea de dizer que se quer perpetuar o MAR, sacralizando as águas e as consequentes memórias. (...)" (excerto do prefácio por Luísa Ramos)
A minha odisseia é o mais recente livro de poesia de Jaime Lopes, natural da aldeia de Sobral Gordo, concelho de Arganil. O autor rumou em direção a Almada aos 12 anos e ainda antes de completar os 17 anos ingressou na Marinha de Guerra Portuguesa como grumete, tendo sido agraciado e condecorado diversas vezes ao longo da sua vida pelo seu percurso na vida militar.

Publicou o seu primeiro livro, Memórias Itinerantes, em 1996, a que se seguiram, O paladar do sonho, Barco de Memórias, Na ondulação da Maré, Memórias do futuro e Ao sabor do vento.

A poesia de Jaime Lopes reflete o seu percurso de vida sendo quer a serra, quer o mar fonte de inspiração para os seus escritos.

A descrição poética, feita ao longo das 153 páginas que compõem A minha odisseia, transporta o leitor através de uma viagem impar pelos mares, que apenas alguém que teve o mar como escola e casa é capaz de fazer.

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sexta-feira, 17 de junho de 2022

Sugestão de leitura: "O breve reino dos vivos" de Fernando Melim

Viseu: Palimage, 1997
ISBN 972-97292-3-9

Tendo a guerra colonial como pano de fundo, a narrativa de "O breve reino dos vivos", da autoria de Fernando Melim, evolui em experiências plenas de ansiedade, medo e conquista de uma sobrevivência pautada sempre pelos gestos mínimos da manutenção da integridade física e mental, numa sela natural e humana onde se reproduzem os sentidos e a amargura de povos em luta sangrenta. A reflexão dos espaços físico e interior de cada homem preso nas teias de um conflito sempre estranho, fazem deste livro uma longa caminhada pelos valores da vida e a iminência constante de os perder.

Palimage Editores - fonte badana do livro

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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quarta-feira, 15 de junho de 2022

Sugestão de leitura: "Já não se escrevem cartas de amor" de Mário Zambujal

Lisboa: Clube do Autor, 2018
ISBN 978-989-724-427-8
Com a escrita simples, acutilante e cheia de humor a que já nos habituou, Mário Zambujal traz-nos uma divertida história de paixões e desventuras, enquanto nos transporta para uma época de apetites e excessos.
Duarte é um jovem bon vivant, que, entre as noites glamorosas passadas no Grande Casino Internacional do Estoril, as tardes de café no Chave D’Ouro, no Palladium ou no Martinho do Rossio e a vida boémia nas boîtes da capital, vê o seu coração ser arrebatado por uma jovem alta, esguia, loura e de sorriso luminoso, de nome Erika. Mário Zambujal transporta-nos, nesta novela de prosa clara e original, pautada de humor, imaginação e sensibilidade, numa viagem de imagens e memórias, à Lisboa dos anos 50. Uma época de apetites e excessos. De paixões e desventuras. Era um tempo em que havia tempo. Até se escreviam cartas de amor.

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segunda-feira, 13 de junho de 2022

Opinião de Leitor: "A filha do irlandês" de V. S. Alexander

Porto Salvo: Saída de Emergência, 2021
ISBN 978-989-773-379-6

Um romance inesquecível de forca e resiliência na Irlanda do seculo XIX Irlanda, 1845.
Este livro é um romance histórico que retrata a crise de fome da batata na Irlanda e dá-nos a conhecer uma família irlandesa, do século XIX, a família Walsh. Composta por um pai viúvo e as suas duas filhas Briana Walsh e Lucinda Walsh. São habitantes do condado de Mayo, onde Brian Walsh é o feitor de Sir Tomas Blakely, um homem Inglês que herdara uma propriedade chamada Lear House através da sua linhagem inglesa. Daniel Quinn tenta avisar Brian Walsh sobre a ameaça de uma praga que deixaria negras e murchas massas informes de folhas, vinhas ressequidas e apodrecidas. Brian parece não acreditar, contudo no dia seguinte a praga aparece, e tal como tantas outras famílias, a família Walsh vê se confrontada com muitas dificuldades e vê-se obrigada a lutar arduamente pela sua sobrevivência.

Na minha opinião foi uma leitura muito interessante, apesar de por vezes ser um pouco dura, muitas das vezes consegui sentir na pele a dor e a angústia das personagens e o terrível caos que eles passavam.

Texto elaborado por Diana Bandeira
(no âmbito da formação em contexto de trabalho)

Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.

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sábado, 11 de junho de 2022

Novidade na Biblioteca: "O vento assobiando nas gruas" de Lídia Jorge

[Lisboa] : Círculo de Leitores, 2003
ISBN 972-42-3011-2

Romance de Lídia Jorge, publicado em 2002, que aborda questões sociais e políticas, salientando-se o racismo, a intolerância e a xenofobia. O Vento Assobiando nas Gruas recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela (2002) da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa (2004), o Prémio do Público (2005) do Salão de Literatura Europeia de Cognac e o Prémio de Literatura Albatroz (2005) da Fundação Günter Grass.
O Vento Assobiando nas Gruas é um livro ancorado sobre dois mundos - um mundo contemporâneo, envolvido com a transformação acelerada da Terra, movido pelo instinto selvagem de futuro, e um outro mais antigo, onde a história de uma velha fábrica se cruza com a sorte de uma família numerosa, recém-chegada de África.
Dois mundos, à primeira vista irreconciliáveis, e no entanto, a aproximá-los, por obra do acaso, caminha desde a primeira página a figura de Milene Leandro, a rapariga singular, para quem tudo nasce pela primeira vez, e que, na simplicidade do seu juízo, acabará por obrigar os outros à revelação de si mesmos.

Figura central, é precisamente através das mãos de Milene que o leitor entra na primeira página, e é ainda com ela que encerra a última, depois de ter conhecido a suas expensas o caso de um amor, de um crime e de um silêncio para sempre selado.

Por isso mesmo, o seu olhar desprevenido sobre a vida, o bem e o mal, assim como a avaliação que faz deste mundo, constituem a verdadeira matéria orgânica que constrói este livro.

Para saber mais assista ao Magazine Literário com apresentação de Teresa Sampaio em RTP Arquivos: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/o-vento-assobiando-nas-gruas/

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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Tempo para a poesia XCI

Lisboa : Editorial Notícias, 1998.
ISBN 972-46-0830-1

Os Vendilhões do Templo

Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.

Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.

E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.

Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.

E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.

                    António Aleixo in "Este Livro que Vos Deixo..."

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segunda-feira, 6 de junho de 2022

Novidade na Biblioteca: "Heather, absolutamente" de Matthew Weiner

Alfragide: Casa das Letras, 2021
ISBN 978-989-780-150-1

A família Breakstone vive num idílio de riqueza e status à volta da filha Heather, e tudo parece correr bem: bonita, compassiva e fascinante, ela é a maior bênção da vida de luxo que têm em Manhattan. Mas à medida que Heather cresce - e que o seu brilho atrai cada vez mais um interesse sombrio - a existência perfeita da família começa a fragmentar-se.

Quando os novos vizinhos do andar de cima começam as obras de remodelação da penthouse, um estranho instável, criado na pobreza e na violência, invade a segurança das suas vidas confortáveis, ameaçando destruir tudo o que criaram.

Heather, Absolutamente é um romance deslumbrante e tenso que revela na perfeição o olho clínico de Matthew Weiner para as qualidades humanas que unem e separam a sociedade moderna.

Fonte: Contracapa do livro

Leia aqui as primeiras páginas. Gostou?
Requisite na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil!

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