quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Novidade na Biblioteca: A rapariga no comboio de Paula Hawkins

Todos os dias, Rachel apanha o comboio... No caminho para o trabalho, ela observa sempre as mesmas casas durante a sua viagem. Numa das casas ela observa sempre o mesmo casal, ao qual ela atribui nomes e vidas imaginárias. Aos olhos de Rachel, o casal tem uma vida perfeita, quase igual à que ela perdeu recentemente.

Até que um dia... 

Rachel assiste a algo errado com o casal... É uma imagem rápida, mas suficiente para a deixar perturbada. 

Não querendo guardar segredo do que viu, Rachel fala com a polícia. A partir daqui, ela torna-se parte integrante de uma sucessão vertiginosa de acontecimentos, afetando as vidas de todos os envolvidos.

Um livro capaz de viciar!

“O truque de A Rapariga no Comboio é simples. Está bem escrito, obriga a uma velocidade de leitura para se saber o desfecho - que só se percebe à página 268 - e trata de todos os temas que interessam ao maior grupo de leitores do mundo: as mulheres. Há um crime sim, mas também existem maridos infiéis e pouco apaixonados, que são pais pouco dedicados e merecem justiça feminista urgente. Paula Hawkins embrulha tudo, com muita bebida à mistura, sexo e violência. Por isso não nega sentir-se tão atraída pelo lado negro das pessoas como o vilão Darth Vader pelo poder sideral.”

Fonte: João Céu e Silva in Diário de Notícias de 10.06.2015

deste thriller absorvente, perturbador e arrepiante!

Leia, porque ler é um prazer!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Livro do mês: Rio profundo de Shusaku Endo

O presente romance, provavelmente a sua obra-prima, vem confirmar todos os argumentos que levaram a crítica internacional a considerar Shusaku Endo como um dos grandes escritores do século XX.

Tudo se passa nas margens do Ganges, o rio sagrado da índia, em torno de cinco japoneses que para aí convergem à procura de alguma coisa que perderam. Isobe, que chora a morte recente da mulher, procura um sinal da sua reencarnação. Kiguchi, um sobrevivente dos horrores da guerra na selva da Birmânia, tem esperança de poder dar descanso às almas dos camaradas mortos. Numada, que se separou dos seres que amava e sobreviveu a uma doença grave, procura conforto junto da Natureza. Mas o Ganges é também um local de reunião para Otsu, rejeitado pelos seus irmãos católicos, e Mitsuko, a mulher que o seduziu na Universidade e o tentou arrancar à sua crença.

Romancista católico, Endo escolheu deliberadamente os lugares sagrados de uma outra religião para melhor transmitir, neste romance profundo e comovente, aquela que foi a sua derradeira mensagem: a de um Deus que aceita todos aqueles que sofreram.

Fonte: contracapa do livro

Nota biográfica:

Apontado como um dos mais refinados escritores do século XX, Shusaku Endo (1923- 1996) escreveu a partir da perspectiva fora do comum de ser japonês e católico. 

Nascido em Tóquio, Endo foi baptizado aos 12 anos, numa altura em que os cristãos representavam menos de 1% da população japonesa. 

Formou-se em Literatura Francesa, pela Universidade de Keio, e estudou durante algum tempo em Lyon como Bolseiro do Governo japonês. 

O seu estilo de escrita tem sido sucessivamente comparado ao de Graham Greene, que aliás o considerava um dos maiores escritores do século XX. 

De entre as suas obras mais representativas, além de Silêncio, destacam-se também O Samurai e Rio Profundo. Shusaku Endo foi galardoado com os mais importantes prémios literários do seu país, e por diversas vezes nomeado para o Prémio Nobel de Literatura.

Aceda ao catálogo da Rede de Bibliotecas de Arganil, para saber que outras obras do autor temos disponíveis para si.

Leia, porque ler é um prazer!