terça-feira, 30 de julho de 2013

Aproveitamento de água em agricultura camponesa e de susbsistência: o concelho de Arganil de Nuno Mata

Este livro é resultado do trabalho que o autor apresentou na sua tese de licenciatura no âmbito do Seminário de Geografia III ministrado no Instituto de Estudos Geográficos, em 1996.

É um trabalho que, para além do enquadramento geográfico dos engenhos e aparelhos de rega e elevação de água, bem como as suas implicações sociais e humanas, visa o enquadramento da realidade humana no contexto da agricultura. E constitui “um pequeno subsídio para a História do Concelho de Arganil, para a compreensão do seu povoamento e da sua agricultura e, em última análise, para o estudo de uma agricultura que sem ser economicamente viável era o sustento principal das gentes arganilenses e, não raras vezes, o único.[1]

Apesar de ter sido realizado há quase duas décadas, “o estudo, segundo o autor, mantêm-se “infelizmente actual”, já que as perspectivas demográficas e económicas retratadas no livro se têm verificado ao longo dos anos, nomeadamente o abandono dos campos, a desertificação das aldeias e o desaparecimento de todo um património agrícola, como os engenhos de elevar a água de rega, mesmo que ainda se possam vislumbrar alguns.[2]

Leia, porque ler é um prazer!


[1] Excerto da Introdução de Nuno Mata
[2] Fonte: http://miradourodevilacova.blogs.sapo.pt/690010.html

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Observar para ganhar de Nuno Ventura

A importância do scouting no trabalho dos treinadores de futebol é, nos dias que correm, absolutamente decisiva. Quer do ponto de vista da análise sistematizada dos adversários, quer quando nos reportamos à prospecção de talentos.

Nuno Ventura trata de todas estas matérias socorrendo-se dos contributos e da experiência acumulada de treinadores e profissionais com provas dadas - Fernando Santos, José Peseiro, Paulo Bento, Domingos Paciência, Pedro Caixinha, Sérgio Conceição, Aurélio Pereira ou Pedro Marques, entre outros -, isto é, confere ao seu trabalho um lado eminentemente prático. Versando áreas tão importantes como as exigências do rendimento no futebol actual, o scouting como elemento central no suporte ao rendimento, a observação do jogo e dos jogadores (dúvidas iniciais e evidências práticas), os momentos críticos do jogo (sua observação e consequente preparação) ou a observação para melhor se estar preparado para ganhar. Oferece ainda um capítulo final com recomendações para os treinadores e, em anexo, uma proposta de modelo de relatório de observação e análise de jogo.


Nuno Ventura: licenciou-se em Educação Física pela ESEC, concluindo o mestrado em Treino de Alto Rendimento pela FMH, com a tese que deu origem a este livro. Possui o curso de Treinador de Futebol de nível II da UEFA. Participou em diversas formações no âmbito da observação e análise de jogo, incluindo o scouting no Futebol, a importância do Scouting no futubol moderno e Performance Analysis e Avances em Metodologia Observacional de Alto Rendimento. É observador do Departamento de Prospecção do SL Benfica desde Setembro de 2011.

Para saber mais consulte: http://observarparaganhar.com/

Livro disponível para venda e/ ou empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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terça-feira, 23 de julho de 2013

Claudio Magris, promotor de uma cultura europeia

O escritor italiano Claudio Magris venceu o primeiro Prémio Europeu Helena Vaz da Silva

De acordo com o júri presidido por Guilherme d’Oliveira Martins (presidente do Centro Nacional de Cultura) Magris é autor de "uma obra notável sobre a identidade europeia, como realidade diversa que se deve preservar enquanto património material e imaterial". 

Para Oliveira Martins, Claudio Magris, “é um escritor com uma noção de património que não se projecta apenas no passado como se estende ao presente. Tem uma escrita plural, tolerante e promotora de uma cultura europeia

O Prémio Europeu Helena Vaz da Silva foi instituído pela Europa Nostra, em parceria com o Centro Nacional de Cultura e o Clube Português de imprensa, com o objectivo de distinguir anualmente um cidadão europeu que, ao longo da sua carreira, se tenha distinguido pela sua actividade de divulgação, defesa e promoção do património cultural europeu.

Autor de uma vasta obra dedicada ao ensaio, romance e relato de viagens, Claudio Magris nasceu em Trieste em 1939, e para além de escritor é professor de literatura alemã e tradutor. 

Para saber mais consulte:




Livros do autor disponíveis na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

Ilações sobre um sabre. Lisboa : Difel, 1984. 100 p.

Trata-se pois, de uma narrativa cujo fio condutor se baseia na busca das motivações do ambíguo quotidiano e na simbiose equívoca dos enganados conscientes e inconscientes que existem em nós, nos nossos actos lúcidos e na nossa memória aberrante, que é como «aquelas testemunhas interrogadas pela polícia que já não sabem se reconhecem a fotografia porque já viram essa cara ou se reconhecem essa cara por já a terem visto nas fotografias mostradas pela polícia». E esses enganos constantes – de uns para os outros e de si para si mesmo, numa trama que se complica ainda mais com as traições da memória – constituem precisamente a essência e o fio condutor da vida. 
O ambíguo tornou-se assim o fio essencial da existência real e fantástica: a crónica diária vai-se desdobrando com os tons do folhetim, de que esperamos todos os dias um novo capítulo.
«Na desconexa e conflituosa multiplicidade da vida, o indivíduo apercebe-se de que é apenas uma precária e provisória cristalização desses conflitos e descobre que já não lhe é possível desejar não ter mais nada sobre que se possa debruçar com amor e nostalgia» (C. Magris, Ítaca e Oltre, Milão, 1882, p. 6).


Fonte: contracapa do livro

Danúbio. [S.l.] : (Sic) idea y creación, 2009. 376, [2] p.

Nos anos 80, Claudio Magris realizou uma viagem seguindo o rio Danúbio. Ao longo de um percurso que atravessa a Alemanha, a Áustria, a Hungria, as antigas Checoslováquia e Jugoslávia, a Roménia e a Bulgária, o autor alterna o relato de episódios significativos com descrições da paisagem física e cultural, até formar uma malha de ideias que aproxima esses países num espaço comum. Neste périplo misturam-se o ensaio, o romance, o diário e a literatura de viagens, e aparecem paisagens, paixões, encontros, reflexões... Uma “viagem sentimental” em que Magris explora o conceito da Mitteleuropa fundamental para a compreensão da cultura europeia"

Fonte: contracapa do livro

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

A filha do regedor de Andrea Vitali

Um romance satírico sobre o quotidiano de um dos períodos mais conturbados da História de Itália.

1931. Enquanto a Itália dá os primeiros passos no fascismo, uma pequena cidade situada nas margens do lago de Como está em polvorosa.
Agostino Meccia, o regedor de Bellano, está determinado a implementar na localidade um projecto ambicioso: uma linha de hidroaviões que ligará Como, Lugano e Bellano. O empreendimento dará prestígio à sua administração, atrairá uma multidão de turistas e fará a inveja dos municípios vizinhos. Uma ideia brilhante... não fosse um problema de tesouraria. Porém, contra todas as contestações, Agostino Meccia não se coíbe de exercer o seu poder totalitário, recorrendo aos fundos reservados do município para levar os seus planos avante. Tudo parece estar a correr-lhe de feição, até que as complicações começam a surgir...
Por outro lado, a súbita paixão entre a sua filha, a jovem Renata, e Vittorio, o filho do padeiro Barbieri, ameaça trazer a lume um segredo que porá em causa a honra de ambas as famílias.
Entre escândalos e intrigas, paixões e fraquezas, Andrea Vitali faz desfilar diante do leitor uma miríade de personagens de opereta que compõem este retrato picaresco e absorvente da Itália dos anos 30.

Fonte: contracapa do livro

“Apesar de ter mais de 300 páginas é um livro que se lê num ápice, pelos capítulos curtos, prosa fluida, laivos humorísticos e pela forma cativante como o autor vai dispondo as histórias das suas personagens ao longo do livro. É também um retrato de época bem conseguido, mas que não é (nem se assume) como um romance histórico no sentido mais estrito do termo; é antes um enredo que realça comportamentos que, apesar de estarem aqui enquadrados por uma época histórica, continuam a ser bastante actuais. Uma leitura leve, várias vezes divertida, mas que nunca perde o interesse.”


Nota biográfica:
Andrea Vitali nasceu em 1956 em Bellano (Itália). O seu primeiro romance, Il Procuratore, apareceu em 1990. Publicou a partir daí numerosas obras, que o tornaram extremamente popular e lhe valeram variados prémios, entre eles o Grinzane Cavour e o Bancarella. Em 2008 foi-lhe atribuído, como reconhecimento por toda a sua obra, o prémio literário Bocaccio. 

Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil

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quarta-feira, 17 de julho de 2013

José Jorge Letria - 40 anos de vida literária

Assinalam-se este ano os 40 anos de vida literária de José Jorge Letria.
Nascido em Cascais a 8 de Junho de 1951, José Jorge Letria publicou o seu primeiro livro em 1973 – Mágoas territoriais (poesia)
Estudou Direito, História e História de Arte na Universidade de Lisboa, sendo pós-graduado em Jornalismo Internacional e Mestre em “Estudos da Paz e da Guerra nas Novas Relações Internacionais” pela Universidade Autónoma de Lisboa.
Como escritor distingue-se na poesia, no conto, no teatro e, sobretudo, na literatura para a infância e juventude. É também conhecido como cantor-autor de intervenção na década de 70, jornalista e político dedicado à cultura, professor e dirigente associativo.
Das quase duas centenas de títulos que publicou, em cerca de 50 editoras diferentes, mais de metade são de literatura infanto-juvenil.
O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia O fantasma da obra, publicados em 1994 e 2003.
É actualmente presidente da Direcção e do Conselho de Administração da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) e membro do Conselho Executivo do Conselho Internacional de Autores Dramáticos, Literários e Audiovisuais.
José Jorge Letria é o mais premiado escritor português da actualidade. 


(vídeo da autoria da Câmara Municipal de Cascais)

“Entrei pela porta de um livro e fechei-me lá dentro com as palavras acesas e as luzes apagadas. A minha mãe deu dez voltas à casa à minha procura. "Onde é que o miúdo se terá metido?" Com medo de ser encontrado, eu saltava das páginas pares para as ímpares e enrodilhava-me, feito bicho-de-conta, entre dois parêntesis ou, por ser muito magro, atrás de um ponto de exclamação.
Era a primeira vez na minha vida que eu me fechava dentro de um livro. Antes já me fechara dentro de um armário, na gaveta de uma cómoda, no sótão e na despensa. Agora, afoito e insensato, dava um passo de gigante no meu aventuroso destino de menino dos assombros, e escondia-me dentro de um livro, disposto a permanecer ali o tempo que fosse necessário até a minha mãe desistir de me procurar e até todos me darem definitiva e irremediavelmente como desaparecido.
O livro era agora o meu refúgio e a minha casa, uma casa onde tudo era imprevisível e estranho e onde as letras tinham espessura e cheiro como se fossem humanas. Confesso que me perdi lá dentro, como já antes me perdera no labirinto de esferovite do parque de diversões que animava os meses de Verão da minha terra.”

Excerto de A Mão Esquerda de Cervantes

Mais informação sobre o autor:


Consulte o catálogo concelhio da rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil para saber que obras do autor temos disponíveis para si!

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Novidade na biblioteca: Há sempre um amanhã de Anita Notaro

Certos momentos da vida mudam-nos para sempre

A maior parte das pessoas consegue lembrar-se de um momento decisivo na sua vida. Uma fração de segundo quando o tempo parou e a vida mudou para sempre. Para Lily Ormond, esse momento chegou ao fim de um dia, quando foi abrir a porta e descobriu que, enquanto estava a esmagar alho e alecrim e assistir a telenovelas, a sua irmã gémea Alison se tinha afogado. Foi difícil conciliar-se com a perda da única irmã e melhor amiga, e mais ainda tornar-se mãe de Charlie, o filho de Ali com três anos de idade, mas descobrir que a sua irmã gémea levava uma vida secreta havia anos quase destruiu Lily... E assim começa uma viagem relacionada com quatro homens que tinham feito parte de uma vida que ela nem sabia existir. Uma viagem que obriga Lily a reconciliar-se com a memória do pai que nunca se importou realmente com ela, com uma criança que precisa muito de si e com uma irmã que não era o que parecia.

Fonte: Badana do livro

Vencedor do Galaxy Irish Popular Fiction Book of the Year

Uma leitura leve, sentimental e ternurenta,
 bem ao gosto dos mais românticos!

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terça-feira, 9 de julho de 2013

Redes sociais: minimize os riscos!

O mundo contemporâneo é marcado pelo avanço das tecnologias da informação. As novas tecnologias inseriram-se nas práticas sociais e estar ligado ao ambiente tecnológico é uma necessidade educacional, profissional e social no nosso quotidiano

Desse modo, o mundo digital trouxe consigo diferentes e atractivas possibilidades de se produzir comunicação e interacção, mas também, trouxe a urgente necessidade de adaptação social às exigências comportamentais intrínsecas ao uso das variadas ferramentas que a denominada “sociedade da informação” nos disponibiliza.

Uma dessas ferramentas são as redes sociais (ex.: facebook; twitter; MSN) que configuram uma janela de oportunidades, mas que também envolvem riscos, que importa minimizar.

“As redes ligam, põem em contacto, fazem circular… Mas é necessário não esquecer que as redes servem também para capturar…”[1]

Na página da Deco on-line pode ler um artigo que dá dicas sobre como reduzir os riscos inerentes ao uso das redes sociais. Dicas que nos ajudam a controlar a nossa impressão digital difundida e memorizada na internet.


Siga o link e leia o artigo na íntegra para que a sua navegação online se torne mais segura.

Livros relacionados com a temática disponíveis na Biblioteca Municipal de Arganil:

CASTELLS, Manuel - A era da informação : economia, sociedade e cultura. Lisboa : Fundação Calouste Gulbenkian. Serviço de Educação e Bolsas, 2002-2003. 3 vol. ISBN 972-31-0984-0 (1º vol.). ISBN 972-31-1008-3 (2º vol.). ISBN 972-31-1055-5 (3º vol.)

DYSON, Esther - Comportamento e Ética na Internet. Lisboa : Circulo de Leitores, 1998. 333 p. ISBN 972-42-1783-3

PONS, Michèle Mira - A Internet passo a passo. [1ª ed.]. Lisboa : Miosótis, 2005. 47, [1]  p. ISBN 972-8779-40-2

Revista de comunicação e linguagens. Lisboa, 2002-. ISSN 0870-7081. Nº extra (Junho de 2002)


[1] Rui Braz – Por onde o peixe foge in Revista de Comunicação e  linguagens , extra (junho de 2002)

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Novidade na biblioteca: Um beijo inesquecível de Teresa Medeiros

Laura Farleigh precisava de um marido. Se quisesse manter um teto sobre a cabeça dos irmãos, a orgulhosa filha do reitor teria de casar até ao dia do seu vigésimo primeiro aniversário. Ao encontrar inconsciente na floresta um misterioso desconhecido de rosto angelical e corpo de Adónis, que não se lembrava do nome e do passado, decide reclamá-lo como seu. Mal sabia ela que aquele anjo caído era afinal um demónio disfarçado.

Sterling Harlow, o famoso devasso conhecido como o «Demónio de Devonbrooke», acorda com o beijo encantador de uma formosa jovem que lhe confessa ser ele o seu prometido. Com as faces beijadas pelo sol e sardentas, Laura é uma jovem inocente apesar do encanto feminino das suas curvas. Quando lhe garante ser ele um perfeito cavalheiro, Sterling pergunta a si próprio se, para além da memória, terá perdido o juízo. Juraria não ser homem para se satisfazer apenas com beijos — principalmente os da doce e sensual Laura.

Tentando descobrir a verdade antes da noite de núpcias, um beijo inesquecível ateia a paixão que nenhum deles alguma vez esquecerá.  
 
Fonte: badana do livro
 
“O vento agitava as folhas, suspirando as suas desilusões. Talvez recitar as suas faltas não fosse a melhor maneira de começar, pensou Laura, mordendo o lábio inferior.
- Nunca vos teria incomodado, mas se tenho de enfrentar este Lorde Diabo… - fez uma nova careta - … Lorde Devonbrooke… e para que os meus irmãos continuem a ter um teto, parece que tenho de me casar antes do meu aniversário. O que me deixa com falta de uma única coisa: um cavalheiro para me servir de noivo. – Laura baixou ainda mais a cabeça e as palavras saíram-lhe rapidamente. – É isto que peço que me envieis, Senhor. Um homem bom e decente, um homem que me estime durante os anos que possamos viver como marido e mulher. Gostava que tivesse um coração afetuoso, uma alma fiel e que tomasse banho regularmente. Não precisa de ser incrivelmente belo, mas seria bom que não fosse abominavelmente peludo, que tivesse um nariz razoavelmente direito e os dentes todos. – Fez uma careta. – Ou pelo menos a maior parte. Preferia que não me batesse, mesmo que eu mereça, e que viesse também a gostar do George e da Lottie, tanto quanto eu. Oh, e uma certa tolerância pelos gatos facilitaria em muito as coisas. (…)”
 
Excerto do livro
 
Teresa Medeiros escreveu o seu primeiro romance aos vinte e um anos, levando aos leitores uma das vozes mais queridas e versáteis na ficção romântica. Já apareceu em todas as listas norte-americanas de bestsellers, incluindo a do New York Times, do USA Today e da Publishers Weekly. Tem mais de 10 milhões de livros impressos e é publicada em mais de 18 idiomas.

Foi escolhida como uma das «Dez Melhores Autoras de Romances» pela revista Affaire de Coeur e ganhou o prémio da crítica da Romantic Times da para «Melhor Romance Histórico Amor e Risos». Foi oito vezes finalista dos Prémios RITA (Romance Writers of America), duas vezes vencedora do prémio PRISM e do Prémio Waldenbooks para ficção mais vendida.
 
Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.
 
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quarta-feira, 3 de julho de 2013

130º aniversário de nascimento de Franz Kafka

Franz Kafka (Praga, 1883 – Viena, 1924), escritor checo de língua alemã, é um dos romancistas mais perturbantes do século XX e um dos que mais influenciou toda a literatura moderna. Tendo sido um dos escritores a expressar com mais acuidade o absurdo das estruturas sociais autoritárias e burocráticas que esmagam a existência do ser humano, Kafka ganhou um lugar de destaque na literatura universal.

É de salientar que Kafka não ficou conhecido pela obra que publicou em vida, mas sim pelos livros postumamente publicados.

“é nesse aspecto que o seu amigo Max Brod desempenha um papel importante e talvez sem precedentes na literatura universal. Tendo-lhe recomendado, já moribundo, que destruísse a maior parte da sua obra… não lhe obedece, e ao contrário dos desejos do escritor, é ele próprio que dá à estampa, alguns anos depois, os documentos literárias que tornariam conhecido no mundo inteiro o autor de O processo.”

João Gaspar Simões, excerto do prefácio de O Covil

A produção literária de Kafka inclui, entre outros, Carta ao pai (1919), O processo (1925), O Castelo (1926) e A metamorfose (1915).

Livros do autor disponíveis para empréstimo na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

• A metamorfose. 2ª ed. Mem Martins : Europa-América, D.L. 1987. 122, [1] p.
• O covil. 2ª ed. Lisboa : Inquérito, [19-?]. 229, [3] p.
• O Processo. Lisboa : Presença, 1962. 260, [3] p.
• Diários : 1910-1923. Lisboa : Difel, [19-?]. 376 p.
• Carta ao pai. 1ª ed. Vila Nova de Famalicão : Quasi, 2008. 89 p.. ISBN 978-989-552-370-2
• Contos. Lisboa : Cavalo de Ferro, 2004. 278 p.. ISBN 972-8791-31-3
• O desaparecido. Lisboa : Relógio d'Água, 2004. 338, [6] p.. ISBN 972-708-766-3
• O castelo. Oeiras : Levoir, 2011. 411 p. ISBN 978-989-682-095-4
• The trial ; America ; The castle ; Metamorphosis ; In the penal settlement ; The great wall of China ; Investigations of a dog ; Letter to his father ; The diaries 1910-23. London : Secker and Warburg , 1976. 925 p.



Mais informação sobre o autor e a sua obra:





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segunda-feira, 1 de julho de 2013

Livro do mês: Crónica dos bons malandros de Mário Zambujal

Crónica dos Bons Malandros do jornalista e escritor português Mário Zambujal, editada em 1980 atingiu um grande êxito editorial e literário, tendo sido objecto de diversas reedições. O livro é uma divertida comédia repleta de humor e ironia e relata o quotidiano dos membros de uma quadrilha fora do comum, que recusava o uso de armas de qualquer espécie, tendo, simbolicamente, como chefe um homem com a alcunha de “pacifista”. O livro escrito numa linguagem simples, encontra-se dividido em nove capítulos que se estruturam do geral para o particular.

A quadrilha composta por 7 membros - Renato, Marlene, Flávio, Silvino, Arnaldo, Pedro e Adelaide - planeia um assalto que "iria espantar o mundo" – o roubo de uma colecção de jóias de René Lalique da Fundação Calouste Gulbenkian… uma história rocambolesca que vale a pena ler.

Crónica dos Bons Malandros foi adaptado ao cinema por Fernando Lopes em 1984 e subiu como musical aos palcos do teatro em 2011.

“Com um grande murro na mesa restabeleceu o chefe a ordem e a hierarquia. Ia usar da palavra. Usou, dizendo que se não quisessem ir, paciência, não se falava mais no assunto, outros haveria que os tivessem no sítio. Falaria com o italiano, eh pá, scusa, porca miséria, a minha malta só quer voar baixinho, procura quem tenha mais asas, arriverdecci. Ele Havai de contratar gente mais rija, o que faltava aí era quem estivesse disposto a dar esse saltinho à Gulbenkian, toma lá as jóias, dá cá o bago. “Pronto, fica assim, nós depois havemos de ouvir a notícia no telejornal, hão de falar muito nuns tipos tesos que cavaram com uma porção da famosa Colecção Lalique…”

Outros livros do autor disponíveis na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

· Histórias do fim da rua. 7ª ed. Lisboa : Bertrand, 1983.
· À noite logo se vê. 7ª ed. Lisboa : Rolim, 1986.
· Crónica dos bons malandros. 14ª ed. Lisboa : Quetzal, 1994.

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