quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Novidades na Biblioteca: colecção Aprender/ Fazer Ciência

No âmbito das comemorações do Dia Nacional da Cultura Cientifica que decorre nas Bibliotecas do Concelho de 18 a 27 de novembro, a Biblioteca Municipal apresenta as seguintes novidades bibliográficas da colecção aprender/ fazer ciência da Gradiva:
São 5 livros que de uma forma simples e apelativa convidam os leitores a percorrer os caminhos da ciência e da física de forma divertida e rica em imaginação. 

COLE, K. C. - Primeiro constrói-se uma nuvem : e outras reflexões sobre a física como modo de vida. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2002. 234 p. ISBN 972-662-830-X 

Embora a física seja desde há muito algo misterioso e complexo, K. C. Cole transforma-a em filosofia e poesia. Cole conduz-nos numa viagem ao mundo das maravilhas da física, partilhando connosco as suas conversas com mentes científicas lendárias como Richard Feynman, os irmãos Oppenheimer, Victor Weisskopf e Philip Morrison. 

FIOLHAIS, Carlos - Nova física divertida. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2007. 194 p. ISBN 978-989-616-159-0 

A Nova Física Divertida aborda a paradoxal teoria quântica e a extraordinária teoria da relatividade, revelando os avanços da física até aos nossos dias. Essas teorias, com as espantosas experiências que as confirmaram, mudaram a nossa visão do mundo - desde os núcleos atómicos às estrelas - e o modo como nele vivemos: agora vivemos melhor! 

Carlos Fiolhais recorreu à sua singular capacidade de comunicação e ao seu conhecido sentido de humor para realizar uma obra de um rigor científico e uma qualidade didáctica admiráveis. 

FISHER, Len - Como ensopar um donut. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2005. 289 p. ISBN 989-616-000-7 

Como ensopar um donut é um livro que oferece respostas científicas para questões tão familiares como o melhor modo de ensopar um biscoito, a forma de verificar rapidamente uma conta de supermercado, a utilização eficaz de ferramentas de bricolage e a aplicação das leis da termodinâmica à cozedura de um ovo perfeito. Ensina o leitor a apanhar uma bola cientificamente, explica-lhe quais os vegetais que absorvem mais molho e até o modo como a ciência pode melhorar a sua vida sexual. 

A ciência está em toda a parte e este livro brilhante mostra-lhe onde a encontrar e como lhe dar bom uso. 

GAMOW, George ; STANNARD, Russell - O novo mundo do sr. Tompkins. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2005. 279 p. ISBN 989-616-030-9 

O Sr. Tompkins está de volta! 

Este empregado bancário bem-educado, distraído e de imaginação fértil, tem inspirado, conquistado e ensinado os mais jovens e os mais velhos desde a publicação de As Aventuras do Sr. Tompkins, de George Gamow, em 1965. Ele está agora de volta num novo conjunto de aventuras em que explora os limites extremos do Universo - o mais pequeno, o maior, o mais rápido, o mais longínquo. Através das suas experiências e dos seus sonhos, estamos perto dele observando e participando na dança feliz dos mistérios cósmicos: a relatividade de Einstein, efeitos bizarros na proximidade da velocidade da luz, o nascimento e a morte do Universo, buracos negros, quarks, antimatéria, o mundo desfocado dos quanta, o jogo de demolição dos desintegradores de átomos e o mistério cósmico mais fantástico de todo... o amor. 

Os porquês dos quês : perguntas e respostas sobre ciência do quotidiano. 1ª ed. Lisboa : Gradiva, 2001. 254 p. ISBN 972-662-777-X 

A revista New Scientist, na sua mais famosa secção, «The Last Word», convida os leitores a fazerem perguntas e a darem respostas sobre questões de ciência. Neste volume, durante longo tempo nas listas dos livros mais vendidos, reúnem-se as mais interessantes dessas questões, abarcando um variadíssimo leque de assuntos, muitos deles aparentemente triviais, desde plantas e animais até ao corpo humano, aparelhagens, mecanismos, invenções, peripécias e fenómenos de «todos os dias» 

Divertido e cheio de imaginação, um livro que alimenta a curiosidade, desafia a inteligência, promove a imaginação. 

Leia, porque ler é um prazer!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dia Nacional da Cultura Científica

Hoje, dia 24 de novembro, pelas 21h00, no Auditório da Biblioteca Municipal de Arganil, vamos ter o grato prazer de ouvir o Prof. Doutor João Fernandes docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra falar sobre "Um Universo Cheio de Luz" a propósito do Dia Nacional da Cultura Científica. 

Nesta palestra será abordado o papel fundamental da luz para o conhecimento do Universo, com a apresentação de curiosidades e factos históricos e modernos da observação dos astros, do Sol às Galáxias mais distantes, passando pelos planetas e pelas outras estrelas. Propomos uma "viagem" pelo Universo, onde a luz é o fio condutor.

Ainda relacionado com esta data, partilhamos aqui uma sugestão de leitura proposta pelo Prof. Dr. João Fernandes – Um pouco mais de azul de Hubert Reeves.


Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Novidade na Biblioteca: a vida peculiar de um carteiro solitário de Denis Thériault


Uma história apaixonada, original e profunda sobre a perpetuidade da vida, simultaneamente cómica e trágica. Filosófico, com descrições memoráveis e repleto de pormenores, A vida peculiar de um carteiro solitário é um romance inesquecível que evoca a escrita e o imaginário de autores como Haruki Murakami e Julian Barnes.

O carteiro vive uma vida solitária, fazendo rotineiramente as suas rondas. No fim do dia, regressa ao apartamento despojado que partilha com o seu peixinho. Até que descobre uma maneira de quebrar o ciclo e o vazio. O carteiro começa a roubar a correspondência alheia, abre os envelopes com vapor e lê as cartas guardadas no seu interior.

E é assim que o carteiro Bilodo descobre as cartas de Ségolène. Ela corresponde-se com Grandpré, um mestre na arte de bem escrever poesia, e as cartas que ambos trocam são compostas por apenas três linhas. Escrevem poemas haiku um ao outro. A simplicidade e a elegância dos versos comovem Bilodo, e ele começa a apaixonar-se por Ségolène.

Um dia, durante a ronda, o carteiro testemunha um trágico acidente. Quando Grandpré se aproxima do marco do correio para enviar mais uma carta a Ségolène, é atropelado e acaba por morrer na berma da estrada. Bilodo toma então uma decisão ousada: meter-se na pele de Grandpré e continuar a escrever a Sègolène. Durante quanto tempo poderá continuar a viver aquela mentira - e aquele amor?

Num registo intimista e tocante, Thériault explora os temas do amor, da imaginação, do sonho e das dimensões inconscientes do espírito humano. A vida peculiar de um carteiro solitário é uma história de amor apaixonante e singular no cenário prosaico de um vida profundamente enraizada na rotina.

Fonte: badana do livro

“Ségolène vivia em Pointe-à-Pitre, na ilha de Guadalupe, e escrevia regularmente a um certo Gaston Grandpré, que morava num apartamento alugado na rue des Hêtres. Bilodo andava há dois anos a intercetar as suas cartas e, de todas as vezes que encontrava uma, ao separar o correio, sentia o mesmo choque, o mesmo arrepio reverente. Enfiava silenciosamente a carta dentro do casaco, e apenas se permitia mostrar alguma emoção quando se apanhava sozinho na rua, virando e revirando o envelope, tocando na excitante promessa. Claro que podia abrir o envelope de imediato e deliciar-se com as palavras que escondia, mas preferia esperar. A única coisa que se permitia era o prazer fugaz de inalar a fragrância de laranja que se desprendia da carte antes de corajosamente voltar a guardá-la, e mantinha-a ali durante todo o dia, apertada contra o coração, resistindo à tentação, contendo esse prazer até à noite (…)”

Excerto do capítulo 3

Livro disponível para empréstimo na 
Rede de Bibliotecas do concelho de Arganil

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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Novidade na Biblioteca: Até que consigas voar de José Gameiro


Um livro pessoal e profundo, em que o psiquiatra é tão humano como os pacientes; em que todos somos muito parecidos no sofrimento e na esperança.

Quando as pessoas chegam ao consultório de um psiquiatra, já esgotaram todas as suas alternativas. Sentem-se perdidas, vazias ou profundamente tristes. Neste livro, José Gameiro, psiquiatra há 40 anos, dá-nos a oportunidade de sermos os seus olhos e os seus ouvidos. Em Até que consigas voar, encontramos relatos intimistas sobre o luto, os medos, a conjugalidade e todo um conjunto de feridas que não se vêem. Mostra-nos que podemos voltar a encontrar um rumo, mesmo quando enfrentamos o pior dos desgostos.

Fonte: badana do livro

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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

À espera de Godot de Samuel Beckett

Encontramos dois velhos compagnons de route Estragon e Vladimir (afectuosamente Gogo e Didi), personagens desabrigadas que acreditam no início desta peça de teatro que quanto maior a espera maior a recompensa em alívio e assombro.

Entram em cena Pozzo, de chicote, que dá corpo á cruel natureza humana e Lucky, personagem que com o tempo se tornou servil, preso por uma corda, escravo desfigurado que nunca larga a carga e só obedece a Pozzo.

Existe uma reflexão sobre o género teatral. As personagens Vladimir e Estragon ‘vêm-se de fora’. Mais tarde há um jogo com a plateia quando Vladimir indica esta como ponto de fuga. Estragon recua horrorizado. Vladimir examinando o público responde “Compreendo o teu medo.” Adereços muitas vezes referidos são as botas e chapéus a lembrar Charlie Chaplin.

O 1º acto encerra com a entrada em cena de um enviado do Sr. Godot com a notícia do adiar da vinda.

O que une Gogo e Didi, eles que se encontram sitiados, é o companheirismo, a resiliência e a espera. Há um breve diálogo poético, um exemplo da cadência ritmada do texto. Há uma breve compreensão da condição humana e isso traz paz. Cito “E se passássemos a considerar-mo-nos felizes?” Mas logo se segue a pergunta que em cada época desde que esta peça estreou em 1953 tem as suas respostas. “De onde vêm todos estes cadáveres?”

No regresso de um Pozzo cego Vladimir pergunta “O que fazem quando caem?” ao que Pozzo responde “Esperamos até sermos capazes de nos levantar. Depois recomeçamos a caminhada.” Pozzo e Lucky, dois errantes em contraste com a imobilidade de Vladimir e Estragon.

À Espera de Godot, Godot com maiúscula, de raiz God, Deus em inglês. Á espera de um deus que lhes valha em súplica vaga. ... ou um portuguesíssimo D.Sebastião...

À espera de Godot que em sucessivas encenações toma também a forma de espera económica, política ou social. De quem á mercê das circunstâncias espera uma intervenção.




Nota biográfica:

Samuel Beckett (1906-1989) nasceu na Irlanda e foi na sua juventude secretário de James Joyce. Durante a Segunda Guerra Mundial viveu em Paris, tendo optado no pós-guerra pelo francês como língua de expressão literária. As suas obras expressam o absurdo da condição humana e o seu niilismo radical só será compensado pelo humor. Dos seus romances destacam-se Murphy, Molloy ou O Inominável; das obras de teatro, À espera de Godot, Fim de partida ou Dias felizes… obras despojadas dos elementos formais do teatro que tentam penetrar na circunstância elementar da pessoa.

Obras do autor disponíveis na rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil:

Malone está a morrer. 1ª ed. Lisboa : Dom Quixote, 1993. 187 p. ISBN 972-20-1129-4

Dias felizes. 2ª ed. Lisboa : Estampa, D.L. 1989. 84, [1] p. ISBN 972-33-0833-9

À Espera de Godot ; Fim de Festa ; A Última Gravação. Lisboa : Arcádia, [19-?]. 233 p.

Fim de partida. [S.l.] : Bibliotex Editor, 2003. 94 p. ISBN 84-96180-19-0

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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Livro do mês: O despertar do adormecido de Alistair Morgan


John Wraith, de 46 anos, recupera a consciência depois de um grave acidente; só então toma conhecimento de que a sua mulher e a sua filha de 5 anos morreram tragicamente no carro que ele mesmo conduzia. Por sugestão da irmã irá recuperar na casa de férias, em Nature’s Valley, um local remoto da costa sul-africana. É Inverno e a terra está quase deserta. Porém, conhece aí uma perturbada jovem de 17 anos, o seu pai e o seu irmão, e deixa-se atrair irremediavelmente por esta família disfuncional. Uma análise intensa sobre a perda e a obsessão que fazem de O Despertar do Adormecido um notável thriller psicológico.

Fonte: contracapa do livro

Um livro que aborda o sentimento de perda, as coincidências (ou não) da vida, a força de vontade de seguir em frente, o desejo e a desilusão.


Uma leitura que nos anestesia e nos prende tanto pelos sentimentos abordados como pelo tema tão difícil de aceitar na vida real: a morte de familiares chegados e como voltar a viver e a recomeçar.


O autor:

Alistair Morgan nasceu em Joanesburgo em 1971 e vive na Cidade do Cabo. Tem inúmeros contos publicados na Paris Review. É o primeiro não-americano a receber o prémio Plimpton de ficção e o seu conto “Icebergs” foi candidato ao prémio Caine de 2009. O Despertar do Adormecido é o seu primeiro romance.

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