sexta-feira, 30 de julho de 2021

Tempo para a poesia LXXX

Geómetra...

Geómetra, filósofa, errante...
Pensando formas de forma inconstante,
Tecia madrugadas ao serão,
Unindo pontos luz no coração.

Pintava e voava, ao mesmo tempo
Que as curvas da mão acompanhavam
Os sonhos e as ideias que passavam.
Estrelas e planetas que se olhavam.

Sorria sem saber, sem se dar conta
Que a sonhar rodopiava tonta
E que isso a tornava mais bonita.

Ficava assim parada, pensativa.
Nessa serenidade relativa
Do ar que a trespassa e em que levita.

Silvino Lopes (filho)

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário é bem vindo! Partilhe as suas ideias sobre livros e escritores, tente seduzir alguém para o prazer de ler!