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Lisboa: Dinapress, D.L. 1997 ISBN 972-576-8202-01-6 |
Sempre acontecia assim: Zé Orocó sorria porque acabava de lembrar que a vida era pai d'égua de bonita.Foi por isso que o remo deu um chape-chape tão suave que a água do rio quase virou música e a canoa deslizou macia como se voasse.O sol morno e sonolento escondia-se nas nuvens e começava a descer rebocando a tarde. Jaburu, na praia branca do rio, conversava uma eternidade de silêncio, caminhando de lá para cá e, voltando as pernas longas, retornava ao ponto de partida. Bicho tão feito e desengonçado ao caminhar, no vôo não havia ninguém que lhe tivesse a elegância.Veio um vento friinho, friinho, que lhe arrepiou as costas sem camisa. Mas até aquilo era bom. Anunciava a grandeza do frio do verão.
Rosinha, a Canoa, leva Zé Orocó pelas águas do rio Araguaia, nos sertões de Góias, transportando-o por um mundo onde quem manda é a mãe natureza. E o autor conduz-nos para um mundo onde quem manda é a emoção e a sensibilidade, na história do homem simples e incompreendido por uma sociedade que o acusa de ser louco e interna-o num hospício. O livro é um hino de amor e respeito à natureza, contando a trajetória de Zé Orocó, envolvido em "causos", histórias fantásticas e lendas, bem como a sua amizade com uma canoa. José Mauro resgata assim o encontro das coisas singelas e verdadeiras da vida.
Fonte: contracapa do livro
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
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