A acção do livro tem lugar em
Lisboa, no final da década de 1960, em pleno regime salazarista, com uma crise
política e social, rumores da Guerra Colonial e tumultos estudantis como pano
de fundo. Em primeiro plano estão as vidas, ou ‘casas’, de três mulheres:
Elisa, Mary e Elvira.
De acordo com Mário de Carvalho
este livro é “um maravilhoso torvelinho
de linguagens, uma evocação concreta e exata de comportamentos sociais de
várias classes no final do fascismo, uma revisitação dos lugares da literatura
e da poesia (também nas suas vertentes populares), uma polifonia de falas
genialmente captadas, uma subversão endiabrada dos processos narrativos e uma
prática de jogos de linguagem que lembram o barroco, mas também os grandes
efabuladores do século XVIII, como Fielding ou Sterne. A ironia e a réplica
acerada pairam em todo o romance, repartido em várias "casas",
pluralidade de focos que centram uma escrita em que passado e presente, a
concretude do quotidiano mais trivial, mas também a citação literária de vários
graus, ou mesmo a toada infantil, a reflexão às vezes iluminada, de envolto com
o paradoxo e a paródia, nos desafiam página a página.”1
Em 1977, a obra Casas Pardas foi distinguida com o
Prémio Cidade de Lisboa.
Mais informação sobre esta obra:
Casas Pardas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto
Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-08].
Disponível na www:
"[Recensão crítica a 'Casas Pardas', de Maria
Velho da Costa]" / Maria Alzira Seixo. In: Revista Colóquio/Letras.
Recensões Críticas, n.º 47, Jan. 1979, p. 90-91. [Consult. 2013-10-08]
Disponível na www:
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