terça-feira, 8 de outubro de 2013

Casas pardas de Maria Velho da Costa

A acção do livro tem lugar em Lisboa, no final da década de 1960, em pleno regime salazarista, com uma crise política e social, rumores da Guerra Colonial e tumultos estudantis como pano de fundo. Em primeiro plano estão as vidas, ou ‘casas’, de três mulheres: Elisa, Mary e Elvira.

De acordo com Mário de Carvalho este livro é “um maravilhoso torvelinho de linguagens, uma evocação concreta e exata de comportamentos sociais de várias classes no final do fascismo, uma revisitação dos lugares da literatura e da poesia (também nas suas vertentes populares), uma polifonia de falas genialmente captadas, uma subversão endiabrada dos processos narrativos e uma prática de jogos de linguagem que lembram o barroco, mas também os grandes efabuladores do século XVIII, como Fielding ou Sterne. A ironia e a réplica acerada pairam em todo o romance, repartido em várias "casas", pluralidade de focos que centram uma escrita em que passado e presente, a concretude do quotidiano mais trivial, mas também a citação literária de vários graus, ou mesmo a toada infantil, a reflexão às vezes iluminada, de envolto com o paradoxo e a paródia, nos desafiam página a página.”1

Em 1977, a obra Casas Pardas foi distinguida com o Prémio Cidade de Lisboa.

Mais informação sobre esta obra:

Casas Pardas. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-08].
Disponível na www: 

"[Recensão crítica a 'Casas Pardas', de Maria Velho da Costa]" / Maria Alzira Seixo. In: Revista Colóquio/Letras. Recensões Críticas, n.º 47, Jan. 1979, p. 90-91.  [Consult. 2013-10-08]
Disponível na www: 

Leia, porque ler é um prazer!

[1] Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=653346

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário é bem vindo! Partilhe as suas ideias sobre livros e escritores, tente seduzir alguém para o prazer de ler!