quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Novidade na biblioteca: poesia de Paulo Eduardo Campos


Sei que o silêncio morde a minha boca.
Hoje, na melancolia de um fim de tarde,
Chamei por uma estrela solitária.
Essa que morreu antes de chamar pelo teu nome.
Sei hoje que a tua ausência
É a voz do silêncio do meu corpo,
O tempo que faltou ao nosso encontro,
Se pudesse ser outro que não eu
Talvez me pudesse despir de antigas mortes
E olhar-te na madrugada súbita dos teus olhos
E dizer-te que amanhã
É sempre o dia em que te procuro.
Amanhã, será sempre o dia em que te digo
“Amo-te”.

In: Na serenidade dos rios que enloquecem

Paulo Eduardo Campos nasceu em Lisboa em 1975 e está ligado à Esculca, aldeia da freguesia de Coja, por laços familiares.

Colaborou em alguns jornais regionais e, também, no Diário de Notícias, no suplemento DN Jovem.

Participou em algumas antologias de poesia e prosa poética portuguesa (Da Poesia Vol. II (1995) e Vol IV (1996), Editorial Minerva; Poiesis Vol. VIII (2002) e XIV (2006), Editorial Minerva), na Revista Literária SOL XXI (2000), no Cancioneiro Infanto-Juvenil "Um livro é… uma árvore de histórias" (2003), A casa do Sol é a cor azul (2008), Instituto Piaget e na Antologia de Poesia do Worldartfriends (2009).

Em Julho de 2005, edita o seu primeiro livro de poesia intitulado "Na serenidade dos rios que enlouquecem" sob a chancela da Editora Amores Perfeitos.

Em Outubro de 2006, recebe uma Menção Honrosa no 17º Concurso de Poesia de Santo António da Charneca.

Em 2006, António Couto Viana (recenseador crítico pela Comissão Consultiva de Apreciação de Livros da Fundação Calouste Gulbenkian) escreve a respeito de Na serenidade dos rios que enlouquecem: "a inspiração de Paulo Eduardo Campos merece leitura atenta, no seu versilibrismo musical, na serenidade lírica com que descreve instantes de amor e mágoa (…) Coração a sangrar, vê o amor através sempre de uma amargura, de uma sofrida melancolia que lhe dita talvez as melhores composições deste livro de penumbras e murmúrios (…) Este conjunto de poemas anunciam uma voz discreta mas persuasiva, que pode ter futuro na nossa Poesia (. ..)

Em 2011 publica “A Casa dos archotes”.

Adaptado de http://nescritas.com e da badana do livro “A casa dos archotes”

Leia, porque ler é um prazer!

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