Hélia Correia. ed.
Ulmeiro, 1984
Montedemo é um livro rico nas diferentes formas que tomam o
que é humano, celestial, tenebroso, telúrico. Das batalhas do pagão e do
sagrado.
Entre as personagens destacam-se Irene: a louca com a sua vitalidade,
suas gargalhadas e preces, que socorre os outros e acaba amada pelo povo.
Milena que se revela numa inesperada e alarmante beleza;
esplendor tardio de gravidez. Nasce uma criança escura, parida sem ter
nome, raça ou paternidade.
Que equilíbrio se encontrará?
"O povo lhe chamara Montedemo e ainda hoje se conta
que lá iam, cobertos pela noite e embuçados, os pares de noivos prestes a
casar." pag. 12
"Sem que capela alguma pudesse ser-lhe erguida com imagem,
altar, velas e azeite, enguiçadas as obras por isto ou por aquilo, mordidela de
víbora, pedregulho rolando como um trovão do céu, telhas, laje, argamassa
roubadas do seu sítio de um dia para o outro." pág. 13
Da autora Hélia Correia
Escritora portuguesa contemporânea (1949),
licenciou-se em Filologia Românica e é professora de Português do Ensino
Secundário. Apesar do seu gosto pela poesia, é como ficcionista que é
reconhecida como uma das revelações da novelística portuguesa da geração de
1980, embora os seus contos, novelas ou romances estejam sempre impregnados do
discurso poético.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
Recebeu em 2002 o prémio PEN 2001, atribuído a obras de ficção, pela sua obra Lillias Fraser.
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