O Rio Triste é o último romance publicado por Fernando Namora,
significa o fim de um percurso como romancista. O livro, que reflete toda
maturidade e refinamento estéticos de seu autor, apresenta um olhar atento
sobre a sociedade portuguesa entre as décadas de 1960 e 1980, abordando as
graves consequências da guerra colonial na África, a questão da emigração e,
dessa vez tirando o foco da comunidade médica, traz à tona questões inerentes a
literatos e jornalistas, inseridos num pano de fundo social que recria a
difícil experiência de estar vivo num tempo de crise de valores e de perda, num
tempo de esfacelamento das relações humanas essenciais.
Ana Carla Pacheco Lourenço Ferri in:
Fernando Namora: o homem pela voz do
escritor
Nota biográfica: Romancista, ensaísta, poeta e também pintor (1919-1989), Fernando Namora e autor de uma obra vasta e multifacetada. Iniciou-se na prosa em 1938 com As Sete Partidas do Mundo, ficção em moldes presencistas. Notabilizou-se com Fogo na Noite Escura (1943). Mais tarde, em 1948, escreveu a 1ª série de Retalhos da Vida de um Médico, e em 1963 escreveu a 2ª série. Trata-se de uma obra marcada pela vivência da sua profissão de clínico. Em 1954 saiu O Trigo e o Joio. Nessa mesma década sofreu Namora a influência do existencialismo, visível em obras como O Homem Disfarçado (1957) e Cidade Solitária (1959). O Rio Triste, publicado em 1982, é, porventura, um dos seus melhores romances.
Fonte: www.wook.pt
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