Ode Primavera
Em Março surge a leda madrugada
do advento solar da Primavera,
bênção do Sol à Terra despertada
depois do frio Inverno que lhe dera
Bênção do Sol à Terra Mãe vestida
de múltiplos floridos e verdura,
noiva eterna no altar da vida
num amoroso ciclo que perdura
Beijos de luz o Sol à Terra envia
através dos seus raios fecundantes,
que transformam a térrea face fria
em pomar de promessas deslumbrantes!
Oh luzes da manhã abençoada
P’la Primavera que nos dá esp’rança,
uma esp’rança bela, renovada,
que nos envolve o riso de criança
e nos perfuma a alma serenada,
quer tenhamos ou não a confiança!
Como a noite que volve madrugada,
de nós morremos
e renascemos
em cada despontar da alvorada
e novo sonho,
belo, risonho,
nos devolve a esp’rança foragida,
que por encanto,
num meigo canto,
nos reanima a alma para a vida!
Só o corpo, que morre, envelhece
e nos adunca,
mas não, ou nunca,
a nossa alma quando se engrandece
com infinito
Amor convicto!
Oh luzes da manhã abençoada
p’la Primavera que nos dá esp’rança,
uma esp’rança bela, renovada,
que nos devolve o riso de criança
e nos perfuma a alma serenada,
quer tenhamos ou não a confiança!
Vieira de Barros in Este Sol que nos aquece
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