Numa obra intensa, que lida com a intimidade e o afecto, Ana Zanatti “fecha” seis mulheres e três homens numa sala, de olhos nos olhos e sem rede, levando-os a confessar o que até ali pensavam ser inconfessável. Casamentos falhados, amores que não se cumprem, ciúme, traição, medo, erotismo, solidão, de tudo se fala nessa tarde, num encontro transformador do qual ninguém sai como entrou.
Fonte: contracapa do livro
“Na sala traseira de uma pequena livraria de bairro, um grupo de nove pessoas, dispostas em semicírculo, começara, havia pouco, uma reunião de partilha sobre dificuldades nos relacionamentos. Nove pessoas, como flores sem pés, à espera de enraizar.
Otília, a mentora principal da ideia, impedida de estar presente nesse dia, delegara a orientação da sessão em Celeste, sua conterrânea, que com ela ia dando os primeiros passos na organização deste tipo de encontros. A preparação de ambas era escassa, não estavam ali para substituir o trabalho dos psicólogos, mas ousadia e vontade de ajudar não lhes faltavam.
Os tempos, diz-se, são os da comunicação e do conhecimento mas no íntimo de cada um dos presentes, atravessa a suspeita dolorosa de estarem cada vez mais próximos da solidão e do desconhecimento de si e dos outros. Sobretudo dos outros, para que é mais fácil olhar do que virar os olhos para dentro. (…)”
Livro disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal de Arganil.
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