Turista por acidente é um livro que incide sobre assuntos sérios da vida, tais como o divórcio e a perda de um filho. Apesar de se tratar de assuntos pesados, o livro lê-se de forma leve, a autora recorre frequentemente a momentos humorísticos ou situações caricatas, retirando assim peso da narrativa.
Macon Leary é a personagem central do livro, um homem metódico e ordenado, que tem como profissão escrever guias de viagem para homens de negócio. Macon perdera o filho há menos de um ano, raramente fala sobre o assunto e o tempo trata de o afastar de Susan, a mulher. Separam-se e Macon fica sozinho com Edward, um cão problemático e a gata Helen.
É por intermédio do cão que trava uma relação com Muriel, uma treinadora de animais. Muito mais nova de que Macon, e com uma personalidade completamente contrastante, ela consegue fazer com que Macon torne a encarar a vida de frente, mas não sem alguns percalços.
A viver sozinho com apenas dois animais Macon engendra uma serie de esquemas para simplificar a vida doméstica. Por exemplo para não ter de carregar a ração do cão, esta era depositada por um tubo de carvão directamente para a taça do cão na cave. Estas engenhocas levam a situações ridículas e à custa delas Macon parte uma perna e vê-se obrigado a ir viver para a casa dos avós onde vivem os seus irmãos também divorciados e a irmã mais nova.
Quando finalmente recupera, Macon regressa às suas viagens para a recolha de informação para os seus guias. A mulher Susan reaproxima-se e Muriel não desiste de Macon.
Qual será a melhor opção para Macon? Regressar a uma vida que já conhece, seguindo simplesmente a maré ou finalmente tomar as rédeas da sua vida nas mãos?
“Para a viagem a Inglaterra, vestiu o fato mais prático. «Um fato chega», aconselhava nos seus guias, «se levar algumas embalagens de tira-nódoas, de tamanho próprio para viagem.» (Macon conhecia todos os produtos que eram vendidos em embalagens próprias para viagem, desde desodorizantes a graxas.) «O fato deve ser cinzento. O cinzento não só encobre a sujidade, como dá jeito para funerais inesperados ou outros acontecimentos formais. Ao mesmo tempo não é demasiado triste para todos os dias.»
Emalou um mínimo de roupa e um estojo de barbear. Uma cópia do seu mais recente guia de Inglaterra. Um romance para ler no avião.
«Leve só o que puder meter numa mala de mão. Ter de verificar a bagagem é estar a pedir sarilho.(…)»”
Emalou um mínimo de roupa e um estojo de barbear. Uma cópia do seu mais recente guia de Inglaterra. Um romance para ler no avião.
«Leve só o que puder meter numa mala de mão. Ter de verificar a bagagem é estar a pedir sarilho.(…)»”
Gosto muito do livro "Turista Acidental" que ela escreveu
ResponderEliminar