A 2ª guerra Mundial serve de cenário a este romance de Alberto Moravia.
Em Itália, já no estertor da guerra, duas mulheres abandonam Roma quando esta começa a ser bombardeada pelas tropas aliadas. A escassez de comida e o medo dos ataques aéreos levam-nas a procurar refúgio na sua aldeia natal perdida entre montanhas, mas a guerra estava em todo o lado e elas são confrontadas com o horror e com a miséria que grassa por toda a Itália.
Cesira e Rosetta vivem situações de extrema carência alimentar e degradação humana. Apesar de terem saído de Roma com uma quantia considerável de dinheiro, os alimentos muito caros e escassos levam a que tenham de racionalizar tudo o que gastam, a miséria é total.
“Tínhamos que ir ao mato mesmo debaixo de chuva, para cortarmos, com o auxilio de podões, alguns caniços e arbustos. Depois íamos para a cabana e começava a loucura do fogo. A lenha verde e molhada não ardia, os caniços faziam um fumo negro e denso, tínhamos que nos dobrar em duas, pôr a cara na lama do chão e soprar, soprar, até que o fogo pegasse.”
Todo o desenrolar dos acontecimentos é relatado pela principal personagem, Cesira que utiliza uma linguagem muito simples de mulher sem instrução, mas a que não falta espírito introspetivo:
“A dor… Voltou-me ao pensamento Michele que não estava ali connosco nesse momento tão suspirado do regresso e nunca mais estaria ao pé de nós, e lembrei-me daquela noite em que nos leu em voz alta uma passagem do Evangelho sobre Lázaro, zangando-se porque os camponeses não tinham compreendido nada e gritando que estávamos todos mortos à espera da Ressurreição, como Lázaro.”
É o regresso a Roma, a uma vida que nunca será como antes porque nenhuma delas é o que fora. A miséria física e moral a que estiveram sujeitas fez delas pessoas diferentes que no entanto não perderam a esperança, esta, que parecia morta, esteve apenas adormecida naquele longo ano de agonia.
Em Itália, já no estertor da guerra, duas mulheres abandonam Roma quando esta começa a ser bombardeada pelas tropas aliadas. A escassez de comida e o medo dos ataques aéreos levam-nas a procurar refúgio na sua aldeia natal perdida entre montanhas, mas a guerra estava em todo o lado e elas são confrontadas com o horror e com a miséria que grassa por toda a Itália.
Cesira e Rosetta vivem situações de extrema carência alimentar e degradação humana. Apesar de terem saído de Roma com uma quantia considerável de dinheiro, os alimentos muito caros e escassos levam a que tenham de racionalizar tudo o que gastam, a miséria é total.
“Tínhamos que ir ao mato mesmo debaixo de chuva, para cortarmos, com o auxilio de podões, alguns caniços e arbustos. Depois íamos para a cabana e começava a loucura do fogo. A lenha verde e molhada não ardia, os caniços faziam um fumo negro e denso, tínhamos que nos dobrar em duas, pôr a cara na lama do chão e soprar, soprar, até que o fogo pegasse.”
Todo o desenrolar dos acontecimentos é relatado pela principal personagem, Cesira que utiliza uma linguagem muito simples de mulher sem instrução, mas a que não falta espírito introspetivo:
“A dor… Voltou-me ao pensamento Michele que não estava ali connosco nesse momento tão suspirado do regresso e nunca mais estaria ao pé de nós, e lembrei-me daquela noite em que nos leu em voz alta uma passagem do Evangelho sobre Lázaro, zangando-se porque os camponeses não tinham compreendido nada e gritando que estávamos todos mortos à espera da Ressurreição, como Lázaro.”
É o regresso a Roma, a uma vida que nunca será como antes porque nenhuma delas é o que fora. A miséria física e moral a que estiveram sujeitas fez delas pessoas diferentes que no entanto não perderam a esperança, esta, que parecia morta, esteve apenas adormecida naquele longo ano de agonia.
Nota: Este livro encontra-se disponível para empréstimo na Biblioteca Municipal.
Leia, porque ler é um prazer!
Sem comentários:
Enviar um comentário
O seu comentário é bem vindo! Partilhe as suas ideias sobre livros e escritores, tente seduzir alguém para o prazer de ler!