Margaret Atwood é uma das escritoras
canadenses de maior renome, tendo publicado mais de 40 livros de ficção,
poesia e ensaio. A história de uma serva (1985) é uma das suas obras mais
conhecidas.
Chamavam-lhe Grace, publicado em
1996, foi vencedor do Giller Prize do mesmo ano e, relata, baseada em factos
verídicos, a história de Grace Marks, envolvida nos assassínios de Thomas
Kinnear, o seu patrão, e Nancy Montgomery, a sua governanta, em 1843.
Grace Marks e James McDermott
foram condenados pelo crime. McDermott foi executado e, Grace condenada a
prisão perpétua na penitenciária de Kingston. Apesar de ao longo dos anos
muitos se terem debruçado no estudo e análise deste caso, até hoje, não é certo
quão envolvida Grace Marks esteve nestes crimes. O romance Chamavam-lhe Grace dá ao leitor a oportunidade de fazer o seu próprio julgamento.
A narrativa acompanha o percurso
de Grace nos anos que antecedem ao crime e nos anos em que esteve na prisão. Durante
este período houve sempre quem acreditasse na inocência de Grace e tentasse prová-la.
Assim um grupo de defensores de Grace pede ajuda ao Dr. Simon Jordan, um
especialista em saúde mental, que vai tentar ouvir a história de Grace e tentar
fazê-la recordar/ libertar as memórias esquecidas.
Cada capítulo é iniciado com uma
pequena ilustração e com a transcrição de citações diversas. O romance
desenvolve-se a um ritmo agradável e a forma como está escrito, de certa forma deixando
ao leitor a decisão sobre a inocência ou não da protagonista, torna a leitura
deste livro fascinante e extremamente envolvente.
Um livro cuja leitura recomendo.
Miriel de Vocht
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!
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