Locais que calam todas as dores
passadas, vestidas com várias flores
de nuvens pardas, açoitadas pelos ventos
nas manhãs abertas que as noites escorraçam
e as estrelas tremeluzentes, que no céu passam,
tremulam como um mar de pensamentos.
Candeias de silêncio iluminado, acesas,
são vertigens, miragens, são incertezas,
no atro murmúrio de uma noite escura;
poças, agulheiros, moinhos e levadas,
desfazem-se em angústias, angustiadas,
em dores escondidas nas nascentes e minas.
Debruçados no patamar da calma.
em cada momento, no respirar da alma,
videiras, feijões e grandes milherais,
são recordações em fugas apressadas
com dias e tardes hoje desmaiadas,
nos cômoros de tempos já passados.
Jaime Lopes in Memórias do futuro
Livro disponível para empréstimo na Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil.
Leia, porque ler é um prazer!
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